Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Senhora que tinha razão, foi politicamente vilipendiada e a maioria do país não quis ouvir

A antiga líder do PSD garantiu hoje que a actual situação de Portugal deixa "dúvidas" sobre a independência económica do país.

"Digo, sem qualquer espécie de hesitação, que a situação económica do país é de molde a ter algumas dúvidas sobre a nossa independência económica. E é esse o ponto grave que acho que os responsáveis têm obrigação de ponderar, para o defender", afirmou.

Ferreira Leite falava ontem à noite em Badajoz, Espanha, durante o encontro ‘O nacionalismo português e o debate espanhol', em que participaram também Joaquim Pina Moura, antigo ministro socialista da Economia e das Finanças, e Basílio Horta, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

A conferência esteve integrada na iniciativa hispano-portuguesa ‘Ágora - O debate peninsular', que começou ontem e decorre até domingo, no Instituto Ferial de Badajoz (IFEBA).

Segundo a antiga presidente do PSD e ex-ministra das Finanças, que se escusou a falar aos jornalistas concretamente sobre o Orçamento do Estado para 2011, para que uma nação "se autonomize e mantenha essa autonomia" é necessário ter, por exemplo, independência económica.

Só que, frisou a anual deputada social-democrata, o nível de endividamento atingido por Portugal "não é sustentável" e esta situação coloca o país "absolutamente dependente dos credores".

Modelo económico errado

Manuela Ferreira Leite salientou que "de há uns anos a esta parte" Portugal tem tido "crescimentos económicos muito baixos", devido a um "errado modelo de desenvolvimento económico".

"Ao longo de muitos anos, o nosso modelo de desenvolvimento baseou-se em consumo privado e em investimento público quase todo dirigido aos chamados bens não transacionáveis", analisou.

Este modelo "deu resultados, durante uns tempos", mas "a partir de certa altura" ficou "esgotado", disse, alertando que é preciso inverter a situação: "Ou existe alguma alteração profunda deste modelo de desenvolvimento, ou o país estagnará, não sei por quanto tempo."

As famílias, as empresas e o próprio Estado endividaram-se, realçou Ferreira Leite, e, para que o país cresça agora, o "objectivo máximo" tem de ser "o investimento privado, nacional e estrangeiro" e o "aumento das exportações".

"Tudo aspectos que nos fazem depender de outros", insistiu, garantindo que este cenário faz com que o país tenha "seriamente" de "encarar o problema da independência económica" nacional.

"E este aspecto, do meu ponto de vista, é fundamental e decisivo para que possamos falar em nacionalismo em Portugal", afirmou.

A independência económica do país, tendo em conta a necessidade de aumentar as exportações e de atrair investimento privado, indicou a antiga líder do PSD, "passa pela dependência de muitos países e não apenas de alguns".

(Fonte: ‘Diário Económico’ online)

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