O deputado Ricardo Gonçalves queixou-se: "Se abrissem a cantina da Assembleia da República à noite, eu ia lá jantar." Logo lhe fizeram contas à vida - 3700 euros de salário mais 67 euros diários de ajudas de custos - e insultaram-no (foi o tom geral) por mangar connosco. Mas é legítimo ele dizer que ganha pouco. Porque nisto de salários o apetite vem com o comer e porque para alguém que prepara e aprova leis para o País aquele salário não é enorme. É certo, não gostei do choradinho - falar de cantina, isto é, de comida como se de esfomeados se tratasse - nem do manifesto exagero: "Os deputados são de longe os mais atingidos na carteira." Os deputados não são nem de perto os mais atingidos. Mas, está bem, exageros, normais em quem reivindica por também estar a perder alguma coisa. Não me parece é que o deputado mereça o que ouviu pela vida de nababo que, de facto, não tem. Com um porém, para uma crítica que lhe deve ser feita. Ricardo Gonçalves é deputado do partido do Governo que decretou as medidas duras que achou que devia decretar. Com a sua reivindicação e a forma tola como a apresentou, ele sabotou o trabalho do conjunto a que pertence. É por isso que ele não merece nem o salário de 3700, nem a cantina a 4,65 a refeição. Não que sejam benesses a mais para deputados; Ricardo Gonçalves é que não merece ser deputado. E um mau profissional é sempre caro.
Ferreira Fernandes
(Fonte: DN online)
Pergunta e apelo de JPR: será possível ainda irmos mais fundo do que isto? Portugal e os portugueses, necessitam urgentemente das suas orações e do nosso arrependimento perante Deus, sejamos humildes e roguemos-Lhe para que na Sua infinita bondade nos ajude. Bem-haja!
1 comentário:
Estou a escrever algo sobre isto, não sobre política que não me interessa - já não me interessa - mas sobre a falta de critério dos que a ela se dedicam e a ligeireza com que, alguns, - muitos infelizmente - se candidatam a lugares públicos que devem ser de serviço aos outros em vez de regalia ao próprio.
Concordo com JPR em que temos de rezar por isto mas, talvez, sobretudo rezar pelos votantes para que o façam com são critério.
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