Os peritos que participam em Lima, no Peru, do II Congresso Internacional sobre o Santo Sudário defenderam a autenticidade da relíquia a partir de rigorosos estudos que indicam que o corpo coberto com este tecido corresponde ao de Jesus de Nazaré.
Os estudos realizados por peritos do Centro Internacional de Sindonologia de Turim, na Itália, precisam que existe só uma probabilidade entre mil de que o corpo humano que foi plasmado pela Síndone seja de uma pessoa distinta ao Jesus.
Conforme informa a agência Andina, Bruno Barberis, director do centro, explicou que investigadores de todo o mundo confirmam cada vez mais indícios sobre a autenticidade do Santo Sudário.
“Só nos falta resolver como se formou a imagem do corpo de Jesus Cristo no tecido de linho, se tivermos em conta que as marcas não são de sangue, mas de uma descoloração do tecido produto da oxidação natural”, assinalou e esclareceu que os traços impressos no tecido não puderam ser gerados pela putrefacção dos restos humanos porque o corpo de Jesus esteve envolto por um tempo não superior a 36 horas.
“Não sabemos se foi um processo físico, químico ou de outra classe. Temos que resolver esta dúvida”, disse Barberis durante sua participação no congresso organizado pelo Centro de Estudos Católicos de Lima e a associação Acção Universitária na Universidade de Lima, onde permanece uma exposição da réplica digital do Santo Sudário de Turim.
O investigador italiano considerou que a análise realizada com carbono 14 para determinar a antiguidade do manto em 1988, cujo resultado foi que a peça data de um período compreendido entre os anos 1260 e 1390 apresenta uma série de irregularidades já que as queimaduras que sofreu o Santo Sudário em um incêndio ocurrido em 1534 puderam alterar sua composição e “rejuvenescer” a malha.
“A amostra foi extraída de um extremo altamente poluído com pó e pólen. Além disso, este sector não era o mais significativo de todo o manto. Deveriam ter tomado mais amostras de outros sectores”, afirmou Barberis.
Nesse sentido, o especialista considerou que enquanto se desconheça o modo de formação da imagem de Jesus Cristo crucificado, não será possível admitir a prova do carbono 14 como uma análise válida para o Santo Sudário.
O investigador e teólogo peruano Rafael de La Piedra, explicou que os traços e as características humanas impressas no tecido de linho foram descobertos nos negativos de uma fotografia tomada do manto em 1898. Em meados do século passado, um investigador observou umas letras nestas fotografias que pertenciam a umas moedas do século I.
O Santo Sudário encontra-se actualmente numa urna especial na Catedral de Turim, Itália. Na exposição da Universidade de Lima pode ser apreciada uma réplica em tamanho real até o dia 30 de Setembro. Para mais informações (em espanhol) visite a web do evento em: www.sabanasanta.info
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
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