Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Europa: As políticas de família são de todo o interesse, mas alguns números não deixam de ser preocupantes

O anuário do Eurostat acabado de publicar, permite fazer uma ideia de algumas das tendências demográficas comuns aos países da União Europeia. Às mais conhecidas, de que se fala há tempos (menos nascimentos, menos casamentos ou mais divórcios) juntam-se outras mais recentes que ultrapassam os lugares-comuns.

Um dos lugares-comuns que salta à vista é o da ineficácia das políticas familiares. Segundo os dados do Eurostat, naqueles países onde se adoptaram certas medidas - como as ajudas para o cuidado dos filhos ou a flexibilidade no trabalho - verificou-se um aumento da fecundidade.

Aconteceu assim na França, cuja fecundidade tem aumentado pouco a pouco desde 1998 (1,78 filhos por mulher) até atingir o limite de renovação em 2006 (2,00); se bem que no ano seguinte voltou a descer para 1,98. Outros países que melhoraram a sua taxa de fecundidade graças às medidas de apoio à natalidade são os países nórdicos e os Países Baixos. A Irlanda segue à cabeça da União Europeia com uma fecundidade de 2,01 filhos por mulher.

Por outro lado, face à análise tradicional que atribuía a queda de fecundidade nos países desenvolvidos ao acesso massivo das mulheres ao mundo do trabalho, começa a haver exemplos que põem em causa esta interpretação. Concretamente, nos países nórdicos e em Espanha, as mulheres com cursos superiores que trabalham fora de casa têm tendência a ter mais filhos.

Desde 1960 até 2002, o número de nascimentos nos países da União Europeia vem a diminuir de forma drástica. Contudo, desde 2002 (quando nasceram menos 5 milhões de bebés), verificou-se um crescimento constante até atingir os 5,4 milhões de nascimentos em 2008.

As excepções a esta tendência geral são a Alemanha, os Países Baixos e Portugal (onde o número de nascimentos continua a descer), e cresceu mais o número de nascimentos entre 2002 e 2008 (seguramente devido ao aumento da imigração).

Outro dado significativo é o adiamento do momento em que as mulheres decidem ter filhos. Enquanto que a taxa de fecundidade entre as mulheres tem descido desde 1970, a das mulheres de 30 ou mais anos subiu nesse mesmo período.

Mais nascimentos fora do casamento

O anuário do Eurostat mostra duas outras tendências que vão unidas. Por um lado, o aumento de nascimentos fora do casamento. Por outro, a diminuição de casamentos em toda a União Europeia.

O aumento mais significativo de nascimentos fora do casamento verificou-se na Bulgária, Estónia, França, Eslovénia e Suécia. No outro extremo da tabela situam-se a Grécia e Chipre, onde a percentagem de crianças que nascem fora do matrimónio se situa em 5.9 % e 8,9 % respectivamente.

Ainda que a Espanha fique um pouco mais abaixo da média europeia, é significativo o forte aumento de nascimentos fora do casamento que se verificou na última década: de 14,5 % em 1998 passou-se para 31,7 % em 2008, um valor duplicado.

Unido ao anterior está a diminuição do número de casamentos. Só em nove anos, a média europeia de casamentos passou de 5,1 por cada mil habitantes para 4,9. Os países onde houve mais casamentos em 2008 foram a Lituânia (7,2 casamentos por cada mil habitantes), Roménia (7,0), Polónia (6,8) e Dinamarca (6,8).

Também neste caso se nota uma mudança muito nítida em Espanha. Se em 1998 o número de casamentos era de 5,2 por cada mil habitantes, dez anos depois desceu para 4,2. Contudo não chega a percentagens tão baixas como da Eslovénia (3,1), Bulgária (3,6) ou Luxemburgo (3,9).

Finalmente os países da União Europeia registaram um ligeiro aumento do número de divórcios entre 1998 e 2005 (1,8 por cada mil habitantes). O aumento mais espectacular deu-se em Espanha: no mesmo período de tempo, a taxa de divórcios passou de 0,9 por cada mil habitantes, para 1,7; mas depois da entrada em vigor da lei do "divórcio na hora", duplicou até 2,8 só em dois anos.

Aceprensa

(título da responsabilidade de JPR)

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