A Conferência Episcopal Espanhola deu a conhecer uma declaração perante a entrada em vigor da nova lei do aborto na qual os bispos recordam que esta norma é "objectivamente incompatível com a recta consciência moral – em particular, a católica – já que, desde o ponto de vista ético, piora a legislação vigente".
Na declaração os prelados explicam que esta piora apoia-se nos seguintes motivos: "primeiro, e sobre tudo, porque considera a eliminação da vida dos que vão nascer como um direito da gestante durante as primeiras catorze semanas da gravidez, deixando virtualmente desprotegidas algumas dessas vidas humanas, precisamente no período em que se produz a grande maioria dos abortos".
Em segundo lugar, prossegue o texto, "porque estabelece um conceito de saúde tão ambíguo que equivale à introdução das chamadas indicações social e eugénica como justificação legal do aborto. Em terceiro lugar, porque impõe no sistema educativo obrigatório a ideologia abortista e ‘de género’".
Os bispos recordam que "estes e outros motivos foram explicados pela Comissão Permanente da Conferência Episcopal na sua Declaração de 17 de Junho de 2009, que a Assembleia Plenária fez expressamente sua no comunicado final de 27 de Novembro de 2009.
Os prelados concluem a declaração indicando que "falamos precisamente a favor daqueles quem têm direito a nascer e a serem acolhidos por seus pais com amor; falamos a favor das mães, que têm direito a receber o apoio social e estatal necessário para evitar converter-se em vítimas do aborto; falamos em favor da liberdade dos pais e das escolas que colaboram com eles para dar a seus filhos uma formação afectiva e sexual de acordo com umas convicções morais que os preparem de verdade para serem pais e acolherem o dom da vida; falamos a favor de uma sociedade que tem direito a contar com leis justas que não confundam a injustiça com o direito".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
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