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quarta-feira, 23 de junho de 2010
A educação, o melhor antídoto ao fundamentalismo
“Uma educação que saiba manter juntos verdade e liberdade” constitui “o melhor antídoto ao fundamentalismo e à violência”. Foi o que afirmou o Cardeal Angelo Scola, patriarca de Veneza, participando em 21 de Junho na primeira dos dois dias do congresso organizado em Jounieh, no Líbano, pelo comité científico da Fundação Oasis.
O tema do encontro deste ano é: “A educação entre fé e cultura. Experiências cristãs e muçulmanos em diálogo”.
Na sua palestra, o Patriarca de Veneza acentuou a necessidade de uma educação voltada para "ensinar a tarefa de viver", a "ensinar a ser homem, livremente capaz de aderir à verdade”.
Por sua vez, o Card. Jean-Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, falou do desafio educacional que interpela cristãos e muçulmanos, chamados a sensibilizar legisladores e professores em propor regras de conduta.
Segundo o purpurado, são necessários: “o respeito pela pessoa que busca a verdade diante do enigma da pessoa humana”, “o sentido crítico que permite escolher entre o verdadeiro e falso”; e por fim “o apreço e a difusão das grandes tradições culturais abertas à transcendência que expressam a nossa aspiração à liberdade e à verdade”.
O xeque Ridwan al-Sayyed, docente de Estudos Islâmicos da Universidade Libanesa, analisou as três correntes islâmicas – salafita, Sufi e a dos Irmãos Muçulmanos – que gozam de grande difusão na Europa, sobretudo graças aos meios de comunicação e aos projectos sociais e que estão ampliando o abismo com o mundo não-muçulmano.
De acordo com esta leitura das tendência actuais no Velho Continente, também está o Padre jesuíta Samir Khalil Samir, especialista em islamismo, que trabalhou na elaboração do Instrumentum laboris para o próximo Sínodo sobre o Oriente Médio.
Padre Samir Khalil Samir, docente de Ciências Religiosas da Universidade São José de Beirute: “Esta é a novidade, mas também o perigo. Essas três tendências não buscam interpretar a modernidade no seu ensino. Dão regras jurídicas para responder a problemas imediatos, mas dão somente uma visão, que é a de destruir os outros”.
O xeque xiita libanês Hani Fahs, ao invés, depois de salientar a falência de certa educação religiosa que nem sempre conseguiu afastar do fanatismo estudantes muçulmanos e cristãos, louvou iniciativas como a Fundação Oasis.
Xeque Hani Fahs, membro do Alto Conselho xiita do Líbano: “Nós aqui encontramos-nos num laboratório cuja finalidade é produzir antídotos à guerrilha, à divisão, à violência e ao terrorismo. Mais intensa será a nossa obra, maiores serão os frutos positivos que deixaremos”.
(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)
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