O rabino Jack Bemporad, Director do Centro para o Entendimento Inter-religioso em New Jersey, Estados Unidos, assinalou que "não se pode condenar colectivamente a Igreja pelo que alguns sacerdotes e indivíduos nela possam ter feito", perante a campanha mediática difamatória contra o Papa Bento XVI.
Em entrevista concedida à agência ACI Prensa logo depois de defender a comparação que fez o Pe. Raniero Cantalamessa, Pregador da Casa Pontifícia, equiparando os ataques contra a Igreja ao anti-semitismo, o rabino disse que na realidade, o que o sacerdote tentou dizer "é correcto" pois não se pode condenar o corpo pela falta de alguns.
Dirigindo-se de seguida àqueles que criticam o Santo Padre, o rabino Bemporad afirmou que "necessita-se algo do sentido da compaixão, caridade, e dizer: ‘como podemos fazer isto adequadamente?’ Em vez de condená-lo e dizer: ‘Viram, ele não está a fazer o suficiente’".
Há muitos casos de abusos a menores, disse ainda. "Não é simplesmente um problema católico", precisou. "Considero que o Papa está tentando fazer o melhor que pode", concluiu.
Depois de criticar a cobertura mediática e qualificá-la de "unidimensional", o rabino lamentou que "a tragédia dos meios é que tem a capacidade de educar. O que estão fazendo com isto é mostrar os piores elementos dos seres humanos. O elemento mais voyeurista de todos". Aqui o rabino refere-se ao Voyeurismo que é uma prática que consiste num indivíduo conseguir obter prazer sexual através da observação de outras pessoas.
"Não devemos ser tão rápidos a ler os cabeçalho que são virulentos, e em minha opinião, histéricos", acrescentou.
Após elogiar os esforços do Papa Bento XVI por aproximar a Igreja com a comunidade judaica, o rabino assegurou que "tudo o que estou pedindo é caridade". "Temos que pensar no que se pode fazer para ajudar-nos mutuamente em vez de condenar-nos", concluiu.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)
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