Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Que educação sexual para os meus filhos?

A psiquiatra norte-americana Miriam Grossman acaba de publicar You're Teaching My Child What? (1), um livro em que descreve o panorama actual da educação sexual nas escolas dos Estados Unidos. Resumimos uma entrevista à autora para eReview (9-09-2009), publicação do Institute of Marriage and Family Canada.

Assinado por Fonte: eReview
Data: 21 Novembro 2009

Depois de exercer durante doze anos como psiquiatra na UCLA (Universiry of California, Los Angeles), Grossman comprovou o desconcerto com que se movem a maioria dos jovens no âmbito da sexualidade. Ela própria se sentiu frustrada ao ver como, paciente após paciente, se repetiam os mesmos erros que terminavam em doenças sexualmente transmissíveis, transtornos emocionais e inclusive infertilidade.

"Não podia fazer muito por eles. Eram jovens que estavam muito bem informados e que se preocupavam activamente pela sua saúde. Cuidavam da alimentação, faziam exercício, evitavam fumar e tantas coisas. Mas no campo da sexualidade assumiam todo o tipo de riscos. Assim comecei a perguntar-lhes acerca da educação sexual que recebiam nas aulas".

A partir destes testemunhos. Grossman chegou à conclusão de que os jovens estavam praticamente desprotegidos. Este foi o título do seu primeiro livro: Unprotected: A Campus Psychiatric Reveals How Political Correctness in Her Profession Harms Every Student. No que agora acaba de publicar analisa o material pedagógico que os alunos utilizam: páginas webs, livros, folhetos, guias, vídeos...

O que primeiramente surpreendeu Grossman foi a falta de conhecimento sobre os fundamentos do desenvolvimento evolutivo de crianças e jovens, assim como as últimas descobertas da neurologia. "Os professores de educação sexual insistem em que os adolescentes têm, tal como os adultos, a maturidade suficiente para assumir decisões responsáveis. O problema, acrescentam, está em que lhes falta a informação suficiente e não utilizam preservativos".

"De maneira que a proposta destes "peritos" para reduzir as doenças de transmissão sexual e o número de gravidezes adolescentes é: mais informação e mais preservativos. Mas as investigações recentes da neuropsicologia não confirmam esta posição. Agora sabemos que as más decisões dos adolescentes procedem não da falta de informação mas da falta de critério. E só há uma coisa que cura isto: o tempo".

Outro dado básico que a maioria dos manuais sobre educação sexual omite é a maior vulnerabilidade biológica das raparigas às doenças sexualmente transmissíveis. Tão-pouco se diz aos rapazes que o sexo oral costuma ir associado ao cancro da garganta. "Não é demais repetir que se trata de uma informação de vida ou de morte; ocultar estas coisas é o cume da irresponsabilidade".

Em lugar de informar sobre os riscos, algumas organizações americanas como a Planned Parenthood ou o SIECUS (Sexuality Information and Education Council of the US) "limitam-se a repetir que a adolescência é o tempo idóneo para explorar novas práticas sexuais, ou que as crianças têm direito a expressar a sua sexualidade em qualquer das formas que lhes ocorra".

Para Grossman, "esta mensagem promove a libertinagem sexual, não a saúde sexual. É pura ideologia, não ciência. E quando a libertinagem sexual passa a primeiro plano, a saúde sexual ressente-se. Aí estão, para o demonstrar, os alarmantes números dos Estados Unidos sobre as DST (Nota de JPR: 'Doenças sexualmente transmissíveis') as infecções por VIH/HIV, gravidezes adolescentes e abortos".

A abordagem ideológica da educação sexual observa-se também no papel que os educadores atribuem aos pais. Grossman diz que neste ponto há muita duplicidade. "Quando os educadores falam para os meios de comunicação social ou nos materiais destinados aos pais, destacam sempre que a educação sexual começa em casa e que os pais são os principais educadores neste campo. No entanto os materiais didácticos que as crianças utilizam transmitem uma mensagem muito diferente".

"90% dos pais querem que os seus filhos atrasem as relações sexuais, e confiam em que os que ministram a educação sexual os vão ajudar a reforçar esta mensagem. Há organizações como o SIECUS que se comprometem a difundi-la, mas não o fazem".

Ainda que a situação que Grossman descreve seja bastante crua, o seu livro também transmite esperança. "A boa notícia é que todos estes problemas de saúde sexual podem ser evitados em 100% dos casos. Os pais podem fazer muito pelos seus filhos. Cada vez mais sabemos que os filhos se sentem muito influenciados pelos valores e as expectativas dos seus pais. No livro recolho numerosos estudos que demonstram o efeito positivo que tem nos filhos um estilo educativo que sabe compaginar a compreensão com a autoridade".
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NOTAS
(1) You're Teaching My Child What?: A Physician Exposes the Lies of Sex Ed and How They Harm Your Child, Regnery Publishing. Washington, DC (2009).


(Fonte: Aceprensa.pt)

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