Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Madre Teresa de Calcutá é beatificada, nesta data em 2003

Ainda não foi canonizada, mas, para milhões de pessoas, esse passo será apenas uma questão de tempo. Teresa de Calcutá foi beatificada, em Roma, há precisamente seis anos.

Toda a vida tentou passar despercebida, mas a mundo apaixonou-se por esta mulher minúscula que era uma gigante da caridade. Seis anos depois da sua morte, em tempo recorde, mesmo para o Papa que mais canonizações e beatificações decretou, João Paulo II elevou-a à condição de beata.

Nasceu Inês, no império Otomano, e morreu Teresa, no país do hinduísmo. Mas a jovem católica, de etnia albanesa, nunca perdeu a sua fé em Jesus Cristo, por quem se apaixonara irremediavelmente e a quem procurou toda a sua vida, nos mais pobres dos pobres, nos moribundos e nos abandonados.

Aos 18 anos, saiu de casa para se tornar freira na ordem do Loreto. Nunca mais veria a família. Depois de uma passagem pela Irlanda, foi enviada para a Índia. Em 1946, sentiu um chamamento divino para formar uma nova ordem dedicada exclusivamente aos mais pobres. Obteve autorização e, em 1950, nasceu a ordem das Missionárias da Caridade.

Nunca procurou a fama, mas esta surgiu com a mesma celeridade com que apareciam noviças e voluntárias para trabalhar consigo. Teresa era uma superiora exigente, ralhava frequentemente com as jovens ao seu cuidado. Não chegava cuidar e lavar incansavelmente os moribundos, doentes, cobertos de sujidade. Era preciso fazê-lo com um sorriso na cara.

Viajou por todo o mundo, exortando à caridade e advertindo contra um distanciamento dos ensinamentos de Cristo. Era admirada por todos, embora algumas das suas palavras deixassem as sociedades ocidentais desconfortáveis: “O maior destruidor da paz é o aborto”, declarou, “porque é uma guerra contra as crianças”, mas completava sempre estas palavras com o mandamento do amor: “Como é que convencemos uma mulher a não abortar? Como sempre, devemos fazê-lo com amor, recordando que o amor significa a disponibilidade de dar até que doa”.

Uma multidão de 250 mil pessoas encheu a Praça de São Pedro, no dia 19 de Outubro de 2003, para ver um Papa com claros sinais de velhice declarar Teresa Beata. Ana Van Uden era uma dessas pessoas. A jovem portuguesa viajou de propósito para Roma para assistir a esta cerimónia e para celebrar os 25 anos do pontificado de João Paulo II.

“Lembro-me que foi uma cerimónia intensíssima, e muito vivida. A Praça de São Pedro estava completamente cheia”, recorda.

Embora tivesse menos de 20 anos nessa altura, recordava-se bem da pequena freira: “Nunca tive a menor dúvida de que aquela mulher era santa e a devoção de João Paulo II por ela apenas confirmou essa ideia”.


Filipe d’Avillez

(Fonte: ‘Página 1’ grupo Renascença na sua edição de 19.10.2009)

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