D. António Vitalino lembra crise que afecta o país, com situações de pobreza e desemprego
O Bispo de Beja, D. António Vitalino, manifestou-se contra os gastos excessivos nas gestas religiosas do Verão, lembrando que o país atravessa uma grave crise económica.
"Há festas em que os espectáculos de luxo e caros, o fogo-de-artifício, as decorações e arruados são um atentado contra quem vive no limiar da pobreza e precisa de apoio social", atira.
Na sua nota semanal para a "Rádio Pax", o prelado sublinha que, no dia-a-dia, "fala-se de crise económica, de desemprego, mas nas festas parece o contrário, ou então procura-se uma compensação através da distracção e pelo esquecimento".
Segundo o Bispo de Beja, "em quase todas estas festas há também alguns actos religiosos, por vezes mal inseridos nos programas altamente profanos. E ai do padre que não alinhe, mesmo que nem sempre as comissões de festas neles marquem presença".
D. António Vitalino não deixa de reconhecer os aspectos positivos das "festas religiosas e populares, que por toda a parte acontecem, mesmo nas aldeias e lugares mais desertificados, e que por essa ocasião se enchem de pessoas, muitas emigradas para outros meios mais populosos e mais favoráveis no mercado de trabalho e na existência de instituições culturais, sanitárias e sociais e que por esta altura voltam às terras das suas raízes".
"Em tudo isto há algo de positivo, que convém aproveitar, purificando-o de muitas conotações contrárias. O povo sente que a festa precisa de alguma motivação mais profunda e, geralmente, liga-a ao religioso, aos santos padroeiros, que querem ver nas ruas da terra em longas procissões e não esquecidos nos altares e nichos das igrejas e capelas", defende.
Nacional Octávio Carmo 2009-07-25 13:46:41 2025 Caracteres Diocese de Beja
(Fonte: site Agência Ecclesia)
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