SIDA/AIDS - Uma vez mais a comunicação social deturpa o sentido das palavras de Bento XVI

Na conferência de imprensa realizada durante o voo de ontem, o jornalista da “France 2“, Philippe Visseryrias, perguntou ao Papa se tencionava aflorar o tema SIDA/AIDS nesta viagem, recordando-lhe que a posição da Igreja Católica sobre modo de lutar contra esta doença “é frequentemente considerada não realística e ineficaz”.

“Eu – respondeu o Pontífice – diria o contrário: penso que a realidade mais eficiente, mais presente na frente do combate contra o SIDA/AIDS seja exactamente a Igreja Católica, com as suas organizações, com as suas diversas realidades. Penso na Comunidade de Sant’Egídio que tanto faz, de forma visível mas também não visível, pela luta contra o SIDA/AIDS, nos Camilianos, em todas as Irmãs que estão ao serviço dos infectados doentes… Diria ainda que não se pode superar este problema do SIDA/AIDS apenas com slogans publicitários. Se não houver empenho, se os africanos não se ajudarem entre si, não se poderá resolver o flagelo – disse o Papa – com a distribuição de profiláticos: ao contrário, o risco é de se aumentar o problema”.

Para o Papa, em alternativa, “ a solução apenas se poderá encontrar com um duplo empenho: o primeiro, uma humanização da sexualidade, isto é, uma renovação espiritual e humana que traga consigo um novo modo de comportamento de um ser humano para com o outro, e o segundo, uma verdadeira amizade também, sobretudo para com as pessoas em sofrimento, a disponibilidade, ainda que com sacrifícios, com renuncias pessoais, estando com os que sofrem. Estes – especificou – são os factores que ajudam e levam a progressos visíveis”.

“Por isso – continuou Bento XVI – esta nossa dupla força de renovar o homem interiormente, de dar força espiritual e humana para um comportamento justo no que se refere ao próprio corpo e ao do outro, e esta capacidade de sofrer com quem sofre, de estar presente em momentos de prova, entendo que seja a resposta justa, a Igreja é assim que procede e desta forma oferece um enorme e importante contributo. Agradecemos – concluiu – a todos que o fazem”

(Fonte: diversas em Itália com tradução de JPR)

Nota de JPR:

Segundo fontes que considero seguras, em consequência deste incidente o Santo Padre terá decidido não realizar mais conferências de imprensa e comunicar apenas através de homilias, discursos, mensagens, cartas, exortações e encíclicas.