Pastor e teólogo, Cirilo de Smolensk (a partir de hoje, Cirilo I, de Moscovo), 62 anos, é considerado capaz de resistir à instrumentalização da Igreja pelo poder político. Pai e avô estiveram presos nas cadeias soviéticas antes de serem padres (que na Igreja Ortodoxa podem casar, embora só os monges celibatários possam ser bispos).
Cirilo, Vladimir Mikhailovich Gundyayev de seu nome civil, é aberto ao diálogo com as restantes igrejas cristãs. Quando, em 1974, passou a dirigir a Academia de Teologia de Leninegrado (São Petersburgo), onde nascera, formou um dinâmico corpo docente, triplicou o número de estudantes e traduziu os mais importantes teólogos cristãos ocidentais, como Karl Rahner e Hans Urs von Balthasar.
O Papa saudou "com alegria" a eleição do patriarca - com quem se encontrou em 2005, 2006 e 2007. Bento XVI assegurou a "proximidade espiritual" e a vontade de "cooperar" pela "paz, justiça e defesa das pessoas marginalizadas". Do patriarca Bartolomeu, de Constantinopla, chegaram votos de trabalho conjunto "em harmonia" - que tem faltado entre os dois patriarcados. Constantinopla (Istambul) tem a primazia de honra tradicional, que Moscovo aceita cada vez menos, tendo em conta o peso da Igreja Russa no seio da ortodoxia.
(Fonte: Público online com edição de JPR)
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