«É bom que tu existas», assim definiu J. Pieper a essência do amor, acertando no alvo. O amante descobre a bondade do ser no amado, sente-se feliz com a sua existência, diz sim a esta existência e confirma-a. Antes ainda de qualquer pensamento sobre si próprio, antes de qualquer desejo está o simples facto de se ser feliz por causa da existência do amado, o sim a este tu. Só num segundo momento (não no sentido temporal, mas real) o amante descobre deste modo (porque a existência do tu é boa) que também a sua própria existência se tornou mais bela, mais valiosa, mais feliz. Por meio do sim ao outro, ao tu, eu recebo-me a mim mesmo novamente e posso agora, dum modo novo, dizer sim também ao meu eu, a partir do tu»
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
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