“…, aponta em todas as suas partes e de todos os pontos de vista sempre tanto para Cristo como para a Igreja. Daí resulta directamente que também toda a piedade mariana, se quiser ser católica, não se pode nunca isolar, antes pelo contrário deve sempre inserir-se e orientar-se tanto cristologicamente (e, portanto, trinitariamente) como eclesiologicamente.
(…). Todos conhecemos essas tendências que, à primeira vista, dão a impressão de que o povo em oração veria em Maria algo como um símbolo personificado ou o arquétipo da graça divina, providencial e misericordiosa como mãe, como se Maria fosse assim elevada à esfera de Deus e a obra decisiva de Cristo passasse despercebida. (…). Por outro lado, a impressão referida pode ter fundamento em populações menos bem catequizadas: para elas Maria é frequentemente uma espécie de quinta-essência de toda a salvação. Aí tem que intervir a evangelização tão urgentemente recomendada pelo Sínodo dos Bispos e pelo Papa (João Paulo II), procedendo com doçura e inteligência às rectificações necessárias.
(Hans Urs von Balthasar in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)
A este propósito, permito-me recordar aos responsáveis dos diferente Santuários Marianos e aos organizadores de peregrinações, que lhes cabe um importante dever de Catequese na preparação das celebrações e das homilias. Eles são por excelência um excelente veículo para a divulgação, usando a sugerida doçura e inteligência, nas correcções necessárias.
Votos de um Bom Domingo do Senhor!
(JPR)
Sem comentários:
Enviar um comentário