Não á falsa sapiência do orgulho humano, o conhecimento em si não pode fazer mal mas gloriar-se dela causa prejuízo ao trabalho intelectual. Afirmou esta (ontem) quinta -feira à noite Bento XVI encontrando na Basílica de São Pedro os professores e alunos das Universidades pontifícias e eclesiásticas de Roma no final da celebração eucarística por ocasião da abertura do ano académico, presidida pelo Cardeal Zenon Grocholewski, prefeito da congregação para a educação católica.
Referindo-se a São Paulo o Papa observou: “o Apóstolo denuncia o veneno da falsa sapiência que é o orgulho humano. De facto não é o conhecimento em si que pode fazer mal mas a presunção, gloriar-se da meta de conhecimento que se atingiu ou se presume ter atingido. É precisamente daqui – acrescentou Bento XVI- que derivam depois as facções e as discórdias na Igreja e analogamente na sociedade. Trata-se portanto de cultivar a sapiência não segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Segundo Paulo – explicou ainda o Santo Padre – é sempre necessário purificar o próprio coração do veneno do orgulho presente em cada um de nós. Também nós, como São Paulo devemos gritar: quem nos libertará? E também nós podemos receber com ele a resposta: a graça de Jesus Cristo que o Pai nos deu mediante o Espírito Santo.
O pensamento de Cristo, que por graça recebemos - afirmou depois Bento XVI – purifica-nos da falsa sapiência. E este pensamento de Cristo acolhemo-lo através da Igreja e na Igreja, deixando-nos levar pelo rio da sua tradição viva.
Permanecendo fiéis a Jesus que Maria nos oferece, a Cristo que a Igreja nos apresenta podemos empenhar-nos intensamente no trabalho intelectual, livres interiormente da tentação do orgulho e gloriando-nos sempre e só no Senhor.
(Fonte: site Radio Vaticana)
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