A última etapa da sua vida
Os Actos dos Apóstolos terminam o seu relato perto do fim do primeiro cativeiro romano de Paulo; não tratam, pois, do último período, para o que devem ser extraídos os dados das epístolas pastorais do próprio Apóstolo (1 e 2 a Timóteo e a Tito) e de algumas notícias das tradições conservadas em escritos de fins do século I (Epístola I do Papa São Clemente) ou posteriores (Cânon de Muratori, pelo ano 180).
É provável que Paulo, muito pouco depois de ficar livre em Roma, tenha realizado o antigo projecto de pregar o Evangelho na Hispânia (Rom 15, 24.28), segundo parecem confirmá-lo 1 Clem 5,7; Cânon de Muratori, lin. 38-39, e algumas tradições locais, como a de Tarragona. Foi uma viagem breve, não mais de um ano de duração (cerca de 63-64), depois do que volta para o Oriente. Não se pode reconstituir o itinerário destas viagens. Só sabemos que voltou a Éfeso e dali a Macedónia. Também esteve em Creta, em Corinto e em Mileto.
É possível que tenha sido detido em Tróade e processado em Éfeso. Pelo Outono de 66 está de novo preso em Roma, donde continua a fazer quanto pode pelas igrejas. Deste segundo cativeiro não seria libertado, mas sofreu o martírio; segundo a tradição foi decapitado junto de Tre Fontane, em Acque Salvie, seguramente no ano 67.
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – Introdução às Cartas de São Paulo – Vida de São Paulo – pág. 432-433) Continua
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