Baseados no modo de conhecer e de querer que é próprio das criaturas humanas, criadas à imagem e semelhança de Deus, e pelos nomes e missões que se atribuem ao Espírito Santo na Sagrada Escritura, eles explicaram a Sua processão do Pai e do Filho como Amor subsistente. Assim como Deus Pai, conhecendo a Sua própria Essência, gera o Filho, assim o Pai e o Filho Se amam num único ato de Amor, eterno e infinito, que é o Espírito Santo.
Que alegria e que paz nos deve trazer a fé de nos sabermos assistidos a toda a hora pelo divino Paráclito! Acompanhados não só de fora, como um amigo afetuoso, mas como um hóspede que mora, com o Pai e com o Filho, na intimidade da nossa alma em graça. Ele é descanso na luta e na paz encanto, no calor brisa, conforto no pranto [18], como reza a Igreja na sequência de Pentecostes. É a lux beatíssima, a bem-aventurada luz que penetra até ao fundo da alma: ilumina-nos para conhecermos melhor Jesus Cristo, fortalece-nos para O seguirmos de perto, quando os obstáculos e as contradições nos parecem assediar, anima-nos a sair de nós mesmos para nos interessarmos pelos outros e os levarmos a Deus.
A força e o poder de Deus iluminam a face da Terra. O Espírito Santo continua a assistir a Igreja de Cristo, para que ela seja – sempre e em tudo – sinal erigido diante das nações, anunciando à Humanidade a benevolência e o amor de Deus (cfr. Is 11, 12). Por maiores que sejam as nossas limitações, nós, homens, podemos olhar com confiança para os Céus e sentir-nos cheios de alegria: Deus ama-nos e liberta-nos dos nossos pecados. A presença e a ação do Espírito Santo na Igreja são o penhor e a antecipação da felicidade eterna, dessa alegria e dessa paz que Deus nos prepara [19].
[18]. Missal Romano, Solenidade de Pentecostes Sequência.
[19]. S. Josemaria, Cristo que passa, n. 128.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de junho de 2013)
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