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quarta-feira, 13 de agosto de 2014
A fé é um todo indivisível
Dado que a fé é uma só, deve-se confessar em toda a sua pureza e integridade. Precisamente porque todos os artigos da fé estão unitariamente ligados, negar um deles — mesmo dos que possam parecer menos importantes — equivale a danificar o todo. Cada época pode encontrar pontos da fé mais fáceis ou mais difíceis de aceitar; por isso, é importante vigiar para que se transmita todo o depósito da fé (cf. 1 Tm 6, 20) e para que se insista oportunamente sobre todos os aspectos da confissão de fé. De facto, visto que a unidade da fé é a unidade da Igreja, tirar algo à fé é fazê-lo à verdade da comunhão. Os Padres descreveram a fé como um corpo, o corpo da verdade, com diversos membros, analogamente ao que se passa no corpo de Cristo com o seu prolongamento na Igreja.[42] A integridade da fé foi associada também com a imagem da Igreja virgem, com o seu amor esponsal fiel a Cristo: danificar a fé significa danificar a comunhão com o Senhor.[43] A unidade da fé é, por conseguinte, a de um organismo vivo, como bem evidenciou o Beato John Henry Newman, quando enumera, entre as notas características para distinguir a continuidade da doutrina no tempo, o seu poder de assimilar em si tudo o que encontra, nos diversos âmbitos em que se torna presente, nas diversas culturas que encontra,[44] tudo purificando e levando à sua melhor expressão. É assim que a fé se mostra universal, católica, porque a sua luz cresce para iluminar todo o universo, toda a história.
[42] Cf. ibid., II, 27, 1: o. c., 294, 264.
[43] Cf. Agostinho, De sancta virginitate, 48, 48: PL 40, 424- 425 (« Servatur et in fide inviolata quaedam castitas virginalis, qua Ecclesia uni viro virgo casta cooptatur »).
[44] Cf. An Essay on the Development of Christian Doctrine (Uniform Edition: Longmans, Green and Company, Londres 1868-1881), 185-189.
Lumen Fidei, 48
JESUS CRISTO ROMPEU O TEMPO MORTAL
«Cristo, por ter ressuscitado, abriu uma brecha no muro do tempo mortal», frase do livro "A fonte da Liturgia» de Jean Corbon.
Desde que li esta frase, o meu entendimento sobre a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia, bem como a sua frase, «E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.» Mt 28, 20, passou a ser bem mais perceptível, não só pela fé, mas também pelo entendimento.
Com efeito, tendo Jesus Cristo morrido e ressuscitado, quebrou a cadeia do tempo mortal, do tempo do mundo, e, pela sua ressurreição, vencendo a morte, tornou-se presente para sempre.
Percebo então melhor a frase dos anjos para as mulheres na manhã do Domingo da Ressurreição, «Porque buscais o Vivente entre os mortos?» Lc 24, 5
Deus é dono do tempo e por isso mesmo só Ele pode romper o tempo e tornar eterno o que se tornou finito.
O homem criado «à imagem e semelhança de Deus», foi criado para não conhecer a morte, mas pelo pecado ficou sujeito à lei da morte, por isso o homem passou a “conhecer” o nascer, o viver e o morrer. Morrer que seria para sempre.
Mas o Pai, que ama o homem que criou com todo o seu infinito amor, quis libertá-lo do pecado, e, portanto, da morte.
Poderia tê-lo feito como muito bem Lhe aprouvesse, mas quis tornar-se sinal visível aos olhos e coração do homem, e por isso, enviou o seu Filho Jesus Cristo, para encarnar numa mulher e em tudo se tornar igual ao homem, excepto no pecado.
E quis ainda “ir mais longe”, permitindo a morte do seu Filho, para depois O ressuscitar, para que aqueles que acreditam percebam que a morte foi vencida, e que o homem não morre mais, mas passa da morte à vida, para a salvação ou condenação eternas.
Marinha Grande, 12 de Agosto de 2013
Joaquim Mexia Alves
«Tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu»
Catecismo da Igreja Católica
§§ 1444, 1449, 1484
§§ 1444, 1449, 1484
Ao tornar os Apóstolos participantes do seu próprio poder de perdoar os pecados, o Senhor dá-lhes também autoridade para reconciliar os pecadores com a Igreja. Esta dimensão eclesial do seu ministério exprime-se, nomeadamente, na palavra solene de Cristo a Simão Pedro: «Dar-te-ei as chaves do Reino dos céus; tudo o que ligares na terra ficará ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra ficará desligado nos céus» (Mt 16,19). «Este mesmo encargo de ligar e desligar, conferido a Pedro, foi também atribuído ao colégio dos Apóstolos unidos à sua cabeça (Mt 18,18; 28,16-20)» (Vat II, LG22).
A fórmula de absolvição em uso na Igreja latina exprime os elementos essenciais deste sacramento: o Pai das misericórdias é a fonte de todo o perdão. Ele realiza a reconciliação dos pecadores pela Páscoa do seu Filho e pelo dom do seu Espírito, através da oração e do ministério da Igreja: «Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.» […]
Cristo age em cada um dos sacramentos. Ele dirige-Se pessoalmente a cada um dos pecadores: «Meu filho, os teus pecados são-te perdoados» (Mc 2,5); Ele é o médico que Se inclina sobre cada um dos doentes com necessidade dele para os curar (cf Mc 2,17): alivia-os e reintegra-os na comunhão fraterna. A confissão pessoal é, pois, a forma mais significativa da reconciliação com Deus e com a Igreja.
A fórmula de absolvição em uso na Igreja latina exprime os elementos essenciais deste sacramento: o Pai das misericórdias é a fonte de todo o perdão. Ele realiza a reconciliação dos pecadores pela Páscoa do seu Filho e pelo dom do seu Espírito, através da oração e do ministério da Igreja: «Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.» […]
Cristo age em cada um dos sacramentos. Ele dirige-Se pessoalmente a cada um dos pecadores: «Meu filho, os teus pecados são-te perdoados» (Mc 2,5); Ele é o médico que Se inclina sobre cada um dos doentes com necessidade dele para os curar (cf Mc 2,17): alivia-os e reintegra-os na comunhão fraterna. A confissão pessoal é, pois, a forma mais significativa da reconciliação com Deus e com a Igreja.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 13 de agosto de 2014
Se teu irmão pecar contra ti, vai e corrige-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste o teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que pela palavra de duas ou três testemunhas se decida toda a questão. Se não as ouvir, di-lo à Igreja. Se não ouvir a Igreja considera-o como um gentio e um publicano. «Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu; e tudo o que desligardes sobre a terra, será desligado no céu. «Ainda vos digo que, se dois de vós se unirem entre si sobre a terra a pedir qualquer coisa, esta lhes será concedida por Meu Pai que está nos céus. Porque onde se acham dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles».
Mt 18, 15-20
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