A maioria dos empregados da Apple, Google e outras empresas de Silicon Valley decidiram pôr os filhos em colégios sem tecnologia, diz reportagem do Le Monde
Uma das patologias recentes e directamente relacionada com o uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) é a nomofobia. É o sofrimento ou medo desmedido de ficar "desligado", offline, sem acesso à net. Mas a nomofobia, ou ciberdependência, é só uma das patologias que vêm acompanhando o fenómeno da internet.
28.04.2012) sobre a decisão da maioria dos empregados da Apple, da Google, e outras empresas de Silicon Valley, de inscrever os filhos em escolas em que as tecnologias estão ausentes, em colégios "desligados".
"O computador não passa de uma ferramenta. A quem só tem martelo, tudo lhe parece pregos...
Para aprender a escrever é importante fazer grandes gestos. A matemática passa pela visualização do espaço. O ecrã perturba a aprendizagem.
Restringe as experiências físicas e emocionais", declarou ao Le Monde Pierre Lambert, um dos cérebros da Microsoft.
O jornal conta o caso do Waldorf School, escola privada em que três quartos dos alunos são filhos de trabalhadores da indústria das tecnologias e internet. O ensino apoia-se em suportes tradicionais: quadro de giz, lápis, cadernos diários de papel.
Tendo em conta os efeitos patológicos (no campo pedagógico, sobretudo preguiça e dispersão mental e incapacidade para desenvolver habilidades), a procura de escolas que não tenham ou que limitem o uso de tecnologias, irá converter-se numa tendência nas classes acomodadas, é o prognóstico do Le Monde.
"Os 'pobres" da tecnologia são os que não podem contornar a obrigação de responder logo a um email ou a um sms, e que por isso vivem na urgência e na interrupção contínua. Os novos ricos são, pelo contrário, aqueles que têm possibilidade de filtrar e manter distância face a essas solicitações."
Uma troca de "papéis" que pode ser observada sobretudo se a educação for acompanhada em casa.
Jorge Enrique Mújica, LC
(Fonte: ‘Forum Libertas.com’ AQUI)