Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

16 novembro - 18h30 "Vínculos Fortes, Filhos Felizes" Gordon Neufeld, Ph.D. - Auditório Montepio

CONFERÊNCIA

VÍNCULOS FORTES, FILHOS FELIZES

Conferência dirigida a Pais, Professores, Educadores e Profissionais de saúde infantil que pretende sensibilizar e alertar para a importância do papel dos pais, enquanto primeiros e insubstituíveis educadores e formadores dos seus filhos, fortemente responsáveis pelo seu desenvolvimento pessoal integral e pela sua felicidade.

www.filhosfelizes.com





+351213040484 - tlm +351966923939

Amar a Cristo ...

Amado Jesus, ontem o Teu vigário Joseph alertava-nos para o desvirtuar da verdade que os slogans, ao que acrescentaríamos os sound bites, que desvirtuam a realidade, mas que de tanto repetidos, são aceites como verdades.

Maioritariamente são usados com objectivos específicos e intencionais, mas também sucede que há quem de boa-fé os use pensando estar a proceder bem não valorando os riscos da simplificação. Nós próprios já incorremos neste erro e por isso agradecemos-Te nos tenhas concedido o discernimento para nos apercebermos e corrigirmos a trajectória.

Bom Mestre, ajuda-nos Te rogamos a sabermos com humildade, fé e amor a tudo fazermos para honra e glória do Pai, de Ti e do Espírito Santo que sois um só Deus na Santíssima Trindade, assim o cremos e proclamamos orgulhosamente.

Louvada seja a Santíssima Trindade hoje e sempre!

JPR

Credo (6)

Peço a S. Josemaria que nos empenhemos em pronunciar a palavra credo, creio, com a paixão santa com que ele a repetia muitas vezes ao longo do dia. Também nos aconselhava: aprende a louvar o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Aprende a ter uma devoção especial à Santíssima Trindade: creio em Deus Pai, creio em Deus Filho, creio em Deus Espírito Santo; espero em Deus Pai, espero em Deus Filho, espero em Deus Espírito Santo; amo a Deus Pai, amo a Deus Filho, amo a Deus Espírito Santo. Creio, espero e amo a Trindade Santíssima [14]. E continuava: Faz falta esta devoção, como um exercício sobrenatural da alma, que se traduz em atos do coração, mesmo que nem sempre se traduza em palavras [15]. Tiramos partido destas recomendações? Queremos “crer” como Deus espera que o façamos? Dá-nos segurança crer em Deus omnipotente e eterno?

[14] S. Josemaria, Forja, n. 296.
[15] Ibid.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de novembro de 2012)

Credo (Niceno-Constantinopolitano)

"Recebemos o dom de uma vida longa. Viver é belo mesmo na nossa idade"

No âmbito do Ano europeu do envelhecimento ativo e da solidariedade entre as gerações, Bento XVI realizou nesta segunda de manhã, em Roma, perto do Vaticano, uma visita a um Lar da Terceira Idade criado e animado pela Comunidade de Santo Egídio. Para além do contacto direto com os idosos, hóspedes da casa, Bento XVI dirigiu-lhes a palavra, alargando o seu horizonte a todas as pessoas de idade, sublinhando que são um valor para a sociedade:

“Esta visita coloca-se no Ano Europeu do envelhecimento ativo e da solidariedade entre as gerações. Precisamente neste contexto, desejo reafirmar que os idosos são um valor para a sociedade, sobretudo para os jovens”. “Não pode haver verdadeiro crescimento humano e educação sem um contacto fecundo com os idosos, porque a sua própria existência é como um livro aberto no qual as jovens gerações podem encontrar preciosas indicações para o caminho da vida”. 

“Esta manhã, dirigindo-me idealmente a todos os idosos, embora consciente das dificuldades que a nossa idade comporta, quereria dizer-vos com profunda convicção: é belo sermos idosos. (…) Recebemos o dom de uma vida longa. Viver é belo também na nossa idade, não obstante algum “achaque” e alguma limitação. Que no vosso rosto haja sempre a alegria de nos sentirmos amados por Deus, nunca a tristeza”. 

“A qualidade de uma sociedade, gostaria de dizer de uma civilização, julga-se também pela forma como os idosos são tratados e pelo lugar que lhes é reservado na vida em comum. Quem dá espaço aos idosos dá espaço à vida”, advertiu o Papa, com 85 anos de idade, nos jardins da residência, perante hóspedes, voluntários e membros da comunidade.

Bento XVI deixou votos de que as famílias e instituições públicas façam mais para que os idosos “possam permanecer nas suas próprias casas”, defendendo que os mais velhos representam “uma grande riqueza” por causa da sua sabedoria de vida. “Conheço bem as dificuldades, os problemas e limites desta idade e sei que estas dificuldades, para muitos, são agravados pela crise económica”, precisou.

O Papa lamentou que numa sociedade “dominada pela lógica da eficiência e do lucro” não se saiba acolher os idosos, considerados como “não produtivos, inúteis”. “Muitas vezes, sente-se o sofrimento de quem é marginalizado, vive longe da sua própria casa ou está na solidão”, prosseguiu.

Logo no princípio da visita, numa residência localizada na colina do Janículo, muito perto do Vaticano, Bento XVI passou pelos vários mini-apartamentos de que se compõe a casa, encontrando-se com grupos de residentes, ao longo de quase meia hora. O Papa foi saudado por Marco Impagliazzo, presidente de Santo Egídio, e por uma das residentes, de 91 anos, na presença, entre outros, do fundador desta comunidade, Andrea Riccardi, de um bispo auxiliar de Roma, D. Matteo Zuppi, e de D. Vincenzo Paglia, Presidente do Conselho Pontifício para a Família, ambos ligados desde sempre à mesma comunidade de Santo Egídio.

Entre os presentes estavam idosos do Haiti, que ficaram sem casa após o sismo de 2010. Bento XVI apresentou-se como bispo de Roma mas também como “um idoso” que visita pessoas da sua idade.

“Por vezes, numa certa idade, volta-se o olhar para o passado, lamentando o tempo em que se era jovem, se tinha energia fresca, se faziam planos para o futuro. Assim, o olhar turva-se de tristeza, considerando esta fase da vida como o tempo do entardecer”, observou o Papa, que lembrou que na Bíblia a longevidade era considerada “uma bênção de Deus” que hoje tem de se “apreciar e valorizar”.

“Caras irmãs e irmãos idosos, por vezes os dias parecem longos e vazios, com dificuldades, poucos compromissos e encontros: nunca percais a coragem, vós sois uma riqueza para a sociedade, também no sofrimento e na doença. E esta fase da vida é um dom também para aprofundar a relação com Deus. O exemplo do Beato João Paulo II foi e é ainda iluminante para todos nós.” 

Vídeo em espanhol

Papa assiste à estreia de obra musical composta pelo seu irmão Georg

20 novembro 19h00 - "Crise: Onde está a Causa? Onde está a saída?" João César das Neves - Clube Darca


Imitação de Cristo, 3, 27, 3 - Como o amor-próprio afasta no máximo grau do sumo bem

Confirmai-me Senhor, pela graça do Espírito Santo. Confortai em mim o homem interior e livrai meu coração de todo cuidado inútil e de toda ansiedade, para que não me deixe seduzir pelos vários desejos das coisas terrenas, sejam vis ou preciosas, mas para que as considere todas como transitórias, e me lembre que eu mesmo sou passageiro, como elas: Pois nada há estável debaixo do sol, onde tudo é vaidade e aflição de espírito (Ecle 1,14). Como é sábio quem assim pensa!

Fome e sede dele e da sua doutrina

Sem a vida interior, sem formação, não há verdadeiro apostolado nem obras fecundas: o trabalho é precário e, inclusivamente, fictício. Que responsabilidade, portanto, a dos filhos de Deus! Temos de ter fome e sede dele e da sua doutrina. (Forja, 892)

Às vezes, com a sua actuação, alguns cristãos não dão ao preceito da caridade o valor máximo que tem. Cristo, rodeado pelos seus, naquele maravilhoso sermão final, dizia à maneira de testamento: "Mandatum novum do vobis, ut diligatis invicem", dou-vos um mandamento novo, que vos ameis uns aos outros.

E ainda insistiu: "In hoc cognoscent omnes quia discipuli mei estis", nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.

Oxalá nos decidamos a viver como Ele quer! (Forja, 889)

Se faltar a piedade – esse laço que nos ata a Deus fortemente e, por Ele, aos outros, porque neles vemos Cristo –, é inevitável a desunião, com a perda de todo o espírito cristão. (Forja, 890)


Agradece com todo o coração a Nosso Senhor as potências admiráveis... e terríveis, da inteligência e da vontade com que quis criar-te. Admiráveis, porque te fazem semelhante a Ele; terríveis, porque há homens que as põem contra o seu Criador.

A mim, como síntese do nosso agradecimento de filhos de Deus, ocorre-me dizer a este Pai nosso, agora e sempre: "Serviam!" – Servir-te-ei! (Forja, 891)

São Josemaría Escrivá

"Há bispos que não percebem latim" (agradecimento ‘É o Carteiro’)

di Gian Guido Vecchi
© Copyright Corriere della sera, 11 novembre 2012

«Os padres jovens? Também é por eles que diversos bispos lutam, embora no último sínodo tenha sido um pouco divertido ver como muitos bispos têm uma dificuldade quase estrutural para ler e compreender latim, mesmo entre os bispos europeus, e isto tratando-se simplesmente do latim eclesiástico, que é muito mais simples que a língua de Cícero...»

O cardeal Gianfranco Ravasi sorri com uma ponta de mágoa. Como presidente do Conselho da Cultura do Vaticano vai ser ele a controlar a nova "Academia Pontifícia de Latinidade" (Pontificia Academia Latinitatis) que Bento XVI instituiu sábado passado com um motu proprio no qual escreve (em latim, óbvio) que é «urgente» contrariar «o perigo de um conhecimento cada vez mais superficial».

A Igreja, acrescenta o Papa, é desde há dois mil anos «guarda e promotora» do latim no mundo.

* * *

Eminência, o Papa fala dos seminários e em geral dos jovens e do «vasto mundo da cultura». Qual vai ser o papel da Academia?

«Já existiam várias instituições no Vaticano como a Latinitas, agora extinta, mas neste momento vai-se rever toda a abordagem.

Antes de mais nada há um valor que se considera como permanente na humanidade: o latim – e o grego, naturalmente – é uma das matrizes absolutas da cultura europeia e ocidental.

Por isso o Santo Padre nomeou presidente da Academia um grande latinista como o professor Ivano Dionigi, reitor da Universidade de Bolonha. Não é apenas um problema eclesial».

Então, o que é que vai fazer?

«Em primeiro lugar, vamos apostar na difusão da alta cultura latina e dos seus conteúdos, que são inseparáveis do conhecimento da língua.

Cada tradução é sempre uma "belle infidèle", como dizia Gilles Ménage, por muito bela que seja é infiel. Eu diria que Agostinho perde metade da força. Pensemos nas Confissões: «nondum amabam, et amare amabam... quaerebam quid amarem, amans amare...», como é que se há-de traduzir?
É como traduzir Dante. Agostinho está a dizer que ainda não amava de verdade porque não sabia qual fosse o objecto do seu amor, di-lo com a beleza musical da língua, da qual era um cultor apurado.

Enfim, desejamos recuperar todo o grande património cultural latino, clássico, patrístico e medieval: para o mundo. A Academia será ampliada a nível internacional, com diversas personalidades laicas.»

Bento XVI também fala dos seminários...

«Exacto, o segundo momento é ad intra. O latim foi e é a língua oficial da Igreja, estão em latim os escritos dos Padres, os documentos da tradição, os textos do Concílio, do magistério dos Papas, os livros litúrgicos...

Deseja-se um esforço maior nos seminários, é preciso fazer de modo a que consigam entender!»

Como é que se chegou a esta situação?

«Não é só culpa da Igreja, há um problema geral dos estudos humanísticos. Antes ao chegar ao estudo da teologia nos seminários tinha-se frequentado previamente o liceu clássico, mas depois deixou de ser assim, os cursos para compensar essa falta não bastaram, é preciso fazer mais. Mas há ainda um terceiro nível...»

Qual?

«A recuperação do latim na modernidade. Hoje existe o gosto de regressar à língua. Sabe que na Finlândia há cursos de duas semanas para jovens em latim?

O latim tem uma função formativa.

O inglês falado – não digo o inglês erudito – é uma simplificação, quase uma "twitterização" do pensamento.

O latim tem, pelo contrário, uma forte marca racional, a construção dos casos, os verbos, a consecutio temporum...

Por isso volta a ser proposto aos jovens».

Vai haver quem faça a ligação "latim" – "Igreja pré-conciliar"...

«Infelizmente vai acontecer. Podemos dizer que é uma recuperação do passado e do seu património, mas não podemos que é um gesto reaccionário nem estéril.

A beleza do latim não é alternativa ou contraposta à Igreja pós-conciliar.

Depois eu gostaria de saber se aqueles que participam nos ritos latinos se sentem capazes de traduzir os hinos de S. Ambrósio, tão refinados e complexos... E também eles fazem falta.»

Corriere della sera via blogue ‘Papa Ratzinger’ AQUI

A resposta do próximo

Esta crise inverteu o efeito relativo dos mecanismos comunitários. Portugal mudou e é daí que sairá a resposta aos nossos males, apesar de não darmos por isso.
Nas décadas de facilidade e endividamento aprendemos que os nossos problemas se resolviam através de duas formas principais: política e economia. Os meios válidos para o sucesso social eram o poder ou o dinheiro. O resto não interessava. Ora foi precisamente aí que a crise bateu, com défice orçamental e recessão produtiva a paralisar os sistemas político-económicos. Hoje a maioria das pessoas vira-se para aqueles lados que o dirigismo e materialismo das últimas décadas descuraram ou agrediram: família e Igreja.
Com Estado e economia manifestando incompetência, as pessoas aflitas regressam às redes informais. O papel dos institutos e mercados é indiscutível, mas se não fossem os parentes e as paróquias muita gente estaria perdida. Isto é irónico, pois as análises e políticas continuam a seguir a linha tradicional, esforçando-se por desacreditar esses velhos laços e substituí-los por métodos modernos e técnicos, em repartições públicas e relações comerciais. Pior, as agressivas medidas laicistas e anti-família lançam ataque feroz contra essas formas sociais básicas. Totalitarismo assistencial e promoção do aborto e divórcio permanecem virulentos. Apesar de todos os esforços, família e Igreja sobrevivem e com elas contamos nesta terrível crise do Estado e economia. São mesmo a única hipótese em certos traços da crise, que os mecanismos oficiais descuram.
Aquilo que mais aflige as análises comuns é a terrível sorte dos mais pobres. Mas não são os pobres os mais afectados pela crise, como se vê bem em alguns indicadores esquecidos. As taxas de desemprego das pessoas sem graus de escolaridade ou com o primário continuam abaixo das do terceiro ciclo e secundário, os quais são quase metade dos desempregados. Mesmo as medidas de austeridade vêm com uma ressalva para os rendimentos inferiores. O peso da crise está pois a cair na classe média. Muitos que tinham certa prosperidade estão agora a apertar o cinto, ou mesmo a cair na pobreza. Aliás são esses que protestam: funcionários, professores e outros profissionais dominam a contestação ao governo.
É importante notar que este facto não reduz, antes aumenta o sofrimento. A pobreza é sempre dramática, mas a pior vem quando a queda na miséria se faz a partir do conforto. O embate, surpresa, desajustamento são muito maiores, precisamente porque essas pessoas nunca conheceram a privação. Em geral domina a vergonha e o desespero. Não só ignoram os apoios disponíveis, mas os próprios mecanismos de assistência identificam ou lidam mal com casos que surgem de lados inesperados. Esta nova e inesperada pobreza é muito mais grave que a endémica, precisamente por ser inusitada. Estado e empresas têm dificuldade em reagir. Só os próximos acodem.
D. José Policarpo disse-o há dias: "Penso que houve uma coisa muito bonita desta crise que estamos a viver que foi que a participação da Igreja não foi de palavras, foi de obras. E graças a Deus com uma grande resposta. Desafiámos os nossos cristãos a estar atentos ao seu próximo, ao seu vizinho e a agir. Em vez de estar a tomar posições solenes de condenação de soluções governativas, olhar o que as pessoas estão a viver... é isso que é a nossa missão. Esta foi uma opção muito simples de realismo da caridade cristã." (Rádio Renascença, 4/Out.)
O grande valor destas declarações está numa forma totalmente diferente de olhar a situação nacional. Uma sociedade saudável precisa de equilíbrio entre família, economia, Estado e Igreja. A crise nasceu do desequilíbrio e mesmo hoje a generalidade das análises continua a assumir uma solução político-económica, mesmo quando a crise mostra a fragilidade desses mecanismos. Reduzimos a eles a nossa opinião, acusando credores e políticos e acreditando que basta mudar ministros ou leis e tudo volta a funcionar. Mas a solução mais próxima é normalmente a mais eficaz.
João César das Neves in DN online AQUI

A verdade é o caminho

«A pastoral correcta conduz à verdade, suscita amor à verdade e ajuda também a suportar a dor da verdade. Esta mesma deve ser um modo de caminharmos juntos ao longo do difícil e belo caminho para a vida nova, que é também o caminho para a verdadeira e grande alegria»

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

'Ave Sanctissima Maria' de Juan de Anchieta (1462 - 1523)

Que relações teve Jesus com o império romano? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra

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Amar a Igreja

Dizer-se católico e não amar a Igreja e os seus membros é uma impossibilidade, porque ela é o próprio Corpo de Cristo sendo Ele a sua Cabeça. Aos que assim não entendem, rogo-lhes que não se intitulem como católicos, cristãos talvez; mas acima de tudo peço-lhes com humildade e amor fraterno, que leiam e releiam as Sagradas Escrituras e lá encontrarão resposta para todas as vossas dúvidas, sempre no pressuposto da presença do elemento essencial que é a Fé, sem ela…

JPR

«Para que este amor sólido e íntegro more nas nossas almas e aumente dia a dia, é necessário que nos acostumemos a ver na Igreja o próprio Cristo. Porque Cristo é quem vive na Sua Igreja, quem por meio dela ensina, governa e confere a Santidade; Cristo é também quem de vários modos Se manifesta nos Seus membro sociais»
 
(Mystici Corporis, nº 43 – Pio XII)

«Deposto todo o juízo, devemos ter ânimo aparelhado e pronto para obedecer em tudo à verdadeira esposa de Cristo nosso Senhor, que é a nossa mãe Igreja»
 
(Exercícios Espirituais, nº 353 – Santo Inácio de Loyola)

Sozinhos nada conseguimos…

«Se nós ficarmos sozinhos, com a nossa própria força, não conseguimos construir a nossa vida como uma casa sólida. A nossa força e a nossa sabedoria não são capazes. A vida humana será, portanto, absurda, será desespero, ou seja, vida insensata para a morte. (…). Nós somos sábios quando saímos do estulto isolamento da auto-realização, que constrói sobre a areia das capacidades pessoais. Nós somos sábios quando não procuramos construir a casa meramente privada da nossa vida individual, cada um por si e isolados. A nossa sabedoria é construir com Ele a casa comum de tal forma que nos tornemos nós mesmos a Sua casa viva».

(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)

«Na terra há apenas uma raça: a raça dos filhos de Deus. Todos devemos falar a mesma língua: a que o nosso Pai que está nos Céus nos ensina; a língua dos diálogos de Jesus com seu Pai; a língua que se fala com o coração e com a cabeça; (…) Para isso necessitamos das disposições humildes da alma cristã: não pretender reduzir a grandeza de Deus aos nossos pobres conceitos, às nossas explicações humanas, mas compreender que esse mistério, na sua obscuridade, é uma luz que guia a vida dos homem».

(“Cristo que passa” 13 – S. Josemaría Escrivá de Ballaguer)

«Procurem os católicos cooperar com todos os homens de boa vontade para promover quanto há de verdadeiro, de justo, de santo, de amável»

(Concílio Vaticano II – Apostolicam actuositatem, nº 14)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1971

“Em qualquer profissão – comenta -, depois de tantos anos, seria um mestre. No amor de Deus sou sempre um aprendiz”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O Ano da Fé

“Quem é que roubou o meu queijo?”. Este livro esteve na berra há uns anos atrás. Segundo ouvi dizer, conta a história de uns ratinhos que viviam num labirinto e que dependiam do queijo como alimento para sobreviverem. Tinham descoberto um lugar onde havia abundância de queijo e, apoiados nessa segurança, viviam felizes e contentes.

Certo dia, porém, deram-se conta de que o queijo tinha acabado. A reacção de cada um deles foi diferente. Uns continuaram a procurar o queijo no lugar habitual com o argumento de que “sempre tivemos alimento aqui e isso agora, evidentemente, não vai mudar”.

Outros, pelo contrário, já se tinham dado conta de que o queijo estava a terminar. Por isso, prudentemente, tiveram a preocupação de procurar esse alimento noutros lugares. Como o tinham encontrado, já não dependiam somente do queijo daquele local para sobreviverem.

Esta história faz-nos pensar que a nossa vida muda com muita frequência. Por isso, o modo como realizamos o trabalho e os meios com que contamos para o fazer podem vir a tornar-se obsoletos. Cada um de nós acumula, com o passar do tempo, uma série de costumes e experiências que determinam o nosso estilo de trabalhar e também o nosso estilo de viver. Um belo dia, porém, damo-nos conta de que essas rotinas já não funcionam: necessitam de ser adaptadas às novas circunstâncias.

Por esse motivo, entre outros, somos seres inteligentes, com capacidade de adaptar-nos às novas situações. Dizer isto, no entanto, não é o mesmo que dizer que tudo na vida é mutável, passageiro e efémero. Se tudo fosse mutável, uma pessoa com princípios éticos seria obsoleta por definição. Se os princípios mudam com as circunstâncias, das duas uma: ou não sabemos o que são princípios ou não os temos.

Como dizia uma personagem sem princípios enquanto negociava: «Que fique claro que estes são os meus princípios. Porém, se não gosta deles, eu arranjo outros. O único importante é fecharmos hoje o negócio». Os princípios, se o são de verdade, não só não nos impedem de adaptar-nos às novas circunstâncias, como são a base firme que nos permite um apoio nessas mudanças.

Talvez por isso ― entre outros motivos ― Bento XVI quis convocar este Ano da Fé. Para que conheçamos bem os princípios da fé cristã. Que redescubramos a alegria de acreditar e o entusiasmo de comunicar a fé como aquilo que é: o maior tesouro que Deus nos deu. Uma fé que, como diz o Papa, tem de ser professada, celebrada, vivida e rezada. Uma fé que não é uma teoria ― é o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja.

Os tempos mudam ― as circunstâncias também ― mas a nossa fé permanece e permanecerá sempre a mesma. E é a partir dela que podemos adaptar-nos à conjuntura actual e empenhar-nos numa nova evangelização. Uma evangelização que é nova mas que procede da fé de sempre: aquela que nos deixou Jesus Cristo e que a Igreja tem a missão de guardar e transmitir com fidelidade.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

«Aumenta a nossa fé» (Lc 17,5)

São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja 
Catequese baptismal 5, 10-11


A palavra «fé» tem um duplo significado. Há, na verdade, um aspecto da fé que diz respeito aos dogmas e que consiste em concordar com uma dada verdade. Este aspecto da fé é proveitoso para a alma, segundo a palavra do Senhor: «Quem ouve a Minha palavra e crê n'Aquele que Me enviou tem a vida eterna» (Jo 5,24). [...]

Mas há um segundo aspecto da fé: é a fé que nos foi dada por Cristo como carisma, gratuitamente, como dom espiritual. «A um é dada, pela acção do Espírito, uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito; a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o dom das curas, no único Espírito» (1Co 12,8-9). Esta fé que nos é dada como graça pelo Espírito Santo não é pois apenas uma fé dogmática, mas tem também o poder de realizar coisas que ultrapassam as forças humanas. Quem possui essa fé dirá «a este monte: “Tira-te daí e lança-te ao mar” [...], assim acontecerá». Pois, quando alguém pronuncia esta palavra com fé «e não vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz se vai realizar» (Mc 11,23), recebe a graça da sua realização. É desta fé que foi dito: se tivésseis fé «como um grão de mostarda». Na verdade, o grão de mostarda é muito pequeno, mas tem em si uma energia fogosa; semente minúscula, desenvolve-se a ponto de estender os seus longos ramos e de até poder abrigar as aves do céu (cf Mt 13,32). Do mesmo modo, a fé realiza numa alma os maiores feitos, num piscar de olhos.

Quando está iluminada pela fé, a alma representa Deus diante de si e contempla-O tanto quanto possível. Abarca os limites do universo e, antes do fim dos tempos, já vê o julgamento e o cumprimento das promessas. Tu, portanto, possui essa fé que depende de Deus e que te leva a Ele; então receberás d'Ele essa fé que age para além das forças humanas.

«Perdoa-lhe»

Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara 
Carta de 15/07/1916


O amor não consiste em sentirmos que amamos, mas em querermos amar. Quando queremos amar, amamos; quando queremos amar acima de tudo, amamos acima de tudo. Se acontecer sucumbirmos a uma tentação, é porque o amor é demasiado fraco, não é porque ele não exista. É preciso chorar, como São Pedro, arrependermo-nos como São Pedro [...] mas, também como ele, dizer três vezes: «Amo-Vos, amo-Vos, amo-Vos, Vós sabeis que, apesar das minhas fragilidades e pecados, eu Vos amo» (Jo 21,15ss).

Quanto ao amor que Jesus tem por nós, Ele provou-o à abundância para que nele acreditemos sem o sentirmos. Sentir que O amamos e que Ele nos ama seria o céu; mas o céu, salvo em raros momentos e excepções, não é aqui em baixo.

Lembremos sempre uns aos outros esta história dupla: a das graças que Deus nos deu pessoalmente desde o nascimento e a das nossas infidelidades ; e aí acharemos [...] motivos infinitos para nos perdermos, com ilimitada confiança, no Seu amor. Ele ama-nos porque é bom, não porque somos bons; não amam as mães os filhos desencaminhados? E muitas razões havemos de encontrar para nos enterrarmos na humildade e na falta de confiança em nós próprios. Procuremos resgatar um pouco os nossos pecados pelo amor ao próximo, pelo bem feito ao próximo. A caridade para com o próximo, os esforços para fazer bem aos outros  são um excelente remédio a opor às tentações: é passar da simples defesa ao contra-ataque.

Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 12 de Novembro de 2012

Assim falou Jesus; depois, levantando os olhos ao céu, disse: «Pai, chegou a hora: Glorifica o Teu Filho, para que Teu Filho Te glorifique a Ti e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, dê a vida eterna a todos os que lhe deste. Ora a vida eterna é esta: Que Te conheçam a Ti como o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo a Quem enviaste. Glorifiquei-Te sobre a terra; acabei a obra que Me deste a fazer. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha em Ti antes que houvesse mundo. «Manifestei o Teu nome aos homens que Me deste do meio do mundo. Eram Teus e Tu Mos deste; e guardaram a Tua palavra.

Lc 17, 1-6