Obrigado, Perdão Ajuda-me
sábado, 12 de abril de 2014
PAIXÃO
ilustração de Carlos Ribeiro |
Na semana santa, a Igreja recorda a paixão e morte de Jesus Cristo.
Apesar de não ser, para um cristão, um relato inédito, impressiona sempre essa tão viva recordação de um facto acontecido há cerca de dois mil anos, mas sempre presente. Na realidade, a todos incomoda e interpela a crueldade do suplício infligido ao crucificado. Por mais que se teorize o padecimento humano e se enalteça o seu valor, a dor dói. Decerto, porque fere o corpo, mas sobretudo porque é incom...preensível para a razão.
Não obstante o mistério de um tão grande sofrimento, não é esse o centro para onde converge a liturgia da Igreja no tríduo pascal. Não é à dor que se presta homenagem, na prostração inicial dos celebrantes, no eloquente intróito da paixão do Senhor, na sexta-feira santa. Não é a cruz que se adora quando, genuflectindo, se beija o madeiro.
Com efeito, a dor, pela dor, nada vale. O maior sofrimento pode ser vazio de sentido e de valor. Até o sacrifício da própria vida pode não ter, mesmo em termos religiosos, nenhuma relevância.
Nada vale se não for por amor e ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Os fiéis são convidados a prostrarem-se diante da Cruz, não para adorarem o sofrimento de Jesus, mas para nela se reconhecerem amados por ele, com um amor que, sendo universal, é também individual. São Paulo tinha consciência de ser pessoalmente destinatário desse amor infinito do Deus humanado, «que me amou e se entregou por mim» (Gal 2, 20).
Jesus, «tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao extremo» (Jo 13, 1). É o amor de Cristo que a Igreja celebra na sua paixão, a maior prova desse amor por todos e por cada um, sem excepção. Um amor que é, verdadeiramente, paixão.
.
Gonçalo Portocarrero de Almada
jornal i -12 abril 2014
«Para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos»
São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo e Doutor da Igreja
Está escrito: «Nós, que somos muitos, constituímos um só corpo em Cristo» (Rom 12, 5), porque Cristo nos congrega na unidade, pelos laços do amor: «Ele que, de dois povos, fez um só, destruindo o muro de inimizade que os separava, anulando pela Sua carne a Lei, os preceitos e as prescrições» (Ef 2, 14-15). Temos, pois, de ter os mesmos sentimentos recíprocos: «Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se alegram com ele» (1Cor 12, 26). Por isso, prossegue São Paulo, «acolhei-vos uns aos outros, como Cristo também vos acolheu, para glória de Deus» (Rom 15, 7). Acolhamo-nos uns aos outros, se queremos ter os mesmos sentimentos, «suportando-nos uns aos outros com caridade, solícitos em conservar a unidade de espírito, mediante o vículo da paz» (Ef 4, 2-3) Foi assim que Deus nos acolheu em Cristo, que disse: «Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o Seu Filho único» (Jo 3, 16). Com efeito, o Filho foi dado em resgate pela vida de todos nós, e nós fomos libertados da morte, resgatados da morte e do pecado.
São Paulo esclarece as perspectivas deste plano de salvação quando afirma que «Cristo Se fez servidor dos circuncisos, a fim de mostrar a veracidade de Deus» (Rom 15, 8). Porque Deus tinha prometido aos patriarcas, pais dos judeus, que abençoaria a sua descendência, que seria tão numerosa como as estrelas do céu. Foi por isso que o Verbo, que é Deus, Se manifestou na carne e Se fez homem. Ele mantém na existência toda a criação e assegura o bem de tudo quanto existe, pois é Deus. Mas veio a este mundo e encarnou, «não para ser servido, mas», como Ele próprio afirmou, «para servir e dar a vida em resgate pela multidão» (Mc 10, 45).
O Evangelho de Domingo dia 13 de abril de 2014 - Domingo de Ramos
Então um dos doze, que se chamava Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes, e disse-lhes: «Que me quereis dar e eu vo-l'O entregarei?». Eles prometeram-lhe trinta moedas de prata. E desde então buscava oportunidade para O entregar. No primeiro dia dos ázimos, aproximaram-se de Jesus os discípulos, dizendo: «Onde queres que Te preparemos o que é necessário para comer a Páscoa?». Jesus disse-lhes: «Ide à cidade, a casa de um tal, e dizei-lhe: “O Mestre manda dizer: O Meu tempo está próximo, quero celebrar a Páscoa em tua casa com os Meus discípulos”». Os discípulos fizeram como Jesus tinha ordenado e prepararam a Páscoa. Ao entardecer, pôs-se Jesus à mesa com os doze. Enquanto comiam, disse-lhes: «Em verdade vos digo que um de vós Me há-de trair». Eles, muito tristes, cada um começou a dizer: «Porventura sou eu, Senhor?» Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse é que Me há-de trair. O Filho do Homem vai certamente, como está escrito d'Ele, mas ai daquele homem por quem será entregue o Filho do Homem! Melhor fora a tal homem não ter nascido». Judas, o traidor, tomou a palavra e disse: «Porventura, sou eu, Mestre?». Jesus respondeu-lhe: «Tu o disseste». Enquanto comiam, tomou Jesus o pão, pronunciou a bênção, e partiu-o, e deu-o aos Seus discípulos, dizendo: «Tomai e comei, isto é o Meu corpo». Tomando depois o cálice, deu graças, e deu-lho, dizendo: «Bebei dele todos. Porque isto é o Meu sangue, o sangue da nova aliança, que será derramado por todos para remissão dos pecados. Digo-vos, porém: desta hora em diante não beberei mais deste fruto da videira, até àquele dia em que o beberei de novo convosco no reino de Meu Pai». Depois do canto dos salmos, saíram para o monte das Oliveiras. Então Jesus disse-lhes: «A todos vós serei esta noite uma ocasião de escândalo, porque está escrito: “Ferirei o pastor e as ovelhas do rebanho se dispersarão”. Porém, depois de Eu ressuscitar, irei diante de vós para a Galileia». Pedro respondeu-Lhe: «Ainda que todos se escandalizem a Teu respeito, eu nunca me escandalizarei». Jesus disse-lhe: «Em verdade te digo que esta noite, antes que o galo cante, negar-Me-ás três vezes». Pedro disse: «Ainda que eu tenha de morrer contigo, não Te negarei». Do mesmo modo falaram todos os discípulos. Então foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsemani, e disse-lhes: «Sentai-vos aqui, enquanto Eu vou acolá orar». E, tendo tomado consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-Se e a angustiar-Se. Disse-lhes então: «A Minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai comigo». Adiantando-Se um pouco, prostrou-Se com o rosto em terra, e fez esta oração: «Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice! Todavia, não se faça como Eu quero, mas sim como Tu queres». Depois foi ter com os Seus discípulos, encontrou-os a dormir, e disse a Pedro: «Então não pudeste vigiar uma hora comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca». Retirou-Se de novo pela segunda vez, e orou assim: «Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba, faça-se a Tua vontade». Foi novamente e encontrou-os a dormir, porque os seus olhos estavam carregados de sono. Deixando-os, foi de novo, e orou terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Depois foi ter novamente com os discípulos, e disse-lhes: «Dormi agora e descansai, eis que chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, vamos. Eis que se aproxima aquele que Me há-de entregar». Estando Ele ainda a falar, eis que chega Judas, um dos doze, e com ele uma grande multidão com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo. O traidor tinha-lhes dado este sinal: «Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-O». Aproximando-se logo de Jesus, disse: «Salve, Mestre!». E deu-Lhe um beijo.Jesus disse-lhe: «Amigo, a que vieste?». Então avançaram, lançaram mãos a Jesus, e prenderam-n'O. E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão desembainhou a sua espada, e, ferindo um servo do Sumo Sacerdote, cortou-lhe uma orelha. Jesus disse-lhe: «Mete a tua espada no seu lugar, porque todos os que pegarem na espada morrerão à espada. Julgas porventura que Eu não posso rogar a Meu Pai e que poria já ao Meu dispor mais de doze legiões de anjos? Mas, como se cumprirão as Escrituras segundo as quais assim deve suceder?». Depois, Jesus disse à multidão: «Vós viestes armados de espadas e varapaus para Me prender, como se faz a um ladrão. Todos os dias estava Eu sentado entre vós a ensinar no templo, e não Me prendestes». Mas tudo isto aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então todos os discípulos O abandonaram e fugiram. Os que tinham prendido Jesus levaram-n'O a casa de Caifás, Sumo Sacerdote, onde os escribas e os anciãos se tinham reunido. Pedro seguia-O de longe, até ao átrio do príncipe dos sacerdotes. E, tendo entrado, sentou-se com os servos para ver o fim de tudo isto. Entretanto os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum falso testemunho contra Jesus, a fim de O entregarem à morte, e não o encontravam, embora se tivessem apresentado muitas testemunhas falsas. Por último, chegaram duas testemunhas, que declararam: «Este homem disse: “Posso destruir o templo de Deus e reedificá-lo em três dias”». Levantando-se, o Sumo Sacerdote disse-Lhe: «Nada respondes ao que estes depõem contra Ti?». Jesus, porém, mantinha-Se calado. E o Sumo Sacerdote disse-Lhe: «Eu Te conjuro, por Deus vivo, que nos digas se és o Cristo, o Filho de Deus». Jesus respondeu-lhes: «Tu o disseste. Digo-vos mais, que haveis de ver o Filho do Homem sentado à direita do poder de Deus, e vir sobre as nuvens do céu». Então o Sumo Sacerdote rasgou as vestes, dizendo: «Blasfemou; que necessidade temos de mais testemunhas? Vedes, acabais de ouvir a blasfémia. Que vos parece?». Eles responderam: «É réu de morte!». Então cuspiram-Lhe no rosto e feriram-n'O a punhadas. Outros deram-Lhe bofetadas, dizendo: «Adivinha, Cristo: Quem é que Te bateu?». Entretanto, Pedro estava sentado fora, no átrio. Aproximou-se dele uma criada, dizendo: «Também tu estavas com Jesus, o Galileu». Mas ele negou diante de todos, dizendo: «Não sei o que dizes». Saindo ele à porta, viu-o outra criada e disse aos que ali se encontravam: «Este também andava com Jesus Nazareno». Novamente negou ele com juramento, dizendo: «Não conheço tal homem». Pouco depois aproximaram-se de Pedro os que ali estavam, e disseram: «Certamente também tu és deles, porque até a tua fala te dá a conhecer». Então começou a dizer imprecações e a jurar que não conhecia tal homem. Imediatamente cantou um galo. Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe dissera: «Antes de cantar o galo, três vezes Me negarás». E, saindo para fora, chorou amargamente. Ao romper da manhã, todos os príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo tiveram conselho contra Jesus, para O entregarem à morte. Em seguida, manietado, levaram-n'O e entregaram-n'O ao governador Pôncio Pilatos. Então Judas, o traidor, vendo que Jesus fora condenado, tocado pelo remorso, tornou a levar as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: «Pequei, entregando sangue inocente». Mas eles disseram: «Que nos importa? Isso é contigo!». Então, tendo atirado as moedas de prata para o templo, retirou-se e foi-se enforcar. Os príncipes dos sacerdotes, tomando as moedas de prata, disseram: «Não é lícito deitá-las na arca das esmolas, porque são preço de sangue». E, tendo consultado entre si, compraram com elas o Campo do Oleiro para sepultura dos estrangeiros. Por esta razão aquele campo foi chamado até ao dia de hoje “campo de sangue”. Então se cumpriu o que foi anunciado pelo profeta Jeremias: “Tomaram as trinta moedas de prata, custo d'Aquele cujo preço foi avaliado pelos filhos de Israel, e deram-nas pelo Campo do Oleiro, como o Senhor me ordenou”. Jesus foi apresentado diante do governador, que O interrogou, dizendo: «És Tu o Rei dos Judeus?». Jesus respondeu-lhe: «Tu o dizes». Mas, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. Então Pilatos disse-Lhe: «Não ouves de quantas coisas Te acusam?». E não lhe respondeu a palavra alguma, de modo que o governador ficou muito admirado. O governador costumava, por ocasião da festa da Páscoa, soltar aquele preso que o povo quisesse. Naquela ocasião tinha ele um preso famoso, que se chamava Barrabás.1Estando eles reunidos, perguntou-lhes Pilatos: «Qual quereis vós que eu vos solte? Barrabás ou Jesus, que se chama Cristo?». Porque sabia que O tinham entregado por inveja. Enquanto ele estava sentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer: «Não te metas com esse justo, porque fui hoje muito atormentada em sonhos por causa d'Ele». Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e que fizesse morrer Jesus. O governador, tomando a palavra, disse-lhes: «Qual dos dois quereis que vos solte?». Eles responderam: «Barrabás!». Pilatos disse-lhes: «Que farei então de Jesus, que se chama Cristo?». Disseram todos: «Seja crucificado!». O governador disse-lhes: «Mas que mal fez Ele?». Eles, porém, gritavam mais alto: «Seja crucificado!». Pilatos, vendo que nada conseguia, mas que cada vez o tumulto era maior, tomando água, lavou as mãos diante do povo, dizendo: «Eu sou inocente do sangue deste justo; a vós pertence toda a responsabilidade!». Todo o povo respondeu: «O Seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos». Então soltou-lhes Barrabás. Quanto a Jesus, depois de O ter mandado flagelar, entregou-O para ser crucificado.2Então os soldados do governador, conduzindo Jesus ao Pretório, juntaram em volta d'Ele toda a coorte. Depois de O terem despido, lançaram sobre Ele um manto escarlate. Em seguida, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-Lha na cabeça, e na mão direita uma cana. E, dobrando o joelho diante d'Ele, O escarneciam, dizendo: «Salve, ó rei dos Judeus!». Cuspindo-Lhe, tomavam a cana e batiam-Lhe com ela na cabeça. Depois que O escarneceram, tiraram-Lhe o manto, revestiram-n'O com os Seus vestidos e levaram-n'O para O crucificar. Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, ao qual obrigaram a levar a cruz de Jesus. Tendo chegado ao lugar chamado Gólgota, isto é, “lugar da Caveira”, deram-Lhe a beber vinho misturado com fel. Tendo-o provado, não quis beber. Depois que O crucificaram, repartiram entre si os Seus vestidos, lançando sortes. E, sentados, O guardavam. Puseram por cima da Sua cabeça uma inscrição indicando a causa da Sua condenação: «Este é Jesus, o Rei dos Judeus». Ao mesmo tempo foram crucificados com Ele dois ladrões: um à direita e outro à esquerda. Os que passavam, movendo as suas cabeças, ultrajavam-n'O, dizendo: «Ó Tu, que destróis o templo e o reedificas em três dias, salva-Te a Ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz!». Igualmente, também os príncipes dos sacerdotes com os escribas e os anciãos, insultando-O, diziam: «Ele salvou outros e a Si mesmo não se pode salvar. Se é rei de Israel, desça agora da cruz e acreditaremos n'Ele. Confiou em Deus: Se Deus O ama, que O livre agora; porque Ele disse: “Eu sou o Filho do Deus”». Do mesmo modo O insultavam os ladrões que estavam crucificados com Ele. Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra. Perto da hora nona, exclamou Jesus com voz forte: «Eli, Eli, lemá sabachtani?», isto é: «Meu Deus, Meu Deus, porque Me abandonaste?». Ao ouvir isto, alguns dos que ali estavam, diziam: «Ele chama por Elias». Imediatamente, um deles, a correr, tomou uma esponja, ensopou-a em vinagre, pô-la sobre uma cana, e dava-Lhe de beber. Porém, os outros diziam: «Deixa; vejamos se Elias vem livrá-l'O». Jesus, soltando de novo um alto grito, expirou. E eis que o véu do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo, a terra tremeu, as rochas fenderam-se, as sepulturas abriram-se, e muitos corpos de santos, que tinham adormecido, ressuscitaram, e saindo das sepulturas depois da ressurreição de Jesus, foram à cidade santa e apareceram a muitos. O centurião e os que com ele estavam de guarda a Jesus, vendo o terramoto e as coisas que aconteciam, tiveram grande medo, e diziam: «Na verdade Este era Filho de Deus!». Estavam também ali, olhando de longe, muitas mulheres, que tinham seguido Jesus servindo-O desde a Galileia. Entre elas estava Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. Ao cair da tarde, veio um homem rico de Arimateia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos mandou então que lhe fosse dado o corpo. José, tomando o corpo, envolveu-O num lençol limpo, e depositou-O no seu sepulcro novo, que tinha mandado abrir numa rocha. Depois rolou uma grande pedra para diante da boca do sepulcro, e retirou-se. Maria Madalena e a outra Maria estavam lá, sentadas diante do sepulcro. No outro dia, que é o seguinte à Preparação, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus foram juntos ter com Pilatos, e disseram-lhe: «Senhor, lembramo-nos que aquele impostor, quando ainda vivia, disse: “Depois de três dias ressuscitarei”. Ordena, pois, que seja guardado o sepulcro até ao terceiro dia, para que não venham os discípulos, O roubem, e digam ao povo: “Ressuscitou dos mortos”. E assim, o último embuste seria pior do que o primeiro». Pilatos respondeu-lhes: «Tendes guardas; ide, guardai-O como entenderdes». Foram, e tomaram bem conta do sepulcro, selando a pedra e pondo lá guardas
Mt 26, 14-75.27, 1-66
Sermos exemplo…
Tarefa árdua nos tempos que correm, quer pelas nossas fraquezas, quer por competirmos com meios poderosíssimos como a publicidade e argumentos televisivos completamente vazios de quaisquer valores, já para não falar do mais elementar pudor.
Mas não desanimemos, lembremo-nos das cartas de incentivo que S. Paulo escreveu em cativeiro, “Tudo o que fizerdes por palavras ou por obras, tudo seja em nome do Senhor Jesus, dando graças, por Ele, a Deus-Pai” (Col 3, 17).
JPR
«Não esqueçais, contudo, que estais também na presença dos homens e que estes esperam de vós - de ti! - um testemunho cristão. Por isso, na ocupação profissional, temos de actuar de tal maneira, do ponto de vista humano, que não fiquemos envergonhados nem façamos corar quem nos conhece e nos ama».
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, nº 66)
«É melhor que morra um só homem pelo povo»
Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa
«Revelações do Amor Divino», cap. 32
«Revelações do Amor Divino», cap. 32
O nosso bom Senhor disse-me certa vez: «Todas as coisas vão acabar em bem»; e doutra vez disse-me: «Verás que tudo acabará em bem.» Com estas palavras, a minha alma percebeu […] que Ele quer que saibamos que Ele presta atenção, não somente às coisas nobres e grandes, mas também às que são humildes, pequenas, pouco elevadas, simples. É isto que Ele quer dizer quando declara: «Tudo, seja o que for, terminará em bem.»
Ele quer fazer-nos entender que nem a menor coisa será esquecida. E quer que compreendamos que muitas acções são tão más a nossos olhos e nos causam tanta dor, que parece impossível que possam ter um fim bom; e assim, afligimo-nos e lamentamo-nos, de tal modo que deixamos de ser capazes de encontrar a paz na contemplação bem-aventurada de Deus, como devíamos. Porque aqui em baixo raciocinamos de forma tão cega, tão baixa, tão simplista, que nos é impossível conhecer a sabedoria elevada e maravilhosa, o poder e a bondade da Santíssima Trindade. […] É como se Deus dissesse: «Tende o cuidado de acreditar e confiar em Mim, e no final vereis tudo na verdade, e portanto na plenitude da alegria.» […]
Há uma obra que a Santíssima Trindade realizará no último dia, segundo vejo. Quando esta obra vai ser feita e como será feita, nenhuma criatura abaixo de Cristo o sabe e ninguém o saberá até ao seu cumprimento. […] Se Deus quer que saibamos que Ele fará esta obra, é para que estejamos mais à vontade, mais pacificados no amor, que deixemos de fixar o olhar nas tempestades que nos impedem de verdadeiramente nos alegrarmos nele. Esta é a grande obra ordenada por Nosso Senhor desde toda a eternidade, um tesouro profundamente escondido no seu seio bendito, e só conhecida por Ele. Por esta obra, Ele vai garantir que tudo acabe em bem, porque tal como a Santíssima Trindade criou todas as coisas do nada, assim vai tornar boas todas as coisas que o não são.
Ele quer fazer-nos entender que nem a menor coisa será esquecida. E quer que compreendamos que muitas acções são tão más a nossos olhos e nos causam tanta dor, que parece impossível que possam ter um fim bom; e assim, afligimo-nos e lamentamo-nos, de tal modo que deixamos de ser capazes de encontrar a paz na contemplação bem-aventurada de Deus, como devíamos. Porque aqui em baixo raciocinamos de forma tão cega, tão baixa, tão simplista, que nos é impossível conhecer a sabedoria elevada e maravilhosa, o poder e a bondade da Santíssima Trindade. […] É como se Deus dissesse: «Tende o cuidado de acreditar e confiar em Mim, e no final vereis tudo na verdade, e portanto na plenitude da alegria.» […]
Há uma obra que a Santíssima Trindade realizará no último dia, segundo vejo. Quando esta obra vai ser feita e como será feita, nenhuma criatura abaixo de Cristo o sabe e ninguém o saberá até ao seu cumprimento. […] Se Deus quer que saibamos que Ele fará esta obra, é para que estejamos mais à vontade, mais pacificados no amor, que deixemos de fixar o olhar nas tempestades que nos impedem de verdadeiramente nos alegrarmos nele. Esta é a grande obra ordenada por Nosso Senhor desde toda a eternidade, um tesouro profundamente escondido no seu seio bendito, e só conhecida por Ele. Por esta obra, Ele vai garantir que tudo acabe em bem, porque tal como a Santíssima Trindade criou todas as coisas do nada, assim vai tornar boas todas as coisas que o não são.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 12 de abril de 2014
Então, muitos dos judeus que tinham ido visitar Maria e Marta, vendo o que Jesus fizera, acreditaram n'Ele. Porém, alguns deles foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. Os pontífices e os fariseus reuniram-se então em conselho e disseram: «Que fazemos, já que Este homem faz muitos milagres? Se O deixamos proceder assim, todos acreditarão n'Ele; e virão os romanos e destruirão a nossa cidade e a nossa nação!». Mas um deles, chamado Caifás, que era o Sumo Sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada, nem considerais que vos convém que morra um homem pelo povo e que não pereça toda a nação!». Ora ele não disse isto por si mesmo, mas, como era Sumo Sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação, e não somente pela nação, mas também para unir num só corpo os filhos de Deus dispersos. Desde aquele dia tomaram a resolução de O matar. Jesus, pois, já não andava em público entre os judeus, mas retirou-Se para uma terra vizinha do deserto, para a cidade chamada Efraim e lá esteve com os Seus discípulos. Estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos daquela região subiram a Jerusalém antes da Páscoa para se purificarem. Procuravam Jesus e diziam uns para os outros, estando no templo: «Que vos parece, não virá Ele à festa?».
Jo 11, 45-56
Subscrever:
Mensagens (Atom)