Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 11 de julho de 2009

Audiência do Santo Padre a Barack Obama (vídeo não editado e sem texto, apenas com som ambiente)

Esperança e realismo - Editorial

Realismo e esperança, apesar da crise económica mundial. Eis a terceira encíclica de Bento XVI em breve síntese ou, melhor, segundo a rápida aproximação a um texto tão importante e rico quão longa foi a sua elaboração. Para continuar uma tradição de documentos papais iniciada em 1891 pela célebre Rerum novarum de Leão XIII e depois desenvolvida com vigor em 1931 pelas duas encíclicas de Pio XI sucessivas à grande recessão económica e financeira que se manifestara dois anos antes: a Quadragesimo anno e a quase desconhecida Nova impendet sobre a gravidade da crise e sobre a loucura da corrida aos armamentos, que manifestou já então aguda percepção de um problema ainda actual. Até chegar aos ensinamentos sociais de João XXIII, Paulo VI e João Paulo II.

Nesta série se inclui a Caritas in veritate ressaltando, também neste âmbito, a continuidade entre a tradição anterior e a sucessiva ao Vaticano II. Referindo-se de modo particular às encíclicas do predecessor e sobretudo às duas últimas de Montini, que quarenta dias antes de morrer Paulo VI recordou como especialmente expressivas do seu pontificado: a Populorum progressio, ponto de referência contínuo e quase subjacente deste documento beneditino, e a Humanae vitae, da qual é retomada explicitamente também a leitura social, como aconteceu há quarenta anos sobretudo no Terceiro Mundo face à tempestade de críticas, também no interior da Igreja, que nas ricas sociedades ocidentais atacaram a encíclica paulina e parecia que quase a subvertessem.

O que rege todo o esquema da Caritas in veritate, dirigida inusitadamente aos católicos e "a todos os homens de boa vontade", é a relação entre as duas palavras do título. Relacionadas com esta força que dela é feita advir a possibilidade de um desenvolvimento integral da pessoa e da humanidade: garantido precisamente só pela "caridade na verdade", ou seja, pelo amor de Cristo. Como mostra com clareza a introdução. No âmbito deste quadro teológico a encíclica traça uma summa socialis vigilante e actualizada, que desmente se ainda houvesse necessidade a imagem de um Papa só teólogo fechado nos seus aposentos e confirma ao contrário quanto Bento XVI está atento, como teólogo e pastor, à realidade contemporânea em todos os seus aspectos.

No texto sobressai portanto, à primeira vista, a atenção aos fenómenos da mundialização e da tecnocracia, em si neutros mas sujeitos à degeneração por causa "em termos de fé" especifica o Papa do pecado das origens. Um olhar mais atento capta contudo a confiança na possibilidade de um desenvolvimento deveras humano, o que já Paulo VI via contemplado pelo desígnio da providência divina, e sinal, de certa forma, do caminho progressivo da cidade do homem para a de Deus. Não se pode qualificar portanto a atitude de Bento XVI como pessimista a priori, como alguns gostariam, mas também não pode ser comparada com ingénuos e irresponsáveis optimismos, porque se funda sobretudo na confiança tipicamente católica numa razão aberta à presença do divino.

Assim a esfera económica e a técnica pertencem à actividade humana e não devem ser exorcizadas, mas nem sequer deixadas a si mesmas porque devem estar vinculadas ao bem comum, isto é, governadas sob o ponto de vista ético. Para se limitar a um só exemplo, o mero fenómeno da globalização em si não irmana os homens, de modo que são evidentemente necessárias regras e lógicas que a orientem.

Então se a dimensão económica pode e, aliás, deve ser humana, se o momento histórico é propício para abandonar ideologias que sobretudo no século passado deixaram atrás de si unicamente ruínas, então chegou deveras o momento de aproveitar a ocasião oferecida pela crise mundial para sairmos dela juntos, os crentes com os homens e as mulheres de boa vontade. De facto, o Papa a todos escreve que é preciso viver como uma família, sob o olhar do Criador.



Giovanni Maria Vian - Director

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Angelus

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

São Gregório Magno (c. 540-604), papa e Doutor da Igreja

«Pela primeira vez, Ele envia-os dois a dois»

O nosso Senhor e Salvador, caros irmãos, ensina-nos tanto pelas Suas palavras como pelas Suas acções. Em si mesmas, as Suas acções são ordens porque, quando Ele faz qualquer coisa sem dizer nada, mostra-nos como devemos agir. Eis que Ele envia os Seus discípulos a pregar dois a dois, porque os mandamentos da caridade são dois: o amor de Deus e do próximo. O Senhor envia os Seus discípulos a pregar dois a dois para nos sugerir, sem o dizer, que aquele que não tem caridade para com outrem não deve de modo nenhum dedicar-se ao ministério da pregação.

Diz-se, e muito bem, que «Ele os enviou dois a dois à Sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir» (Lc 10, 1). Com efeito, o Senhor vem após os Seus pregadores, porque a pregação é um preliminar; o Senhor vem habitar a nossa alma depois de as palavras de exortação terem vindo e terem feito acolher a verdade na alma. É por isso que Isaías dizia aos pregadores: «Preparai o caminho do Senhor, aplainai uma estrada para o nosso Deus» (40, 3). E o autor dos salmos também lhes diz: «Abri caminho Ao que cavalga ao pôr-do-sol» (Sl 67, 5 Vulg). O Senhor cavalga ao pôr-do-sol porque, tendo adormecido pela Sua Paixão, manifestou-Se com maior glória na Sua Ressurreição. Ele cavalgou ao pôr-do-sol porque, ao ressuscitar, esmagou aos Seus pés a morte que sofrera. Nós abrimos caminho Àquele que cavalga ao pôr-do-sol quando pregamos a Sua glória às vossas almas para que, ao chegar em seguida, Ele as ilumine pela presença do Seu amor.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 12 de Julho de 2009


São Marcos 6, 7-13

Naquele tempo,
Jesus chamou os doze Apóstolos
e começou a enviá-los dois a dois.
Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros
e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho,
a não ser o bastão:
nem pão, nem alforge, nem dinheiro;
que fossem calçados com sandálias,
e não levassem duas túnicas.
Disse-lhes também:
«Quando entrardes em alguma casa,
ficai nela até partirdes dali.
E se não fordes recebidos em alguma localidade,
se os habitantes não vos ouvirem,
ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés
como testemunho contra eles».
Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento,
expulsaram muitos demónios,
ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos.

Bento XVI numa iniciativa não programada ofereceu a Barack Obama um exemplar…




... do compêndio sobre Bioética Católica Dignitas Personae.

(Fonte: ‘Avvenire’ online em http://www.avvenire.it/g8/Obama+Benedetto+XVI_200907101410385970000.htm )

“A caridade supera a justiça…”

… porque amar é dar, oferecer ao outro do que é « meu »; mas nunca existe sem a justiça, que induz a dar ao outro o que é «dele», o que lhe pertence em razão do seu ser e do seu agir.

Caritas in veritate [6] – Bento XVI

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1974

Em Lima, Peru, comenta hoje: “O homem foi criado, como diz a Sagrada Escritura, ut operaretur: para trabalhar. Se os nossos primeiros pais não tivessem pecado, o trabalho não seria custoso, seria uma maravilha; mas realizado por amor de Deus, ainda que se torne pesado, ainda que pareça de pouca transcendência, é sempre algo de grande, que nos faz felizes: é beber o cálice de Jesus Cristo”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1899 )

Gilels toca Beethoven: piano concerto no.3 (2/5)

São Bento, co-patrono da Europa

São Bento nasceu em Núrsia, na Úmbria, por volta do ano 480.

Após concluir os seus estudos em Roma, retirou-se para o monte Subíaco e entregou-se à oração e à penitência. É o fundador do célebre mosteiro do Monte Cassino. Escreveu ali a sua famosa Regra. É considerado o pai do monaquismo no Ocidente.

Morreu no dia 21 de Março de 547. Duzentos anos após a sua morte, a Regra Beneditina havia-se espalhado pela Europa inteira, tornando-se a forma de vida monástica por toda a Idade Média.

Os monges beneditinos exerceram papel importante na evangelização e nos evangelizadores da Europa medieval.

"Orar e trabalhar, contemplar e agir" é a síntese da Regra Beneditina. A vida religiosa não é privilégio exclusivo de seres excepcionais e bem dotados espiritualmente. É possível a todos os que queiram buscar a Deus. Moderação é a tónica geral. Nela já não se fala de mortificação e de penitências:

um bom monge era aquele que não era soberbo nem violento, "não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não murmurador ..."

Não é de estranhar que o emblema monástico tenha passado a ser a cruz e o arado ...

Com S. Cirilo e S. Metódio, S. Bento foi declarado patrono da Europa.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

S. BENTO, ASTRO BRILHANTE DA IGREJA E DA CIVILIZAÇÃO

1. Fulgurante de luz, Bento de Núrcia, glória da Itália e de toda a Igreja, resplandece como astro na escuridão da noite. Quem pacientemente estudar a sua gloriosa vida e entrar, à luz da história, no tempestuoso tempo em que viveu, há-de sentir, indubitavelmente, a realidade da promessa que o Senhor deixou aos Apóstolos e a sociedade que fundara: "Estarei convosco, todos os dias, até a consumação dos tempos" (Mt 27,20). Sentença e promessa que jamais perderá, por certo, a sua actualidade, porque se envolve no curso dos séculos, que a divina Providência governa e encaminha. Com efeito, quando são mais audazes e agressivos os inimigos da religião e mais temerosos os baixios em que se agita a nau Vaticana de Pedro, quando tudo, finalmente, se vai, a desmoronar, e já pereceu de todo a esperança humana, então, precisamente, o amigo que não falta, o divino consolador, dispensador dos tesouros celestiais, Jesus Cristo, aparece para reconstituir as fileiras abaladas, com novos contingentes de atletas, que saiam a defender em campo a república cristã, que a reintegrem como antigamente e que, se puder ser, com o auxílio da graça, a enriqueçam de novas conquistas.

2. Entre esses atletas, refulge com luz particular "Bento, que duplamente o foi: por graça e de nome". Por especialíssimo desígnio da Providência, salientava-se nas trevas do século o santo patriarca, à hora precisa em que a situação da Igreja e dos povos atravessava uma crise profunda. O império romano, que atingira o apogeu da glória, estendendo-se, por efeito duma política justa e moderada, aos povos mais diversos, a ponto de afirmar um dos seus escritores "que melhor que império chamar-se-lhe-ia padroado da terra", como tudo que é humano, tinha declinado para o ocaso. Debilitado e corrompido por dentro, esfacelado, por fora, pelas repetidas incursões dos bárbaros que desciam do setentrião, o Ocidente afundava-se na mais completa ruína. Nesta horrível procela, cheia de perigos e destroços, donde surgiria à humanidade a esperança de auxílio, a garantia de salvar da voragem, intactas ao menos, as relíquias do seu património? Da Igreja católica. Com efeito, todos os empreendimentos e instituições, baseados unicamente no arbítrio dos homens, que reciprocamente se sucedem e engrandecem, no rodar do tempo, vêem, em virtude da própria fragilidade essencial, decair e arruinar-se. A Igreja, porém, possui, derivante do próprio fundador, a propriedade de fruir da vida divina, dum vigor incessante que lhe permite sair da luta com os homens e as coisas sempre vencedora, apta para arrancar, ainda do entulho, uma idade nova e mais feliz e reagregar os povos, com o influxo dos princípios cristãos, numa sociedade rejuvenescida.

3. Por isso, na provável ocorrência do XIV centenário da morte do santo patriarca, em que coroado de méritos e esgotado de trabalhos despendidos em prol de Deus e dos homens, venturosamente passou deste exílio da terra à pátria celeste, houvemos por bem, veneráveis irmãos, salientar, ainda que resumidamente, nesta nossa carta encíclica o momentoso papel que desempenhou na reintegração e reforma das coisas do seu tempo.

Pio XII – excerto Carta Encíclica “Fulgens Radiatur” – 21 de Março de 1947

Nota:

S. Bento foi proclamado Padroeiro da Europa pelo Papa Paulo VI na Carta Apostólica “Pacis nuntius” de 24 de Outubro de 1964

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Pio XII, Papa entre 1939 e 1958

São Bento e a evangelização da Europa

Enquanto o mundo envelhecia no vício, enquanto a Itália e a Europa ostentavam o tremendo espectáculo de um campo de batalha para os povos em conflito, e as instituiçõs monásticas [...] eram menos fortes que o necessário para conseguirem resistir [...], Bento testemunhou, através da sua notável acção e da sua santidade, a eterna juventude da Igreja. Pela palavra e pelo exemplo da disciplina dos costumes, restaurou a vida religiosa e rodeou-a de uma muralha de leis mais eficazes e mais santificadoras. Mais ainda: ele próprio e os seus discípulos fizeram passar os povos bárbaros, de um género de vida selvagem, a uma cultura humana e cristã. Convertendo-os à virtude, ao trabalho, às ocupações pacíficas das artes e das letras, uniram-os entre si pelos laços das relações sociais e da caridade fraterna. [...]

No Monte Cassino brilhou uma nova luz que, alimentada pelos ensinamentos e a civilização dos antigos, e principalmente aquecida pela doutrina cristã, iluminou os povos e as nações que erravam sem destino, congregando-os e dirigindo-os para a verdade e para o bom caminho. [...]

Foi aí que Bento levou a instituição monástica a um género de perfeição que se esforçava há muito por alcançar pessoalmente através da oração, da meditação e da experiência. Parece ter sido esse, com efeito, o papel especial e essencial que lhe foi confiado pela Divina Providência: não tanto levar o ideal da vida monástica do Oriente para o Ocidente, quanto harmonizá-lo e adaptá-lo com alegria ao temperamento, às necessidades e aos hábitos dos povos de Itália e de toda a Europa. Foi, pois, através dos seus cuidados que, à serena doutrina ascética que florescia nos mosteiros do Oriente, veio juntar-se a prática de uma actividade incessante, que permitia «comunicar aos outros as verdades contempladas», e que, para além de tornar férteis terras incultas, produzia frutos espirituais pelo trabalho do apostolado.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 11 de Julho de 2009

São Mateus 19, 27-29

Naquele tempo,
disse Pedro a Jesus:
«Nós deixámos tudo para Te seguir.
Que recompensa teremos?».
Jesus respondeu:
«Em verdade vos digo:
No mundo renovado,
quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória,
também vós que Me seguistes
vos sentareis em doze tronos
para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas,
irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras,
por causa do meu nome,
receberá cem vezes mais
e terá como herança a vida eterna».