Dir-me-ás talvez: e porque havia eu de me esforçar? Não sou eu quem te responde, mas S. Paulo: o amor de Cristo urge-nos. Todo o espaço de uma existência é pouco para alargar as fronteiras da tua caridade. Desde os primeiríssimos começos do Opus Dei, manifestei o meu grande empenho em repetir sem cessar, para as almas generosas que se decidam a traduzi-lo em obras, aquele grito de Cristo: nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. Conhecer-nos-ão precisamente por isso, porque a caridade é o ponto de arranque de qualquer actividade de um cristão. (…)
Queria fazer-vos notar que, após vinte séculos, ainda aparece com toda a pujança de novidade o Mandato do Mestre, que é uma espécie de carta de apresentação do verdadeiro filho de Deus. Ao longo da minha vida sacerdotal, tenho pregado com muitíssima frequência que, desgraçadamente para muitos, continua a ser novo, porque nunca ou quase nunca se esforçaram por praticá-lo. É triste, mas é assim. E não há dúvida nenhuma de que a afirmação do Messias ressalta de modo terminante: nisto vos conhecerão, que vos amais uns aos outros! Por isso, sinto a necessidade de recordar constantemente essas palavras do Senhor. S. Paulo acrescenta: levai os fardos uns dos outros e, desta maneira, cumprireis a lei de Cristo. Momentos perdidos, talvez com a falsa desculpa de que te sobra tempo... Se há tantos irmãos, amigos teus, sobrecarregados de trabalho! Com delicadeza, com cortesia, com um sorriso nos lábios, ajuda-os, de tal maneira que se torne quase impossível que o notem; e que nem se possam mostrar agradecidos, porque a discreta finura da tua caridade fez com que ela passasse inadvertida.
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 43–44)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
D. Manuel Clemente defende Estado «de todos para todos»
Causas da crise devem ser procuradas em razões mais profundas, diz Bispo do Porto
D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, defendeu a necessidade de se promover um “melhor Estado”, cada vez mais “de todos para todos, na promoção e motivação de cada um”.
O prelado falava num encontro promovido pelo Fórum para a Liberdade de Educação, intitulado “Humanidades, Ciência e Religião: Educar porquê e para quê?”, em Coimbra, a 29 de Setembro.
Segundo o Bispo do Porto, “não deve estar em causa o lugar e o papel do Estado como primeiro responsável do bem comum de cada povo”, mas “parece necessário retomá-lo de modo mais aberto, na relação internacional e intercultural”.
“Reconheceu-se geralmente que, na «crise» sobrevinda, os Estados, mesmo os mais fortes, revelaram grandes limitações na capacidade de prever e tutelar a actividade financeira e não só”, recordou.
D. Manuel Clemente espera, por isso, um “acolhimento e estímulo da colaboração dos corpos intermédios (famílias e instituições não públicas), dentro dos princípios que as declarações universais têm afirmado quanto aos direitos humanos a promover”.
A “crise”, admite o prelado, “sentiu-se mais no campo financeiro, mas rapidamente alastrou à economia e à sociedade em geral, repercutindo-se na vida das famílias, tão atingidas por inesperadas restrições do crédito ou perdas de emprego”.
Neste contexto, o Bispo do Porto defende a importância de procurar “razões mais profundas, como são sempre as que se referem às pessoas e aos valores que as sustentam ou não: pessoas particulares, certamente, mas também públicas e administrativas, que pouco farão fora dos sentimentos gerais”.
D. Manuel Clemente lamenta que Estados e instituições hesitem “quanto ao lugar da religião – ou das religiões – no âmbito não individual, familiar ou confessional”.
“O verdadeiro desenvolvimento, como cabal e progressiva realização das inestimáveis capacidades humanas, só pode acontecer a partir da oferta de pessoas e grupos, no que tenham de mais mobilizador e sugestivo”, defende.
A intervenção do Bispo do Porto assinalou ainda que “cada aluno – como cada professor que continua sendo aluno – parte do que recebeu duma herança cultural e colectiva, que antes de mais deve conhecer no essencial dos diversos campos em que se manifesta”.
“A partir daqui, progredirá por si e com os outros, e tanto mais quanto crescer em humanidade e serviço”, observa.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, defendeu a necessidade de se promover um “melhor Estado”, cada vez mais “de todos para todos, na promoção e motivação de cada um”.
O prelado falava num encontro promovido pelo Fórum para a Liberdade de Educação, intitulado “Humanidades, Ciência e Religião: Educar porquê e para quê?”, em Coimbra, a 29 de Setembro.
Segundo o Bispo do Porto, “não deve estar em causa o lugar e o papel do Estado como primeiro responsável do bem comum de cada povo”, mas “parece necessário retomá-lo de modo mais aberto, na relação internacional e intercultural”.
“Reconheceu-se geralmente que, na «crise» sobrevinda, os Estados, mesmo os mais fortes, revelaram grandes limitações na capacidade de prever e tutelar a actividade financeira e não só”, recordou.
D. Manuel Clemente espera, por isso, um “acolhimento e estímulo da colaboração dos corpos intermédios (famílias e instituições não públicas), dentro dos princípios que as declarações universais têm afirmado quanto aos direitos humanos a promover”.
A “crise”, admite o prelado, “sentiu-se mais no campo financeiro, mas rapidamente alastrou à economia e à sociedade em geral, repercutindo-se na vida das famílias, tão atingidas por inesperadas restrições do crédito ou perdas de emprego”.
Neste contexto, o Bispo do Porto defende a importância de procurar “razões mais profundas, como são sempre as que se referem às pessoas e aos valores que as sustentam ou não: pessoas particulares, certamente, mas também públicas e administrativas, que pouco farão fora dos sentimentos gerais”.
D. Manuel Clemente lamenta que Estados e instituições hesitem “quanto ao lugar da religião – ou das religiões – no âmbito não individual, familiar ou confessional”.
“O verdadeiro desenvolvimento, como cabal e progressiva realização das inestimáveis capacidades humanas, só pode acontecer a partir da oferta de pessoas e grupos, no que tenham de mais mobilizador e sugestivo”, defende.
A intervenção do Bispo do Porto assinalou ainda que “cada aluno – como cada professor que continua sendo aluno – parte do que recebeu duma herança cultural e colectiva, que antes de mais deve conhecer no essencial dos diversos campos em que se manifesta”.
“A partir daqui, progredirá por si e com os outros, e tanto mais quanto crescer em humanidade e serviço”, observa.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
A limpeza e a santidade - G. K. Chesterton (original escrito em 1909)
De todos os sinais de modernidade que se parecem traduzir em algum tipo de decadência, nenhum é mais ameaçador e perigoso do que a exaltação de normas de conduta pequenas e secundárias, à custa das grandes e primárias, à custa dos laços eternos e da trágica moralidade humana.
Desse modo, costuma considerar-se mais injurioso acusar um homem de mau gosto do que de má ética. Hoje em dia, já não se associa a limpeza à santidade, visto que a limpeza se converteu em algo essencial, ao passo que a santidade se converteu em algo ofensivo.
(...) O grande perigo para a nossa sociedade está em que todo o seu mecanismo se possa tornar cada vez mais fixo, à medida que o espírito se torna mais inconstante.
Os pequenos actos de um homem deveriam ser livres, flexíveis, criativos; o que deveria permanecer inalterado são os seus princípios, os seus ideais.
Mas connosco o contrário é que é a verdade: os nossos pontos de vista alteram-se constantemente,mas o nosso almoço permanece inalterado.
"Tremendas trivialidades" p. 61
ALETHEIA Editores, 2010
Agradecimento 'É o Carteiro'
Desse modo, costuma considerar-se mais injurioso acusar um homem de mau gosto do que de má ética. Hoje em dia, já não se associa a limpeza à santidade, visto que a limpeza se converteu em algo essencial, ao passo que a santidade se converteu em algo ofensivo.
(...) O grande perigo para a nossa sociedade está em que todo o seu mecanismo se possa tornar cada vez mais fixo, à medida que o espírito se torna mais inconstante.
Os pequenos actos de um homem deveriam ser livres, flexíveis, criativos; o que deveria permanecer inalterado são os seus princípios, os seus ideais.
Mas connosco o contrário é que é a verdade: os nossos pontos de vista alteram-se constantemente,mas o nosso almoço permanece inalterado.
"Tremendas trivialidades" p. 61
ALETHEIA Editores, 2010
Agradecimento 'É o Carteiro'
Bento XVI lamenta intolerância e discriminação contra os cristãos, numa mensagem ao CCEE, apelando à defesa da vida e da família
Bento XVI enviou uma mensagem ao Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) na qual lamenta a “intolerância e discriminação” contra os cristãos.
No telegrama dirigido ao cardeal Péter Erdö, presidente do CCEE, o Papa fala num “compromisso necessário para libertar os fiéis” dessas realidades e promover a “família e a defesa da vida humana”.
As questões familiares e demográficas estão no centro da assembleia plenária daquele organismo, em Zagreb, que decorre de 30 de Setembro a 3 de Outubro.
A mensagem papal, enviada através do Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, envia uma “saudação fraterna” aos participantes, desejando que o encontro “contribua para fortalecer vínculos de unidade e comunhão”.
Bento XVI apela a um “corajoso impulso de nova evangelização do Continente”.
Para além dos membros do CCEE, a assembleia plenária vai contar com a presença de alguns peritos nos campos da família e da demografia, como Lola Velarde, presidente da Rede Europeia do Instituto de Política Familiar, e D. Carlos Símon Vázquez, subsecretário do Conselho Pontifício para a Família.
O CCEE vai ainda aproveitar para debater matérias como o diálogo entre a Igreja e a União Europeia; o trabalho que tem vindo a ser efectuado pelo Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra os cristãos; e as próximas Jornadas Mundiais da Juventude, que vão decorrer em Madrid, entre 16 e 21 de Agosto de 2011
(Fonte: site Rádio Vaticano)
No telegrama dirigido ao cardeal Péter Erdö, presidente do CCEE, o Papa fala num “compromisso necessário para libertar os fiéis” dessas realidades e promover a “família e a defesa da vida humana”.
As questões familiares e demográficas estão no centro da assembleia plenária daquele organismo, em Zagreb, que decorre de 30 de Setembro a 3 de Outubro.
A mensagem papal, enviada através do Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, envia uma “saudação fraterna” aos participantes, desejando que o encontro “contribua para fortalecer vínculos de unidade e comunhão”.
Bento XVI apela a um “corajoso impulso de nova evangelização do Continente”.
Para além dos membros do CCEE, a assembleia plenária vai contar com a presença de alguns peritos nos campos da família e da demografia, como Lola Velarde, presidente da Rede Europeia do Instituto de Política Familiar, e D. Carlos Símon Vázquez, subsecretário do Conselho Pontifício para a Família.
O CCEE vai ainda aproveitar para debater matérias como o diálogo entre a Igreja e a União Europeia; o trabalho que tem vindo a ser efectuado pelo Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra os cristãos; e as próximas Jornadas Mundiais da Juventude, que vão decorrer em Madrid, entre 16 e 21 de Agosto de 2011
(Fonte: site Rádio Vaticano)
S. Josemaría nesta data em 1931
Escreve: “Tenho uma verdadeira monomania de pedir orações: a religiosas e sacerdotes, a leigos piedosos, aos meus doentes, a todos peço a esmola de uma oração, pelas minhas intenções, que são, naturalmente, a Obra de Deus e vocações para ela”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
"Vai doer"
Sócrates atirou, finalmente, a toalha ao chão. À sua maneira, anunciou medidas, tornadas inevitáveis, como se tivesse sido uma decisão sua e não contradissessem o que tem anunciado.
A necessidade que Teixeira dos Santos sentiu de clarificar que o corte salarial era para durar, e não apenas para 2011, como havia dito o PM, é elucidativa de quem fez as contas. Mais coisa menos coisa, estas nem eram muito difíceis de fazer. Exigiam cortes na despesa e aumentos de impostos.
A redução dos vencimentos dos funcionários públicos, tinha-se tornado obrigatória em função da incapacidade do governo de reformar a administração pública e controlar o despesismo latente na miríade de serviços e instituições que a constituem ou dela emanam. Agora, na medida em que contribuem para corrigir o défice, acelerar as reformas passará a ser uma prioridade para os funcionários públicos, a sua rede de segurança. Às vezes, nem tudo o que parece é.
Quanto às restantes medidas, sabem da minha predilecção: garantir a rede social que assegure um mínimo de subsistência digno; não abdicar de tentar crescer. Não ouvi referências a incentivos fiscais ao investimento e à exportação. Não gosto de aumentos do IVA por penalizarem as famílias de rendimentos mais baixos, forçadas a gastar o que ganham. Percebo que é um dos impostos que produz efeito mais depressa.
Estas medidas não são perfeitas. Como disse o ministro, há espaço para negociar. Como já avisei, isto vai doer. Doeria menos se tivéssemos agido mais cedo. Assim, teve de ser!
ALBERTO CASTRO, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
(Fonte: JN online)
A necessidade que Teixeira dos Santos sentiu de clarificar que o corte salarial era para durar, e não apenas para 2011, como havia dito o PM, é elucidativa de quem fez as contas. Mais coisa menos coisa, estas nem eram muito difíceis de fazer. Exigiam cortes na despesa e aumentos de impostos.
A redução dos vencimentos dos funcionários públicos, tinha-se tornado obrigatória em função da incapacidade do governo de reformar a administração pública e controlar o despesismo latente na miríade de serviços e instituições que a constituem ou dela emanam. Agora, na medida em que contribuem para corrigir o défice, acelerar as reformas passará a ser uma prioridade para os funcionários públicos, a sua rede de segurança. Às vezes, nem tudo o que parece é.
Quanto às restantes medidas, sabem da minha predilecção: garantir a rede social que assegure um mínimo de subsistência digno; não abdicar de tentar crescer. Não ouvi referências a incentivos fiscais ao investimento e à exportação. Não gosto de aumentos do IVA por penalizarem as famílias de rendimentos mais baixos, forçadas a gastar o que ganham. Percebo que é um dos impostos que produz efeito mais depressa.
Estas medidas não são perfeitas. Como disse o ministro, há espaço para negociar. Como já avisei, isto vai doer. Doeria menos se tivéssemos agido mais cedo. Assim, teve de ser!
ALBERTO CASTRO, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
(Fonte: JN online)
A COMUNIDADE MODELO (2)
«Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão e às orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, o temor dominava todos os espíritos. Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um.
Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação.» Act 2, 42-47
«à união fraterna»
Ao lermos e percebermos esta «união fraterna», tão bem descrita uns versículos mais à frente, «Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um», percebemos como estamos tão longe desta realidade de então.
E não é preciso levar “à letra” o que estes versículos nos narram, para reflectirmos sobre o tanto que nos falta, para vivermos a «união fraterna».
Não, com certeza que não é necessário «possuir tudo em comum», nem sequer «vender as terras e os bens, distribuindo o dinheiro por todos», mas é preciso percebermos que tudo o que temos nos vem de Deus e que, se só damos o que nos sobra, damos muito pouco.
Sim, é verdade que se possuímos muito ou pouco, tudo pode ser fruto do nosso trabalho, mas não podíamos nós como tantos outros não ter trabalho, não ter saúde para trabalhar, não ter sequer oportunidade de alcançar um trabalho?
E não é o nosso trabalho e a nossa capacidade para trabalharmos, uma graça de Deus, um colocarmo-nos ao serviço dos outros na construção do mundo que o próprio Deus colocou nas nossas mãos?
Ou queremos nós responder a Deus, quando Ele nos perguntar: «Onde está o teu irmão?»*, como respondeu Caim: «Não sei dele. Sou, porventura, guarda do meu irmão?»*
É que podemos não ter morto o nosso irmão, mas se o desprezámos, se não o ajudámos quando ele precisou de nós, se não fomos com ele «união fraterna», como queremos nós ser cristãos, como queremos nós ser Igreja?
Claro que aqueles cristãos naqueles tempos viviam assim em «união fraterna», com certeza não só entre eles, mas abrindo a porta a todos os que chegavam, ajudando e sendo irmãos daqueles que “andavam fora”, e por isso, sem dúvida, é que tinham «a simpatia de todo o povo.»
Temos nós hoje, cristãos em Igreja, «a simpatia de todo o povo»?
Claro que não, sabemos bem que não!
Então, e se procedêssemos como aquelas primeiras comunidades, e em vez de nos fecharmos em nós próprios, nos abríssemos verdadeiramente aos outros, não só naquilo que nos sobra, mas também naquilo que nos faz falta, seja em bens, seja em tempo, seja em amor, não teríamos nós também, nos nossos tempos em Igreja, «a simpatia de todo o povo»?
Ontem ouvia numa homilia de um Padre amigo esta reflexão:
Uma pessoa sai de casa, entra no seu carro, abre o seu portão com um comando, vai até ao centro comercial, estaciona na cave, sobe de elevador, ou escada rolante, entra no super mercado, faz as suas compras, paga nas caixas de pagamento automático, desce de elevador ou escada rolante, entra no seu carro, vai para casa, abre novamente o seu portão com o comando, estaciona o seu carro, entra em casa e … em tudo isto não falou com ninguém, se calhar não deu um bom dia a ninguém, muito provavelmente não mostrou um sorriso a quem quer fosse!
Que mundo é este em que vivemos, ou melhor, em que nos deixamos viver?
Transportemos este exemplo para o nosso trabalho, para a nossa vizinhança e até para a nossa família e podemos perceber quanto andamos nós neste mundo fechados em nós próprios, nas “nossas vidas”, nos “nossos mundos criados por nós, para nós”.
São os idosos que colocamos nos lares e nos “esquecemos” de visitar; são as crianças que colocamos em tudo quanto seja “tempos livres” e nos “esquecemos” de amar; são as nossas mulheres e os nossos maridos que cansados do trabalho nos “esquecemos” de beijar e acarinhar; são os nossos vizinhos, que preocupados com as “nossas vidas” nos “esquecemos” de cumprimentar; são os que precisam de nós e encontramos pelo caminho, e, aliviando as nossas consciências com os “deveres e obrigações” do Estado, nos “esquecemos” de ajudar; são os que se aproximam de nós para um abraço, uma palavra, e pela nossa “falta de tempo”, nos “esquecemos” de ouvir e abraçar; são os excluídos, os desprezados, os injustiçados pela sociedade, aos quais nós muito “pragmáticos”, encontramos razão para o serem, e assim nos “esquecemos” de incluir, de considerar, de confortar na justiça do amor.
E praticaremos nós a «união fraterna», até mesmo em Igreja, com os divorciados, com os homossexuais, e tantos outros, ou pelo contrário, achamos que não têm lugar à mesa da Igreja?
É que o pecador é bem diferente do pecado.
O pecado deve ser condenado, mas o pecador deve ser acolhido, ou não somos todos nós pecadores?
Ajudamo-los nós a entenderem a Doutrina verdadeira da Igreja, para que acolhidos caminhem caminho de conversão como todos nós devemos caminhar, ou pelo contrário, condenamo-los com base em falsas doutrinas, dimanadas por aqueles que não conhecem minimamente a Igreja, ou dadas como notícia na comunicação social?
E mesmo em Igreja, e até nas celebrações, vivemos nós e passamos aos outros essa imagem de «união fraterna»?
Ou pelo contrário, vivemos a Igreja e as celebrações como “espaço nosso”, como espaço da “nossa fé”, e que assim sendo é só “fezada”, é só rotina, é só até talvez superstição, porque é apenas coisa nossa onde os outros não têm lugar, o que é totalmente contrário ao Deus comunhão e serviço que Jesus Cristo nos revelou.
A lista é tão longa e verdadeira, que ao escrevê-la me sinto tão pequeno, tão ínfimo, tão pecador, tão envergonhado, por tantas vezes aparentar aquilo que verdadeiramente ainda não sou: um cristão católico!
Como queremos nós, ao não vivermos a «união fraterna», que «o Senhor aumente, todos os dias, o número dos que entram no caminho da salvação»?
Comecemos hoje, não deixemos para amanhã, o mudar das nossas atitudes, das nossas prioridades, do nosso viver cristão, para que possamos fazer caminho ao encontro da «união fraterna», que era característica das primeiras comunidades, alicerces desta Igreja que amamos e somos todos nós, os que acreditamos que o amor de Deus nos é dado, para o darmos ao nosso próximo, que são todos os que se cruzam nas nossas vidas, seja em que circunstância for, para que «o Senhor aumente, todos os dias, o número dos que entram no caminho da salvação», também hoje nos nossos dias.
* Gn 4, 9
Monte Real, 29 de Setembro de 2010
(continua)
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/09/comunidade-modelo-2.html
Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação.» Act 2, 42-47
«à união fraterna»
Ao lermos e percebermos esta «união fraterna», tão bem descrita uns versículos mais à frente, «Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um», percebemos como estamos tão longe desta realidade de então.
E não é preciso levar “à letra” o que estes versículos nos narram, para reflectirmos sobre o tanto que nos falta, para vivermos a «união fraterna».
Não, com certeza que não é necessário «possuir tudo em comum», nem sequer «vender as terras e os bens, distribuindo o dinheiro por todos», mas é preciso percebermos que tudo o que temos nos vem de Deus e que, se só damos o que nos sobra, damos muito pouco.
Sim, é verdade que se possuímos muito ou pouco, tudo pode ser fruto do nosso trabalho, mas não podíamos nós como tantos outros não ter trabalho, não ter saúde para trabalhar, não ter sequer oportunidade de alcançar um trabalho?
E não é o nosso trabalho e a nossa capacidade para trabalharmos, uma graça de Deus, um colocarmo-nos ao serviço dos outros na construção do mundo que o próprio Deus colocou nas nossas mãos?
Ou queremos nós responder a Deus, quando Ele nos perguntar: «Onde está o teu irmão?»*, como respondeu Caim: «Não sei dele. Sou, porventura, guarda do meu irmão?»*
É que podemos não ter morto o nosso irmão, mas se o desprezámos, se não o ajudámos quando ele precisou de nós, se não fomos com ele «união fraterna», como queremos nós ser cristãos, como queremos nós ser Igreja?
Claro que aqueles cristãos naqueles tempos viviam assim em «união fraterna», com certeza não só entre eles, mas abrindo a porta a todos os que chegavam, ajudando e sendo irmãos daqueles que “andavam fora”, e por isso, sem dúvida, é que tinham «a simpatia de todo o povo.»
Temos nós hoje, cristãos em Igreja, «a simpatia de todo o povo»?
Claro que não, sabemos bem que não!
Então, e se procedêssemos como aquelas primeiras comunidades, e em vez de nos fecharmos em nós próprios, nos abríssemos verdadeiramente aos outros, não só naquilo que nos sobra, mas também naquilo que nos faz falta, seja em bens, seja em tempo, seja em amor, não teríamos nós também, nos nossos tempos em Igreja, «a simpatia de todo o povo»?
Ontem ouvia numa homilia de um Padre amigo esta reflexão:
Uma pessoa sai de casa, entra no seu carro, abre o seu portão com um comando, vai até ao centro comercial, estaciona na cave, sobe de elevador, ou escada rolante, entra no super mercado, faz as suas compras, paga nas caixas de pagamento automático, desce de elevador ou escada rolante, entra no seu carro, vai para casa, abre novamente o seu portão com o comando, estaciona o seu carro, entra em casa e … em tudo isto não falou com ninguém, se calhar não deu um bom dia a ninguém, muito provavelmente não mostrou um sorriso a quem quer fosse!
Que mundo é este em que vivemos, ou melhor, em que nos deixamos viver?
Transportemos este exemplo para o nosso trabalho, para a nossa vizinhança e até para a nossa família e podemos perceber quanto andamos nós neste mundo fechados em nós próprios, nas “nossas vidas”, nos “nossos mundos criados por nós, para nós”.
São os idosos que colocamos nos lares e nos “esquecemos” de visitar; são as crianças que colocamos em tudo quanto seja “tempos livres” e nos “esquecemos” de amar; são as nossas mulheres e os nossos maridos que cansados do trabalho nos “esquecemos” de beijar e acarinhar; são os nossos vizinhos, que preocupados com as “nossas vidas” nos “esquecemos” de cumprimentar; são os que precisam de nós e encontramos pelo caminho, e, aliviando as nossas consciências com os “deveres e obrigações” do Estado, nos “esquecemos” de ajudar; são os que se aproximam de nós para um abraço, uma palavra, e pela nossa “falta de tempo”, nos “esquecemos” de ouvir e abraçar; são os excluídos, os desprezados, os injustiçados pela sociedade, aos quais nós muito “pragmáticos”, encontramos razão para o serem, e assim nos “esquecemos” de incluir, de considerar, de confortar na justiça do amor.
E praticaremos nós a «união fraterna», até mesmo em Igreja, com os divorciados, com os homossexuais, e tantos outros, ou pelo contrário, achamos que não têm lugar à mesa da Igreja?
É que o pecador é bem diferente do pecado.
O pecado deve ser condenado, mas o pecador deve ser acolhido, ou não somos todos nós pecadores?
Ajudamo-los nós a entenderem a Doutrina verdadeira da Igreja, para que acolhidos caminhem caminho de conversão como todos nós devemos caminhar, ou pelo contrário, condenamo-los com base em falsas doutrinas, dimanadas por aqueles que não conhecem minimamente a Igreja, ou dadas como notícia na comunicação social?
E mesmo em Igreja, e até nas celebrações, vivemos nós e passamos aos outros essa imagem de «união fraterna»?
Ou pelo contrário, vivemos a Igreja e as celebrações como “espaço nosso”, como espaço da “nossa fé”, e que assim sendo é só “fezada”, é só rotina, é só até talvez superstição, porque é apenas coisa nossa onde os outros não têm lugar, o que é totalmente contrário ao Deus comunhão e serviço que Jesus Cristo nos revelou.
A lista é tão longa e verdadeira, que ao escrevê-la me sinto tão pequeno, tão ínfimo, tão pecador, tão envergonhado, por tantas vezes aparentar aquilo que verdadeiramente ainda não sou: um cristão católico!
Como queremos nós, ao não vivermos a «união fraterna», que «o Senhor aumente, todos os dias, o número dos que entram no caminho da salvação»?
Comecemos hoje, não deixemos para amanhã, o mudar das nossas atitudes, das nossas prioridades, do nosso viver cristão, para que possamos fazer caminho ao encontro da «união fraterna», que era característica das primeiras comunidades, alicerces desta Igreja que amamos e somos todos nós, os que acreditamos que o amor de Deus nos é dado, para o darmos ao nosso próximo, que são todos os que se cruzam nas nossas vidas, seja em que circunstância for, para que «o Senhor aumente, todos os dias, o número dos que entram no caminho da salvação», também hoje nos nossos dias.
* Gn 4, 9
Monte Real, 29 de Setembro de 2010
(continua)
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/09/comunidade-modelo-2.html
‘AIS’ obsequeia livro a Bento XVI com milhares de orações por sua intenção
A organização internacional católica Ajuda à Igrejaque Sofre (AIS) obsequiou o Papa durante a sua viagem ao Reino Unido um livro que contém as notas de orações que mais de 7 mil pessoas ofereceram por suas intenções.
Graham Hutton da ‘AIS’ entregou este presente ao Santo Padre na Nunciatura Apostólica em Wimbledon no último 17 de Setembro. Ali estão citados os nomes dos 7,224 benfeitores que ofereceram rezar pelo Papa ante sua visita a Inglaterra e Escócia.
Patricia Hatton da AIS, que organizou a oração pelo Papa, comentou que "estamos contentes por tanto apoio espiritual da ‘AIS’ a Bento XVI. Os benfeitores ofereceram 32.148 dezenas do Terço e um equivalente a 137 dias de adoração ao Santíssimo Sacramento. Além disso foram oferecidas 11.485 Missas pelo Pontífice e suas intenções", reunidas todos no Livro Comemorativo da Fé.
"Isto permitiu que muitos façam um presente muito pessoal e espiritual ao Santo Padre, algo que provavelmente não teriam podido obter individualmente", acrescentou.
Hatton disse também que "o Papa Bento expressou sua satisfação por este presente único e queremos agradecer a todos os que rezaram e aos que mostraram sua boa vontade pelo êxito de sua visita" ao Reino Unido.
Mais informação (em inglês) www.acnuk.org/pope
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Graham Hutton da ‘AIS’ entregou este presente ao Santo Padre na Nunciatura Apostólica em Wimbledon no último 17 de Setembro. Ali estão citados os nomes dos 7,224 benfeitores que ofereceram rezar pelo Papa ante sua visita a Inglaterra e Escócia.
Patricia Hatton da AIS, que organizou a oração pelo Papa, comentou que "estamos contentes por tanto apoio espiritual da ‘AIS’ a Bento XVI. Os benfeitores ofereceram 32.148 dezenas do Terço e um equivalente a 137 dias de adoração ao Santíssimo Sacramento. Além disso foram oferecidas 11.485 Missas pelo Pontífice e suas intenções", reunidas todos no Livro Comemorativo da Fé.
"Isto permitiu que muitos façam um presente muito pessoal e espiritual ao Santo Padre, algo que provavelmente não teriam podido obter individualmente", acrescentou.
Hatton disse também que "o Papa Bento expressou sua satisfação por este presente único e queremos agradecer a todos os que rezaram e aos que mostraram sua boa vontade pelo êxito de sua visita" ao Reino Unido.
Mais informação (em inglês) www.acnuk.org/pope
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Tema para reflexão - Eucaristia (5)
A participação nos benefícios da Eucaristia depende mais da qualidade das disposições interiores, pois os Sacramentos da nova lei, actuam ao mesmo tempo ex opere operato, produzem um efeito tanto maior quanto mais perfeitas são as condições em que se recebem.
(S. PIO X, Decreto Sacra Tridentina Synodus, Roma, 20.12.1905, trad do castelhano por AMA)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(S. PIO X, Decreto Sacra Tridentina Synodus, Roma, 20.12.1905, trad do castelhano por AMA)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de Lucas 7, 45.59 (a partir da trad. de cf. SC 52, pp. 23ss. rev.)
«Como cordeiros para o meio de lobos»
Enviando discípulos para a messe que tinha sido bem semeada pelo Verbo do Pai, mas que clamava por ser trabalhada, cultivada, cuidada com solicitude para que os pássaros não roubassem a semente, Jesus declara-lhes: «Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos». [...] O Bom Pastor não teme que os lobos Lhe ataquem o rebanho; enviou os Seus discípulos, não para se tornarem presas deles, mas para difundirem a graça. A solicitude do Bom Pastor faz com que os lobos não consigam atentar contra os cordeiros que Ele envia. E envia-os para que se realize a profecia de Isaías: «O lobo e o cordeiro pastarão juntos» (Is 65, 25). [...] Além do mais, não têm os discípulos ordem de nem sequer levarem um cajado na mão? [...]
Portanto, aquilo que o humilde Senhor prescreveu, também os discípulos o realizam através da prática da humildade. Porque Ele enviou-os a semear a fé, não pela coacção, mas pelo ensino; não através da ostentação da força do seu poder, mas pela exaltação da doutrina da humildade. E considerou que era bom juntar a paciência à humildade, tendo em conta o testemunho de Pedro: «ao ser insultado, não respondia com insultos; ao ser maltratado, não ameaçava» (1Pe 2, 23).
O que remete para o que foi dito: «Sede Meus imitadores: abandonai o desejo de vingança, não respondais aos ataques da arrogância retribuindo o mal, mas com a paciência que perdoa. Ninguém deve imitar aquilo que recebe dos outros; a mansidão atinge os insolentes de uma forma muito mais forte».
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Comentário sobre o Evangelho de Lucas 7, 45.59 (a partir da trad. de cf. SC 52, pp. 23ss. rev.)
«Como cordeiros para o meio de lobos»
Enviando discípulos para a messe que tinha sido bem semeada pelo Verbo do Pai, mas que clamava por ser trabalhada, cultivada, cuidada com solicitude para que os pássaros não roubassem a semente, Jesus declara-lhes: «Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos». [...] O Bom Pastor não teme que os lobos Lhe ataquem o rebanho; enviou os Seus discípulos, não para se tornarem presas deles, mas para difundirem a graça. A solicitude do Bom Pastor faz com que os lobos não consigam atentar contra os cordeiros que Ele envia. E envia-os para que se realize a profecia de Isaías: «O lobo e o cordeiro pastarão juntos» (Is 65, 25). [...] Além do mais, não têm os discípulos ordem de nem sequer levarem um cajado na mão? [...]
Portanto, aquilo que o humilde Senhor prescreveu, também os discípulos o realizam através da prática da humildade. Porque Ele enviou-os a semear a fé, não pela coacção, mas pelo ensino; não através da ostentação da força do seu poder, mas pela exaltação da doutrina da humildade. E considerou que era bom juntar a paciência à humildade, tendo em conta o testemunho de Pedro: «ao ser insultado, não respondia com insultos; ao ser maltratado, não ameaçava» (1Pe 2, 23).
O que remete para o que foi dito: «Sede Meus imitadores: abandonai o desejo de vingança, não respondais aos ataques da arrogância retribuindo o mal, mas com a paciência que perdoa. Ninguém deve imitar aquilo que recebe dos outros; a mansidão atinge os insolentes de uma forma muito mais forte».
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 30 de Setembro de 2010
São Lucas 10,1-12
1 Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois, e mandou-os dois a dois à Sua frente por todas as cidades e lugares onde havia de ir.2 Disse-lhes: «Grande é na verdade a messe, mas os operários poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a Sua messe.3 Ide; eis que Eu vos envio como cordeiros entre lobos.4 Não leveis bolsa, nem alforge, nem calçado, e não saudeis ninguém pelo caminho.5 Na casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz seja nesta casa.6 Se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; senão, tornará para vós.7 Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o operário é digno da sua recompensa. Não andeis de casa em casa.8 Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos puserem diante;9 curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: Está próximo de vós o reino de Deus.10 Mas, em qualquer cidade em que entrardes e não vos receberem, saindo para as praças, dizei:11 Até o pó da vossa cidade, que se nos pegou aos pés, sacudimos contra vós; não obstante isto, sabei que o reino de Deus está próximo.12 Digo-vos que, naquele dia, haverá menos rigor para Sodoma que para essa cidade.
1 Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois, e mandou-os dois a dois à Sua frente por todas as cidades e lugares onde havia de ir.2 Disse-lhes: «Grande é na verdade a messe, mas os operários poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a Sua messe.3 Ide; eis que Eu vos envio como cordeiros entre lobos.4 Não leveis bolsa, nem alforge, nem calçado, e não saudeis ninguém pelo caminho.5 Na casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz seja nesta casa.6 Se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; senão, tornará para vós.7 Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o operário é digno da sua recompensa. Não andeis de casa em casa.8 Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos puserem diante;9 curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: Está próximo de vós o reino de Deus.10 Mas, em qualquer cidade em que entrardes e não vos receberem, saindo para as praças, dizei:11 Até o pó da vossa cidade, que se nos pegou aos pés, sacudimos contra vós; não obstante isto, sabei que o reino de Deus está próximo.12 Digo-vos que, naquele dia, haverá menos rigor para Sodoma que para essa cidade.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Boa noite!
A Virgem Santa Maria, Mestra da entrega sem limites! Lembras-te? Com um louvor dirigido a Ela, Cristo afirmou: "Quem cumpre a vontade de Meu Pai, esse – essa – é Minha mãe!...".
Pede a esta boa Mãe que na tua alma ganhe força – força de amor e de libertação – a sua resposta de generosidade exemplar: "Ecce ancilla Domini!", eis aqui a escrava do Senhor!
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 33)
Pede a esta boa Mãe que na tua alma ganhe força – força de amor e de libertação – a sua resposta de generosidade exemplar: "Ecce ancilla Domini!", eis aqui a escrava do Senhor!
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 33)
Na audiência geral o Papa fala de Santa Matilde e convida a intensificar a amizade com o Senhor através da oração e da participação activa na Santa Missa
Na audiência geral desta quarta feira Bento XVI convidou os fiéis a intensificarem a amizade com o Senhor através da oração diária e a participação activa na Santa Missa, seguindo o exemplo de Santa Matilde de Hackeborn, religiosa cisterciense alemã. Recordando a sua figura o Papa sublinhou a humildade o fervor, a simplicidade, a pureza e a intensidade da sua união com Deus. Deixando-se guiar pela Sagrada Escritura e alimentar pelo pão eucarístico, e apoiando-se na Liturgia, Matilde – sublinhou o Santo Padre - viveu cada momento da vida monástica na plena fidelidade á Igreja. A intensidade das suas orações e do seu canto,, pelo qual foi denominada “rouxinol” de Deus, reforçam a fé de todos aqueles que a escutavam. Atingida por uma longa doença, conheceu intensos sofrimentos, aos quais juntou duras penitencias pela conversão dos pecadores, participando na paixão de Cristo até ao fim da sua vida, em 1299.
A audiência geral desta quarta feira decorreu ao ar livre na Praça de S. Pedro, graças a um esplêndido dia de sol, e perante cerca de 10 mil pessoas. Bento XVI voltou depois de helicóptero para Castelgandolfo, regressando definitivamente ao Vaticano amanhã á tarde.
Não faltaram nesta audiência geral, palavras do Papa em português:
Queridos irmãos e irmãs,
Santa Matilde de Hackeborn foi uma das grandes figuras do monaquismo alemão no século XIII. Desde criança sentiu-se chamada à vida religiosa, vindo a fazer parte da comunidade do mosteiro de Helfa, no período mais glorioso da sua história, onde se oferecia uma sólida formação intelectual e espiritual fundada na Sagrada Escritura, na Liturgia, na Tradição Patrística e na regra cisterciense. As elevadas qualidades naturais e espirituais de que era dotada, associadas ao dom divino da contemplação mística, faziam que muitas pessoas, às vezes vindas de longe, a procurassem para encontrar o consolo dos seus sábios conselhos. De fato, ao deixar-se guiar pela Sagrada Escritura e nutrindo-se pelo Pão eucarístico, Matilde percorreu um caminho de íntima união com o Senhor, entrando em diálogo com o seu dulcíssimo e ardente Coração, fonte de luzes interiores e ocasião de intercessão pelas suas irmãs. Pouco após a sua morte, a sua obra e a sua fama de santidade já tinham se difundido grandemente.
* * *
Saúdo, com fraterna amizade, os peregrinos vindos de Portugal e de demais países de língua portuguesa, cuja romagem se detém hoje junto do túmulo de São Pedro e nesta Audiência com o seu Sucessor: Obrigado pela vossa presença e oração! Peço a Cristo Senhor que guarde no seu Coração Sagrado as vossas famílias e comunidades cristãs, abençoando a todos com a sua paz e o seu amor.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
São Josemaría sobre a Festa dos Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael
A Igreja celebra a festa dos Arcanjos S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael. Referindo-se aos Anjos, S. Josemaría escreve no ponto 339 de Forja: “Não podemos ter a pretensão de que os Anjos nos obedeçam… Mas temos a absoluta segurança de que os Santos Anjos nos ouvem sempre”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Cardeal Cipriani, Arcebispo de Lima, pede que eleitores peruanos tenham em conta princípios e valores antes de votar (adaptável à realidade de outros países)
O Arcebispo de Lima, Cardeal Juan Luis Cipriani, pediu se dar à família a importância que esta merece e também exortou os peruanos a que nas eleições do próximo domingo tenham em conta os princípios, valores e o respeito à verdade.
Durante seu programa rádio Diálogo de Fé, o Cardeal disse que o grande desafio da democracia é ter claros os princípios e valores que todos aceitam a modo de convenção, respeitando a verdade.
"Por exemplo: não se pode matar e o aborto é morte; (é certo) que todo mundo tem direito a caminhar pela rua e viver em paz; que não se pode procurar a violência para algum tipo de benefício; que quem abusa da justiça vai preso; que todo mundo tem direito a uma informação razoavelmente verificada. Temos um dever com aqueles que têm menos e se procurarmos com base em valores será fácil", assinalou.
Nesse sentido, expressou seu desejo de que "tomara que haja uma boa eleição (municipal e regional), mas me parece que temos que dar um pouquinho mais de exemplo, respeitemos a verdade. Não podemos conviver em um ambiente de permanente mentira. Vejo o deficit de verdade em relações pessoais, familiares, económicas, políticas em uma cultura de tirar vantagem".
O Cardeal também pediu aos peruanos para darem mais tempo às relações familiares. Afirmou ainda, que o problema da ordem no país se soluciona do lar e no processo educativo. "Com a verdade, que vem de Cristo, as coisas se arrumam. Já é hora que triunfe a verdade e honradez", reflectiu.
Do mesmo modo, recordou aos leigos seu papel no âmbito público. "Os leigos desde o baptismo formam parte da Igreja de Deus e estão chamados ao anúncio da Palavra de Deus, e em todos os temas opináveis: político, académico, jornalístico, o leigo é o chamado segundo sua consciência, a dar a conhecer com sua palavra e exemplo que Deus se feito homem".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Durante seu programa rádio Diálogo de Fé, o Cardeal disse que o grande desafio da democracia é ter claros os princípios e valores que todos aceitam a modo de convenção, respeitando a verdade.
"Por exemplo: não se pode matar e o aborto é morte; (é certo) que todo mundo tem direito a caminhar pela rua e viver em paz; que não se pode procurar a violência para algum tipo de benefício; que quem abusa da justiça vai preso; que todo mundo tem direito a uma informação razoavelmente verificada. Temos um dever com aqueles que têm menos e se procurarmos com base em valores será fácil", assinalou.
Nesse sentido, expressou seu desejo de que "tomara que haja uma boa eleição (municipal e regional), mas me parece que temos que dar um pouquinho mais de exemplo, respeitemos a verdade. Não podemos conviver em um ambiente de permanente mentira. Vejo o deficit de verdade em relações pessoais, familiares, económicas, políticas em uma cultura de tirar vantagem".
O Cardeal também pediu aos peruanos para darem mais tempo às relações familiares. Afirmou ainda, que o problema da ordem no país se soluciona do lar e no processo educativo. "Com a verdade, que vem de Cristo, as coisas se arrumam. Já é hora que triunfe a verdade e honradez", reflectiu.
Do mesmo modo, recordou aos leigos seu papel no âmbito público. "Os leigos desde o baptismo formam parte da Igreja de Deus e estão chamados ao anúncio da Palavra de Deus, e em todos os temas opináveis: político, académico, jornalístico, o leigo é o chamado segundo sua consciência, a dar a conhecer com sua palavra e exemplo que Deus se feito homem".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Mensagem do Papa ao Congresso Mundial de Pastoral das Peregrinações e Santuários reunido em Santiago de Compostela
Aos Venerandos Irmãos
D. Antonio Maria Vegliò,
Presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral
dos Migrantes e Itinerantes,
e D. Julián Barrio Barrio,
Arcebispo de Santiago de Compostela
Por ocasião do II Congresso Mundial de Pastoral de Peregrinações e Santuários, que tem lugar em Santiago de Compostela de 27 a 30 de Setembro, desejo enviar-vos a minha cordial saudação, extensiva aos venerados Irmãos no Episcopado, aos membros da Delegação Fraterna, aos participantes nesta importante reunião, assim como às Autoridades civis que colaboraram na preparação do Congresso. Exprimo também a minha deferente saudação a Sua Majestade o Rei de Espanha, que honrou esta iniciativa aceitando a sua Presidência Honorária.
Sob o lema “Entrou então, para ficar com eles” (Lc 24, 29), extraído da passagem evangélica dos discípulos de Emaús, dispondes-vos a reflectir sobre a importância das peregrinações aos santuários, como manifestação de vida cristã e espaço de evangelização.
Desejo, com todo o gosto, exprimir aos congressistas a minha proximidade espiritual, que vos anime e acompanhe no exercício de um empenho pastoral tão fundamental na vida da Igreja. Eu próprio me deslocarei dentro em pouco como peregrino ao túmulo do Apóstolo São Tiago, o “amigo do Senhor”, do mesmo modo como tenho dirigido os meus passos a outros lugares do mundo, para onde convergem numerosos fiéis com fervorosa devoção. A este propósito, desde o início do meu pontificado que entendi viver o ministério de Sucessor de Pedro com os sentimentos do peregrino que percorre os caminhos do mundo com esperança e simplicidade, levando nos lábios e no coração a mensagem salvadora de Cristo Ressuscitado e confirmando na fé os seus irmãos (cf. Lc 22, 32). É como sinal explícito desta missão que figura no meu escudo, entre outros elementos, a concha de peregrino.
Neste momento histórico, em que, com força porventura ainda maior, estamos chamados a evangelizar o nosso mundo, há que sublinhar a riqueza que provém da peregrinação aos santuários. Antes de mais pela sua extraordinária capacidade de atracção, que congrega um crescente número de peregrinos e turistas religiosos, alguns dos quais se encontram em situações humanas e espirituais complexas, um tanto distantes da vivência da fé e com uma débil pertença eclesial. A todos eles Cristo se dirige com amor e esperança. A aspiração à felicidade presente no espírito encontra n’Ele a sua resposta, e é junto d’Ele que o sofrimento humano encontra um sentido. Com a sua graça, também as mais nobres causas encontram a sua plena realização. Como o velho Simeão encontrou Jesus no Templo (cf. Lc 2, 25-35), assim também o peregrino deve ter a oportunidade de descobrir o Senhor no santuário.
Para tal, há que fazer com que os peregrinos não percam de vista que os santuários são lugares sagrados, comportando-se portanto neles com devoção, respeito e decoro. Desse modo, a Palavra de Cristo, o Filho do Deus vivo, poderá ressoar com clareza e proclamar-se-á em toda a sua integridade o acontecimento da sua morte e ressurreição, fundamento da nossa fé. Há que cuidar, por outro lado, com grande esmero, o acolhimento dos peregrinos, dando o justo destaque, nomeadamente, à dignidade e beleza do santuário, imagem da “tenda de Deus com os homens” (Ap 21, 3); aos momentos e espaços de oração, tanto pessoais como comunitários; à atenção às práticas de piedade. Ao mesmo tempo, nunca se insistirá demasiado no facto de que os santuários hão-de ser faróis de caridade, incessantemente dedicados aos mais desfavorecidos mediante obras concretas de solidariedade e misericórdia e uma constante disponibilidade para escutar. Há que favorecer também o acesso dos fiéis ao sacramento da Reconciliação, consentindo-lhes participar dignamente na celebração eucarística, de tal modo que esta possa ser o centro e o cume de toda a acção pastoral dos santuários. Tornar-se-á assim manifesto que a Eucaristia é, sem dúvida alguma, o alimento do peregrino, o “sacramento de Deus, que não nos deixa sozinhos no caminho, mas se coloca ao nosso lado e nos indica a direcção” (Homilia na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, 22 de Maio de 2008).
De facto, diversamente do vagabundo, cujos passos não têm uma destinação precisa, o peregrino tem sempre uma meta diante de si, mesmo se por vezes não tem disso plena consciência. E a meta mais não é do que o encontro com Deus por meio de Jesus, no qual que todas as nossas aspirações encontram a sua resposta. É por isso que a celebração da Eucaristia deve ser considerada o ponto culminante da peregrinação.
Como “colaboradores de Deus (1 Cor 3, 9), exorto todos vós a dedicar-vos a esta bela missão, favorecendo nos peregrinos, com a vossa solicitude pastoral, o conhecimento e a imitação de Cristo, que continua a caminhar connosco, iluminando com a sua Palavra a nossa vida e partilhando connosco, na Eucaristia, o Pão da Vida. A peregrinação ao santuário será assim ocasião propícia para revigorar naqueles que o visitam o desejo de partilhar com outros a maravilhosa experiência de saber que somos amados por Deus e enviados ao mundo a testemunhar este amor.
Com estes sentimentos, confio à intercessão de Maria Santíssima e do Apóstolo São Tiago os frutos deste Congresso, ao mesmo tempo que dirijo a minha oração a Jesus, “Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14, 6), ao qual apresento todos os que, peregrinando ao longo da vida, andam à procura do seu rosto:
Senhor Jesus, peregrino de Emaús,
que caminhas ao nosso lado, por amor,
mesmo se tantas vezes o desalento e a tristeza
não nos deixam descobrir a tua presença.
Tu és a chama que reaviva a nossa fé.
Tu és a luz que purifica a nossa esperança.
Tu és a força que acende a nossa caridade.
Ensina-nos a reconhecer-Te na Palavra,
na Casa e na Mesa onde se partilha o Pão da Vida,
no serviço generoso ao próximo que sofre.
E ao cair a noite, ajuda-nos, Senhor,
a dizer: “fica connosco”. Amen.
A todos concedo a implorada Bênção Apostólica, penhor de copiosas graças do Céu.
Vaticano, 8 de Setembro de 2010
Bento XVI
D. Antonio Maria Vegliò,
Presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral
dos Migrantes e Itinerantes,
e D. Julián Barrio Barrio,
Arcebispo de Santiago de Compostela
Por ocasião do II Congresso Mundial de Pastoral de Peregrinações e Santuários, que tem lugar em Santiago de Compostela de 27 a 30 de Setembro, desejo enviar-vos a minha cordial saudação, extensiva aos venerados Irmãos no Episcopado, aos membros da Delegação Fraterna, aos participantes nesta importante reunião, assim como às Autoridades civis que colaboraram na preparação do Congresso. Exprimo também a minha deferente saudação a Sua Majestade o Rei de Espanha, que honrou esta iniciativa aceitando a sua Presidência Honorária.
Sob o lema “Entrou então, para ficar com eles” (Lc 24, 29), extraído da passagem evangélica dos discípulos de Emaús, dispondes-vos a reflectir sobre a importância das peregrinações aos santuários, como manifestação de vida cristã e espaço de evangelização.
Desejo, com todo o gosto, exprimir aos congressistas a minha proximidade espiritual, que vos anime e acompanhe no exercício de um empenho pastoral tão fundamental na vida da Igreja. Eu próprio me deslocarei dentro em pouco como peregrino ao túmulo do Apóstolo São Tiago, o “amigo do Senhor”, do mesmo modo como tenho dirigido os meus passos a outros lugares do mundo, para onde convergem numerosos fiéis com fervorosa devoção. A este propósito, desde o início do meu pontificado que entendi viver o ministério de Sucessor de Pedro com os sentimentos do peregrino que percorre os caminhos do mundo com esperança e simplicidade, levando nos lábios e no coração a mensagem salvadora de Cristo Ressuscitado e confirmando na fé os seus irmãos (cf. Lc 22, 32). É como sinal explícito desta missão que figura no meu escudo, entre outros elementos, a concha de peregrino.
Neste momento histórico, em que, com força porventura ainda maior, estamos chamados a evangelizar o nosso mundo, há que sublinhar a riqueza que provém da peregrinação aos santuários. Antes de mais pela sua extraordinária capacidade de atracção, que congrega um crescente número de peregrinos e turistas religiosos, alguns dos quais se encontram em situações humanas e espirituais complexas, um tanto distantes da vivência da fé e com uma débil pertença eclesial. A todos eles Cristo se dirige com amor e esperança. A aspiração à felicidade presente no espírito encontra n’Ele a sua resposta, e é junto d’Ele que o sofrimento humano encontra um sentido. Com a sua graça, também as mais nobres causas encontram a sua plena realização. Como o velho Simeão encontrou Jesus no Templo (cf. Lc 2, 25-35), assim também o peregrino deve ter a oportunidade de descobrir o Senhor no santuário.
Para tal, há que fazer com que os peregrinos não percam de vista que os santuários são lugares sagrados, comportando-se portanto neles com devoção, respeito e decoro. Desse modo, a Palavra de Cristo, o Filho do Deus vivo, poderá ressoar com clareza e proclamar-se-á em toda a sua integridade o acontecimento da sua morte e ressurreição, fundamento da nossa fé. Há que cuidar, por outro lado, com grande esmero, o acolhimento dos peregrinos, dando o justo destaque, nomeadamente, à dignidade e beleza do santuário, imagem da “tenda de Deus com os homens” (Ap 21, 3); aos momentos e espaços de oração, tanto pessoais como comunitários; à atenção às práticas de piedade. Ao mesmo tempo, nunca se insistirá demasiado no facto de que os santuários hão-de ser faróis de caridade, incessantemente dedicados aos mais desfavorecidos mediante obras concretas de solidariedade e misericórdia e uma constante disponibilidade para escutar. Há que favorecer também o acesso dos fiéis ao sacramento da Reconciliação, consentindo-lhes participar dignamente na celebração eucarística, de tal modo que esta possa ser o centro e o cume de toda a acção pastoral dos santuários. Tornar-se-á assim manifesto que a Eucaristia é, sem dúvida alguma, o alimento do peregrino, o “sacramento de Deus, que não nos deixa sozinhos no caminho, mas se coloca ao nosso lado e nos indica a direcção” (Homilia na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, 22 de Maio de 2008).
De facto, diversamente do vagabundo, cujos passos não têm uma destinação precisa, o peregrino tem sempre uma meta diante de si, mesmo se por vezes não tem disso plena consciência. E a meta mais não é do que o encontro com Deus por meio de Jesus, no qual que todas as nossas aspirações encontram a sua resposta. É por isso que a celebração da Eucaristia deve ser considerada o ponto culminante da peregrinação.
Como “colaboradores de Deus (1 Cor 3, 9), exorto todos vós a dedicar-vos a esta bela missão, favorecendo nos peregrinos, com a vossa solicitude pastoral, o conhecimento e a imitação de Cristo, que continua a caminhar connosco, iluminando com a sua Palavra a nossa vida e partilhando connosco, na Eucaristia, o Pão da Vida. A peregrinação ao santuário será assim ocasião propícia para revigorar naqueles que o visitam o desejo de partilhar com outros a maravilhosa experiência de saber que somos amados por Deus e enviados ao mundo a testemunhar este amor.
Com estes sentimentos, confio à intercessão de Maria Santíssima e do Apóstolo São Tiago os frutos deste Congresso, ao mesmo tempo que dirijo a minha oração a Jesus, “Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14, 6), ao qual apresento todos os que, peregrinando ao longo da vida, andam à procura do seu rosto:
Senhor Jesus, peregrino de Emaús,
que caminhas ao nosso lado, por amor,
mesmo se tantas vezes o desalento e a tristeza
não nos deixam descobrir a tua presença.
Tu és a chama que reaviva a nossa fé.
Tu és a luz que purifica a nossa esperança.
Tu és a força que acende a nossa caridade.
Ensina-nos a reconhecer-Te na Palavra,
na Casa e na Mesa onde se partilha o Pão da Vida,
no serviço generoso ao próximo que sofre.
E ao cair a noite, ajuda-nos, Senhor,
a dizer: “fica connosco”. Amen.
A todos concedo a implorada Bênção Apostólica, penhor de copiosas graças do Céu.
Vaticano, 8 de Setembro de 2010
Bento XVI
Católicos de todo o mundo unidos em vigília pela vida contra o aborto promovida por Bento XVI
Bispos dos Estados Unidos lançam mês de respeito à vida em Outubro
A Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) alentou a participação dos católicos em todo mundo na próxima "Vigília por toda vida humana nascente" que será celebrada no próximo sábado 27 de Novembro, a pedido de Bento XVI aos bispos para o começo deste Advento.
Numa declaração publicada hoje, o Presidente do Comité de Actividades Pro-vida da USCCB, Cardeal Daniel DiNardo, assinala que Outubro foi declarado como o "Mês de Respeito pela Vida" ante as ameaças como o aborto. No texto os bispos alentam a "testemunhar constantemente o inestimável valor e a dignidade de toda vida humana através da amorosa preocupação pelo bem dos outros".
"A perda de uma só criança e a dor experimentada por sua mãe e seu pai após o aborto deve fazer-nos redobrar esforços para terminar com o aborto legal", diz o Cardeal e recorda a importante obra pastoral da Igreja Católica nos Estados Unidos para enfrentar esta prática anti-vida como o Projecto Rachel para homens e mulheres que passaram por esta dolorosa e traumática experiência.
Depois de salientar que a defesa da vida é "uma tarefa urgente", o Cardeal recordou que "se deixarmos que a dignidade de todo ser humano nos guie nas nossas decisões como votantes e como defensores disto no debate público, poderemos com segurança ter êxito na criação de uma sociedade mais justa e humana".
Para o Cardeal DiNardo, o pedido do Papa Bento XVI "não tem precedentes" ao chamar a participar da "Vigília por toda vida humana nascente" e exortou a "todos os católicos, em casa ou de viagem pelos feriados de Acção de Graças, a fazerem parte desta especial oração, cujo propósito de acordo com Santa Sé é agradecer ao Senhor pela sua entrega ao mundo e sua Encarnação que elevou a dignidade da vida humana, assim como invocar o amparo do Senhor sobre todo ser humano chamado à existência".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
A Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) alentou a participação dos católicos em todo mundo na próxima "Vigília por toda vida humana nascente" que será celebrada no próximo sábado 27 de Novembro, a pedido de Bento XVI aos bispos para o começo deste Advento.
Numa declaração publicada hoje, o Presidente do Comité de Actividades Pro-vida da USCCB, Cardeal Daniel DiNardo, assinala que Outubro foi declarado como o "Mês de Respeito pela Vida" ante as ameaças como o aborto. No texto os bispos alentam a "testemunhar constantemente o inestimável valor e a dignidade de toda vida humana através da amorosa preocupação pelo bem dos outros".
"A perda de uma só criança e a dor experimentada por sua mãe e seu pai após o aborto deve fazer-nos redobrar esforços para terminar com o aborto legal", diz o Cardeal e recorda a importante obra pastoral da Igreja Católica nos Estados Unidos para enfrentar esta prática anti-vida como o Projecto Rachel para homens e mulheres que passaram por esta dolorosa e traumática experiência.
Depois de salientar que a defesa da vida é "uma tarefa urgente", o Cardeal recordou que "se deixarmos que a dignidade de todo ser humano nos guie nas nossas decisões como votantes e como defensores disto no debate público, poderemos com segurança ter êxito na criação de uma sociedade mais justa e humana".
Para o Cardeal DiNardo, o pedido do Papa Bento XVI "não tem precedentes" ao chamar a participar da "Vigília por toda vida humana nascente" e exortou a "todos os católicos, em casa ou de viagem pelos feriados de Acção de Graças, a fazerem parte desta especial oração, cujo propósito de acordo com Santa Sé é agradecer ao Senhor pela sua entrega ao mundo e sua Encarnação que elevou a dignidade da vida humana, assim como invocar o amparo do Senhor sobre todo ser humano chamado à existência".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael
São Miguel Arcanjo
Neste dia a Igreja universal celebra a festa dos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael.
"Miguel" que significa: "Quem como Deus?" é o defensor do Povo de Deus no tempo de angústia. É o padroeiro da Igreja universal e aquele que acompanha as almas dos mortos até o céu.
São Gabriel
"Gabriel" - que significa "Deus é forte" ou "aquele que está na presença de Deus" - aparece no assim chamado evangelho da infância como mensageiro da Boa Nova do Reino de Deus, que já está presente na pessoa de Jesus de Nazaré, nascido de Maria.
É ele quem anuncia o nascimento de João Baptista e de Jesus. Anuncia, portanto, o surgimento de uma nova era, um tempo de esperança e de salvação para todos os homens. É ele quem, pela primeira vez, profere aquelas palavras que todas as gerações hão-de repetir para saudar e louvar a Virgem de Nazaré: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco".
Arcanjo São Rafael
"Rafael"- que quer dizer "medicina dos deuses" ou "Deus cura" - foi o companheiro de viagem de Tobias. É o anjo benfazejo que acompanha o jovem Tobias desde Nínive até à Média; quem o defende dos perigos e patrocina o seu casamento com Sara. É ele quem tira da cegueira o velho Tobias. É aquele que cura, que expulsa os demónios. São Rafael é o companheiro de viagem do homem, seu guia e seu protector nas adversidades.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Neste dia a Igreja universal celebra a festa dos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael.
"Miguel" que significa: "Quem como Deus?" é o defensor do Povo de Deus no tempo de angústia. É o padroeiro da Igreja universal e aquele que acompanha as almas dos mortos até o céu.
São Gabriel
"Gabriel" - que significa "Deus é forte" ou "aquele que está na presença de Deus" - aparece no assim chamado evangelho da infância como mensageiro da Boa Nova do Reino de Deus, que já está presente na pessoa de Jesus de Nazaré, nascido de Maria.
É ele quem anuncia o nascimento de João Baptista e de Jesus. Anuncia, portanto, o surgimento de uma nova era, um tempo de esperança e de salvação para todos os homens. É ele quem, pela primeira vez, profere aquelas palavras que todas as gerações hão-de repetir para saudar e louvar a Virgem de Nazaré: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco".
Arcanjo São Rafael
"Rafael"- que quer dizer "medicina dos deuses" ou "Deus cura" - foi o companheiro de viagem de Tobias. É o anjo benfazejo que acompanha o jovem Tobias desde Nínive até à Média; quem o defende dos perigos e patrocina o seu casamento com Sara. É ele quem tira da cegueira o velho Tobias. É aquele que cura, que expulsa os demónios. São Rafael é o companheiro de viagem do homem, seu guia e seu protector nas adversidades.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Tema para reflexão - Eucaristia (4)
A Eucaristia é sinal de unidade, vínculo de Amor.
(STº AGOSTINHO, In Ioannis Evangelium tractatus, 26, 13; Pl 35, 1613, trad do castelhano por AMA)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(STº AGOSTINHO, In Ioannis Evangelium tractatus, 26, 13; Pl 35, 1613, trad do castelhano por AMA)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São João da Cruz (1542-1591), carmelita, Doutor da Igreja
Conselhos e máximas (a partir dos n.° 220-226 in trad. Seuil 1945, p. 1212 rev.)
«Os seus anjos, no Céu, vêem constantemente a face de Meu Pai que está no Céu» (Mt 18,10)
Os anjos são os nossos pastores; não só levam a Deus as nossas mensagens, como também trazem até nós as que Deus nos envia. Apascentam-nos a alma com doces inspirações e comunicações divinas; sendo bons pastores, protegem-nos e defendem-nos dos lobos, isto é, dos demónios.
Com as suas secretas inspirações, os anjos possibilitam à alma um conhecimento mais elevado de Deus; inflamam-na assim de uma chama mais viva de amor para com Ele; chegam até a deixá-la ferida de amor [...].
A luz de Deus ilumina o anjo, penetrando-o com o seu esplendor e inflamando-o com o seu amor, porque o anjo é um espírito puro completamente disposto a essa participação divina, mas, ao homem, ilumina-o habitualmente de uma maneira obscura, dolorosa e penosa, porque o homem é impuro e fraco [...].
Quando o homem se torna verdadeiramente espiritual e fica transformado pelo amor divino que o purifica, recebe a união e a amorosa iluminação de Deus com uma suavidade semelhante à dos anjos [...].
Lembrai-vos de como é vão, perigoso e funesto exultarmos com tudo o que não seja serviço de Deus, e considerai a tamanha infelicidade dos anjos que exultaram e se comprazeram com a sua própria beleza e seus próprios dons naturais; pois foi esse o motivo por que alguns deles caíram, privados de toda a beleza, no fundo dos abismos.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Conselhos e máximas (a partir dos n.° 220-226 in trad. Seuil 1945, p. 1212 rev.)
«Os seus anjos, no Céu, vêem constantemente a face de Meu Pai que está no Céu» (Mt 18,10)
Os anjos são os nossos pastores; não só levam a Deus as nossas mensagens, como também trazem até nós as que Deus nos envia. Apascentam-nos a alma com doces inspirações e comunicações divinas; sendo bons pastores, protegem-nos e defendem-nos dos lobos, isto é, dos demónios.
Com as suas secretas inspirações, os anjos possibilitam à alma um conhecimento mais elevado de Deus; inflamam-na assim de uma chama mais viva de amor para com Ele; chegam até a deixá-la ferida de amor [...].
A luz de Deus ilumina o anjo, penetrando-o com o seu esplendor e inflamando-o com o seu amor, porque o anjo é um espírito puro completamente disposto a essa participação divina, mas, ao homem, ilumina-o habitualmente de uma maneira obscura, dolorosa e penosa, porque o homem é impuro e fraco [...].
Quando o homem se torna verdadeiramente espiritual e fica transformado pelo amor divino que o purifica, recebe a união e a amorosa iluminação de Deus com uma suavidade semelhante à dos anjos [...].
Lembrai-vos de como é vão, perigoso e funesto exultarmos com tudo o que não seja serviço de Deus, e considerai a tamanha infelicidade dos anjos que exultaram e se comprazeram com a sua própria beleza e seus próprios dons naturais; pois foi esse o motivo por que alguns deles caíram, privados de toda a beleza, no fundo dos abismos.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 29 de Setembro de 2010
São João 1,47-51
47 Jesus viu Natanael, que vinha ter com Ele, e disse dele: «Eis um verdadeiro israelita em quem não há fingimento».48 Natanael disse-lhe: «Donde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu te vi, quando estavas debaixo da figueira».49 Natanael respondeu: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel».50 Jesus respondeu-lhe: «Porque te disse que te vi debaixo da figueira, acreditas?; verás coisas maiores que esta».51 E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do Homem».
47 Jesus viu Natanael, que vinha ter com Ele, e disse dele: «Eis um verdadeiro israelita em quem não há fingimento».48 Natanael disse-lhe: «Donde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu te vi, quando estavas debaixo da figueira».49 Natanael respondeu: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel».50 Jesus respondeu-lhe: «Porque te disse que te vi debaixo da figueira, acreditas?; verás coisas maiores que esta».51 E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do Homem».
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Boa noite!
Se consentires que Deus seja o senhor da tua nave, que Ele seja o amo, que segurança!..., mesmo quando a tempestade se levanta no meio das trevas mais escuras e parece que Ele se ausenta, que está a dormir, que não se preocupa. S. Marcos relata que os Apóstolos se encontravam nessas circunstâncias; e Jesus, vendo-os cansados de remar (porque o vento lhes era contrário), cerca da quarta vigília da noite foi ter com eles, andando sobre o mar... Tende confiança, sou eu, não temais. E subiu para a barca, para junto deles e cessou o vento.
Meus filhos, acontecem tantas coisas na terra...! Podia pôr-me a falar de penas, de sofrimentos, de maus tratos, de martírios – não tiro nem uma letra –, do heroísmo de muitas almas. Aos nossos olhos, na nossa inteligência, surge às vezes a impressão de que Jesus dorme, de que não nos ouve; mas S. Lucas narra como Nosso Senhor se comporta com os seus: Enquanto iam navegando, Jesus adormeceu e levantou-se uma tempestade de vento sobre o lago e a barca enchia-se de água e estavam em perigo. Aproximando-se dele, despertaram-no dizendo: Mestre, nós perecemos! Ele, levantando-se, increpou o vento e as ondas, que acalmaram e veio a bonança. Então disse-lhes: onde está a vossa fé?
Se nos dermos, Ele dá-se-nos. Temos de confiar plenamente no Mestre, temos de nos abandonar nas suas mãos sem mesquinhez; de lhe manifestar, com as nossas obras, que a barca é dele, que queremos que disponha à vontade de tudo o que nos pertence.
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 22)
Meus filhos, acontecem tantas coisas na terra...! Podia pôr-me a falar de penas, de sofrimentos, de maus tratos, de martírios – não tiro nem uma letra –, do heroísmo de muitas almas. Aos nossos olhos, na nossa inteligência, surge às vezes a impressão de que Jesus dorme, de que não nos ouve; mas S. Lucas narra como Nosso Senhor se comporta com os seus: Enquanto iam navegando, Jesus adormeceu e levantou-se uma tempestade de vento sobre o lago e a barca enchia-se de água e estavam em perigo. Aproximando-se dele, despertaram-no dizendo: Mestre, nós perecemos! Ele, levantando-se, increpou o vento e as ondas, que acalmaram e veio a bonança. Então disse-lhes: onde está a vossa fé?
Se nos dermos, Ele dá-se-nos. Temos de confiar plenamente no Mestre, temos de nos abandonar nas suas mãos sem mesquinhez; de lhe manifestar, com as nossas obras, que a barca é dele, que queremos que disponha à vontade de tudo o que nos pertence.
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 22)
S. Josemaría nesta data em 1932
“Ontem, recolhi um pequeno Santo Cristo, com a imagem muito gasta, que o meu pai trazia sempre consigo, e que lhe foi entregue por morte de sua mãe, que costumava usá-lo. Como é pobrezinho e está muito gasto, não me atrevo a dá-lo a ninguém, e deste modo a santa memória da minha avó (grande devota da SS.ma Virgem) e do meu pai fará aumentar o meu amor à Cruz”, escreve.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Maternidade: protegê-la ou evitá-la?
Realizou-se de 20 a 22 de Setembro em Nova Iorque a Cimeira Mundial das Nações Unidas sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, um encontro em que os líderes internacionais avaliaram o grau de cumprimento dos oito objectivos acordados no ano 2000, sugerindo medidas correctoras pertinentes para em 2015 se aproximarem o mais possível do então projectado: erradicar a pobreza extrema e a fome; permitir o acesso universal à educação; promover a igualdade de género; reduzir a mortalidade infantil e materna; combater a propagação da SIDA/AIDS e melhorar a sustentabilidade do ambiente.
Reuniões deste género, bem como as anteriormente realizadas pelos G8 e pelos G20, dão aos agentes que trabalham em campos directamente relacionados com os Objectivos do Milénio a possibilidade de chamar a atenção sobre o "seu" interesse concreto. No caso da energia, por exemplo, a Agência Internacional de Energia elaborou um relatório em que sublinha o facto de "ser crucial o acesso à energia para combater a pobreza no mundo. Esta apenas se conseguiria erradicar se mais 395 milhões de pessoas tivessem acesso à electricidade". É provável que muitas empresas eléctricas anseiem pelo desabrochar deste mercado nos países mais pobres.
Há também políticos que, quer pela pressão exercida pelos lobbies, quer por genuína convicção pessoal, incluem no processo questões de tipo ideológico. É o caso do interesse em promover o livre acesso ao aborto como medida fundamental para favorecer a saúde materna.
Este último argumento foi aduzido publicamente pela Secretária de Estado Hillary Clinton na última reunião dos G8, realizada no ano em curso, sem ter em conta que mais de 125 países membros das Nações Unidas, se não proíbem totalmente a prática do aborto, pelo menos de certa forma a restringem. Foi Stephen Harper, primeiro ministro do Canadá, que nessa ocasião refutou a tentativa de integrar o aborto entre as iniciativas dirigidas à redução da mortalidade materna, esclarecendo que "queremos ter a certeza de que os nossos fundos são utilizados para salvar vidas de mulheres e de crianças".
Quando "maternidade" se converte em "doença"
Se bem que o enunciado do Quinto Objectivo do Milénio seja "Melhorar a Saúde Materna", o que se traduz principalmente na melhoria da saúde reprodutiva das mulheres, a maioria dos esforços realizados pelas Nações Unidas tem uma orientação não-reprodutiva: estimular a contracepção ou evitar uma gravidez não desejada. Dá a impressão de que se pode decidir quando uma coisa é doença e quando o não é. No caso da maternidade, se não é desejada é diagnosticada como doença e, segundo o ponto de vista das Nações Unidas, deverá ser tratada como tal.
Na nova Estratégia Global, anunciada no final da Cimeira pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, fica bem claro que só haverá recurso ao aborto nos países em que tal é permitido. Mas, por outro lado, governos e políticos são encorajados a tomar as convenientes decisões para legislar de acordo com o espírito dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Mesmo que alguém estivesse de acordo com tão evidente manipulação da realidade, este assunto já não faria em qualquer caso parte das metas definidas pelo Objectivo de Desenvolvimento do Milénio que nos ocupa: melhorar a saúde reprodutiva da mulher. Se se trata de melhorar este aspecto, os dados fornecidos pelo Relatório de 2010 sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio indicam que a principal causa de mortalidade materna nas regiões em vias de desenvolvimento não são precisamente os abortos "não seguros" mas as hemorragias pós-parto, as infecções e a hipertensão, problemas a que o Relatório das Nações Unidas não dá demasiado ênfase.
Legalizar o aborto não reduz a mortalidade materna
Apesar das dificuldades para medir com rigor a mortalidade materna no mundo, se tivermos em conta os últimos dados a tal respeito apresentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - semelhantes aos fornecidos por um estudo da Fundação Bill & Melinda Gates publicado em Abril deste ano na revista The Lancet (12-04-10)-, pode-se afirmar que o acesso ao aborto livre não incide de modo positivo na saúde da mulher; muito pelo contrário.
Nisto insiste o político republicano canadiano Chris Smith, que afirma que "contrariamente ao que se vem dizendo, dados de estudos realizados mostram haver países onde a lei proíbe o aborto e cujos níveis de mortalidade materna estão entre os mais baixos do mundo; entre eles se contam a Irlanda, o Chile e a Polónia".
Segundo Smith, "acresce que o aborto é, por definição, mortalidade infantil, o que seria contrário aos próprios Objectivos para o Desenvolvimento do Milénio. Além de que o termo enganoso "aborto seguro" (safe abortion) camufla o facto real de que nenhum aborto - legal ou não - é seguro para a criança e supõe consequências negativas, incluindo danos emocionais e psicológicos para a mãe.
O drama de perder um filho desejado
Para melhorar a saúde materna, a prioridade deveria ser um profundo empenho em atender durante a gravidez e o parto todas as mulheres que esperam, entusiasmadas, um filho. Pois por vezes dá a impressão de que, quando a maternidade é uma coisa desejada e querida não existem problemas e tudo é cor-de-rosa para os afortunados pais. Não é esta a impressão transmitida por Moses Okoth, um dos protagonistas da exposição itinerante "África: caras e coroas. Problemas e soluções para uma saúde e educação dignas", organizada em Barcelona pela Fundação África Digna.
Em declarações ao La Vanguardia de 21-09-10, Okoth conta que em Korogocho, o bairro de Nairobi onde vive, "a maioria das mulheres não tem possibilidade de fazer uma ecografia. O bom resultado da gravidez é uma questão de sorte. Não têm acesso a nenhuma informação sobre o modo de a controlar. A maioria das mulheres dá à luz em casa. Serem atendidas é para elas um sonho, um luxo que não se podem permitir".
Qualquer atenção médica é ali desproporcionadamente cara. "Há cinco anos, a minha mulher ficou grávida e gastámos 70 euros por mês para ela fazer seis ecografias. Era praticamente tudo quanto tínhamos. Infelizmente, o parto complicou-se e perdemos o bebé".
Após tão dramática experiência, este jovem africano, agora com 32 anos, tomou a decisão de se formar como técnico de laboratório e conseguiu abrir no seu bairro um centro de ecografias onde os exames custam um terço do preço oficial.
Alvaro Lucas
Aceprensa
Reuniões deste género, bem como as anteriormente realizadas pelos G8 e pelos G20, dão aos agentes que trabalham em campos directamente relacionados com os Objectivos do Milénio a possibilidade de chamar a atenção sobre o "seu" interesse concreto. No caso da energia, por exemplo, a Agência Internacional de Energia elaborou um relatório em que sublinha o facto de "ser crucial o acesso à energia para combater a pobreza no mundo. Esta apenas se conseguiria erradicar se mais 395 milhões de pessoas tivessem acesso à electricidade". É provável que muitas empresas eléctricas anseiem pelo desabrochar deste mercado nos países mais pobres.
Há também políticos que, quer pela pressão exercida pelos lobbies, quer por genuína convicção pessoal, incluem no processo questões de tipo ideológico. É o caso do interesse em promover o livre acesso ao aborto como medida fundamental para favorecer a saúde materna.
Este último argumento foi aduzido publicamente pela Secretária de Estado Hillary Clinton na última reunião dos G8, realizada no ano em curso, sem ter em conta que mais de 125 países membros das Nações Unidas, se não proíbem totalmente a prática do aborto, pelo menos de certa forma a restringem. Foi Stephen Harper, primeiro ministro do Canadá, que nessa ocasião refutou a tentativa de integrar o aborto entre as iniciativas dirigidas à redução da mortalidade materna, esclarecendo que "queremos ter a certeza de que os nossos fundos são utilizados para salvar vidas de mulheres e de crianças".
Quando "maternidade" se converte em "doença"
Se bem que o enunciado do Quinto Objectivo do Milénio seja "Melhorar a Saúde Materna", o que se traduz principalmente na melhoria da saúde reprodutiva das mulheres, a maioria dos esforços realizados pelas Nações Unidas tem uma orientação não-reprodutiva: estimular a contracepção ou evitar uma gravidez não desejada. Dá a impressão de que se pode decidir quando uma coisa é doença e quando o não é. No caso da maternidade, se não é desejada é diagnosticada como doença e, segundo o ponto de vista das Nações Unidas, deverá ser tratada como tal.
Na nova Estratégia Global, anunciada no final da Cimeira pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, fica bem claro que só haverá recurso ao aborto nos países em que tal é permitido. Mas, por outro lado, governos e políticos são encorajados a tomar as convenientes decisões para legislar de acordo com o espírito dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Mesmo que alguém estivesse de acordo com tão evidente manipulação da realidade, este assunto já não faria em qualquer caso parte das metas definidas pelo Objectivo de Desenvolvimento do Milénio que nos ocupa: melhorar a saúde reprodutiva da mulher. Se se trata de melhorar este aspecto, os dados fornecidos pelo Relatório de 2010 sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio indicam que a principal causa de mortalidade materna nas regiões em vias de desenvolvimento não são precisamente os abortos "não seguros" mas as hemorragias pós-parto, as infecções e a hipertensão, problemas a que o Relatório das Nações Unidas não dá demasiado ênfase.
Legalizar o aborto não reduz a mortalidade materna
Apesar das dificuldades para medir com rigor a mortalidade materna no mundo, se tivermos em conta os últimos dados a tal respeito apresentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - semelhantes aos fornecidos por um estudo da Fundação Bill & Melinda Gates publicado em Abril deste ano na revista The Lancet (12-04-10)-, pode-se afirmar que o acesso ao aborto livre não incide de modo positivo na saúde da mulher; muito pelo contrário.
Nisto insiste o político republicano canadiano Chris Smith, que afirma que "contrariamente ao que se vem dizendo, dados de estudos realizados mostram haver países onde a lei proíbe o aborto e cujos níveis de mortalidade materna estão entre os mais baixos do mundo; entre eles se contam a Irlanda, o Chile e a Polónia".
Segundo Smith, "acresce que o aborto é, por definição, mortalidade infantil, o que seria contrário aos próprios Objectivos para o Desenvolvimento do Milénio. Além de que o termo enganoso "aborto seguro" (safe abortion) camufla o facto real de que nenhum aborto - legal ou não - é seguro para a criança e supõe consequências negativas, incluindo danos emocionais e psicológicos para a mãe.
O drama de perder um filho desejado
Para melhorar a saúde materna, a prioridade deveria ser um profundo empenho em atender durante a gravidez e o parto todas as mulheres que esperam, entusiasmadas, um filho. Pois por vezes dá a impressão de que, quando a maternidade é uma coisa desejada e querida não existem problemas e tudo é cor-de-rosa para os afortunados pais. Não é esta a impressão transmitida por Moses Okoth, um dos protagonistas da exposição itinerante "África: caras e coroas. Problemas e soluções para uma saúde e educação dignas", organizada em Barcelona pela Fundação África Digna.
Em declarações ao La Vanguardia de 21-09-10, Okoth conta que em Korogocho, o bairro de Nairobi onde vive, "a maioria das mulheres não tem possibilidade de fazer uma ecografia. O bom resultado da gravidez é uma questão de sorte. Não têm acesso a nenhuma informação sobre o modo de a controlar. A maioria das mulheres dá à luz em casa. Serem atendidas é para elas um sonho, um luxo que não se podem permitir".
Qualquer atenção médica é ali desproporcionadamente cara. "Há cinco anos, a minha mulher ficou grávida e gastámos 70 euros por mês para ela fazer seis ecografias. Era praticamente tudo quanto tínhamos. Infelizmente, o parto complicou-se e perdemos o bebé".
Após tão dramática experiência, este jovem africano, agora com 32 anos, tomou a decisão de se formar como técnico de laboratório e conseguiu abrir no seu bairro um centro de ecografias onde os exames custam um terço do preço oficial.
Alvaro Lucas
Aceprensa
Bento XVI - Nos santuários é possível um profundo encontro com Cristo
Na sua mensagem por ocasião do 2° Congresso Mundial de Pastoral de Peregrinações e Santuários, que será celebrado em Santiago de Compostela de 27 a 30 de Setembro e que se realiza sob o lema "E entrou para ficar com eles", o Papa Bento XVI assinalou a importância do profundo encontro com Cristo que é possível ter nestes lugares sagrados e destacou sua importância evangelizadora para o mundo de hoje.
Depois de recordar que ele mesmo se fará peregrino em Novembro quando for junto do túmulo do Apóstolo Santiago na cidade com o seu nome, para confirmar na fé os fiéis e anunciar a mensagem de Cristo, o Santo Padre explicou a importância evangelizadora dos santuários "nestes momentos históricos, nos quais, com mais força se couber, estamos chamados a evangelizar nosso mundo".
Acima de tudo, disse, "pela sua grande capacidade de convocatória, reunindo a um número crescente de peregrinos e turistas religiosos, alguns dos quais se encontram em complicadas situações humanas e espirituais, com certa distância em relação à vivência da fé e uma frágil pertença eclesiástica".
A todos eles, continuou o Papa, "dirige-se Cristo com amor e esperança. O desejo de felicidade que aninha na alma alcança sua resposta n’Ele , e a dor humana junto a Ele tem um sentido. Com sua graça, as causas mais nobres acham também sua plena realização. Como Simeão se encontrou com Cristo no templo, assim também o peregrino deve ter a oportunidade de descobrir o Senhor no santuário".
O Papa explicou que para que isto seja possível "procurar-se-á que os visitantes não esqueçam que os santuários são âmbitos sagrados, para estar neles com devoção, respeito e decoro. Desta forma, a Palavra de Cristo, o Filho de Deus vivo, poderá ressoar com claridade, proclamando-se integralmente o acontecimento de sua morte e ressurreição, fundamento de nossa fé. Deve-se cuidar além disso, com singular esmero, do acolhimento do peregrino, dando realce, entre outros elementos, à dignidade e beleza do santuário, imagem da ‘morada de Deus com os homens’ os momentos e espaços de oração, tanto pessoais como comunitários; a atenção às pratica de piedade".
Bento XVI disse também que "nunca se insistirá o bastante para que os santuários sejam faróis de caridade, com incessante dedicação aos mais desfavorecidos através de obras concretas de solidariedade e misericórdia e uma constante disponibilidade à escuta, favorecendo em particular que os fiéis possam aproximar-se da sacramento da Reconciliação e participar dignamente na celebração eucarística, fazendo desta o centro e ápice de toda a acção pastoral dos santuários. Assim ficará claro que a Eucaristia é, certamente, o alimento do peregrino, o ‘sacramento do Deus que não nos deixa sozinhos no caminho, mas que nos acompanha e nos indica a direcção’".
"Com efeito, à diferença do vagabundo, cujos passos não têm um destino final determinado, o peregrino sempre tem uma meta, embora às vezes não seja explicitamente consciente disso. E esta meta não é outra que o encontro com Deus por meio de Cristo, no qual todas nossas aspirações encontram sua resposta. Por isso, a celebração da Eucaristia bem pode ser considerada o culminar da peregrinação".
Finalmente o Papa alentou os encarregados dos santuários a que favoreçam "nos peregrinos o conhecimento e a imitação de Cristo, que segue caminhando connosco, iluminando nossa vida com sua Palavra e nos repartindo o Pão da Vida na Eucaristia. Deste modo, a peregrinação ao santuário será uma ocasião propícia para que se vigorize nos visitantes o desejo de compartilhar com outros a maravilhosa experiência se saber-se amados por Deus e ser enviados ao mundo para dar testemunho desse amor".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Depois de recordar que ele mesmo se fará peregrino em Novembro quando for junto do túmulo do Apóstolo Santiago na cidade com o seu nome, para confirmar na fé os fiéis e anunciar a mensagem de Cristo, o Santo Padre explicou a importância evangelizadora dos santuários "nestes momentos históricos, nos quais, com mais força se couber, estamos chamados a evangelizar nosso mundo".
Acima de tudo, disse, "pela sua grande capacidade de convocatória, reunindo a um número crescente de peregrinos e turistas religiosos, alguns dos quais se encontram em complicadas situações humanas e espirituais, com certa distância em relação à vivência da fé e uma frágil pertença eclesiástica".
A todos eles, continuou o Papa, "dirige-se Cristo com amor e esperança. O desejo de felicidade que aninha na alma alcança sua resposta n’Ele , e a dor humana junto a Ele tem um sentido. Com sua graça, as causas mais nobres acham também sua plena realização. Como Simeão se encontrou com Cristo no templo, assim também o peregrino deve ter a oportunidade de descobrir o Senhor no santuário".
O Papa explicou que para que isto seja possível "procurar-se-á que os visitantes não esqueçam que os santuários são âmbitos sagrados, para estar neles com devoção, respeito e decoro. Desta forma, a Palavra de Cristo, o Filho de Deus vivo, poderá ressoar com claridade, proclamando-se integralmente o acontecimento de sua morte e ressurreição, fundamento de nossa fé. Deve-se cuidar além disso, com singular esmero, do acolhimento do peregrino, dando realce, entre outros elementos, à dignidade e beleza do santuário, imagem da ‘morada de Deus com os homens’ os momentos e espaços de oração, tanto pessoais como comunitários; a atenção às pratica de piedade".
Bento XVI disse também que "nunca se insistirá o bastante para que os santuários sejam faróis de caridade, com incessante dedicação aos mais desfavorecidos através de obras concretas de solidariedade e misericórdia e uma constante disponibilidade à escuta, favorecendo em particular que os fiéis possam aproximar-se da sacramento da Reconciliação e participar dignamente na celebração eucarística, fazendo desta o centro e ápice de toda a acção pastoral dos santuários. Assim ficará claro que a Eucaristia é, certamente, o alimento do peregrino, o ‘sacramento do Deus que não nos deixa sozinhos no caminho, mas que nos acompanha e nos indica a direcção’".
"Com efeito, à diferença do vagabundo, cujos passos não têm um destino final determinado, o peregrino sempre tem uma meta, embora às vezes não seja explicitamente consciente disso. E esta meta não é outra que o encontro com Deus por meio de Cristo, no qual todas nossas aspirações encontram sua resposta. Por isso, a celebração da Eucaristia bem pode ser considerada o culminar da peregrinação".
Finalmente o Papa alentou os encarregados dos santuários a que favoreçam "nos peregrinos o conhecimento e a imitação de Cristo, que segue caminhando connosco, iluminando nossa vida com sua Palavra e nos repartindo o Pão da Vida na Eucaristia. Deste modo, a peregrinação ao santuário será uma ocasião propícia para que se vigorize nos visitantes o desejo de compartilhar com outros a maravilhosa experiência se saber-se amados por Deus e ser enviados ao mundo para dar testemunho desse amor".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Tema para reflexão - Eucaristia (3)
A Comunhão é o remédio da nossa necessidade quotidiana.
(STº AMBRÓSIO, Sobre os Mistérios, 4, trad do castelhano por AMA)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(STº AMBRÓSIO, Sobre os Mistérios, 4, trad do castelhano por AMA)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Africa do Norte) e Doutor da Igreja
Meditações, cap.18
O caminho para Jerusalém
O peso da nossa fragilidade faz-nos pender para as realidades deste mundo; o fogo do Teu amor, Senhor, eleva-nos e transporta-nos para as realidades do alto, para as quais ascendemos pelo impulso do coração, cantando os salmos das subidas e ardendo com o fogo da Tua bondade, que nos transporta.
Para onde nos fazes ascender assim? Para a paz da Jerusalém celeste. «Alegrei-me quando me disseram: Vamos para a casa do Senhor» (Sl 121, 1). Só o desejo de aí morar para sempre nos permitirá lá chegar. Enquanto estamos neste corpo, encaminhamo-nos para Ti. Não temos aqui em baixo cidade permanente, procuramos sem cessar a nossa morada na cidade futura (Heb 13, 14). Que a Tua graça me conduza, Senhor, ao fundo do meu coração, para aí cantar o Teu amor, meu Rei e meu Deus. [...] E, recordando-me desta Jerusalém celeste, o meu coração ascenderá para Jerusalém, a minha verdadeira pátria, Jerusalém, a minha verdadeira mãe (Gl 4, 26), da qual Tu és rei, luz, defensor, protector e pastor, da qual és a inalterável alegria, e a Tua bondade é a fonte de todos os seus inefáveis bens. Tu, meu Deus e minha misericórdia divina.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Meditações, cap.18
O caminho para Jerusalém
O peso da nossa fragilidade faz-nos pender para as realidades deste mundo; o fogo do Teu amor, Senhor, eleva-nos e transporta-nos para as realidades do alto, para as quais ascendemos pelo impulso do coração, cantando os salmos das subidas e ardendo com o fogo da Tua bondade, que nos transporta.
Para onde nos fazes ascender assim? Para a paz da Jerusalém celeste. «Alegrei-me quando me disseram: Vamos para a casa do Senhor» (Sl 121, 1). Só o desejo de aí morar para sempre nos permitirá lá chegar. Enquanto estamos neste corpo, encaminhamo-nos para Ti. Não temos aqui em baixo cidade permanente, procuramos sem cessar a nossa morada na cidade futura (Heb 13, 14). Que a Tua graça me conduza, Senhor, ao fundo do meu coração, para aí cantar o Teu amor, meu Rei e meu Deus. [...] E, recordando-me desta Jerusalém celeste, o meu coração ascenderá para Jerusalém, a minha verdadeira pátria, Jerusalém, a minha verdadeira mãe (Gl 4, 26), da qual Tu és rei, luz, defensor, protector e pastor, da qual és a inalterável alegria, e a Tua bondade é a fonte de todos os seus inefáveis bens. Tu, meu Deus e minha misericórdia divina.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 28 de Setembro de 2010
São Lucas 9,51-56
51 Aconteceu que, aproximando-se o tempo da Sua partida deste mundo, dirigiu-Se resolutamente para Jerusalém,52 e enviou adiante de Si mensageiros, que entraram numa aldeia de samaritanos para Lhe prepararem pousada.53 Não O receberam, por dar mostras de que ia para Jerusalém.54 Vendo isto, os Seus discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu que os consuma?».55 Ele, porém, voltando-Se para eles, repreendeu-os.56 E foram para outra povoação.
51 Aconteceu que, aproximando-se o tempo da Sua partida deste mundo, dirigiu-Se resolutamente para Jerusalém,52 e enviou adiante de Si mensageiros, que entraram numa aldeia de samaritanos para Lhe prepararem pousada.53 Não O receberam, por dar mostras de que ia para Jerusalém.54 Vendo isto, os Seus discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu que os consuma?».55 Ele, porém, voltando-Se para eles, repreendeu-os.56 E foram para outra povoação.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Boa noite!
Que pouco Amor de Deus tens quando cedes sem luta porque não é pecado grave!
(São Josemaría Escrivá - Caminho, 328)
Como hás-de sair tu desse estado de tibieza, de lamentável languidez, se não empregas os meios? Lutas muito pouco e, quando te esforças, faze-lo como que zangado e com falta de gosto, quase com o desejo de que os teus fracos esforços não produzam efeito, para te justificares: para não te exigires e para que não te exijam mais.
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 146)
(São Josemaría Escrivá - Caminho, 328)
Como hás-de sair tu desse estado de tibieza, de lamentável languidez, se não empregas os meios? Lutas muito pouco e, quando te esforças, faze-lo como que zangado e com falta de gosto, quase com o desejo de que os teus fracos esforços não produzam efeito, para te justificares: para não te exigires e para que não te exijam mais.
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 146)
Bento XVI salienta o exemplo de caridade de São Vicente de Paulo
Na sua despedida às autoridades civis e religiosas de Castelgandolfo antes de voltar para Roma, o Papa Bento XVI propôs o exemplo de caridade e amor concretos de São Vicente de Paulo, quem mostra além como ser uma verdadeira luz para outros, especialmente para os mais pobres no corpo e o espírito.
O Papa saudou o Bispo de Albano, D. Marcello Semeraro, e os sacerdotes e religiosos que o acompanhavam, e expressou sua gratidão ao prefeito de Castelgandolfo e à administração dessa localidade. Deste modo deu as graças aos diversos serviços da Administração do Vaticano, ao Corpo de Delegacia e à Guarda Suíça, para finalizar com as Forças de Ordem Pública e a Aeronáutica Militar Italiana.
Seguidamente Bento XVI disse que "ao me despedir de vocês queria falar-lhes de São Vicente de Paulo, cuja memória litúrgica celebramos hoje. Este apóstolo da caridade, tão querido pelo povo cristão e conhecido sobre tudo pela ordem de religiosas que fundou, foi proclamado pelo Papa Leão XIII ‘Padroeiro universal de todas as obras de caridade no mundo’".
O Papa recordou que São Vicente, "com sua incessante acção apostólica, fez que o Evangelho fosse cada vez mais um farol luminoso de esperança e amor para as pessoas de sua época e, em especial, para os mais pobres no corpo e no espírito".
Finalmente fez votos para que "seu exemplo virtuoso e sua intercessão suscitem em suas comunidades e em cada um de vós um compromisso redobrado de solidariedade, para que o esforço de todos contribua ao bem comum".
(Fonte: ‘ACI Digital’)
O Papa saudou o Bispo de Albano, D. Marcello Semeraro, e os sacerdotes e religiosos que o acompanhavam, e expressou sua gratidão ao prefeito de Castelgandolfo e à administração dessa localidade. Deste modo deu as graças aos diversos serviços da Administração do Vaticano, ao Corpo de Delegacia e à Guarda Suíça, para finalizar com as Forças de Ordem Pública e a Aeronáutica Militar Italiana.
Seguidamente Bento XVI disse que "ao me despedir de vocês queria falar-lhes de São Vicente de Paulo, cuja memória litúrgica celebramos hoje. Este apóstolo da caridade, tão querido pelo povo cristão e conhecido sobre tudo pela ordem de religiosas que fundou, foi proclamado pelo Papa Leão XIII ‘Padroeiro universal de todas as obras de caridade no mundo’".
O Papa recordou que São Vicente, "com sua incessante acção apostólica, fez que o Evangelho fosse cada vez mais um farol luminoso de esperança e amor para as pessoas de sua época e, em especial, para os mais pobres no corpo e no espírito".
Finalmente fez votos para que "seu exemplo virtuoso e sua intercessão suscitem em suas comunidades e em cada um de vós um compromisso redobrado de solidariedade, para que o esforço de todos contribua ao bem comum".
(Fonte: ‘ACI Digital’)
A sombra da injustiça
Portugal costuma ser um país pacato sem grandes conflitos e iniquidades. Mas na novela da vida nacional existe um tema em crescente recorrência: a justiça. Esta magna virtude, normalmente pacífica, interpela-nos cada vez mais a vários níveis e formas diversas.
A primeira interpelação é institucional. A decadência do sector da Justiça é hoje incontornável e central na crise social. Começou com a lenta perda de confiança popular no sistema. Preferindo a forma ao conteúdo, respeitando mais os procedimentos que a justiça, os tribunais ficaram tão morosos que a população desistiu deles. Não vale a pena recorrer à Justiça. Mas como viver em sociedade sem esse serviço básico? Se tal não bastasse, sucessivos processos mediáticos vêm cobrindo de ridículo o sector, com suspeitas, prescrições, intrigas, polémicas. É espantoso como uma instituição composta por pessoas inteligentes, mesmo superiormente inteligentes, comete autodestruição pública de forma tão sistemática.
Pior é a manifestação social da injustiça. Portugal sempre teve tendência para o corporativismo, instalação de interesses, captura dos poderes públicos. Basta um período mais longo de estabilidade e segurança para se sentirem forças poderosas distorcendo as regras. Este surto mais recente tem sido particularmente virulento. Há décadas que os ministérios estão dominados pelos grupos que deviam regular. Isto criou a situação perversa do aparelho de Estado, criado para o bem comum, constituir hoje um dos grandes geradores de desigualdade em Portugal.
Começa logo pelo sistema fiscal, enorme máquina iníqua que carrega mais sobre trabalhadores e pobres. À medida que o peso tributário incha, a disparidade agrava-se, atingindo já níveis preocupantes. Mas a própria política de justiça social é geradora de injustiça. Este resultado paradoxal vem de o Estado moderno assegurar um conjunto vasto, profundo e diversificado de direitos, garantias, regalias e serviços. Se isto é feito, com eficácia e dedicação, mas apenas numa parte, mesmo maioritária, da população, são os próprios mecanismos sociais que criam exclusão, desigualdade, injustiça.
Esta é a razão porque, por exemplo, os partidos de esquerda, que continuam a insistir nesses direitos de papel, acabam servindo o contrário do que afirmam. Enchem a boca com ideais de justiça social e apoio aos desfavorecidos, mas de facto defendem a classe média. As suas propostas dirigem-se não aos verdadeiros pobres, imigrantes, precários, excluídos, mas a sindicatos, funcionários, professores, médicos, etc., que são os seus reais eleitores.
Pior de tudo é a acção governamental, que depende directamente dos votos das corporações instaladas. Dominando a cobertura mediática e influência política, essas forças garantem direitos intocáveis. Para sobreviver nas sondagens e nas eleições, os ministros sabem que não podem confrontar os sectores e grupos profissionais que, mesmo favorecidos, são os primeiros a protestar à menor inconveniência. Não admira que os cortes caiam sempre sobre os silenciosos. O povo paga e cala.
Tudo isto sobreviveria disfarçado com crescimento económico. Mas no meio da recessão e emergência financeira, a injustiça explode em pleno dia. Os últimos meses manifestaram uma desigualdade social que Portugal há muito não sofria. Basta notar que no ano passado, em que o produto nacional caiu 2,7% e o desemprego subiu acima dos 10%, os salários reais aumentaram uns incríveis 5,2%, segundo o relatório do Banco de Portugal (quadro A.6.2., p. 214). Esta subida, a maior desde 1980, explica-se pelo ano eleitoral combinado com deflação. Além de brutal perda de competitividade, isto mostra como a crise foi excelente para os que mantiveram empregos seguros, enquanto desabava sobre desempregados, falidos, precários, mas também empresários e investidores.
Portugal costuma ser um país pacato, mas agora as injustiças estão a crescer. Como em épocas antigas, isso ameaça conflitos sérios que deixarão cicatrizes profundas. A justiça é cega mas tem a espada na mão.
João César das Neves
(Fonte: DN online)
A primeira interpelação é institucional. A decadência do sector da Justiça é hoje incontornável e central na crise social. Começou com a lenta perda de confiança popular no sistema. Preferindo a forma ao conteúdo, respeitando mais os procedimentos que a justiça, os tribunais ficaram tão morosos que a população desistiu deles. Não vale a pena recorrer à Justiça. Mas como viver em sociedade sem esse serviço básico? Se tal não bastasse, sucessivos processos mediáticos vêm cobrindo de ridículo o sector, com suspeitas, prescrições, intrigas, polémicas. É espantoso como uma instituição composta por pessoas inteligentes, mesmo superiormente inteligentes, comete autodestruição pública de forma tão sistemática.
Pior é a manifestação social da injustiça. Portugal sempre teve tendência para o corporativismo, instalação de interesses, captura dos poderes públicos. Basta um período mais longo de estabilidade e segurança para se sentirem forças poderosas distorcendo as regras. Este surto mais recente tem sido particularmente virulento. Há décadas que os ministérios estão dominados pelos grupos que deviam regular. Isto criou a situação perversa do aparelho de Estado, criado para o bem comum, constituir hoje um dos grandes geradores de desigualdade em Portugal.
Começa logo pelo sistema fiscal, enorme máquina iníqua que carrega mais sobre trabalhadores e pobres. À medida que o peso tributário incha, a disparidade agrava-se, atingindo já níveis preocupantes. Mas a própria política de justiça social é geradora de injustiça. Este resultado paradoxal vem de o Estado moderno assegurar um conjunto vasto, profundo e diversificado de direitos, garantias, regalias e serviços. Se isto é feito, com eficácia e dedicação, mas apenas numa parte, mesmo maioritária, da população, são os próprios mecanismos sociais que criam exclusão, desigualdade, injustiça.
Esta é a razão porque, por exemplo, os partidos de esquerda, que continuam a insistir nesses direitos de papel, acabam servindo o contrário do que afirmam. Enchem a boca com ideais de justiça social e apoio aos desfavorecidos, mas de facto defendem a classe média. As suas propostas dirigem-se não aos verdadeiros pobres, imigrantes, precários, excluídos, mas a sindicatos, funcionários, professores, médicos, etc., que são os seus reais eleitores.
Pior de tudo é a acção governamental, que depende directamente dos votos das corporações instaladas. Dominando a cobertura mediática e influência política, essas forças garantem direitos intocáveis. Para sobreviver nas sondagens e nas eleições, os ministros sabem que não podem confrontar os sectores e grupos profissionais que, mesmo favorecidos, são os primeiros a protestar à menor inconveniência. Não admira que os cortes caiam sempre sobre os silenciosos. O povo paga e cala.
Tudo isto sobreviveria disfarçado com crescimento económico. Mas no meio da recessão e emergência financeira, a injustiça explode em pleno dia. Os últimos meses manifestaram uma desigualdade social que Portugal há muito não sofria. Basta notar que no ano passado, em que o produto nacional caiu 2,7% e o desemprego subiu acima dos 10%, os salários reais aumentaram uns incríveis 5,2%, segundo o relatório do Banco de Portugal (quadro A.6.2., p. 214). Esta subida, a maior desde 1980, explica-se pelo ano eleitoral combinado com deflação. Além de brutal perda de competitividade, isto mostra como a crise foi excelente para os que mantiveram empregos seguros, enquanto desabava sobre desempregados, falidos, precários, mas também empresários e investidores.
Portugal costuma ser um país pacato, mas agora as injustiças estão a crescer. Como em épocas antigas, isso ameaça conflitos sérios que deixarão cicatrizes profundas. A justiça é cega mas tem a espada na mão.
João César das Neves
(Fonte: DN online)
S. Josemaría nesta data em 1931
Em Madrid, realiza o seu trabalho pastoral entre os doentes dos bairros da periferia. Na foto uma nota com um encargo que para este dia lhe pedem as Damas do Patronato dos Doentes. “Foram muitas horas gastas naquele trabalho, mas tenho pena de que não tenham sido mais. E nos hospitais, e nas casas onde havia doentes, se se pode chamar casas àqueles tugúrios… Era gente desamparada e doente; alguns com uma doença que então era incurável, a tuberculose”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Um novo combatente em prol da Grã-Bretanha
Na visita que fez a Inglaterra e à Escócia, o Papa deu algumas lições importantes.
Contrariando o clima desolador e os ainda mais desoladores protestos de alguns, a visita de Estado que Bento XVI acaba de fazer a Inglaterra e à Escócia foi um enorme sucesso. Embora apenas 5 dos 60 milhões de britânicos sejam católicos, o entusiasmo das multidões deixou os media completamente siderados.
Os tablóides de Londres publicaram entrevistas a adolescentes fascinados, com títulos como «Caído do céu». Uma jovem declarou ao News of the World: «O catolicismo inglês estava a precisar de um empurrão e esta é a nossa grande oportunidade de lhe dar um pontapé para a frente. Há muito tempo que eu não me sentia assim. O Papa devia vir cá mais vezes.»
O Papa terá indubitavelmente apreciado o carinho das multidões, mas Sua Santidade não levou consigo um medidor de aplausos, levou uma mensagem. E o primeiro-ministro britânico, David Cameron, percebeu que assim era porque, no discurso de despedida, agradeceu ao Papa o facto de ter colocado uma série
de questões importantes: «Vossa Santidade obrigou este país a acordar e a reflectir, e isso foi uma coisa excelente.»
A reflectir sobre quê?
Houve cinco temas que me impressionaram nos subtis e discretos discursos de Bento XVI.
Não se esqueçam de 1066 e de tudo o que se passou.
Até na Grã-Bretanha é fácil uma pessoa esquecer-se das ligações com o passado. Voldemort Dawkins e seus apaniguados parecem ignorar tudo o que devem a gerações de campanhas anti-papistas. O guarda-roupa é diferente, mas o guião é o mesmo.
Por seu turno, Bento XVI tem um talento especial para enquadrar historicamente as suas mensagens. Em Westminster Hall, o Papa declarou: «Os anjos que nos contemplam do alto do magnífico tecto desta veneranda sala recordam-nos a longa tradição que deu origem à democracia parlamentar britânica. Recordam-nos que Deus nos observa constantemente, para nos guiar e nos proteger. E convocam-nos a reconhecermos o contributo vital que as crenças religiosas deram e continuam a dar à vida desta nação.»
O Pontífice recordou aos seus anfitriões, uma vez e outra, que não se pode compreender a Grã-Bretanha sem a fé, a ponto de a primeira história desta nação ter sido escrita por um monge saxónico, Beda, o Venerável. «Há mais de mil anos que a mensagem cristã é parte integrante da língua, do pensamento e da cultura dos povos destas ilhas. O respeito que os vossos antepassados tinham pela verdade e pela justiça, pela misericórdia e pela caridade, foi-vos transmitido com uma fé que continua a ser uma potente força para o bem no vosso reino, para grande benefício, tanto de cristãos, como de não cristãos.»
Em suma, os valores democráticos da liberdade, da igualdade e da solidariedade têm raízes cristãs. O maior triunfo da democracia britânica no século XIX, a abolição do tráfico de escravos, ficou a dever-se ao trabalho de reformadores como William Wilberforce e David Livingstone, ambos cristãos convictos.
Em seguida, numa referência à atormentada história da sua pátria, Bento XVI recordou aos seus ouvintes que, tal como os esclavagistas, também os regimes ateus se recusaram a conceder aos judeus e aos membros dos outros povos submetidos a dignidade de seres humanos. «E enquanto reflectimos nas lições que nos ficaram dos extremismos ateus do século XX, e se essas lições dão que pensar, não esqueçamos nunca que a exclusão de Deus, da religião e da virtude da vida pública acaba sempre por conduzir a uma visão truncada do homem e da sociedade, e portanto a uma visão redutora da pessoa e do seu destino.»
O que será o futuro se o secularismo apagar a religião da vida pública?
A razão e a fé são compatíveis.
Bento XVI podia muito bem ter evitado as enormes tensões que rodeavam esta visita: hoje em dia, as beatificações são geralmente proclamadas pelos bispos locais. Mas a vida e a obra do Cardeal Newman deram-lhe a oportunidade de levar o combate contra o secularismo agressivo para o território do inimigo. Sem nunca mencionar Aquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado [N.d.R.: He-Who-Must-Not-Be-Named, no Youtube, referente ao protesto de Ricahard Dawkins], o Papa esmagou a tese do mediático contestatário, segundo a qual «Não é possível passar logicamente do ateísmo para a perversidade».
Basta ter um conhecimento muito elementar da história do século XX para se demonstrar que esta asserção é completamente idiota. Mas Bento XVI contra-argumentou de forma mais eloquente:
«Mas, sem o correctivo proporcionado pela religião, a razão [...] pode tornar-se presa de distorções, como quando é manipulada pela ideologia ou aplicada de modo parcial, de um modo que não tem em conta a dignidade da pessoa humana. Foi este género de uso indevido da razão que esteve na base do tráfico de escravos e de tantos outros males sociais, entre os quais se contam as ideologias totalitárias do século XX. É por isso que afirmo que o mundo da razão e o mundo da fé - o mundo da racionalidade secular e o mundo das convicções religiosas - precisam um do outro e não devem recear envolver-se em profundo e permanente diálogo, para bem da nossa civilização.
Os jovens precisam de ideais que os elevem.
Os últimos 40 anos cobriram o idealismo e a generosidade da juventude com um pesado manto de álcool e sexo. Polly Toynbee, um dos principais membros da Comissão de Más-Vindas ao Papa e comissária do comentariado secularista britânico, exemplificou este facto num artigo recente, em que escrevia que a repressão «do sexo está no coração - e é um coração envenenado - de todos os males de praticamente todas as grandes religiões». Em suma, aquilo de que os jovens precisam é de mais sexo sem consequências.
Por seu turno, o Papa propôs aos jovens britânicos o exigente desafio de substituírem a civilização da satisfação pessoal por uma civilização do amor. «Todos os dias vos são apresentadas muitas tentações - as drogas, o dinheiro, o sexo, a pornografia, o álcool -, que o mundo vos garante que vos proporcionarão felicidade, quando a verdade é que se trata de coisas destrutivas e que causam dissensões. Há uma só coisa duradoura: o amor que Jesus Cristo tem pessoalmente por cada um de vós.»
O Papa tem uma visão da vida que - tal como a de John Henry Newman - exige um compromisso com a dignidade, a amizade, o saber e a verdade, em detrimento da busca da «existência cintilante mas superficial que é frequentemente proposta pela sociedade dos nossos tempos». Os artigos desagradáveis e impertinentes publicados nos media antes da visita constituem um lamentável contraste com o convite do Papa: apontem para o alto!
A religião tem o seu lugar na praça pública.
Não há país do mundo ocidental em que a religião esteja mais na retranca do que está na Grã-Bretanha. Mas, como salientou o primeiro-ministro, o cristianismo é um desafio: «Vossa Santidade deixou uma mensagem que não foi apenas para a Igreja Católica, foi para todos nós, para os que têm fé e para os que não têm. E o desafio consiste em metermos a mão na consciência e perguntarmos, não tanto que direitos tenho, mas que responsabilidades são as minhas; perguntarmos, não tanto o que podemos fazer por nós, mas o que podemos fazer pelos outros.»
A fé tem um papel a desempenhar na vida pública, salientou o Sumo Pontífice. A política não tem a ver só com a eficácia administrativa e o equilíbrio de interesses; tem a ver com a ética: «A política nasceu essencialmente para ser um garante da justiça e, com a justiça, da liberdade. Ora, a justiça é um valor moral, um valor religioso, pelo que a fé, a proclamação do evangelho, tem em comum com a política a questão da justiça, daqui resultando interesses comuns.»
O século XX mostrou-nos que os governos estão constantemente sujeitos à tentação da tirania. É a fé que protege os cidadãos de serem engolidos pelo Leviatã:
«Cada geração que procura fazer progredir o bem comum tem de perguntar de novo: quais são as exigências que os governos podem razoavelmente impor aos cidadãos e até que ponto chegam essas exigências? A que autoridade se pode recorrer para a resolução dos dilemas morais? São questões que nos conduzem directamente aos fundamentos éticos do discurso cívico. Se os princípios morais que sustentam o processo democrático são determinados apenas pelo consenso social, que é tudo menos sólido, a fragilidade do processo torna-se manifesta - e é aqui que reside o grande desafio para a democracia.»
O fundamento da tolerância não é o relativismo, mas o respeito.
Os críticos do Papa acusam-no de ser surdo ao diálogo, mas este fim-de-semana foram eles que não se mostraram disponíveis para dialogar. Aquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado declarou a um grupo de apoiantes seus que o Papa era um «velhote lúbrico e fraudulento», «inimigo da humanidade, das crianças, dos homossexuais, das mulheres, das pessoas mais pobres do planeta, da ciência e da educação». Mas o papa do ateísmo britânico não será mesmo capaz de ter uma atitude de civismo e tolerância?
Em contraste, Bento XVI não esteve com rodeios, mas não ofendeu ninguém. Em Westminster Hall, recordou às personalidades gradas da sociedade britânica que Thomas More tinha sido martirizado por ter sido leal a Roma. Em Lambeth Palace, a residência do primaz anglicano, fez uma referência velada à ordenação de homossexuais e de mulheres e à conversão de Newman, que fora membro da Igreja Anglicana. Em Westminster Abbey, apresentou-se como sucessor de Pedro. No encontro com dirigentes muçulmanos, aludiu à ausência de liberdade religiosa nos países de maioria muçulmana. Em todas estas ocasiões, exprimiu-se com grande cortesia e respeito, sem insolência nem ironia, procurando sempre uma base comum para a promoção da dignidade humana e da liberdade religiosa.
Mais com obras do que com palavras, Bento XVI deu uma memorável lição de tolerância, que não consiste, nem em ignorar as diferenças, nem em minimizá-las como elas se não tivessem importância. O Papa mostrou que é possível ser tolerante sem ser relativista. Será por ter a certeza de que a razão acabará por triunfar que tem a coragem de dialogar?
Recomendo ao leitor que leia os discursos do Papa. Não foi em vão que MercatorNet nomeou Joseph Ratzinger um dos grandes campeões da dignidade humana.
Michael Cook*
________________________________________
*Editor de MercatorNet.
Artigo no original em www.mercatornet.com
(Fonte: Aceprensa)
Contrariando o clima desolador e os ainda mais desoladores protestos de alguns, a visita de Estado que Bento XVI acaba de fazer a Inglaterra e à Escócia foi um enorme sucesso. Embora apenas 5 dos 60 milhões de britânicos sejam católicos, o entusiasmo das multidões deixou os media completamente siderados.
Os tablóides de Londres publicaram entrevistas a adolescentes fascinados, com títulos como «Caído do céu». Uma jovem declarou ao News of the World: «O catolicismo inglês estava a precisar de um empurrão e esta é a nossa grande oportunidade de lhe dar um pontapé para a frente. Há muito tempo que eu não me sentia assim. O Papa devia vir cá mais vezes.»
O Papa terá indubitavelmente apreciado o carinho das multidões, mas Sua Santidade não levou consigo um medidor de aplausos, levou uma mensagem. E o primeiro-ministro britânico, David Cameron, percebeu que assim era porque, no discurso de despedida, agradeceu ao Papa o facto de ter colocado uma série
de questões importantes: «Vossa Santidade obrigou este país a acordar e a reflectir, e isso foi uma coisa excelente.»
A reflectir sobre quê?
Houve cinco temas que me impressionaram nos subtis e discretos discursos de Bento XVI.
Não se esqueçam de 1066 e de tudo o que se passou.
Até na Grã-Bretanha é fácil uma pessoa esquecer-se das ligações com o passado. Voldemort Dawkins e seus apaniguados parecem ignorar tudo o que devem a gerações de campanhas anti-papistas. O guarda-roupa é diferente, mas o guião é o mesmo.
Por seu turno, Bento XVI tem um talento especial para enquadrar historicamente as suas mensagens. Em Westminster Hall, o Papa declarou: «Os anjos que nos contemplam do alto do magnífico tecto desta veneranda sala recordam-nos a longa tradição que deu origem à democracia parlamentar britânica. Recordam-nos que Deus nos observa constantemente, para nos guiar e nos proteger. E convocam-nos a reconhecermos o contributo vital que as crenças religiosas deram e continuam a dar à vida desta nação.»
O Pontífice recordou aos seus anfitriões, uma vez e outra, que não se pode compreender a Grã-Bretanha sem a fé, a ponto de a primeira história desta nação ter sido escrita por um monge saxónico, Beda, o Venerável. «Há mais de mil anos que a mensagem cristã é parte integrante da língua, do pensamento e da cultura dos povos destas ilhas. O respeito que os vossos antepassados tinham pela verdade e pela justiça, pela misericórdia e pela caridade, foi-vos transmitido com uma fé que continua a ser uma potente força para o bem no vosso reino, para grande benefício, tanto de cristãos, como de não cristãos.»
Em suma, os valores democráticos da liberdade, da igualdade e da solidariedade têm raízes cristãs. O maior triunfo da democracia britânica no século XIX, a abolição do tráfico de escravos, ficou a dever-se ao trabalho de reformadores como William Wilberforce e David Livingstone, ambos cristãos convictos.
Em seguida, numa referência à atormentada história da sua pátria, Bento XVI recordou aos seus ouvintes que, tal como os esclavagistas, também os regimes ateus se recusaram a conceder aos judeus e aos membros dos outros povos submetidos a dignidade de seres humanos. «E enquanto reflectimos nas lições que nos ficaram dos extremismos ateus do século XX, e se essas lições dão que pensar, não esqueçamos nunca que a exclusão de Deus, da religião e da virtude da vida pública acaba sempre por conduzir a uma visão truncada do homem e da sociedade, e portanto a uma visão redutora da pessoa e do seu destino.»
O que será o futuro se o secularismo apagar a religião da vida pública?
A razão e a fé são compatíveis.
Bento XVI podia muito bem ter evitado as enormes tensões que rodeavam esta visita: hoje em dia, as beatificações são geralmente proclamadas pelos bispos locais. Mas a vida e a obra do Cardeal Newman deram-lhe a oportunidade de levar o combate contra o secularismo agressivo para o território do inimigo. Sem nunca mencionar Aquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado [N.d.R.: He-Who-Must-Not-Be-Named, no Youtube, referente ao protesto de Ricahard Dawkins], o Papa esmagou a tese do mediático contestatário, segundo a qual «Não é possível passar logicamente do ateísmo para a perversidade».
Basta ter um conhecimento muito elementar da história do século XX para se demonstrar que esta asserção é completamente idiota. Mas Bento XVI contra-argumentou de forma mais eloquente:
«Mas, sem o correctivo proporcionado pela religião, a razão [...] pode tornar-se presa de distorções, como quando é manipulada pela ideologia ou aplicada de modo parcial, de um modo que não tem em conta a dignidade da pessoa humana. Foi este género de uso indevido da razão que esteve na base do tráfico de escravos e de tantos outros males sociais, entre os quais se contam as ideologias totalitárias do século XX. É por isso que afirmo que o mundo da razão e o mundo da fé - o mundo da racionalidade secular e o mundo das convicções religiosas - precisam um do outro e não devem recear envolver-se em profundo e permanente diálogo, para bem da nossa civilização.
Os jovens precisam de ideais que os elevem.
Os últimos 40 anos cobriram o idealismo e a generosidade da juventude com um pesado manto de álcool e sexo. Polly Toynbee, um dos principais membros da Comissão de Más-Vindas ao Papa e comissária do comentariado secularista britânico, exemplificou este facto num artigo recente, em que escrevia que a repressão «do sexo está no coração - e é um coração envenenado - de todos os males de praticamente todas as grandes religiões». Em suma, aquilo de que os jovens precisam é de mais sexo sem consequências.
Por seu turno, o Papa propôs aos jovens britânicos o exigente desafio de substituírem a civilização da satisfação pessoal por uma civilização do amor. «Todos os dias vos são apresentadas muitas tentações - as drogas, o dinheiro, o sexo, a pornografia, o álcool -, que o mundo vos garante que vos proporcionarão felicidade, quando a verdade é que se trata de coisas destrutivas e que causam dissensões. Há uma só coisa duradoura: o amor que Jesus Cristo tem pessoalmente por cada um de vós.»
O Papa tem uma visão da vida que - tal como a de John Henry Newman - exige um compromisso com a dignidade, a amizade, o saber e a verdade, em detrimento da busca da «existência cintilante mas superficial que é frequentemente proposta pela sociedade dos nossos tempos». Os artigos desagradáveis e impertinentes publicados nos media antes da visita constituem um lamentável contraste com o convite do Papa: apontem para o alto!
A religião tem o seu lugar na praça pública.
Não há país do mundo ocidental em que a religião esteja mais na retranca do que está na Grã-Bretanha. Mas, como salientou o primeiro-ministro, o cristianismo é um desafio: «Vossa Santidade deixou uma mensagem que não foi apenas para a Igreja Católica, foi para todos nós, para os que têm fé e para os que não têm. E o desafio consiste em metermos a mão na consciência e perguntarmos, não tanto que direitos tenho, mas que responsabilidades são as minhas; perguntarmos, não tanto o que podemos fazer por nós, mas o que podemos fazer pelos outros.»
A fé tem um papel a desempenhar na vida pública, salientou o Sumo Pontífice. A política não tem a ver só com a eficácia administrativa e o equilíbrio de interesses; tem a ver com a ética: «A política nasceu essencialmente para ser um garante da justiça e, com a justiça, da liberdade. Ora, a justiça é um valor moral, um valor religioso, pelo que a fé, a proclamação do evangelho, tem em comum com a política a questão da justiça, daqui resultando interesses comuns.»
O século XX mostrou-nos que os governos estão constantemente sujeitos à tentação da tirania. É a fé que protege os cidadãos de serem engolidos pelo Leviatã:
«Cada geração que procura fazer progredir o bem comum tem de perguntar de novo: quais são as exigências que os governos podem razoavelmente impor aos cidadãos e até que ponto chegam essas exigências? A que autoridade se pode recorrer para a resolução dos dilemas morais? São questões que nos conduzem directamente aos fundamentos éticos do discurso cívico. Se os princípios morais que sustentam o processo democrático são determinados apenas pelo consenso social, que é tudo menos sólido, a fragilidade do processo torna-se manifesta - e é aqui que reside o grande desafio para a democracia.»
O fundamento da tolerância não é o relativismo, mas o respeito.
Os críticos do Papa acusam-no de ser surdo ao diálogo, mas este fim-de-semana foram eles que não se mostraram disponíveis para dialogar. Aquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado declarou a um grupo de apoiantes seus que o Papa era um «velhote lúbrico e fraudulento», «inimigo da humanidade, das crianças, dos homossexuais, das mulheres, das pessoas mais pobres do planeta, da ciência e da educação». Mas o papa do ateísmo britânico não será mesmo capaz de ter uma atitude de civismo e tolerância?
Em contraste, Bento XVI não esteve com rodeios, mas não ofendeu ninguém. Em Westminster Hall, recordou às personalidades gradas da sociedade britânica que Thomas More tinha sido martirizado por ter sido leal a Roma. Em Lambeth Palace, a residência do primaz anglicano, fez uma referência velada à ordenação de homossexuais e de mulheres e à conversão de Newman, que fora membro da Igreja Anglicana. Em Westminster Abbey, apresentou-se como sucessor de Pedro. No encontro com dirigentes muçulmanos, aludiu à ausência de liberdade religiosa nos países de maioria muçulmana. Em todas estas ocasiões, exprimiu-se com grande cortesia e respeito, sem insolência nem ironia, procurando sempre uma base comum para a promoção da dignidade humana e da liberdade religiosa.
Mais com obras do que com palavras, Bento XVI deu uma memorável lição de tolerância, que não consiste, nem em ignorar as diferenças, nem em minimizá-las como elas se não tivessem importância. O Papa mostrou que é possível ser tolerante sem ser relativista. Será por ter a certeza de que a razão acabará por triunfar que tem a coragem de dialogar?
Recomendo ao leitor que leia os discursos do Papa. Não foi em vão que MercatorNet nomeou Joseph Ratzinger um dos grandes campeões da dignidade humana.
Michael Cook*
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*Editor de MercatorNet.
Artigo no original em www.mercatornet.com
(Fonte: Aceprensa)
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