Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 31 de maio de 2022

São Josemaría Escrivá sobre a Festa da Visitação de Nossa Senhora

Visitação da Santíssima Virgem. Assim comenta este mistério do Rosário: “Caminhamos apressadamente em direcção às montanhas, até uma aldeia da tribo de Judá (Luc., I, 39). Chegamos. – É a casa onde vai nascer João Baptista. – Isabel aclama, agradecida, a Mãe do Redentor: Bendita és tu entre todas as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! – A que devo eu tamanho bem, que venha visitar-me a Mãe do meu Senhor? (Luc., I, 42 e 43). O Baptista, ainda por nascer, estremece… (Luc., I, 41). A humildade de Maria derrama-se no Magnificat… - E tu e eu, que somos – que éramos – uns soberbos, prometemos ser humildes”.

Visitação de Nossa Senhora

A Igreja celebra a festa da Visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel, em Ain-Karin, na Judeia. Isabel estava grávida de São João Batista, o precursor de Jesus. É o encontro de duas mulheres que celebram jubilosas a vinda de Jesus Salvador: o Reino de Deus, a Boa Nova, as promessas de Deus já estão cumpridas e continuam a cumprir-se no meio dos homens de boa vontade. No seu Evangelho, São Lucas afirma: naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: "Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre!" (Lucas 1,39ss.). É o milagre da vida que brota com força e poder e vence o mundo. É a força e o poder da Palavra de Deus que faz a Virgem conceber e permite que aquela que era estéril dê à luz (Lucas 1,30ss.). É por isso que Maria, trazendo Jesus em seu seio, irrompe neste sublime canto de alegria e júbilo que é o "Magnificat" (Lucas 1,46-55).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Santa Joana d'Arc, virgem, mártir, († Rouen, França, 1431)

A donzela suscitada por Deus para libertar a França dos ingleses, depois de vencer as resistências dos que não queriam reconhecer a sua missão, conseguiu obter vitórias espantosas sobre os invasores e obteve a coroação do rei Carlos VII em Reims. Sua obra parecia terminada, mas Deus ainda queria dela um sacrifício supremo. Traída e entregue aos ingleses, foi julgada iniquamente e queimada como feiticeira. Mais tarde a Igreja a reabilitou e reconheceu a heroicidade de suas virtudes. Foi beatificada em 1909, pelo Papa São Pio X, e canonizada por Bento XV em 1920.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

domingo, 29 de maio de 2022

Homenagem de Bento XVI em agosto de 2008 ao Papa Paulo VI que a Igreja festeja nesta data

Pedindo uma maior atenção e recolhimento Sua Santidade convidou os presentes a “recordar juntos o fiel Servo de Deus Papa Paulo VI, do qual dentro de três dia celebraremos o 30º aniversário da sua morte. Como supremo Pastor da Igreja, Paulo VI guiou o povo de Deus à contemplação do rosto de Cristo, Redentor do homem e Senhor da história”.

“Precisamente – acrescentou – a amorosa orientação da mente e do coração para Cristo foi um dos pontos cardeais do Concílio Vaticano II. No centro de tudo está sempre e só Cristo: Ele está no centro das Sagradas Escrituras e da Tradição, no coração da Igreja, do mundo e de todo o universo”.

O Santo Padre realçou que “a Divina Providência chamou a Giovanni Battista Montini da Cátedra (Arquidiocese) de Milão à de Roma no momento mais delicado do Concílio. Como não agradecer ao Senhor pela sua profícua e valiosa ação pastoral? Podemos afirmar com o Apóstolo Paulo que a graça de Deus nele 'não foi em vão', fez prevalecer os seus dotes de grande inteligência e o seu apaixonado amor pela Igreja e pelos homens”.

A concluir invocou “a maternal intercessão de Maria para que nos faça fieis aos ensinamentos e ao testemunho de santidade deste inesquecível Pontífice”.

(Fonte: ACIprensa, tradução e adaptação a partir da edição online em espanhol de JPR)

Ascenção

Prosseguindo com a exposição dos artigos do Credo, aprofundemos no mistério da Ascensão do Senhor. Cremos, com efeito, que Jesus Cristo, depois da Ressurreição, subiu ao Céu onde está sentado à direita do Pai [1]. Esta solenidade que celebraremos neste mês – na quinta-feira, dia 9, ou no domingo, dia 12, nos países onde foi transferida – deve ser para to­dos uma paragem, recordando-nos o fim ditoso a que estamos chamados. Esta verdade recor­da-nos ao mesmo tempo um facto histórico e um acontecimento de salvação. Como facto histórico, a Ascensão «marca a entrada definitiva da humanidade de Jesus no domínio celeste de Deus, de onde há de voltar, mas que, entretanto, O oculta aos olhos dos homens» [2]. Agora, está presente na Eucaristia de modo sacramental, mas, no seu ser natural, encontra-se apenas no Céu, de onde virá no fim dos tempos, cheio de glória e majestade, para julgar a todos.

O Evangelista que relata com mais pormenor este acontecimento é S. Lucas. No início dos Atos dos Apóstolos, escreve que o Senhor, depois da Sua Paixão, lhes apareceu vivo [aos Apóstolos e aos outros discípulos], e deu-lhes disso numerosas provas, com as Suas aparições, durante quarenta dias, falando-lhes também a respeito do Reino de Deus [3]. Narra ainda que, durante uma das aparições aos Apóstolos, o Senhor lhes abriu o entendimento para que compreendessem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia, e que se anuncie, em Seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas [4].


S. Josemaria considerou muitas vezes estas cenas, nas reuniões familiares que costu­mava ter com numerosas pessoas. Numa ocasião, por exemplo, convidava os que o ouviam a pensar no Senhor depois da Ressurreição, quando falava de muitas coisas, de tudo o que os Seus discípulos Lhe perguntavam. Aqui estamos a imitá-Lo um pouco, porque vós e eu somos discípulos do Senhor e queremos trocar impressões [5]. E noutra altura, acrescen­tava: falava com eles, como falamos nós agora, aqui, assim! Isso é a contemplação: convívio com Deus. E a contemplação e o convívio com Deus levam-nos a cuidar das almas, a ter sede de trazer para Cristo os que se afastaram [6].

[1]. Missal Romano, Símbolo Niceno-Constantinopolitano.
[2]. Catecismo da Igreja Católica, n. 665.
[3]. At 1, 3.
[4]. Lc 24, 46-48.
[5]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 29-X-1972.
[6]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 3-XI-1972.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de maio de 2013)

A Ascenção

Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha designado. Ao verem-No, adoraram-No, mas houve alguns que duvidaram. Aproximou-Se Jesus e falou-lhes nestes termos: Foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide, pois, doutrinai todas as gentes, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-as a observar tudo o que vos mandei. Sabei que Eu estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos (Mt 28, 16-20).

Mas, quando o Espírito Santo vier sobre vós, recebereis uma força e sereis Minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da Terra.

Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem subtraiu-O a seus olhos (Act 1, 8-9).

Corredimir com Cristo
«Cristo subiu aos céus, mas transmitiu a tudo o que é honestamente humano a possibilidade concreta de ser redimido. (…) Não me cansarei de repetir, portanto, que o mundo é santificável e que a nós, cristãos, nos toca especialmente essa tarefa, purificando-o das ocasiões de pecado com que os homens o tornam feio, e oferecendo-o ao Senhor como Hóstia espiritual, apresentada e dignificada com a graça de Deus e o nosso esforço. Em rigor, não se pode dizer que haja nobres realidades exclusivamente profanas, uma vez que o Verbo se dignou assumir uma natureza humana íntegra e consagrar a Terra com a sua presença e com o trabalho das suas mãos. A grande missão que recebemos, no Baptismo, é a co-redenção. Urge-nos a caridade de Cristo (Cfr. 2 Cor 5, 14) para tomar sobre os nossos ombros uma parte dessa tarefa divina de resgatar as almas. (…)

Uma grande tarefa
Temos uma grande tarefa à nossa frente. Não é possível a atitude de ficarmos passivos porque o Senhor declarou expressamente: negociai até eu vir (Lc 19, 13). Enquanto esperamos o regresso do Senhor que voltará a tomar posse plena do seu Reino não podemos estar de braços cruzados. A extensão do Reino de Deus não é só tarefa oficial dos membros da Igreja que representam Cristo, por d’Ele terem recebido os poderes sagrados. Vos autem estis corpus Christi (1 Cor. 12, 27), vós também sois Corpo de Cristo, ensina-nos o Apóstolo, com o mandato concreto de negociar até ao fim.

Ainda está tanta coisa por fazer. Será que em vinte séculos não se fez nada? Em vinte séculos trabalhou-se muito. Não me parece, nem objectivo nem honrado o afã de alguns em menosprezar a tarefa daqueles que nos precederam. Em vinte séculos realizou-se um grande trabalho, e, com frequência, foi muito bem realizado. Outras vezes houve desacertos, regressões, como também há agora retrocessos, medo, timidez, ao mesmo tempo que não falta valentia, generosidade. Mas a família humana renova-se constantemente; em cada geração é preciso continuar com o empenho de ajudar o homem a descobrir a grandeza da sua vocação de filho de Deus e é necessário inculcar o mandamento do amor ao Criador e ao nosso próximo».

(S. Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 120-121)

No coração de cada pessoa
«Nunca falo de política. Não penso na tarefa dos cristãos na terra como o nascer duma corrente político-religiosa – seria uma loucura -, nem mesmo com o bom propósito de difundir o espírito de Cristo em todas as actividades dos homens. O que é preciso é pôr em Deus o coração de cada um, seja ele quem for. Procuremos falar a todos os cristãos, para que no lugar onde estiverem – em circunstâncias que não dependem apenas da sua posição na Igreja ou na vida civil, mas do resultado das mutáveis situações históricas -, saiba dar testemunho, com o exemplo e com a palavra, da fé que professam.

O cristão vive no mundo com pleno direito, por ser homem. Se aceita que no seu coração habite Cristo, que reine Cristo, em todo o seu trabalho humano encontrar-se-á – bem forte – a eficácia salvadora do Senhor. Não tem qualquer importância que essa ocupação seja, como costuma dizer-se, alta ou baixa, porque um máximo humano pode ser, aos olhos de Deus, uma baixeza, e o que chamamos baixo ou modesto pode ser um máximo cristão de santidade e serviço».

(S. Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 183)

sexta-feira, 27 de maio de 2022

A guerra das bandeiras

O espectáculo da parada militar de 9 de Maio em Moscovo, carregado de símbolos bélicos, não é fácil de interpretar.

Que significam tantas foices e martelos? Porque é que muitos esquadrões desfilavam com bandeiras vermelhas? E havia tantas insígnias comunistas? E enormes decorações da extinta União Soviética? As iniciais do país voltaram a ser CCCP (União Soviética), como estava escrito em letras garrafais na praça Vermelha? Que faziam tantas fotografias de Stalin na parada militar? Ainda mais, porque é que os cartazes de propaganda da parada de 9 de Maio usavam símbolos nazis e fotografias norte-americanas?

Felizmente, a Rússia não virou comunista, nem nazi. A história é mais longa.

Quando se deu o Cisma do Oriente (ano 1043) e o mundo grego quebrou a unidade da Igreja Católica, a Rússia acompanhou Constantinopla, que então se considerava «a nova verdadeira Roma». Quando os Otomanos invadiram Constantinopla (ano 1453), Moscovo considerou-se a herdeira desse título, passando a ser «nova-nova verdadeira Roma». É por isso que, até hoje, os ortodoxos russos se consideram os eleitos por Deus para salvar a Terra.


Durante quase um século, os comunistas perseguiram o povo em nome do ateísmo. Esse período terrível não deixou saudades, excepto num ponto: foi o momento em que mais povos estiveram submetidos à autoridade de Moscovo. Com a queda do comunismo, algumas dessas colónias aproveitaram para ficar independentes, o que é considerado pela Igreja Ortodoxa russa o retrocesso mais grave dos últimos séculos. Assim se explica que uma igreja cristã erga as bandeiras do regime comunista, não já como símbolos marxistas, mas como momento alto do imperialismo russo.


Nos seus múltiplos esforços para acabar com a guerra, o Papa falou por vídeo-conferência com o Patriarca Ortodoxo de Moscovo no dia 16 de Março. Infelizmente, a conversa não correu bem. Ao fim de ouvir durante 20 minutos o Patriarca ler um discurso a defender o direito da Rússia a invadir a Ucrânia, o Papa Francisco não se conteve e interrompeu-o: «Irmão! Não pode fazer de menino do coro de Putin!». Parece que o Patriarca vê a hierarquia ao contrário: Putin é que é o santo servidor do Patriarcado de Moscovo.


Alguns russos não concordam com este programa imperialista e talvez isso explique as imagens nazis nos cartazes de propaganda russa. Quando o regime se deu conta da brincadeira, era tarde demais. Os cartazes já estavam na rua, a sugerir ao povo russo quem faz actualmente o papel dos nazis.

José Maria C.S. André

quinta-feira, 26 de maio de 2022

São Filipe Néri

Neste dia recordamos a santidade de vida do Santo da Alegria, que encantou a Igreja com seu jeito criativo e excêntrico de viver o Evangelho. Nascido em 1515, São Filipe Néri, foi morar com um tio negociante, que colocou diante de seus olhos a proposta de assumir os empreendimentos, mas acolheu as proposta do Senhor que eram bem outras.

Ao ir para Roma estudou Filosofia e Teologia, sem pensar no sacerdócio. Sendo um homem de caridade, vendeu toda a sua biblioteca e deu tudo aos pobres; visitava as catacumbas tinha devoção aos mártires e tudo fazia para ganhar os jovens para Deus, já que era afável, modesto e alegre, por isso fundou ainda como leigo, a irmandade da Santíssima Trindade.

São Filipe Néri que muito acolhia peregrinos em Roma, foi dócil em acolher o chamamento ao sacerdócio que o despertou para as missões nas Índias, porém, o seu Bispo esclareceu-lhe que a sua Índia era Roma. Como Santo da Jovialidade, simplicidade infantil e confiança na Divina Providência, Filipe fundou a Congregação do Oratório; foi vítima de calúnias; esquivou-se de ser cardeal, mas não da Salvação das Almas e do seu lema: Pecados e melancolia estejam longe de minha casa.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Quinta-feira de Espiga

Hoje é Quinta-feira de Ascensão ou Quinta-feira de Espiga... Acredita-se que este costume, que surge mais no centro e Sul de Portugal, nasceu de um antigo ritual cristão, no entanto, por ter tanta ligação com a Natureza, pensa-se que pode vir talvez de antigas tradições pagãs associadas às festas da deusa Flora que aconteciam por esta altura e que se mantêm ligadas à tradição dos Maios e das Maias. Esta é também uma festa religiosa que celebra a ascensão de Jesus ao Céu, depois de ter sido crucificado e de ter ressuscitado. Quarenta dias depois da Ressurreição, Jesus apareceu pela última vez aos seus discípulos, em Jerusalém, e levou-os ao Monte das Oliveiras. A Ascensão ocorre cerca de quarenta dias depois da Páscoa, e é sempre a uma quinta-feira.

Tradicionalmente, de manhã cedo, rapazes e raparigas vão para o campo apanhar a espiga e outras flores campestres. Com elas, formam um ramo com: espigas de trigo, folhagem de oliveira, malmequeres e papoilas. O ramo pode também incluir centeio, cevada, aveia...

Cada elemento simboliza um desejo:

A espiga significa que haja pão isto é, que nunca falte comida, que haja abundância em cada lar;

O ramo de folhas de oliveira, que haja paz, pois a pomba da paz traz no bico um ramo de oliveira e também que nunca falte a luz (divina);

As flores, malmequeres, papoilas, etc., significam que haja alegria, simbolizada pela cor das flores - o malmequer ainda traz ouro e prata, a papoila traz amor e vida e o alecrim saúde e força.

O ramo é guardado ao longo de um ano, até ao Dia de Espiga do ano seguinte, pendurado algures dentro de casa.

(Fonte: Rádio Voz da Planície em http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?go=noticias&id=5851)

terça-feira, 24 de maio de 2022

Nossa Senhora Auxiliadora

A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, tem seu começo em datas muito remotas, nascida no coração de pessoas piedosas que espalharam ao seu redor a devoção mariana. Assim a Mãe de Deus foi sempre conhecida como condutora da felicidade de todo ser humano. E Maria, sempre esteve junto ao povo, sobretudo do povo simples que não sofre as complicações que contornam e desfazem, muitas vezes, a vida humana, mas que é levado pelas emoções e certezas apontadas pela simplicidade do coração.

Em 1476, o Papa Sisto IV deu o nome de “Nossa Senhora do Bom Auxílio” a uma imagem do século XIV-XV, que havia sido colocada em uma Capelinha, onde ele se refugiou, surpreendido durante o caminho, com um perigoso temporal. A imagem tem um aspeto muito sereno, e o símbolo do ‘auxílio’ é representado pela meiguice do Menino segurando o manto da Mãe.

Com o correr dos anos, entre 1612 e 1620, a devoção mariana cresceu, graças aos Barnabitas, em torno de uma pequena tela de autoria de Scipione Pulzone, representando aspetos de doçura, de abandono confiante, de segurança entre o Menino e sua santa Mãe. A imagem ficou conhecida como “Mãe da Divina Providência”. Esta imagem tornou-se como que meta para as peregrinações de muitos devotos e também para muitos Papas e até mesmo para João Paulo II. Devido ao movimento cristão em busca dos favores e bênçãos de Nossa Senhora e de seu Filho, o Papa Gregório XVI, em 1837, deu-lhe o nome de “AUXILIADORA DOS CRISTÃOS”. O Papa Pio IX, há pouco tempo eleito, também se inscreveu no movimento e diante desta bela imagem, ele celebrou a Missa de agradecimento pela sua volta do exílio de Gaeta.     

Mais tarde também foi criada a ‘Pia União de Maria Auxiliadora’, com raízes em um bonito quadro alemão.

E chega o ano de 1815:  Nasce aquele que será o grande admirador, grande filho, grande devoto da Mãe de Deus e propagador da devoção a Maria Auxiliadora, o Santo dos jovens: SÃO JOÃO BOSCO. Neste ano era também celebrado o Congresso de Viena e foi a época em que, com a queda do Império Napoleónico  começa a Reestruturação  Europeia com restabelecimento dos reinos nacionais e das suas monarquias dinásticas.
 
Em 1817, o Papa Pio VII benzeu uma tela de Santa Maria e conferiu-lhe o título de “MARIA AUXILIUM CHRISTIANORUM”.

Os anos foram se sucedendo e o rei Carlo Alberto, foi a cabeça do movimento em prol da unificação da Itália, e ao mesmo tempo, os atritos entre Igreja e Estado, deram lugar a uma forte sensibilização política, com atitudes suspeitas para com a Igreja. E como não podia deixar de ser, D. Bosco, lutador e defensor insigne da Igreja de Cristo, ficou sendo mira forte do governo e foi até obrigado a fugir de alguns atentados. Sim, tinha de fato inimigos que não viam bem sua postura positiva a favor da Igreja e nem tão pouco a emancipação da classe pobre, defendida tenazmente pelo Santo.

Pio IX, então cabeça da Igreja, manifestou-se logo a favor de uma devoção pessoal para com a Auxiliadora e quando este sofrido Pontífice esteve no exílio, o nosso Santo lhe enviou 35 francos, recolhidos entre seus jovens do oratório. O Papa ficou profundamente comovido com esta atitude e conservou uma grande lembrança deste gesto de afeto de D. Bosco e da generosidade dos rapazes pobres.

E continuam muitas lutas políticas, desavenças, lutas e rixas entre Igreja e Estado.  Mas a 24 de maio, em Roma, o Papa Pio IX preside uma grandiosa celebração em honra de Maria Auxiliadora, na Igreja de Santa Maria.  E em 1862, houve uma grandiosa organização especificamente para obter da Auxiliadora, a proteção para o Papa diante das perseguições políticas que ferviam cada vez mais, em detrimento para a Igreja de Jesus Cristo.

Nestes momentos particularmente críticos, entre 1860-1862 para a Igreja, vemos que D. Bosco toma uma opção definitiva pela AUXILIADORA, título este que ele decide concentrar a devoção mariana por ele oferecida ao povo. E justamente em 1862, ele tem o “Sonho das Duas Colunas” e no ano seguinte seus primeiros acenos para a construção do célebre e grandioso Santuário de Maria Auxiliadora. E esta devoção à Mãe de Deus, desde então se expandiu imediata e amplamente.             

D. Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com D. Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a "Virgem de D. Bosco".

Escreveu o santo: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso".


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

domingo, 22 de maio de 2022

Santa Rita de Cássia, viúva, religiosa, †1457

Suportou durante 18 anos um marido brutal que lhe era infiel e a maltratava, até que conseguiu convertê-lo. Quando este foi assassinado e seus dois filhos juraram vingar-se dos matadores, pediu a Deus que tirasse a vida dos filhos antes que eles cometessem o feio pecado da vingança, e foi atendida. Ingressou depois de viúva num convento agostiniano e ali recebeu na fronte, como privilégio, um dos espinhos da coroa de Nosso Senhor. Sua vida é repleta de milagres e episódios maravilhosos. É a padroeira das mulheres que sofrem com os maridos, e é também chamada "advogada das causas perdidas" e "dos impossíveis".

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

sábado, 14 de maio de 2022

São Matias, testemunha da Ressurreição, escolhido por Deus

São João Crisóstomo (c.345-407), presbítero em Antioquia, depois bispo de Constantinopla, doutor da Igreja 
3.ª Homilia sobre os Atos dos Apóstolos (trad. do breviário)

«Naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos» (At 1,15ss.), Pedro, a quem Cristo tinha confiado o rebanho, movido pelo fervor do seu zelo e dado que era o primeiro dentro do grupo, foi o primeiro a tomar a palavra [e] «disse: Irmãos, é necessário escolher de entre [...] os homens que andaram connosco». Reparai como se empenha em que tenham sido testemunhas oculares; embora o Espírito Santo houvesse de vir depois sobre eles, dá a isso grande importância. «De entre os homens que andaram connosco, todo o tempo que o Senhor Jesus passou no meio de nós». Refere-se àqueles que viveram com Jesus e não aos que eram apenas discípulos. De facto, eram muitos os que O seguiam desde o princípio [...] «até ao dia em que nos foi levado para o alto; é necessário, pois, que um deles se torne connosco testemunha da Sua Ressurreição».

Não disse: testemunha de tudo o mais; mas só: «testemunha da Ressurreição». Na verdade, seria mais digno de fé quem pudesse testemunhar: Aquele que vimos comer e beber e que foi crucificado, foi Esse que ressuscitou. Não interessava ser testemunha do tempo anterior nem do seguinte, nem dos milagres, mas simplesmente da Ressurreição. Porque todos os outros factos eram manifestos e públicos; só a Ressurreição se tinha realizado secretamente e só eles a conheciam.

sexta-feira, 13 de maio de 2022

O insulto

Assistimos angustiados ao sofrimento de multidões de ucranianos. Continua a haver numerosas guerras, diz o Papa, «contudo, esta guerra cruel e insensata, como todas as guerras, tem uma dimensão maior e ameaça o mundo inteiro; não pode deixar de interpelar a consciência de cada cristão e de cada igreja». Tantas dezenas de milhar de ucranianos mortos, milhões de ucranianos perseguidos, separados da família, refugiados em países que não conhecem! Os jornais contam um a um os dias que este conflito horrível se arrasta, sem se vislumbrar no horizonte a esperança de que a comunidade internacional consiga travar os russos.


Do lado russo, há milhares de soldados mortos, a economia afunda-se no esforço de conquistar a Ucrânia e ouve-se o estribilho doloroso de uma injúria repetida contra quase todos os habitantes do mundo. Qual a origem deste insulto?


Nazis e soviéticos começaram de candeias às avessas, até ao pacto de 1939 que definiu entre eles a expansão territorial de ambos. A Alemanha ficava com direito a anexar países vizinhos e metade da Polónia; a União Soviética conquistava a Estónia, a Lituânia, a Letónia e partes da Polónia, da Roménia, além de manter em seu poder a Bielorrússia, a Ucrânia, a Chechénia, a Geórgia, etc. Nessa altura em que o pacto foi útil para o alargamento do domínio soviético, os alemães eram os «irmãos nacional-socialistas». O problema surgiu quando, depois de engordar a União Soviética com tantas conquistas, Hitler decidiu invadi-la. Nessa batalha, longa e sangrenta, alguns povos apoiaram a Rússia para se verem livres dos nazis e outros, como a Ucrânia, juntaram-se à Alemanha para se verem livres da Rússia. O resultado do gigantesco conflito cifrou-se em dezenas de milhões de mortos e, como a Alemanha acabou derrotada, os soviéticos apoderaram-se de todos os países do pacto, mais a Hungria, a Bulgária, parte da Alemanha, da Finlândia e falharam, por um triz, a Áustria. Além dos extensos territórios que anexaram a Sul.


Os dois insultos mais fortes do léxico comunista, «nazi» e «fascista», remontam a essa traição dos nazis. Nunca mais se falou de «irmãos nacional-socialistas». Até hoje, todos aqueles que os comunistas combatem são «nazis e fascistas». Não importa se as pessoas não sentem afinidade com o nazismo ou o fascismo. Se são alvo da ira comunista são, por definição, «nazis e fascistas».


Aliás, esse é justamente o ingrediente fundamental de um insulto: atribuir a alguém um conceito que ele rejeita. Se chamarem «russo» ao Putin, ou «ucraniano» ao Zelenskiy, eles agradecem, tal como se chamassem «nazi» ao Hitler, ele respondia alegremente «Heil!» e se chamassem fascista ao Mussolini, este dizia comprazido «Eia, eia, eia! Alalà!». Em contrapartida, qualquer saudação se torna insultuosa quando se aplica à pessoa errada. Se chamarem «ucraniano» ao Putin, ele não acha graça. O mesmo, se chamarem «russo» ou «nazi» ao Zelenskiy. Ou se chamarem «mulher» a um homem, ou «homem» a uma mulher.


Ainda hoje, nos meios ligados à tradição comunista soviética, as palavras «nazi» e «fascista» são as mais usadas para insultar quem quer que seja. Por isso os comunistas de orientação chinesa lhes chamam precisamente «social-fascistas», para os enfurecer maximamente.


Quando o regime comunista implodiu e a Rússia concedeu a liberdade a muitos países —entre eles, a Ucrânia—, trocou o próprio nome de União Soviética para Federação Russa, para significar que abandonava a ditadura e começava uma era de paz e liberdade. Desde 1991 até agora, os ucranianos era um povo-irmão, reconhecido pela Rússia; agora, a Rússia decidiu invadi-los e recuperou o antigo insulto: fascistas! Nazis!


Por mero acaso, o chefe desses «nazis» é filho de judeus, tão duramente perseguidos pelo regime nazi que Zelenskiy não tem nenhuma simpatia pelo nazismo… Mas é da essência do insulto não se adequar ao ofendido!


Corre pela internet a imagem desta página, retratando humoristicamente os países do mundo tal como o regime russo os classifica, em variantes de nazi-fascismo. Podíamos acrescentar os «neo-fascistas» e mais variantes divertidas. Os epítetos mais cómicos são o da América do Sul («futebolistas nazis») e sobretudo o da Austrália. Como a Austrália está no hemisfério Sul, são nazis de pernas para cima e cabeça para baixo: o insulto escreve-se de pernas para o ar.

José Maria C.S. André

Maio - Fátima

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA 13 Maio

Nota Histórica    

No ano 1917, quando o mundo se debatia ainda nas violências e atrocidades da guerra, a Virgem Maria apareceu seis vezes em Fátima a três pastorinhos, Lúcia, Jacinta e Francisco. Por meio deles, a Santa Mãe de Deus recomendou insistentemente aos homens a firmeza da fé e o espírito de oração, penitência e reparação. O culto de Nossa Senhora de Fátima, depois de ter sido aprovado pelo Bispo da diocese e mais tarde confirmado pela Autoridade Apostólica, foi especialmente honrado com a peregrinação do papa Paulo VI ao local das aparições no ano 1967 e João Paulo II nos anos 1982 e 1991.

Maria, Mãe da Igreja e Advogada dos fiéis

Por ocasião das cerimónias religiosas que têm lugar nestes dias em Fátima, Portugal, em honra da Virgem Mãe de Deus, onde acorrem numerosas multidões de fiéis para venerarem o seu coração maternal e compassivo, desejamos mais uma vez chamar a atenção de todos os filhos da Igreja para o inseparável vínculo que existe entre a maternidade espiritual de Maria e os deveres que têm para com Ela os homens resgatados.

Julgamos ser de grande utilidade para as almas dos fiéis considerar duas verdades muito importantes para a renovação da vida cristã.

A primeira verdade é esta: Maria é Mãe da Igreja, não só por ser Mãe de Jesus Cristo e sua íntima colaboradora na nova economia da graça, quando o Filho de Deus n’Ela assumiu a natureza humana para libertar o homem do pecado mediante os mistérios da sua carne, mas também porque brilha à comunidade dos eleitos como admirável modelo de virtude.

Depois de ter participado no sacrifício redentor de seu Filho, e de maneira tão íntima que mereceu ser por Ele proclamada Mãe não somente do discípulo João, mas – seja consentido afirmá-lo – do género humano, por este de algum modo representado, Ela continua agora no Céu a desempenhar a sua função materna de cooperadora no nascimento e desenvolvimento da vida divina em cada alma dos homens remidos.

Mas de que modo coopera Maria no crescimento da vida da graça nos membros do Corpo Místico? Antes de tudo, pela sua oração incessante, inspirada por uma ardentíssima caridade. A Virgem Santa, de facto, gozando embora da contemplação da Santíssima Trindade, não esquece os seus filhos que caminham, como Ela outrora, na peregrinação da fé; pelo contrário, contemplando-os em Deus e conhecendo bem as suas necessidades, em comunhão com Jesus Cristo que está sempre vivo para interceder por nós, deles se constitui Advogada, Auxiliadora, Amparo e Medianeira.

No entanto, a cooperação da Mãe da Igreja no desenvolvimento da vida divina nas almas não consiste apenas na sua intercessão junto do Filho. Ela exerce sobre os homens remidos outra influência importantíssima, a do exemplo, segundo a conhecida máxima: as palavras movem, o exemplo arrasta. Realmente, tal como os ensinamentos dos pais adquirem maior eficácia quando são acompanhados pelo exemplo duma vida conforme as normas da prudência humana e cristã, assim também a suavidade e o encanto das excelsas virtudes da Imaculada Mãe de Deus atraem irresistivelmente as almas para a imitação do divino modelo, Jesus Cristo, de que Ela foi a mais perfeita imagem.

Mas nem a graça do divino Redentor nem a poderosa intercessão de sua e nossa Mãe espiritual poderiam conduzir-nos ao porto da salvação, se a tudo isso não correspondesse a nossa perseverante vontade de honrar Jesus Cristo e a Virgem Mãe de Deus com a fiel imitação das suas sublimes virtudes.

É, pois, dever de todos os cristãos imitar religiosamente os exemplos de bondade que lhes deixou a Mãe do Céu. É esta a segunda verdade sobre a qual nos agrada chamar a vossa atenção. É em Maria que os cristãos podem admirar o exemplo que lhes mostra como realizar, com humildade e magnanimidade, a missão que Deus confiou a cada um neste mundo, em ordem à sua eterna salvação e à do próximo.

Uma mensagem de suma utilidade parece chegar hoje aos fiéis da parte d’Aquela que é a Imaculada, a toda santa, a cooperadora do Filho na restauração da vida sobrenatural das almas. A santa contemplação de Maria incita-os, de facto, à oração confiante, à prática da penitência, ao santo temor de Deus, e recorda-lhes com frequência aquelas palavras com que Jesus Cristo anunciava estar perto o reino dos Céus: Arrependei-vos e acreditai no Evangelho, bem como a sua severa advertência: Se não vos arrependerdes, perecereis todos de maneira semelhante.

Comemorando-se este ano o vigésimo quinto aniversário da solene consagração da Igreja a Maria Mãe de Deus e ao seu Coração Imaculado, feita pelo Nosso Predecessor Pio XII no dia 31 de Outubro de 1942, por ocasião da Rádio-Mensagem à Nação Portuguesa – consagração que Nós mesmo renovámos no dia 21 de Novembro de 1964 – exortamos todos os filhos da Igreja a renovar pessoalmente a sua própria consagração ao Coração Imaculado da Mãe da Igreja e a viver este nobilíssimo acto de culto com uma vida cada vez mais conforme à vontade divina, em espírito de serviço filial e devota imitação da sua celeste Rainha.

(Da Exortação Apostólica Signum magnum do Papa Paulo VI, Dia 13 de Maio de 1967: AAS 56, 1967, 4-473, 475)

Santa Jacinta e São Francisco Marto rogai por nós...


Visitar um Santuário Mariano

«Como dizia Bento XVI num santuário mariano: para o homem em busca, este convite transforma-se sempre de novo num pedido espontâneo, um pedido que se dirige em particular a Maria, que nos deu Cristo como seu Filho: “Mostra-nos Jesus!”. Assim rezamos hoje com todo o coração. E assim rezamos também, para além deste momento, interiormente, em busca do Rosto do Redentor. “Mostra-nos Jesus!”. Maria responde, apresentando-O diante de nós, antes de mais, como Menino. Deus fez-se pequenino para nós. (Homilia no Santuário de Mariazell, 8-IX-2007).

Excerto carta de Maio 2009 de D. Javier Echevarría

A mais profética das aparições modernas

«Decorre hoje o nonagésimo aniversário (2007) das Aparições de Nossa Senhora em Fátima. Com o seu veemente apelo à conversão e à penitência é, sem dúvida, a mais profética das aparições modernas. Vamos pedir à Mãe da Igreja, Ela que conhece os sofrimentos e as esperanças da humanidade, que proteja nossos lares e nossas comunidades».

(Bento XVI - Regina Caeli – 13/V/2007 – Santuário de Aparecida)

«No dia 13 de Maio recordamos uma daquelas manifestações: a primeira apari­ção da Santíssima Virgem Maria em Fátima. Que ressoe nos nossos ouvidos a mensagem de oração, de conversão, de reparação pelos pecados, que com tanta força se difunde daquele santuário mariano. Como é lógico, agradeçamos especialmente a protec­ção que Nossa Senhora dispensou ao Papa João Paulo II, salvando a sua vida do atentado de 13 de Maio de 1981. E recordemos também, com agradecimento, as muitas vezes que S. Josemaría se prostrou perante Ela na capelinha, impetrando o seu auxílio maternal para a Igreja, para a Obra, para todas as almas. Repetiu frequentemente que aquele lugar era o seu ‘refúgio’».

(D. Javier Echevarría, excerto carta de Maio de 2008)

quinta-feira, 12 de maio de 2022

A festa de Nossa Senhora de Fátima

A meados do mês, vamos celebrar a festa de Nossa Senhora de Fátima, e também o aniversário da novena de S. Josemaria à Virgem de Guadalupe, em 1970: duas recordações que nos hão de levar a cuidar com esmero os tempos de oração mental e as orações vocais, especialmente o Terço, tão recomendado por Nossa Senhora aos Três Pastorinhos. Sejamos santamente ambiciosos nas nossas intenções apostólicas, suplicando a Maria pela Igreja e pelo Papa, pelos frutos do Ano da fé para o qual nos estamos a preparar, pela renovação da vida cristã em todo o mundo.

(D. Javier Echevarría na carta de mês de Maio de 2012)

Bem-aventurado Alvaro del Portillo, bispo, †1994

Nasceu em Madrid, a 11 de março de 1914. Era o terceiro de oito filhos. Foram seus pais Ramón del Portillo Pardo e Clementina Diez de Solano Portillo. Pediu admissão no Opus Dei em 7 de julho de 1935, rapidamente converteu-se no mais firme e valioso auxiliar e apoio de São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei, de quem foi confessor e diretor espiritual desde o dia em que foi ordenado sacerdote em 25 de junho de 1944, e o acompanhou até o dia de seu falecimento em 26 de junho de 1975. Foi um dos três primeiros sacerdotes do Opus Dei, ordenado por D. Leopoldo Eijo y Garay, bispo de Madrid-Alcalá..

A 15 de setembro de 1975 foi eleito primeiro sucessor de S. Josemaria frente ao Opus Dei, foi Secretário Geral do Opus Dei (1940 - 1947 e 1956 - 1975) e era membro do seu Conselho Geral desde 1940 até 1975. Entre outros órgãos do Vaticano foi consultor da Sagrada Congregação para a Causa dos Santos, da Congregação para o Clero e do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. Trabalhou no Concílio Vaticano II, primeiro como presidente da Comissão ante-preparatória para os Leigos e depois como secretário da Comissão para a Disciplina do Clero e como consultor de outras Comissões. Foi membro da Comissão de Revisão do Código de Direito Canónico que se encontra em vigor, promulgado por João Paulo II.

O Papa João Paulo II ao erigir o Opus Dei em Prelazia pessoal, em 28 de novembro de 1982, fê-lo seu Prelado e, em 6 de janeiro de 1991, sagrou-o bispo titular de Vita. Escolheu como lema do seu escudo episcopal: Regnare Christum volumus!. Não pensava em si mas em servir a Igreja: "único motivo da nossa existência e da existência da nossa Prelatura", repetia.

Em 1985 fundou em Roma o Centro Académico Romano da Santa Cruz que mais tarde foi se tornar na Pontifícia Universidade da Santa Cruz. Durante o seu governo o trabalho da prelazia estendeu-se por vinte novos países.

Faleceu no dia 23 de março de 1994. Encontra-se sepultado na Igreja Prelatícia de Santa Maria da Paz, em Roma. Sobre ele afirmou João Paulo II, por ocasião do seu falecimento: "Foi um exemplo de fortaleza, de confiança na providência divina e de fidelidade à sede de Pedro."

Foi beatificado em Madrid a 27 de Setembro de 2014.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

terça-feira, 3 de maio de 2022

A maturidade intelectual

Com muita frequência, o debate sobre os saberes humanísticos centra-se na pergunta sobre a sua utilidade: são proveitosos para encontrar um emprego?


Se a resposta for negativa, a conclusão é que não são úteis e, por isso, podem ser deixados de lado pela maioria das pessoas. Tornam-se matérias que facilmente desaparecem dos currículos para dar lugar a outras mais práticas e vantajosas.


Mas, atenção: não há riqueza interior sem saberes humanísticos, sem a leitura pausada de bons livros acompanhada de uma reflexão pessoal sobre as grandes questões que a nossa existência obrigatoriamente nos coloca.


O conhecimento que adquirimos não pode ser somente técnico (saber fazer): tem de ser também sapiencial (que sentido tem a minha vida e aquilo que faço). Caso contrário, o ser humano fica desequilibrado: pode saber muito de como fabricar algo, mas a sua humanidade fica embrutecida, e isso dificulta o relacionamento consigo mesmo, com os outros e com a realidade que o circula.


A vida intelectual de uma pessoa (todos estamos chamados a tê-la, uma vez que somos seres inteligentes) possui uma estreita relação com a sua maturidade. E a maturidade, além de emotiva e social, é, antes de mais nada, intelectual.


Sinceridade consigo mesmo, metas e fins claros na vida, valores “inegociáveis”, saber ético, reflexão, criatividade e um “são” realismo: tudo isto faz parte da maturidade intelectual que, sem saberes humanísticos, não é possível alcançar.


Tanto aquele que só lê textos superficiais como aquele que lê pouco se tornam especialmente vulneráveis diante do erro e, por isso, facilmente manipuláveis.


Como alguém dizia, os livros são os objectos mais estranhos deste mundo porque são matéria abarrotada de espírito. Se calculamos quantos livros leremos na vida, veremos a necessidade absoluta da selecção. É preciso ler o melhor daquilo que recomendam os melhores. 

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

São Filipe e São Tiago Menor, Apóstolos

São Filipe
Existe um facto realmente extraordinário na vida São Filipe, natural de Betsaida, na Galileia. Um dia, quando obrigado a reverenciar o deus Marte acendendo-lhe incenso, eis que surge detrás do altar pagão uma cobra que mata o filho do sacerdote-mor e dois dos seus servos. Filipe ressuscitou-os e matou a cobra. Esse milagre de São Filipe originou a conversão de muitas pessoas ao cristianismo.

Existem muito poucas referências à sua vida nas sagradas escrituras. Uma delas conta que foi ele quem perguntou a Jesus, no dia do milagre da multiplicação dos pães, como faria para alimentar tanta gente com tão poucos pães.

Não se sabe exatamente como ou quando Filipe morreu. Mas o mais provável é que tenha sido crucificado aos oitenta e sete anos, por ordem do imperador Domiciano. As suas relíquias estão guardadas numa igreja de Roma, junto com as de São Tiago Menor, e seria por isso que se festejam no mesmo dia esses dois santos apóstolos.

São Tiago Menor
São Tiago, dito “o menor”, um dos doze apóstolos, era filho de Alfeu e primo de Jesus. É identificado nos Evangelhos como “irmão do Senhor”, termo esse usado pelos povos semitas para designar um grau de parentesco próximo (Mc 6,3 e Mt 13,55). Teve muita influência na comunidade de Jerusalém. Foi testemunha da ressurreição de Jesus (I Cor 15,7) e é o provável autor da “Epístola de Tiago”; foi com ele que Paulo, depois de convertido, se foi encontrar em Jerusalém (Gl 1,18). São Tiago teve um papel importante no Concílio de Jerusalém (At 15,13-29). Morreu mártir por volta do ano 62.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)