Obrigado, Perdão Ajuda-me
quarta-feira, 27 de março de 2013
O Centro Televisivo do Vaticano produziu um documentário sobra a transição de Bento XVI para Francisco (vídeo em espanhol)
“Sou um grande pecador. Confiando na misericórdia e na paciência de Deus, no sofrimento, aceito” foram as primeiras palavras de Francisco no momento de aceitar ser Papa.
Amar a Cristo...
Querido Jesus, continuamos a prepararmo-nos para o Tríduo Pascal, amanhã celebraremos o Teu acto de humildade ao Te fazeres o mais “pequeno” entre todos, perdoa-nos as aspas, mas não Te conseguimos ver como pequeno, ao lavares os pés dos apóstolos.
Celebraremos também um supremo ato de amor ao próximo, que foi a instituição da Sagrada Eucaristia através da qual Te podemos sentir bem dentro de nós e em total comunhão conTigo e o Pai.
Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai!
JPR
Escudo Papal tem pequenas modificações
O escudo do Papa Francisco sofreu ligeiras modificações. A estrela, inicialmente com 5 pontas, passou a ter oito, em referência às oito bem-aventuranças. O nardo também mudou e o lema “Miserando atque eligendo” foi inserido numa faixa branca com a parte de trás em vermelho. Permanece inalterado o emblema da Companhia de Jesus, no centro do escudo.
O Papa Francisco conservou seu escudo de bispo, ao qual acrescentou os símbolos da dignidade pontifícia e a mitra colocada entre as chaves de prata e ouro, entrelaçadas com um cordão vermelho.
Na parte superior encontra-se o emblema da Companhia de Jesus: um sol radiante amarelo com as letras em vermelho ‘IHS’: “Jesus, Homem e Salvador”.
Sobre a letra H encontra-se uma cruz, em ponta, e debaixo das letras IHS, sempre dentro do sol radiante, três cravos em preto. Na parte inferior do escudo, à direita, encontra-se uma estrela e à esquerda a flor de nardo.
A estrela simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja, e a flor de nardo São José, padroeiro da Igreja universal. Na tradição espanhola, São José é representado por um ramo de nardos na mão.
Com este escudoo, o Papa quis ressaltar sua particular devoção a Virgem e a São José. A flor de nardo, no desenho anterior, poderia em princípio ser confundida com um ramo de videira. Com a modificação do desenho, passou a ser mais fiel ao que seria um ramo de nardos.
O lema do pontificado, “Miserando atque eligendo” (“Olhou para ele com misericórdia e o escolheu”), foi retirado das homilias de São Beda, o Venerável, o qual, comentando o Evangelho de Mateus, escreveu “Vidit ergo Iesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me” (Viu Jesus a um publicano e como olhou para ele com sentimentos de amor o escolheu e disse: seque-me”.
Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil com ligeira adaptação deste blogue
O Papa Francisco conservou seu escudo de bispo, ao qual acrescentou os símbolos da dignidade pontifícia e a mitra colocada entre as chaves de prata e ouro, entrelaçadas com um cordão vermelho.
Na parte superior encontra-se o emblema da Companhia de Jesus: um sol radiante amarelo com as letras em vermelho ‘IHS’: “Jesus, Homem e Salvador”.
Sobre a letra H encontra-se uma cruz, em ponta, e debaixo das letras IHS, sempre dentro do sol radiante, três cravos em preto. Na parte inferior do escudo, à direita, encontra-se uma estrela e à esquerda a flor de nardo.
A estrela simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja, e a flor de nardo São José, padroeiro da Igreja universal. Na tradição espanhola, São José é representado por um ramo de nardos na mão.
Com este escudoo, o Papa quis ressaltar sua particular devoção a Virgem e a São José. A flor de nardo, no desenho anterior, poderia em princípio ser confundida com um ramo de videira. Com a modificação do desenho, passou a ser mais fiel ao que seria um ramo de nardos.
O lema do pontificado, “Miserando atque eligendo” (“Olhou para ele com misericórdia e o escolheu”), foi retirado das homilias de São Beda, o Venerável, o qual, comentando o Evangelho de Mateus, escreveu “Vidit ergo Iesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me” (Viu Jesus a um publicano e como olhou para ele com sentimentos de amor o escolheu e disse: seque-me”.
Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil com ligeira adaptação deste blogue
Imitação de Cristo, 4 , 3, 3 e 4 - Da utilidade da comunhão frequente - A Voz do discípulo
3. Pois "os sentidos do homem estão inclinados para o mal desde a sua adolescência (Gn 8,21), e se não o socorre o remédio celestial, logo cai o homem de mal em pior. Porque, se agora, comungando ou celebrando, sou tão negligente e tíbio, que seria se não tomasse este remédio e não buscasse tão poderoso conforto? E ainda que não esteja, todos os dias, preparado, nem bem disposto para celebrar, contudo me quero esforçar para, nos tempos convenientes, receber os sagrados mistérios e tornar-me participante de tanta graça. Porque, enquanto a alma fiel, longe de vós, peregrina neste corpo mortal, a única e principal consolação para ela é - que muitas vezes se lembre do seu Deus e receba devotamente o seu Amado.
4. Ó maravilhosa condescendência de vossa bondade para convosco, que vós, Senhor Deus, Criador e vivificador de todos os espíritos, vos dignais de vir à minha pobre alma e saciar-lhe a fome com toda a vossa divindade e humanidade! Ó ditoso coração, ó alma bem-aventurada, que merece receber-vos com devoção a vós, seu Deus e Senhor, e nesta união encher-se de gozo espiritual! Oh! que grande Senhor recebe, que amável hóspede agasalha, que agradável companheiro acolhe, que fiel amigo aceita, que formoso e nobre esposo abraça, mais digno de ser amado que tudo o que se ama e deseja! Dulcíssimo Amado meu, emudeçam diante de vós o céu e a terra com todos os seus ornatos; porque tudo o que têm de brilho e beleza é dom de vossa liberalidade e não chega a igualar a glória de vosso nome, "cuja sabedoria não tem medida" (Sl 146,5).
4. Ó maravilhosa condescendência de vossa bondade para convosco, que vós, Senhor Deus, Criador e vivificador de todos os espíritos, vos dignais de vir à minha pobre alma e saciar-lhe a fome com toda a vossa divindade e humanidade! Ó ditoso coração, ó alma bem-aventurada, que merece receber-vos com devoção a vós, seu Deus e Senhor, e nesta união encher-se de gozo espiritual! Oh! que grande Senhor recebe, que amável hóspede agasalha, que agradável companheiro acolhe, que fiel amigo aceita, que formoso e nobre esposo abraça, mais digno de ser amado que tudo o que se ama e deseja! Dulcíssimo Amado meu, emudeçam diante de vós o céu e a terra com todos os seus ornatos; porque tudo o que têm de brilho e beleza é dom de vossa liberalidade e não chega a igualar a glória de vosso nome, "cuja sabedoria não tem medida" (Sl 146,5).
"Na Semana Santa, abrir as portas do nosso coração"
Esta quarta-feira realizou-se a primeira Audiência Geral do Papa Francisco
A Praça S. Pedro estava cheia para ouvir as palavras do Pontífice, que dedicou sua catequese à Semana Santa. Depois da Páscoa, anunciou ele, retomará as catequeses sobre o Ano da Fé, como vinha fazendo seu predecessor.
“Mas que significa viver a Semana Santa para nós?” – questionou. É acompanhar Jesus no seu caminho rumo à Cruz e à Ressurreição. Na sua missão terrena, ele falou a todos, sem distinção, aos grandes e aos humildes, trouxe o perdão de Deus e sua misericórdia, ofereceu esperança; consolou e curou. Foi presença de amor.
Na Semana Santa, vivemos o vértice desse caminhada de Jesus, que se entregou voluntariamente à morte para corresponder ao amor de Deus Pai, em perfeita união com sua vontade, para demonstrar o seu amor por nós.
O Papa então perguntou: “O que é que tudo isso tem a ver connosco? Significa que esta é também a minha, a tua, a nossa caminhada. Viver a Semana Santa seguindo Jesus quer dizer aprender a sair de nós mesmos, ir ao encontro dos outros, ir às periferias da existência, encontrar sobretudo os mais distantes, os que mais necessitam de compreensão, de consolação, de ajuda”.
Viver a Semana Santa é entrar sempre mais na lógica de Deus, do Evangelho. Mas acompanhar Cristo exige sair de nós mesmos, deixar de lado um modo habitudinário de viver a fé . Deus saiu de Si mesmo para vir ao nosso encontro e também nós devemos fazer o mesmo. A falta de tempo não é desculpa, disse o Papa. Não podemos nos contentar com uma oração, uma Missa dominical distraída e não constante, de algum gesto de caridade, e não ter a coragem de “sair” para levar Cristo.
“A Semana Santa é um tempo de graça que o Senhor nos doa para abrir as portas do nosso coração, da nossa vida, das nossas paróquias, dos movimentos, das associações, e ‘sair’ ao encontro dos outros para levar a luz e a alegria da nossa fé, um raio de amor do Senhor. Sair sempre! E isso com o amor e a ternura de Deus, no respeito e na paciência.”
Após a catequese, como de costume, o Pontífice saudou os grupos presentes. Francisco não falou nas várias línguas, mas sim em italiano. A síntese da catequese e da saudação foi lida por um tradutor. Em português, foi feita pelo Pe. Bruno Lins:
Queridos irmãos e irmãs, na Semana Santa, centro de todo o Ano Litúrgico, somos chamados a seguir Jesus pelo caminho do Calvário em direção à Cruz e Ressurreição. Este é também o nosso caminho. Ele entregou-se voluntariamente ao amor de Deus Pai, unido perfeitamente à sua vontade, para demonstrar o seu amor por nós: assim o vemos na Última Ceia, dando-nos o seu Corpo e o seu Sangue, para permanecer sempre connosco. Portanto, a lógica da Semana Santa é a lógica do amor e do dom de si mesmo, que exige deixar de lado as comodidades de uma fé cansada e rotineira para levar Cristo aos demais, abrindo as portas do nosso coração, da nossa vida, das nossas paróquias, movimentos, associações, levando a luz e a alegria da nossa fé. Viver a Semana Santa seguindo Jesus significa aprender a sair de nós mesmos para ir ao encontro dos demais, até as periferias da existência. Há uma necessidade imensa de levar a presença viva de Jesus misericordioso e rico de amor. Queridos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os grupos de jovens vindos de Portugal e do Brasil: sede bem-vindos! Desejo-vos uma Semana Santa abençoada, seguindo o Senhor com coragem e levando a quantos encontrardes o testemunho luminoso do seu amor. A todos dou a Bênção Apostólica!
Saudação aos lusófonos em italiano: “Carissimi pellegrini di lingua portoghese, un cordiale benvenuto a tutti, in particolare ai gruppi di giovani venuti dal Portogallo e dal Brasile! Vi auguro una Settimana Santa benedetta, seguendo il Signore con coraggio e portando a quanti troverete la testimonianza luminosa del suo amore. A tutti imparto la Benedizione Apostolica!”.
Rádio Vaticano
Vídeo da ocasião
A Praça S. Pedro estava cheia para ouvir as palavras do Pontífice, que dedicou sua catequese à Semana Santa. Depois da Páscoa, anunciou ele, retomará as catequeses sobre o Ano da Fé, como vinha fazendo seu predecessor.
“Mas que significa viver a Semana Santa para nós?” – questionou. É acompanhar Jesus no seu caminho rumo à Cruz e à Ressurreição. Na sua missão terrena, ele falou a todos, sem distinção, aos grandes e aos humildes, trouxe o perdão de Deus e sua misericórdia, ofereceu esperança; consolou e curou. Foi presença de amor.
Na Semana Santa, vivemos o vértice desse caminhada de Jesus, que se entregou voluntariamente à morte para corresponder ao amor de Deus Pai, em perfeita união com sua vontade, para demonstrar o seu amor por nós.
O Papa então perguntou: “O que é que tudo isso tem a ver connosco? Significa que esta é também a minha, a tua, a nossa caminhada. Viver a Semana Santa seguindo Jesus quer dizer aprender a sair de nós mesmos, ir ao encontro dos outros, ir às periferias da existência, encontrar sobretudo os mais distantes, os que mais necessitam de compreensão, de consolação, de ajuda”.
Viver a Semana Santa é entrar sempre mais na lógica de Deus, do Evangelho. Mas acompanhar Cristo exige sair de nós mesmos, deixar de lado um modo habitudinário de viver a fé . Deus saiu de Si mesmo para vir ao nosso encontro e também nós devemos fazer o mesmo. A falta de tempo não é desculpa, disse o Papa. Não podemos nos contentar com uma oração, uma Missa dominical distraída e não constante, de algum gesto de caridade, e não ter a coragem de “sair” para levar Cristo.
“A Semana Santa é um tempo de graça que o Senhor nos doa para abrir as portas do nosso coração, da nossa vida, das nossas paróquias, dos movimentos, das associações, e ‘sair’ ao encontro dos outros para levar a luz e a alegria da nossa fé, um raio de amor do Senhor. Sair sempre! E isso com o amor e a ternura de Deus, no respeito e na paciência.”
Após a catequese, como de costume, o Pontífice saudou os grupos presentes. Francisco não falou nas várias línguas, mas sim em italiano. A síntese da catequese e da saudação foi lida por um tradutor. Em português, foi feita pelo Pe. Bruno Lins:
Queridos irmãos e irmãs, na Semana Santa, centro de todo o Ano Litúrgico, somos chamados a seguir Jesus pelo caminho do Calvário em direção à Cruz e Ressurreição. Este é também o nosso caminho. Ele entregou-se voluntariamente ao amor de Deus Pai, unido perfeitamente à sua vontade, para demonstrar o seu amor por nós: assim o vemos na Última Ceia, dando-nos o seu Corpo e o seu Sangue, para permanecer sempre connosco. Portanto, a lógica da Semana Santa é a lógica do amor e do dom de si mesmo, que exige deixar de lado as comodidades de uma fé cansada e rotineira para levar Cristo aos demais, abrindo as portas do nosso coração, da nossa vida, das nossas paróquias, movimentos, associações, levando a luz e a alegria da nossa fé. Viver a Semana Santa seguindo Jesus significa aprender a sair de nós mesmos para ir ao encontro dos demais, até as periferias da existência. Há uma necessidade imensa de levar a presença viva de Jesus misericordioso e rico de amor. Queridos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os grupos de jovens vindos de Portugal e do Brasil: sede bem-vindos! Desejo-vos uma Semana Santa abençoada, seguindo o Senhor com coragem e levando a quantos encontrardes o testemunho luminoso do seu amor. A todos dou a Bênção Apostólica!
Saudação aos lusófonos em italiano: “Carissimi pellegrini di lingua portoghese, un cordiale benvenuto a tutti, in particolare ai gruppi di giovani venuti dal Portogallo e dal Brasile! Vi auguro una Settimana Santa benedetta, seguendo il Signore con coraggio e portando a quanti troverete la testimonianza luminosa del suo amore. A tutti imparto la Benedizione Apostolica!”.
Rádio Vaticano
Vídeo da ocasião
O Prelado do Opus Dei em entrevista fala-nos do Papa Francisco
Foto não corresponde ao momento desta entrevista, mas sim de uma outra em 2010 |
– Como recebeu a notícia do anúncio de que já tínhamos um novo Papa? Que sensações lhe passaram pelo coração nesse momento?
– Foi uma grande alegria. Nós, católicos, necessitamos de ter um pai comum na terra, vigário de Cristo na Igreja universal. Ao ver o fumo branco, ajoelhei-me para rezar por ele, ainda sem saber quem era. Renovei interiormente o meu desejo de ser um bom filho do Romano Pontífice.
Quando o novo Papa Francisco falou pela primeira vez da varanda das bênçãos, mencionou todas as pessoas de boa vontade. E pensei que, além dos católicos, o Papa leva o peso, as alegrias e as dores de toda a humanidade. Por isso, junto da alegria, senti também o desejo intenso de que todos rezemos pelo sucessor de Pedro, e experimentei um desejo filial de convidar as pessoas a amar o Romano Pontífice.
– Das palavras do Papa nestes primeiros dias do seu Pontificado, com que é que se fica? O que é que lhe chamou a atenção? O que é que o interpela?
– «Cristo é o centro», disse aos jornalistas na audiência de 16 de março. Recordou-me o que São Josemaria nos repetia: «É de Cristo de quem temos que falar e não de nós mesmos». Isto remete-nos verdadeiramente para o essencial. O Papa Francisco falou-nos também da ação do Espírito Santo. É necessário ler nesta chave o último conclave e toda a história da Igreja: a partir da fé.
– Estamos diante do primeiro Papa latino-americano da história. Pela sua experiência como prelado do Opus Dei, quais os contributos dos cristãos da América Latina para a velha Europa?
– Na América Latina toca-se o bom espírito de manifestar a caridade com carinho, com um afeto palpável. Esse calor humano ajuda tantas vezes a evitar os preconceitos para com os outros, a evitar certa complexidade intelectual que turva as relações de uns com os outros, a forjar relações interpessoais verdadeiramente humanas. Uma manifestação desta capacidade de amar traduz-se na piedade popular que se mantém muito viva em tantos países da América, com uma devoção à Mãe de Deus que é ao mesmo tempo terna e rija, e que contem uma atitude muito enriquecedora para a humanidade inteira. Tudo isto é um dom para a Igreja.
– Pouco a pouco vamos conhecendo detalhes do Santo Padre: viaja de autocarro, vivia num pequeno apartamento em Buenos Aires... Crê que estes pequenos gestos do dia a dia são os que podem interpelar aqueles que têm uma imagem estereotipada dos sacerdotes, dos cardeais, da Igreja em geral?
– Esta austeridade é uma nota comum dos últimos papas – com algumas manifestações externas diferentes – e também de uma grande maioria de sacerdotes, que têm apenas o suficiente para viver, e muitos nem sequer isso têm. Como o senhor diz, trata-se de um estereótipo. Conto-lhe o caso de um cardeal que veio uma vez à Pontifícia Universidade da Santa Cruz; entre duas atividades, às 5 da tarde, houve um «coffee break». Enquanto tomava alguma coisa, comentou: «Sabe, é que esta noite não janto, não tenho ninguém que me ajude a preparar um jantar». Este caso não se repete com todos, mas os exemplos poderiam multiplicar-se.
A falta de bens materiais, como dizia São Bernardo, não supõe por si só uma virtude, mas essa virtude consiste em amar a pobreza, que também se traduz por esses gestos de renúncia. Esta disposição é mais eficaz quando a pessoa sabe prescindir de bens supérfluos e está desprendida do que tem. Certamente, como dizia São Josemaria, a pobreza traz para o homem um tesouro na terra e, a este propósito, punha como modelo os pais de família numerosa que, no seu esforço por criar os seus com amor, renunciam com gosto a tantas coisas pessoais. Apresenta-se-nos, portanto, como uma virtude para amar – assim no-lo ensinou Jesus – e está incluída na caridade. Simultaneamente, temos que fazer todo o possível para aliviar o sofrimento causado pelas injustiças pessoais e sociais, e acho muito natural que em certas ocasiões nos invada mesmo a impaciência perante tantas injustiças que desejaríamos resolver.
– A reforma da Cúria, a nova evangelização... São muitos os assuntos que os cardeais abordaram ao longo das congregações gerais. De todos esses assuntos que estiveram em cima da mesa, qual considera de maior urgência para a Igreja?
– Certamente, a Cúria – por uma lógica sobrenatural e também humana – adapta-se a cada Papa e às necessidades da Igreja, de acordo com os tempos. Mas não me compete assinalar o prioritário; está nas mãos do Santo Padre, que não tem outro objectivo senão o de servir a todos. Ao falar de uma reforma, que pode ser necessária, sabemos que em Roma trabalham muitas pessoas com abnegação, com grande espírito de serviço, nalguns casos longe da sua pátria e da sua família e com uma retribuição modesta.
Obviamente, eu não estava nas congregações gerais, onde os cardeais falaram entre si, mas não há dúvida de que a nova evangelização continua a ser uma prioridade para a Igreja. Parece-me que o estilo simples e direto do Papa é uma ajuda de grande peso nesse sentido.
– No comunicado que o Senhor emitiu há uns dias, destacou o chamamento do Papa Francisco a evangelizar. Como se traduz esse convite do Santo Padre ao carisma concreto do Opus Dei? Quais são os reptos nesse sentido?
– O lema do cardeal Bergoglio foi «miserando et eligendo». Provém de um texto de São Beda, o Venerável, que todos os anos lemos na Liturgia das horas. Trata-se de um comentário à chamada de Mateus. Jesus tinha piedade, misericórdia, e ao mesmo tempo chamava os seus discípulos a segui-l’O. A vocação contém uma prova de amor; nasce do coração divino cheio de misericórdia. São Beda comenta que Jesus viu «mais com o olhar interior do seu coração do que com os Seus olhos corporais».
São Josemaria, com a mensagem recebida de Deus, veio recordar que todos estamos chamados à santidade e costumava comentar: «Que eu veja com os Teus olhos, meu Cristo, Jesus da minha alma». Penso que a urgência de evangelizar – sempre atual na Igreja – manifesta-se num convite para olhar para as pessoas, para todos, com visão apostólica, com misericórdia e com carinho, com o desejo de os ajudar a receber o grande dom do conhecimento de Cristo e do Seu amor.
O espírito do Opus Dei impulsiona os fiéis da Prelatura – sacerdotes e leigos – a tomar consciência de que na vida corrente, no mundo das profissões, na família, nas relações sociais, temos que nos empenhar em descobrir que os outros necessitam de nós, não porque sejamos melhores, mas porque somos irmãos. Como disse São Josemaria, precisamente durante uma catequese em Buenos Aires, «quando trabalhais e ajudais o vosso amigo, o vosso colega, o vosso vizinho de maneira que ele não o note, estais a curá-lo; sois Cristo que sana, sois Cristo que convive aceitando com gosto aqueles que necessitam da saúde, como nos pode suceder a nós um dia qualquer».
Tudo isso significa também levar e amar a cruz, de que também falou o Papa Francisco na sua primeira homilia. E, como pregava o cardeal Bergoglio na sua homilia na última Missa Crismal, há que ter «paciência com as pessoas» ao ensinar, explicar, escutar, contando sempre com a graça do Espírito Santo.
– Como pode ajudar o Papa Francisco o facto de saber que perto dele estará o Papa emérito Bento XVI?
– Penso que o Papa sentirá sobretudo a força e a companhia espiritual do seu predecessor. E que poderá apoiar-se com frequência no rico e atual magistério de Bento XVI. O carinho que todos lhe temos na Igreja torna-se maior, pois sabemos que reza por nós na sua missa e na sua oração, e que apoia a nossa união incondicional ao Papa Francisco. Neste sentido, considero importante respeitar a vontade de Bento XVI de desaparecer aos olhos do mundo, para que fique patente que há um só Papa e não se confundam as pessoas que porventura tenham menos formação cristã ou pouca cultura teológica. Agora o Romano Pontífice é o Papa Francisco, a quem o anterior Pontífice prometeu gostosa e total veneração e obediência.
Bergoglio, diante da tumba de São Josemaria
D. Javier Echevarría conhece o Papa atual? «Encontrei-o em várias ocasiões, aqui em Roma (por exemplo, em várias assembleias do Sínodo de Bispos) e em Buenos Aires. É uma pessoa afetuosa, um sacerdote ao mesmo tempo austero e sorridente. Próximo dos doentes e dos necessitados, tanto material como espiritualmente. Possui uma forte personalidade. Sabe, com clareza de filho de Deus, o que quer e o que não quer. Todos sabem que pede sempre orações por si mesmo e que reza muito pelos outros», assegura o prelado do Opus Dei, que revela um detalhe: «Numa ocasião veio a esta casa, há já uns anos, para visitar o túmulo de São Josemaria, que se encontra na igreja prelatícia de Santa Maria da Paz. O cardeal Bergoglio permaneceu de joelhos uns 45 minutos. A sua capacidade de rezar – sem pressa – é um exemplo para todos, porque na oração o cristão encontra também a luz e o consolo do Senhor».
À frente da Obra
Procurar Deus no quotidiano
Fundado em 1928 por São Josemaría Escrivá (Barbastro, 1902-Roma, 1975), atualmente o Opus Dei conta com mais de 90.000 membros. Cerca de 98% são leigos e a maioria, casados. À volta de 2.000 são sacerdotes. Com um carisma centrado na ajuda a encontrar Cristo no trabalho, na vida familiar e nas demais atividades correntes, esta realidade eclesial leva a cabo atividades educativas, assistenciais, culturais, que possuem uma marcada finalidade de serviço e formação: escolas, hospitais, universidades, centros de formação profissional, etc. O prelado do Opus Dei está à frente da Obra na sua missão de difundir a chamada universal à santidade e de promover o apostolado dos fiéis da Prelatura. Na vida do Opus Dei, que tem desde a sua origem um marcado caráter de família, chama-se, simplesmente padre. Pois bem, este padre, atualmente é D. Javier Echevarría (Madrid, 1932), que sucedeu em 1994 a D. Álvaro del Portillo, que conduziu as rédeas do Opus Dei depois da morte do fundador.
Bento XVI convocou a Igreja a viver o Ano da Fé
Bem, como lhe ocorreu (a Bento XVI) a ideia não o sei dizer. Terá sentido que tinha de o fazer, certamente uma inspiração do Espírito Santo, porque já Paulo VI a certa altura também o fez – um outro Ano da Fé – e foi uma época muito tumultuosa.
Paulo VI disse aquela frase: "o fumo de Satanás entrou na Igreja" numa época muito difícil e ele, nesse Ano da Fé, escreveu esse belíssimo Credo do Povo de Deus.
Penso que estes tempos não são mais calmos que aqueles, não é?
E também há outra pista que podemos seguir, o Papa costuma falar de atitudes que no fundo são idolátricas, como o relativismo, o narcisismo, o consumismo, são coisas totalmente afastadas do que é a adoração ao verdadeiro Deus; portanto são atitudes idolátricas.
E na sociedade actual instalam-se continuamente novos ídolos levados na carruagem do consumismo, não é verdade? Então as pessoas penduram-se aí.
Na verdade, há uma necessidade muito grande renovar a fé, de rezar o Credo com o coração, de dizer "creio em Jesus".
O Papa de alguma maneira diz-nos o que Paulo dizia a Timóteo: "Lembra-te de Jesus Cristo". Ou seja, com este ano "Lembra-te de Jesus Cristo". Renovar a fé, revitalizá-la.
A resposta a toda esta idolatria reinante somente a dá Jesus, e a partir da cruz é de onde ele reina. Negamos a cruz de Jesus, negamos Jesus.
Um dado interessante deste paganismo; é um paganismo gnóstico, não é assim? "Sim, creio em Deus mas é um deus "spray"... um deus assim diluído, quase um panteísmo, mas um dado interessante sobre isto é a estatística dos gastos de coisas não necessárias na ordem mundial. O gasto de coisas necessárias, alimentos, remédios, não, isso deixemos de lado.
Das coisas que não são necessárias, das coisas supérfluas, o primeiro lugar está nas mascotes (animais de estimação). Gasta-se em mascotes no primeiro nível de gastos supérfluos. Idolatra-se a mascote, está a idolatria de comprar, alugar, ter um afecto que eu dou como quero, onde quero, sem a liberdade da resposta.
É toda uma caricatura do amor. E o segundo lugar tem a cosmetologia. Cosméticos. Na ordem mundial, não me lembro dos números mas são milhões e milhões, milhares de milhões que se gastam nestas duas coisas. Entretanto o Papa está a falar das crianças que morrem de fome em continentes em vias de desenvolvimento, África, Ásia América.
Primeiro as mascotes, depois se sobrar damos às crianças... e está a falar da beleza do espírito, da beleza do coração que não tem nada a ver com a beleza artificial do cosmético. Nós disfarçamos a beleza, quando não temos a beleza de Deus.
(Cardeal Bergoglio em entrevista exclusiva para a Eternal World Television Network EWTN, vídeo AQUI)
Paulo VI disse aquela frase: "o fumo de Satanás entrou na Igreja" numa época muito difícil e ele, nesse Ano da Fé, escreveu esse belíssimo Credo do Povo de Deus.
Penso que estes tempos não são mais calmos que aqueles, não é?
E também há outra pista que podemos seguir, o Papa costuma falar de atitudes que no fundo são idolátricas, como o relativismo, o narcisismo, o consumismo, são coisas totalmente afastadas do que é a adoração ao verdadeiro Deus; portanto são atitudes idolátricas.
E na sociedade actual instalam-se continuamente novos ídolos levados na carruagem do consumismo, não é verdade? Então as pessoas penduram-se aí.
Na verdade, há uma necessidade muito grande renovar a fé, de rezar o Credo com o coração, de dizer "creio em Jesus".
O Papa de alguma maneira diz-nos o que Paulo dizia a Timóteo: "Lembra-te de Jesus Cristo". Ou seja, com este ano "Lembra-te de Jesus Cristo". Renovar a fé, revitalizá-la.
A resposta a toda esta idolatria reinante somente a dá Jesus, e a partir da cruz é de onde ele reina. Negamos a cruz de Jesus, negamos Jesus.
Um dado interessante deste paganismo; é um paganismo gnóstico, não é assim? "Sim, creio em Deus mas é um deus "spray"... um deus assim diluído, quase um panteísmo, mas um dado interessante sobre isto é a estatística dos gastos de coisas não necessárias na ordem mundial. O gasto de coisas necessárias, alimentos, remédios, não, isso deixemos de lado.
Das coisas que não são necessárias, das coisas supérfluas, o primeiro lugar está nas mascotes (animais de estimação). Gasta-se em mascotes no primeiro nível de gastos supérfluos. Idolatra-se a mascote, está a idolatria de comprar, alugar, ter um afecto que eu dou como quero, onde quero, sem a liberdade da resposta.
É toda uma caricatura do amor. E o segundo lugar tem a cosmetologia. Cosméticos. Na ordem mundial, não me lembro dos números mas são milhões e milhões, milhares de milhões que se gastam nestas duas coisas. Entretanto o Papa está a falar das crianças que morrem de fome em continentes em vias de desenvolvimento, África, Ásia América.
Primeiro as mascotes, depois se sobrar damos às crianças... e está a falar da beleza do espírito, da beleza do coração que não tem nada a ver com a beleza artificial do cosmético. Nós disfarçamos a beleza, quando não temos a beleza de Deus.
(Cardeal Bergoglio em entrevista exclusiva para a Eternal World Television Network EWTN, vídeo AQUI)
João Paulo II
"João Paulo II falou ao seu povo com a coerência de um homem de Deus, que todas as manhãs passava muitas horas em adoração, cuja força o deixava entrar em harmonia com a força de Deus. A coerência não se compra, não se aprende em nenhuma escola. A coerência sedimenta-se no coração através da adoração, através do serviço aos irmãos e com a rectidão da conduta. Sem mentiras, sem enganos, sem duplicidade. (...) Por isso podemos dizer que João Paulo II foi coerente, porque se deixou guiar pela vontade de Deus, até à humilhação. (...) [E aquele que é] coerente é também testemunha. (...) Testemunha fiel".
(Cardeal Jorge Mario Bergoglio foi criado Cardeal pelo Beato João Paulo II no Consistório de 21 de fevereiro de 2001. Falando do seu predecessor na Santa Missa por sua alma, no dia 4 abril de 2005)
(Cardeal Jorge Mario Bergoglio foi criado Cardeal pelo Beato João Paulo II no Consistório de 21 de fevereiro de 2001. Falando do seu predecessor na Santa Missa por sua alma, no dia 4 abril de 2005)
Filiação divina
«É sempre tempo de aprofundar na filiação divina, mas nestes dias torna-se mais fácil: basta olhar para o Menino Jesus no presépio, aconchegado nos braços da Sua Mãe ou nos de S. José. O nosso Deus fez-se criatura desprotegida e indefesa para que nós sejamos e nos sintamos muito profundamente filhos de Deus, e nos aproximemos d’Ele sem qualquer receio. Se às vezes, por qualquer razão, se nos torna difícil, recorramos a Nossa Senhora e a S. José, pedindo-lhes que nos ensinem a tratar Deus com a confiança e a intimidade com que eles O trataram. Supliquemos ao Paráclito, que habita na nossa alma, que ponha este clamor no nosso coração – Abba!, Pai! – de modo que, com o dom da piedade, nos faça saborear a fundo a realidade da nossa filiação divina.»
(…)
«…teremos de ser primorosamente dóceis à acção do Espírito Santo, que nos levará a descobrir com mais plenitude a possibilidade e a necessidade de santificarmos a vida corrente, conscientes de que toda a nossa actuação se há-de resumir em falar com Deus e em falar de Deus às almas.»
(Carta de Janeiro de 2009 do Prelado do Opus Dei - D. Javier Echevarría)
(…)
«…teremos de ser primorosamente dóceis à acção do Espírito Santo, que nos levará a descobrir com mais plenitude a possibilidade e a necessidade de santificarmos a vida corrente, conscientes de que toda a nossa actuação se há-de resumir em falar com Deus e em falar de Deus às almas.»
(Carta de Janeiro de 2009 do Prelado do Opus Dei - D. Javier Echevarría)
A nossa participação no sacrifício de Jesus Cristo Nosso Redentor ao celebrarmos a Sagrada Eucaristia
«Toda esta cidade resgatada, ou seja, a assembleia e sociedade dos santos, é oferecida a Deus como um sacrifício universal pelo Sumo-Sacerdote que, sob a forma de servo, foi ao ponto de Se oferecer por nós na sua paixão, para fazer de nós corpo duma tal Cabeça [...] Tal é o sacrifício dos cristãos: "Nós que somos muitos, formamos em Cristo um só corpo" (Rom 12, 5). E este sacrifício, a Igreja não cessa de o renovar no sacramento do altar bem conhecido dos fiéis, em que lhe é mostrado que ela própria é oferecida naquilo que oferece»
(De Civitate Dei 10, 6 - Santo Agostinho)
(De Civitate Dei 10, 6 - Santo Agostinho)
«Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?»
Santa Teresa - Benedita da Cruz [Édith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
A Oração da Igreja (a partir da trad. Paris 1955, pp. 19-22; cf Source cachée, p. 54)
Sabemos pelos relatos evangélicos que Cristo rezou como um judeu crente e fiel à Lei. [...] Pronunciou as antigas orações de bênção, que ainda hoje se dizem, pelo pão, pelo vinho e pelos frutos da terra, como mostram as narrações da última Ceia, totalmente consagrada à execução de uma das obrigações religiosas mais santas: a solene refeição da Páscoa, que comemorava a libertação da servidão do Egipto. Talvez seja aqui que nos é dada a visão mais profunda da oração de Cristo, como chave que nos introduz na oração de toda a Igreja. [...]
A bênção e a partilha do pão e do vinho faziam parte do rito da refeição pascal. Mas tanto uma como a outra recebem aqui um sentido inteiramente novo. Aqui nasce a vida da Igreja. É certo que é apenas no Pentecostes que Ela nasce como comunidade espiritual e visível. Mas aqui, na Ceia, realiza-se o enxerto da vara na cepa que torna possível a efusão do Espírito. As antigas orações de bênção tornaram-se, na boca de Cristo, palavras criadoras de vida. Os frutos da terra tornaram-se a Sua carne e o Seu sangue, cheios da Sua vida. [...] A Páscoa da Antiga Aliança tornou-se a Páscoa da Nova Aliança.
A Oração da Igreja (a partir da trad. Paris 1955, pp. 19-22; cf Source cachée, p. 54)
Sabemos pelos relatos evangélicos que Cristo rezou como um judeu crente e fiel à Lei. [...] Pronunciou as antigas orações de bênção, que ainda hoje se dizem, pelo pão, pelo vinho e pelos frutos da terra, como mostram as narrações da última Ceia, totalmente consagrada à execução de uma das obrigações religiosas mais santas: a solene refeição da Páscoa, que comemorava a libertação da servidão do Egipto. Talvez seja aqui que nos é dada a visão mais profunda da oração de Cristo, como chave que nos introduz na oração de toda a Igreja. [...]
A bênção e a partilha do pão e do vinho faziam parte do rito da refeição pascal. Mas tanto uma como a outra recebem aqui um sentido inteiramente novo. Aqui nasce a vida da Igreja. É certo que é apenas no Pentecostes que Ela nasce como comunidade espiritual e visível. Mas aqui, na Ceia, realiza-se o enxerto da vara na cepa que torna possível a efusão do Espírito. As antigas orações de bênção tornaram-se, na boca de Cristo, palavras criadoras de vida. Os frutos da terra tornaram-se a Sua carne e o Seu sangue, cheios da Sua vida. [...] A Páscoa da Antiga Aliança tornou-se a Páscoa da Nova Aliança.
O desespero de Judas
Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, co-padroeira da Europa
Diálogo, 37
Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe:] O pecado que não tem perdão, nem neste mundo nem no outro, é o do homem que, desprezando a Minha misericórdia, não quis ser perdoado. É isso que considero mais grave e foi por isso que o desespero de Judas Me entristeceu mais e foi mais penoso para o Meu Filho do que a sua traição. Os homens serão pois condenados por esse falso juízo que os leva a crer que o seu pecado é maior que a Minha misericórdia. [...] São condenados pela sua injustiça quando lamentam mais a sua sorte do que a ofensa que Me fizeram.
Pois é então que eles são injustos: não Me dando o que Me pertence e não dando a si próprios o que lhes pertence. A Mim é-Me devido o amor, o arrependimento da falta e a contrição; é isso que devem oferecer-Me devido às suas ofensas, mas fazem o contrário. Não têm amor nem compaixão a não ser por si mesmos, uma vez que só sabem lamentar-se dos castigos que os esperam. Vês, portanto, que cometem uma injustiça e é por isso que dão por si duplamente punidos, por terem desprezado a Minha misericórdia.
Diálogo, 37
[«(Judas) foi tocado pelo remorso e devolveu as trinta moedas de prata aos sumos-sacerdotes e aos anciãos, dizendo: “Pequei, entregando sangue inocente”. Eles replicaram: "Que nos importa? Isso é lá contigo". Atirando as moedas para o santuário, ele saiu e foi enforcar-se» (Mt 27,3-5).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 27 de março de 2013
Então um dos doze, que se chamava Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes, e disse-lhes: «Que me quereis dar e eu vo-l'O entregarei?». Eles prometeram-lhe trinta moedas de prata. E desde então buscava oportunidade para O entregar. No primeiro dia dos ázimos, aproximaram-se de Jesus os discípulos, dizendo: «Onde queres que Te preparemos o que é necessário para comer a Páscoa?». Jesus disse-lhes: «Ide à cidade, a casa de um tal, e dizei-lhe: “O Mestre manda dizer: O Meu tempo está próximo, quero celebrar a Páscoa em tua casa com os Meus discípulos”». Os discípulos fizeram como Jesus tinha ordenado e prepararam a Páscoa. Ao entardecer, pôs-se Jesus à mesa com os doze. Enquanto comiam, disse-lhes: «Em verdade vos digo que um de vós Me há-de trair». Eles, muito tristes, cada um começou a dizer: «Porventura sou eu, Senhor?» Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse é que Me há-de trair. O Filho do Homem vai certamente, como está escrito d'Ele, mas ai daquele homem por quem será entregue o Filho do Homem! Melhor fora a tal homem não ter nascido». Judas, o traidor, tomou a palavra e disse: «Porventura, sou eu, Mestre?». Jesus respondeu-lhe: «Tu o disseste».
Mt 26, 14-25
Mt 26, 14-25
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