Obrigado, Perdão Ajuda-me
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
«Maria conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração» (Lc 2,19)
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja
Hinos 5 e 6 sobre a Natividade
Hinos 5 e 6 sobre a Natividade
Com palavras sublimes,
Ardendo de amor,
Maria embalava-O:
«Como me foi dado, a mim, a solitária,
Conceber e dar à luz
Aquele que é o único e o múltiplo,
O mais pequeno e o Maior?
Aqui está Ele inteiro, junto a mim
E inteiro perto de todo o universo.
No dia em que Gabriel
Entrou na minha pobre casa
Tornou-me de súbito
Nobre dama e serva:
Pois eu era a serva da tua divindade (cf Lc 1,38),
Mas também sou a mãe
Da tua humanidade,
Meu Senhor e meu filho!
A serva tornou-se de repente
Filha de rei,
Por Ti, filho de David,
Eis que a mais humilde
Da casa de David,
Eis que uma filha da terra
Chega até ao céu
Por Aquele que é do céu!
Que maravilha para mim!
Perto de mim repousa
Este recém-nascido, o Ancião dos dias! (cf Dn 7,9)
Fixa o seu olhar na totalidade do céu,
E sem cessar
Os seus lábios balbuciam.
É tão parecido comigo!
Enquanto com Deus
Fala em silêncio!
Quem já viu alguma vez
Um recém-nascido olhar
Todas as coisas em toda a parte?
No seu olhar se compreende
Que é Ele que dirige
Toda a criação, de alto a baixo.
No seu olhar se compreende
Que Ele, como Senhor, dá ordens
A todo o universo.
Como poderia eu abrir
Uma fonte de leite,
Para Ti, que és a Fonte?
Como poderia eu dar
Alimento
A Ti que alimentas todos os seres
À tua mesa?
Como cobrir-Te de panos,
A Ti, que estás revestido de um manto de luz? (cf Sl 104,2)
A minha boca não sabe
O que há-de chamar-Te,
Ó Filho do Deus vivo! (cf Mt 16,16)
Se ouso chamar-Te
Filho de José,
Tremo, pois não és da sua semente. […]
Embora sejas o Filho do Único
A partir de agora
Vou chamar-Te
Filho de um grande número,
Pois para Ti não bastam
Milhares de nomes:
És filho de Deus mas também filho do homem (cf Mc 1,1; 8,31)
E também filho de José (cf Lc 3,23)
E filho de David (cf Lc 20,41)
E filho de Maria (cf Mc 6,3).
Ardendo de amor,
Maria embalava-O:
«Como me foi dado, a mim, a solitária,
Conceber e dar à luz
Aquele que é o único e o múltiplo,
O mais pequeno e o Maior?
Aqui está Ele inteiro, junto a mim
E inteiro perto de todo o universo.
No dia em que Gabriel
Entrou na minha pobre casa
Tornou-me de súbito
Nobre dama e serva:
Pois eu era a serva da tua divindade (cf Lc 1,38),
Mas também sou a mãe
Da tua humanidade,
Meu Senhor e meu filho!
A serva tornou-se de repente
Filha de rei,
Por Ti, filho de David,
Eis que a mais humilde
Da casa de David,
Eis que uma filha da terra
Chega até ao céu
Por Aquele que é do céu!
Que maravilha para mim!
Perto de mim repousa
Este recém-nascido, o Ancião dos dias! (cf Dn 7,9)
Fixa o seu olhar na totalidade do céu,
E sem cessar
Os seus lábios balbuciam.
É tão parecido comigo!
Enquanto com Deus
Fala em silêncio!
Quem já viu alguma vez
Um recém-nascido olhar
Todas as coisas em toda a parte?
No seu olhar se compreende
Que é Ele que dirige
Toda a criação, de alto a baixo.
No seu olhar se compreende
Que Ele, como Senhor, dá ordens
A todo o universo.
Como poderia eu abrir
Uma fonte de leite,
Para Ti, que és a Fonte?
Como poderia eu dar
Alimento
A Ti que alimentas todos os seres
À tua mesa?
Como cobrir-Te de panos,
A Ti, que estás revestido de um manto de luz? (cf Sl 104,2)
A minha boca não sabe
O que há-de chamar-Te,
Ó Filho do Deus vivo! (cf Mt 16,16)
Se ouso chamar-Te
Filho de José,
Tremo, pois não és da sua semente. […]
Embora sejas o Filho do Único
A partir de agora
Vou chamar-Te
Filho de um grande número,
Pois para Ti não bastam
Milhares de nomes:
És filho de Deus mas também filho do homem (cf Mc 1,1; 8,31)
E também filho de José (cf Lc 3,23)
E filho de David (cf Lc 20,41)
E filho de Maria (cf Mc 6,3).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do Natal do Senhor - 25 de dezembro de 2014
No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus. No princípio Ele estava em Deus. Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência. Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens. A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam. Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz. O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus. E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'» Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças. É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo. A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.
Jo 1, 1-18
HINO (Laudes)
Uma voz que vem de longe
Faz estremecer a noite,
Prometendo a madrugada
Que anuncia a luz de Cristo.
Despertai, adormecidos
Na escravidão do pecado:
Já desperta o novo Sol,
Vencedor do inimigo.
Do alto desce o Cordeiro,
Que nos traz a salvação.
A voz clama no deserto:
Preparai os seus caminhos.
E quando, no fim dos tempos,
De novo Cristo vier,
Mereçamos ser chamados
Para a glória dos eleitos.
Glória e louvor sejam dados
A Deus Pai e a seu Filho,
Com o Espírito Paráclito,
Agora e por todo o sempre.
Faz estremecer a noite,
Prometendo a madrugada
Que anuncia a luz de Cristo.
Despertai, adormecidos
Na escravidão do pecado:
Já desperta o novo Sol,
Vencedor do inimigo.
Do alto desce o Cordeiro,
Que nos traz a salvação.
A voz clama no deserto:
Preparai os seus caminhos.
E quando, no fim dos tempos,
De novo Cristo vier,
Mereçamos ser chamados
Para a glória dos eleitos.
Glória e louvor sejam dados
A Deus Pai e a seu Filho,
Com o Espírito Paráclito,
Agora e por todo o sempre.
Prepara-te, Belém: Ele vem!
Liturgia bizantina
Vésperas de 20 de Dezembro
Vésperas de 20 de Dezembro
Prepara-te, Belém: as portas do Éden abrem-se para todos. Exulta, Efratá (Mi 5,1), pois na gruta a Virgem faz florir a árvore de vida. […] Cristo aproxima-Se para nos servir; Ele, o Criador, toma a forma da obra das suas mãos. Rico na sua divindade e cheio de misericórdia, traz ao infeliz Adão uma nova criação e um nascimento novo. Inclina os céus, e no seio da Virgem Maria aproxima-Se de nós, revestido da nossa carne. Vai nascer na gruta de Belém, segundo as Escrituras; é como criança que surge, Ele que dá a vida às crianças no seio de suas mães.
Vamos pois ao seu encontro; vamos a Belém em grande alegria e com a alma em festa. O Senhor […] chega a sua casa como um estrangeiro; acolhamo-Lo para nos tornarmos hóspedes do seu paraíso, e aí ficarmos pela misericórdia daquele que nasce no estábulo. Abrem-se-nos já os pórticos da encarnação do Verbo de Deus.
Céus, rejubilai de alegria! Anjos, tremei de entusiasmo! Que a terra e os que a habitam se entreguem à alegria com os pastores e os magos! A Virgem Maria avança, com um vaso de alabastro cheio de perfume; trá-lo para a gruta, para nos aspergir as almas com o seu perfume, no Espírito Santo. Acorrei, potestades dos anjos! Vós que habitais Belém, preparai o presépio, porque Cristo está a caminho, a Sabedoria está a chegar. Fiéis, recebei os nossos votos; povos, digamos para júbilo da Mãe de Deus: «Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!» (Mt 21,9). Cristo, nosso Deus, vai aparecer à plena luz do dia; Ele já não demora. Nascerá de uma Virgem imaculada; depois, há-de descansar na gruta. […] Dirige o coro, Isaías, anuncia o Verbo de Deus, profetiza-nos que a sarça da Virgem é uma chama de fogo que não se consome (Ex 3,2). […] O astro misterioso que pára sobre o estábulo designa o Autor da vida, o Senhor que vem salvar todos os homens.
Vamos pois ao seu encontro; vamos a Belém em grande alegria e com a alma em festa. O Senhor […] chega a sua casa como um estrangeiro; acolhamo-Lo para nos tornarmos hóspedes do seu paraíso, e aí ficarmos pela misericórdia daquele que nasce no estábulo. Abrem-se-nos já os pórticos da encarnação do Verbo de Deus.
Céus, rejubilai de alegria! Anjos, tremei de entusiasmo! Que a terra e os que a habitam se entreguem à alegria com os pastores e os magos! A Virgem Maria avança, com um vaso de alabastro cheio de perfume; trá-lo para a gruta, para nos aspergir as almas com o seu perfume, no Espírito Santo. Acorrei, potestades dos anjos! Vós que habitais Belém, preparai o presépio, porque Cristo está a caminho, a Sabedoria está a chegar. Fiéis, recebei os nossos votos; povos, digamos para júbilo da Mãe de Deus: «Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!» (Mt 21,9). Cristo, nosso Deus, vai aparecer à plena luz do dia; Ele já não demora. Nascerá de uma Virgem imaculada; depois, há-de descansar na gruta. […] Dirige o coro, Isaías, anuncia o Verbo de Deus, profetiza-nos que a sarça da Virgem é uma chama de fogo que não se consome (Ex 3,2). […] O astro misterioso que pára sobre o estábulo designa o Autor da vida, o Senhor que vem salvar todos os homens.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 24 de dezembro de 2014
Naqueles dias, saiu um édito de César Augusto, prescrevendo o recenseamento de toda a terra. Este recenseamento foi anterior ao que se realizou quando Quirino era governador da Síria. Iam todos recensear-se, cada um à sua cidade. José foi também da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de David, que se chamava Belém, porque era da casa e família de David, para se recensear juntamente com Maria, sua esposa, que estava grávida. Ora, estando ali, aconteceu completarem-se os dias em que devia dar à luz, e deu à luz o seu filho primogénito, e O enfaixou, e O reclinou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Naquela mesma região, havia uns pastores que velavam e faziam de noite a guarda ao seu rebanho. Apareceu-lhes um anjo do Senhor e a glória do Senhor os envolveu com a sua luz e tiveram grande temor. Porém, o anjo disse-lhes: «Não temais, porque vos anuncio uma boa nova, que será de grande alegria para todo o povo: Nasceu-vos hoje na cidade de David um Salvador, que é o Cristo, o Senhor. Eis o que vos servirá de sinal: Encontrareis um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura». E subitamente apareceu com o anjo uma multidão da milícia celeste louvando a Deus e dizendo: «Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens, objecto da boa vontade de Deus».
Lc 2, 1-14
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