Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

O Senhor socorre-nos e levanta-nos

Tu não podes tratar ninguém com falta de misericórdia; e, se te parecer que uma pessoa determinada não é digna dessa misericórdia, tens de pensar que tu também não mereces nada: não mereces ter sido criado, nem ser cristão, nem ser filho de Deus, nem pertencer à tua família... (Forja, 145)

Ficaram também muito gravadas em nós, entre muitas outras cenas do Evangelho, a clemência com a mulher adúltera, a parábola do filho pródigo, a da ovelha perdida, a do devedor perdoado, a ressurreição do filho da viúva de Naim. Quantas razões de justiça para explicar este grande prodígio! Era o filho único daquela pobre viúva; era ele quem dava sentido à sua vida; só ele poderia ajudá-la na sua velhice! Mas Cristo não faz o milagre por justiça; fá-lo por compaixão, porque interiormente se comove perante a dor humana.

Que segurança deve produzir-nos a comiseração do Senhor! Se ele clamar por mim, ouvi-lo-ei, porque sou misericordioso. É um convite, uma promessa que não deixará de cumprir. Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça a fim de alcançar misericórdia e o auxílio da graça, no tempo oportuno. Os inimigos da nossa santificação nada poderão, porque essa misericórdia de Deus nos defende. E se caímos por nossa culpa e da nossa fraqueza, o Senhor socorre-nos e levanta-nos. Tinhas aprendido a afastar a negligência, a afastar de ti a arrogância, a adquirir piedade, a não ser prisioneiro das questões mundanas, a não preferir o caduco ao eterno. Mas, como a debilidade humana não pode manter o passo decidido num mundo resvaladiço, o bom médico indicou-te também os remédios contra a desorientação e o juiz misericordioso não te negou a esperança do perdão(Cristo que passa, 7)

São Josemaría Escrivá

O Presépio é expressão da nossa espera

Contemplamos a Virgem Maria, com São José, a cuidar de Jesus recém-nascido na pobre gruta que os alojou em Belém. A tradição de fazer o Presépio é uma magnífica recordação de que o Verbo Divino habitou entre nós [10]. “O Presépio é expressão da nossa espera, de que Deus se aproxima de nós, de que Cristo vem a nós, mas é também uma expressão de ação de graças Àquele que decidiu partilhar a nossa condição humana, na pobreza e na simplicidade” [11].
Não deixemos que este costume seja negligenciado nos lares cristãos. Vamos começar por fazê-lo com sincero carinho nas nossas casas – pelo menos as figuras centrais – e por recomendar esta decisão aos amigos e conhecidos. Muitos de nós lembramo-nos do entusiasmo com que, em pequenos, fazíamos o Presépio, ajudados talvez pelos nossos pais e irmãos mais velhos. Também o nosso Fundador se alegrava ao lembrar esses momentos. De facto, já tinham passado muitos anos desde a sua infância, quando escreveu: Devoção de Natal. — Não sorrio quando te vejo fazer as montanhas de musgo do Presépio e dispor as ingénuas figuras de barro em volta da gruta. — Nunca me pareceste mais homem do que agora, que pareces uma criança [12].
Na gruta de Belém, o Céu e a Terra tocam-se, porque ali nasceu o Criador do mundo, o Redentor da humanidade. De lá se espalha uma claridade que é para todos os tempos, também para o nosso, tão necessitado da orientação divina. Ao prepararmo-nos para celebrar de novo a vinda do Senhor, e ao considerar que a sua alegria é estar com os filhos dos homens, enchamo-nos de esperança: Deus prope est, o Senhor aproxima-se sempre de nós, permanece ao nosso lado em cada instante [13].
Termino com umas palavras do Romano Pontífice, que nos convidam à confiança em Deus e ao otimismo sobrenatural. Falando do Natal, propõe-nos algumas perguntas: Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me alcançar por Ele, deixo-me abraçar por Ele, ou impeço-O de Se aproximar? (…). O mais importante não é tanto procurá-Lo, mas deixar que seja Ele a procurar-me, a encontrar-me e a cobrir-me amorosamente das suas carícias. Esta é a pergunta que o Menino nos faz com a Sua simples presença: permito a Deus que me queira bem? [14]

[10]. Cfr. Jo 1,14.
[11] Papa Bento XVI, Discurso na Audiência geral, 22-XII-2010.
[12]. S. Josemaria, Caminho, n. 557.
[13]. S. Josemaria, Cartão de Natal, dezembro de 1968.
[14]. Papa Francisco, Homilia, 24-XII-2014.


(D. Javier Echevarría na carta do mês de dezembro de 2015)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

As nossas expectativas

“Poder-se-ia dizer que o homem está vivo na medida em que espera, se e enquanto no seu coração permanece viva a esperança. É pelas suas expectativas que se reconhece um homem: a nossa estatura moral e espiritual pode-se medir a partir daquilo que nós aguardamos, daquilo em que esperamos”.

“Especialmente neste tempo do Advento, é o caso que cada um se interrogue: O que é que eu espero? Neste momento da minha vida, para onde é que está voltado o meu coração?”

(Bento XVI – Angelus de 28.11.2010)