Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

S. Tomás de Aquino (1225-1274) – Dominicano e grande figura da teologia

Conta-se que, quando criança e com apenas cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: "Quem é Deus?".

A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 duma família nobre, a qual lhe proporcionou óptima formação, porém visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraía o coração de Aquino.

Perante a oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma com dezanove anos, para um mosteiro dominicano, porém, ao ser enviado para Paris, foi preso pelos irmãos servidores do Império. Levado ao lar paterno ficou, castigado pela mãe, por um tempo detido, tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou.

Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade Eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus.

Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre várias obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado Doutor Angélico, Tomás faleceu em 1274, deixando à Igreja o testemunho e, o que muitos consideram, a síntese do pensamento católico.

Frei Tomás: o "boi mudo"

S. Tomás de Aquino
Para evitar atrair a estima pública e os louvores que recebera em Nápoles por seu saber Tomás, fechou-se num mutismo mal interpretado pelos seus condiscípulos. Ao que se acresce, "um grande corpo, lento e pesado, e uma placidez um pouco bovina servem-lhe de espesso envoltório para uma alma benigna e generosa, mas retraída; ele é tímido para além da humildade, e distraído para além da  contemplação" (G.K.Chesterton, Saint Thomas d'Aquin, versão francesa de Maximilien Vox, Librairie Plon, Paris, p. 20). Isso tudo leva a que o chamem de "boi mudo" ou "grande boi siciliano".

Sucedeu um dia que um condiscípulo, tomando a concentração de Tomás como sinal de que não entendera o que dissera o mestre, começou caridosamente a lhe explicar a matéria. Mas em determinado momento embaralha-se todo e não consegue ir adiante. Calmamente o "boi mudo" começou então a desenvolver a tese obscura, com muito mais clareza do que o fizera o próprio mestre. Os papéis então inverteram-se, e o condiscípulo suplicou a Tomás que sempre o ajudasse em suas dúvidas. Daí para frente não foi mais possível esconder aquele talento superior e fabulosa memória.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

'Gens' Cornelia


Desde há muitos séculos, a Igreja continua a celebrar no dia 26 de Janeiro (próxima terça-feira) a memória de uma mulher que morreu nessa data em Belém no ano 404. Chamava-se Paula, nascida em Roma 57 anos antes (5 de Maio de 347), da estirpe dos Cornelia, uma família da mais alta nobreza romana, que deu ao Império romano mais homens de Estado que qualquer outra na história de Roma. Com 16 anos, Paula casou-se com Toxotius, um senador ilustre, com quem teve cinco filhos: quatro filhas (Blesila, Paulina, Eustóquia, Rufina) e um filho, Toxotius, com o mesmo nome do pai.


Paula e o marido possuíam uma cultura invulgar. Ele descendia de gerações de jurisconsultos célebres e ela, no meio do luxo em que foi educada, teve oportunidade de estudar. Sabemos da história com algum pormenor porque S. Jerónimo, que a conheceu bem, escreveu a sua biografia («Epitaphium sanctae Paulae»).


O palácio onde viviam, no centro de Roma, situava-se onde existem hoje a igreja e os edifícios de San Girolamo della Carità. No antigo palácio se hospedou S. Jerónimo quando esteve em Roma e, na construção actual, viveu S. Filipe de Neri no século XVI, funcionaram durante vários séculos uma obra assistencial e um importante centro cultural (célebre sobretudo no âmbito da música) e encontram-se hoje a igreja de S. Jerónimo da Caridade e a biblioteca central da Universidade Pontifícia da Santa Cruz, confiadas ao Opus Dei.


No seu enorme palácio, por onde passava meia Roma, Paula conheceu alguns cristãos e ainda mais nas suas viagens, refastelada num trono carregado em ombros por uma comitiva de escravos. Em particular, conheceu Marcela, também de ascendência nobre, uma mulher de qualidades extraordinárias, em cuja casa se reuniam muitas senhoras, em obras de assistência, de estudo e de oração. Paula, cada vez mais amiga de Marcela e de todo o grupo, decide converter-se. Quando o marido morre, tinha Paula 32 anos, muda-se praticamente para o palácio de Marcela, onde o grupo vivia com grande austeridade, que surpreendia a cidade de Roma. Que umas nobres romanas fossem viver naquelas condições causou furor e escândalo violento.



Foi Marcela quem apresentou Paula a S. Jerónimo, chegado a Roma em 382, com os bispos de Salamina e de Antioquia, chamado pelo Papa S. Dâmaso, para rever a tradução latina da Bíblia, participar num concílio e o ajudar nalgumas tarefas. Paula compreendeu o alcance do trabalho de revisão das traduções e foi essa a razão de S. Jerónimo e os dois companheiros se terem hospedado em casa de Paula nos três anos que viveram em Roma.


Em 385, um mês depois de S. Jerónimo regressar à Terra Santa, Paula parte com a filha Eustóquia para seguirem lá uma vida monástica austera. Em Belém, fundam dois mosteiros, um de homens e outro de mulheres, que deixaram uma grande marca espiritual e cultural e foram centros de acolhimento de gente necessitada.


O convento foi completamente destruído pelas hordas de assaltantes que aterrorizavam a Terra Santa, tiveram de fugir, mas voltaram e recomeçaram.


Paula e a filha, além de dominarem o grego e o latim, estudaram hebraico a fundo para colaborarem com S. Jerónimo na tradução e no comentário teológico da Bíblia. Trabalhavam também na execução de cópias manuscritas dos textos, que eram enviadas de Belém para todo o mundo. Ao mesmo tempo, tiveram êxito numa tarefa difícil: embora santo, o grande Jerónimo era um pessimista inveterado, de trato muito azedo com todos, e o conselho delas foi providencial para lhe corrigir o mau génio.



No mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, não podia faltar uma referência a Santa Paula. A pintura é de André Reinoso, século XVII. Em primeiro plano, o túmulo de Luís de Camões, o mais conhecido poeta português.


A amiga Marcela continuou em Roma, trocando cartas com Paula, que lhe contava notícias dos conventos de Belém e não desistia de a tentar convencer a ir ter com elas à Terra Santa.


A filha Blesila casou-se com um nobre, enviuvou passados 7 meses e levou uma vida desleixada até que, pela oração da mãe, se converteu e se juntou ao grupo de cristãs em casa de Marcela. Paulina casou-se com Pamáquio, um senador da estirpe dos Camilli, modelo de patrício cristão. Eustóquia acompanhou a mãe, como se disse, e sucedeu-lhe como abadessa do convento feminino. Rufina morreu de parto, muito nova. O filho Toxotius também se converteu e uma das suas filhas juntou-se ao convento de Belém e acompanhou S. Jerónimo no leito de morte.


Quando Paula morreu, no tal dia 26 de Janeiro de 404, colocaram o corpo na basílica da Natividade, em Belém. Participou no funeral todo o episcopado da Palestina, juntamente com os monges e as monjas dos conventos, muitos cristãos e uma multidão imensa de pobres; contam os relatos que a afluência foi impressionante. Anos depois, a filha Eustóquia foi sepultada ao lado da mãe e, ao lado delas, sepultaram S. Jerónimo, o antigo sábio irrascível mudado em sábio simpático.


A Igreja canonizou Marcela, Paula, Eustóquia, Blesila e Jerónimo. Tão diferentes, tão amigos.

José Maria C.S. André

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Tradição

Deus «quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tim 2, 4), quer dizer, de Cristo Jesus. Por isso, é preciso que Cristo seja anunciado a todos os povos e a todos os homens, e que assim a Revelação chegue aos confins do mundo. [...] «Cristo Senhor, em quem toda a revelação do Deus altíssimo se consuma, tendo cumprido e promulgado pessoalmente o Evangelho antes prometido pelos profetas, mandou aos Apóstolos que o pregassem a todos, como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, comunicando-lhes assim os dons divinos» (Dei Verbum, 7).

A transmissão do Evangelho, segundo a ordem do Senhor, fez-se de duas maneiras: oralmente, «pelos Apóstolos, que, na sua pregação oral, nos exemplos e nas instituições, transmitiram aquilo que tinham recebido dos lábios, do trato e das obras de Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo» (ibidem); por escrito, «por aqueles apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da salvação» (ibidem).

«Para que o Evangelho fosse perenemente conservado íntegro e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram os bispos como seus sucessores, "entregando-lhes o seu próprio ofício de magistério"» (ibidem). Com efeito, «a pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão ininterrupta, até à consumação dos tempos» (Dei Verbum, 8).

Esta transmissão viva, realizada no Espírito Santo, denomina-se Tradição, enquanto distinta da Sagrada Escritura, embora estreitamente a ela ligada. Pela Tradição, «a Igreja, na sua doutrina, na sua vida e no seu culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo aquilo em que acredita» (ibidem). «Afirmações dos santos Padres testemunham a presença vivificadora desta Tradição, cujas riquezas entram na prática e na vida da Igreja crente e orante» (ibidem). Assim, a comunicação que o Pai fez de Si próprio, pelo seu Verbo, no Espírito Santo, continua presente e activa na Igreja.

Catecismo da Igreja Católica §§ 74-79

domingo, 10 de janeiro de 2021

«No Qual pus todo o Meu agrado»

Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma (?-c. 235), presbítero e mártir 
Homilia do século IV para a Epifania, A Santa Epifania PG 10, 852

Cristo, o Criador de todas as coisas, desceu do céu como o orvalho, deu-Se a conhecer como uma fonte, expandiu-Se como um rio (Os 6, 3; Jo 4, 14; 7, 38) e foi baptizado no Jordão. [...] A fonte inalcançável, da qual brota a vida para todos os homens e que não tem fim, foi oculta por águas pobres e efémeras. Aquele que está presente em toda a parte, que de parte alguma Se encontra ausente, Aquele que é inalcançável pelos anjos e que é invisível aos homens, recebe o baptismo por Sua vontade. [...] 

«E eis que se rasgaram os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele. E uma voz vinda do Céu dizia: 'Este é o Meu Filho muito amado, no Qal pus todo o Meu agrado'.» O bem-amado gera amor, a luz imaterial gera «a luz inacessível» (1Tim 6, 16). «Este é o Meu Filho muito amado». [...] Na arca de Noé, a pomba manifestou o amor de Deus pelos homens (Gn 8, 11). Nesta altura, o Espírito desceu sob a mesma forma, uma forma semelhante àquela que trouxe um ramo de oliveira, e deteve-Se sobre Aquele de Quem deu testemunho. Por quê? Para que se compreendesse com certeza que se tratava efectivamente da voz do Pai [...]: «A voz do Senhor sobre as águas, o Deus da glória desencadeou o trovão, o Senhor sobre a massa das águas» (Sl 28, 3). O que diz esta voz? «Este é o Meu Filho muito amado, no Qual pus todo o Meu agrado». É Aquele a quem chamam o Filho de José, e é o Meu Filho único segundo a divindade. «Este é o Meu Filho muito amado»: tem fome e alimentou numerosas multidões, sofre e consola aqueles que sofrem; não teve onde repousar a cabeça, mas tem o universo na Sua mão, sofre e cura as dores. Dão-Lhe bofetadas, mas Ele concede a liberdade ao mundo, trespassam-Lhe o lado, mas Ele reparou o lado de Adão.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Abaixo «um-homens»!

Esta semana, Emanuel Cleaver abriu a nova legislatura do Congresso dos Estados Unidos com uma espécie de oração terminando com «a-men and a-woman». Se o ridículo matasse, o homem teria caído fulminado.


Embora este político seja pastor metodista, não sabia que «ámen» vem do hebraico «confirmo» e que, por isso, em todas as línguas, os cristãos terminam as orações com «ámen».


Como Cleaver tem dificuldades na ortografia, confundiu «amen» com «a man», que significa em inglês «um homem», e deduziu que as orações cristãs terminavam com o apelo machista: «um homem»!


A confusão ainda é mais divertida por causa da mistura do singular com o plural. Em inglês, «a-men» significa «um-homens». Se é «um», não devia ser «homens», no plural; mas isso é o de menos.


Convencido de que os cristãos de todo o mundo (incluídos os pastores protestantes, como ele), terminavam as orações com uma exclamação machista, Cleaver resolveu ser inclusivo e inventar aquele «um-“homens” e uma-mulher» («a-“men” and a-woman»).


A risada alastrou pelo mundo. O vídeo tornou-se viral. As redes sociais de língua inglesa começaram a descobrir elementos masculinos e femininos em todas as palavras, acrescentando erros ortográficos divertidos. Por exemplo, como em inglês ele e ela se dizem «he» e «she»:


– «“Amen” is indeed a Hebrew word, but we must acknowledge that “Awoman” is a Shebrew word». (É facto que «um-homens» é uma palavra «he»braica, mas temos de concordar que «uma-mulher» é uma palavra «she»braica).


Outros, adaptaram frases românticas:


– «When Amen loves Awomen!» (Quando «um-homens» ama «uma-mulheres»!).


Em inglês, os possessivos dele e dela são «his» e «her» e, forçando um bocadinho a pronúncia de «hys»:


– «I’m laughing hersterically». (Estou a rir «dela»-estericamente).


Outros protestaram em nome da ideologia do género, porque Cleaver só se lembrou dos homens e das mulheres:


– «They mustn’t say Amen and Awoman and then end there. They should continue to say Agay, Alesbian, A-lgbtq+». (Não deviam dizer apenas «um-“homens” e uma-mulher» e mais nada, deviam continuar: «um-homossexual», «uma-lésbica», um «sabe-se lá o quê»).


Quando o politicamente correcto invade tudo e a arrogância se mistura com a ignorância, o resultado é esta amostra de ridículo. Na versão benigna, faz rir; nas formas agressivas, é impertinente e chega a ser cruel.


Nos antípodas culturais de «um-“homens” e uma-mulher», a agenda da Biblioteca Apostólica Vaticana de 2021 celebra a mulher e o livro. Na introdução da agenda, o Cardeal Tolentino conta que Santo Ambrósio, Bispo de Milão no século IV, estava convencido de que a leitura do profeta Isaías tinha sido útil a Nossa Senhora como preparação para a Anunciação do Anjo e essa opinião inspirou muitos artistas a representarem Nossa Senhora com um livro nas mãos. Divulgou-se assim uma imagem de Maria culta, atarefada com a lide da casa mas não dispensando uma biblioteca em pano de fundo.


Encontramos dezenas de livros diferentes nos vários quadros da Virgem, porque ninguém sabe o que Nossa Senhora lia naquele momento, o importante é que o livro se tornou indissociável da vida espiritual.


O Cardeal explica ainda que a história da Biblioteca dos Papas está ligada ao contributo de muitas mulheres, escritoras, artistas, teólogas, protagonistas da vida da Igreja, mecenas, mulheres de ciência e de cultura... e termina com uma estatística interessante. Ámen!

José Maria C.S. André


segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Distrações e perda de tempo

«Não há modo de evitarmos completamente as distrações, no entanto, somos responsáveis por aquilo que fazemos com elas». Quem o diz é Nir Eyal no último livro que publicou chamado “Indistractable”. Livro que aborda um tema tão essencial como atual: como voltar a valorizar a importância da atenção na nossa vida?

Como se explica essa repugnância que cada um de nós experimenta por manter a atenção numa atividade intelectual?

Segundo Eyal, a procura de distrações é, em geral, uma fuga a algo que custa, mais do que a procura de um bem. Fugimos sobretudo daquilo que nos incomoda. O perverso desta atitude é que essa fuga nos faz perder o tempo, o que ativa o sentimento de culpa por não ter feito aquilo que deveríamos e aumenta a dor da qual estávamos precisamente a fugir.

Quando uma distração é eficaz para nos afastar de algo que nos custa, é muito mais fácil que ela se converta numa adição. E não é preciso ler um livro como este para nos darmos conta de que o mundo atual está cheio de possíveis adições que “facilitam” a fuga daquilo que nos exige esforço.

As palavras do escritor alemão Hebbel (parafraseando uma conhecida frase dos gladiadores romanos) «o que sou saúda tristemente aquele que poderia ser» resumem poeticamente a insatisfação que se experimenta diante da perda de tempo. Porque deixamos de ver no tempo algo essencial: aquilo que nos permite chegar a ser precisamente o que estamos chamados a ser.

Já o dizia Victor Frankl: «quem se convenceu de que é insubstituível naquilo que faz e dedica a isso o seu tempo (sem se preocupar se é valorizado ou não socialmente) enche a sua vida de sentido e pode considerá-la consumada».

Por tudo isto, Eyel aconselha-nos: «Procura quem estás chamado a ser e dedica a isso a tua vida, o teu tempo. O resto será entretido, mas deixar-te-á vazio».

Pe. Rodrigo Lynce de Faria