Por muito que ames, nunca amarás bastante. O coração humano tem um coeficiente de dilatação enorme. Quando ama, dilata-se num crescendo de carinho que supera todas as barreiras. Se amas o Senhor, não haverá criatura que não encontre lugar no teu coração.
(São Josemaría Escrivá - Via Sacra, 8ª Estação, n. 5)
Vede agora o mestre reunido com os seus discípulos na intimidade do Cenáculo. Ao aproximar-se o momento da sua Paixão, o Coração de Cristo, rodeado por aqueles que ama, abre-se em inefáveis labaredas: dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros e que, do mesmo modo que eu vos amei, vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros. (Ioh XIII, 34–35.) (...).
Senhor, porque chamas novo a este mandamento? Como acabamos de ouvir, o amor ao próximo estava prescrito no Antigo Testamento e recordareis também que Jesus, mal começa a sua vida pública, amplia essa exigência com divina generosidade: ouvistes que foi dito: amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu peço-vos mais: amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem e orai pelos que vos perseguem e caluniam.
Senhor, deixa-nos insistir: porque continuas a chamar novo a este preceito? Naquela noite, poucas horas antes de te imolares na Cruz, durante aquela conversa íntima com os que - apesar das suas fraquezas e misérias pessoais, como as nossas - te acompanharam até Jerusalém. Tu revelaste-nos a medida insuspeitada da caridade: como eu vos amei. Como não haviam de te entender os Apóstolos, se tinham sido testemunhas do teu amor insondável!
Se professamos essa mesma fé, se ambicionamos verdadeiramente seguir as pegadas, tão nítidas, que os passos de Cristo deixaram na terra, não podemos conformar-nos com evitar aos outros os males que não desejamos para nós mesmos. Isto é muito, mas é muito pouco, quando compreendemos que a medida do nosso amor é definida pelo comportamento de Jesus. Além disso, Ele não nos propõe essa norma de conduta como uma meta longínqua, como o coroamento de toda uma vida de luta. É – e insisto que deve sê-lo para que o traduzas em propósitos concretos – o ponto de partida, porque Nosso Senhor o indica como sinal prévio: nisto conhecerão que sois meus discípulos.
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 222-223)
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Na audiência geral Bento XVI fala de Santa Catarina de Génova e volta a salientar importância das mulheres para a sociedade e para a Igreja
Na audiência geral desta quarta feira , o Papa falou de Santa Catarina de Génova (1447-1510) e da sua perspectiva sobre o purgatório, que para a Igreja Católica é uma fase de purificação por que passam as almas dos que morreram em união com Deus antes da total comunhão com ele.
Para Bento XVI, os “escritos inspirados” da santa sobressaem por se centrarem na existência terrena, e não na vida após a morte, o que na época foi uma novidade.
“Não se parte, efectivamente, do além para descrever os tormentos do purgatório e depois indicar o caminho para a purificação ou conversão, mas parte-se da experiência interior do homem a caminho para a eternidade”, salientou.
O Papa baseou-se na acção de Catarina de Génova em favor dos doentes e dos pobres para salientar a importância das mulheres para a sociedade e para a Igreja.
“O serviço humilde, fiel e generoso” da santa “é um luminoso exemplo da caridade para todos e um encorajamento especialmente para as mulheres que dão um contributo fundamental à sociedade e à Igreja com a sua preciosa obra, enriquecida pela sua sensibilidade e pela atenção aos mais pobres e mais necessitados”, disse Bento XVI.
A catequese recordou que Catarina, nascida na cidade de Génova, no norte da Itália, passou por um casamento “que não foi fácil”, tendo sido “induzida inicialmente a levar “um tipo de vida mundana, na qual, no entanto, não conseguiu encontrar serenidade”.
A conversão da santa, assinalou Bento XVI, iniciou-se em 1473, depois de uma visão “clara das suas misérias e dos seus defeitos e, ao mesmo tempo, da bondade de Deus”.
O discurso do Papa sintetizou os dois pólos – “Deus e o próximo” – que caracterizaram a existência da santa: “por um lado a experiência mística, a profunda união com Deus”, e, “por outro, a assistência aos doentes, a organização da hospedaria, o serviço ao próximo”.
A doutrina católica refere que as almas do purgatório podem beneficiar das orações dos que ainda vivem, pelo que a Igreja recomenda que se reze por elas, se ofereça a missa por sua intenção e se alcancem indulgências em seu proveito.
Estas recomendações concretizam-se também nas “alminhas”, pequenos monumentos junto às estradas que pedem aos viajantes orações pelos defuntos.
Leiamos agora Bento XVI falando em português:
Bom Dia!
Um olhar sobre a vida humana
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S. Josemaría Escrivá nesta data em 1938
“Diz-lhe a... esse, que preciso de cinquenta homens que amem a Jesus Cristo sobre todas as coisas”. Este ponto de Caminho nasce de uma anotação semelhante a esta redigida em 1938, poucos dias depois de chegar a Burgos.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Maria na piedade da Igreja
“…, aponta em todas as suas partes e de todos os pontos de vista sempre tanto para Cristo como para a Igreja. Daí resulta directamente que também toda a piedade mariana, se quiser ser católica, não se pode nunca isolar, antes pelo contrário deve sempre inserir-se e orientar-se tanto cristologicamente (e, portanto, trinitariamente) como eclesiologicamente.
(…). Todos conhecemos essas tendências que, à primeira vista, dão a impressão de que o povo em oração veria em Maria algo como um símbolo personificado ou o arquétipo da graça divina, providencial e misericordiosa como mãe, como se Maria fosse assim elevada à esfera de Deus e a obra decisiva de Cristo passasse despercebida. (…). Por outro lado, a impressão referida pode ter fundamento em populações menos bem catequizadas: para elas Maria é frequentemente uma espécie de quinta-essência de toda a salvação. Aí tem que intervir a evangelização tão urgentemente recomendada pelo Sínodo dos Bispos e pelo Papa (João Paulo II), procedendo com doçura e inteligência às rectificações necessárias.
(Hans Urs von Balthasar in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)
Nota de JPR: A este propósito, permito-me recordar aos responsáveis dos diferente Santuários Marianos e aos organizadores de peregrinações, que lhes cabe um importante dever de Catequese na preparação das celebrações e das homilias. Eles são por excelência o veículo ideal para a divulgação, usando a sugerida doçura e inteligência, nas correcções necessárias, resistindo no entanto à tentação da vaidade e ambições pessoais nas prédicas e outros actos.
(…). Todos conhecemos essas tendências que, à primeira vista, dão a impressão de que o povo em oração veria em Maria algo como um símbolo personificado ou o arquétipo da graça divina, providencial e misericordiosa como mãe, como se Maria fosse assim elevada à esfera de Deus e a obra decisiva de Cristo passasse despercebida. (…). Por outro lado, a impressão referida pode ter fundamento em populações menos bem catequizadas: para elas Maria é frequentemente uma espécie de quinta-essência de toda a salvação. Aí tem que intervir a evangelização tão urgentemente recomendada pelo Sínodo dos Bispos e pelo Papa (João Paulo II), procedendo com doçura e inteligência às rectificações necessárias.
(Hans Urs von Balthasar in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)
Nota de JPR: A este propósito, permito-me recordar aos responsáveis dos diferente Santuários Marianos e aos organizadores de peregrinações, que lhes cabe um importante dever de Catequese na preparação das celebrações e das homilias. Eles são por excelência o veículo ideal para a divulgação, usando a sugerida doçura e inteligência, nas correcções necessárias, resistindo no entanto à tentação da vaidade e ambições pessoais nas prédicas e outros actos.
Ideologias versus esperança cristã
«Podemos então dizer que a finalidade das ideologias é, em última análise, o sucesso, a capacidade de concretizar os nossos planos e os nossos desejos. (…) Pelo contrário, o objectivo da esperança cristã é um dom, o dom do amor, que nos é dado para lá das nossas possibilidades operativas, a esperança de que existe este dom que não podemos forçar mas que é a coisa mais essencial para o homem, que assim não espera vazio com a sua fome infinita».
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
Comentário ao Evangelho do dia:
Homilia do século V sobre a oração
Erradamente atribuída a São João Crisóstomo; PG 64, 461 (a partir da trad. Breviário)
«Foi para um lugar solitário e ali Se pôs em oração»
Erradamente atribuída a São João Crisóstomo; PG 64, 461 (a partir da trad. Breviário)
«Foi para um lugar solitário e ali Se pôs em oração»
O Evangelho do dia 12 de Janeiro de 2011
Evangelho segundo S. Marcos 1,29-39
29 Logo que saíram da sinagoga, foram a casa de Simão e de André, com Tiago e João.30 A sogra de Simão estava de cama com febre. Falaram-Lhe logo dela.31 Jesus, aproximando-Se e tomando-a pela mão, levantou-a. Imediatamente a deixou a febre, e ela pôs-se a servi-los.32 Ao anoitecer, depois do sol-posto, traziam-Lhe todos os enfermos e possessos,33 e toda a cidade se tinha juntado diante da porta.34 Curou muitos que se achavam atacados com várias doenças, expulsou muitos demónios, e não permitia que os demónios dissessem quem Ele era.35 Levantando-Se muito antes de amanhecer, saiu e foi a um lugar solitário e lá fazia oração.36 Simão e os seus companheiros foram procurá-l'O.37 Tendo-O encontrado, disseram-Lhe: «Todos Te procuram».38 Ele respondeu: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de que Eu também lá pregue, pois para isso é que Eu vim».39 E andava pregando nas sinagogas, por toda a Galileia, e expulsava os demónios.
29 Logo que saíram da sinagoga, foram a casa de Simão e de André, com Tiago e João.30 A sogra de Simão estava de cama com febre. Falaram-Lhe logo dela.31 Jesus, aproximando-Se e tomando-a pela mão, levantou-a. Imediatamente a deixou a febre, e ela pôs-se a servi-los.32 Ao anoitecer, depois do sol-posto, traziam-Lhe todos os enfermos e possessos,33 e toda a cidade se tinha juntado diante da porta.34 Curou muitos que se achavam atacados com várias doenças, expulsou muitos demónios, e não permitia que os demónios dissessem quem Ele era.35 Levantando-Se muito antes de amanhecer, saiu e foi a um lugar solitário e lá fazia oração.36 Simão e os seus companheiros foram procurá-l'O.37 Tendo-O encontrado, disseram-Lhe: «Todos Te procuram».38 Ele respondeu: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de que Eu também lá pregue, pois para isso é que Eu vim».39 E andava pregando nas sinagogas, por toda a Galileia, e expulsava os demónios.
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