Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 5 de maio de 2013

Testemunho de Julio Paz, médico argentino ordenado sacerdote ontem (vídeo em espanhol)

Voltemos à Ascensão

Mas voltemos ao momento da Ascensão, quando Jesus os levou até junto de Betânia e, levantando as mãos, os abençoou. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e começou a elevar-se ao Céu [7] O Papa Francisco, numa das suas últimas audiências, refletindo sobre este mistério, perguntava-se: Qual é o significado deste acontecimento? Quais são as suas consequências para a nossa vida? O que significa contemplar Jesus sentado à direita do Pai? [8]

O Senhor, ao subir ao Céu, fê-lo enquanto Cabeça da Igreja: foi preparar-nos um lugar, como tinha prometido [9].«Precede-nos no Reino glorioso do Pai, para que nós, membros do Seu Corpo, vivamos na esperança de estarmos um dia eternamente com Ele» [10]. Contudo, para entrar com Cristo na glória, é preciso seguir os Seus passos. O Papa faz notar que, ao subir a Jerusalém para a Sua última páscoa – em que ia consumar o Sacrifício redentor – Jesus vê já a meta, o Céu, mas sabe bem que o caminho que O leva à glória do Pai passa pela Cruz, através da obediência ao desígnio divino de amor pela humanidade (…). Também nós devemos ver claramente, na nossa vida cristã, que a entrada na glória de Deus exige a fidelidade diária à Sua vontade, mesmo quando requer sacrifício e às vezes exige que mudemos os nossos programas [11]. Não esqueçamos, filhas e filhos, que não há cristianismo sem Cruz, não há verdadeiro amor sem sacrifício, e procuremos ajustar a nossa vida diária a esta alegre realidade, porque significa dar os mesmos passos que o Mestre deu, Ele que é o Caminho, a Verdade e a Vida [12].

Por isso, a grande festa da Ascensão convida-nos a examinar como havemos de concre­tizar a nossa adesão à Vontade divina: sem adiamentos, sem dependências do nosso eu, com a plena determinação, renovada em cada dia, de a procurar, aceitar e amar com todas as nossas forças. O Senhor não nos oculta que a obediência rendida à vontade de Deus exige renúncia e entrega, porque o amor não pede direitos: quer servir. Ele percorreu primeiro o caminho. Jesus, como obedeceste Tu? Usque ad mortem, mortem autem crucis, até à morte e morte de Cruz. É preciso sair de nós mesmos, complicar a vida, perdê-la por amor de Deus e das almas [13].

A Sagrada Escritura conta que, depois da Ascensão, os Apóstolos regressaram a Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo bendizendo a Deus [14]. Uns dias antes, quando Jesus lhes dizia que iriam perder a Sua presença sensível, tinham ficado tristes [15]. Agora, pelo contrário, mostram-se cheios de alegria. Como se explica esta mudança? Porque, com o olhar da fé, mesmo antes da chegada visível do Espírito Santo, eles compreendem que Jesus, mesmo que tenha sido subtraído ao seu olhar, permanece para sempre com eles, não os abandona e, na glória do Pai, sustenta-os, orienta-os e intercede por eles [16].

[7]. Lc 24, 50-51.
[8]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 17-IV-2013.
[9]. Cfr. Jo 14, 2-3.
[10]. Catecismo da Igreja Católica, n. 666.
[11]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 17-IV-2013.
[12]. Jo 14, 6.
[13]. S. Josemaria, Cristo que passa, n. 19.
[14]. Lc 24, 52-53.
[15]. Cfr. Jo 16, 6.
[16]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 17-IV-2013.


(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de maio de 2013)

© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Francisco apanha a bolsa de uma senhora de cadeira de rodas (vídeo 26')

"Uno-me à alegria da Igreja no Brasil por esta luminosa discípula do Senhor” Papa Francisco referindo-se a «Nhá Chica»

No final da Santa Missa celebrada nesta manhã de domingo na Praça São Pedro, diante de milhares de fiéis membros de irmandades provenientes de todas as partes do mundo, Papa Francisco rezou a oração mariana do Regina Caeli.

Na sua alocução destacou que naquele momento de profunda comunhão em Cristo, se podia sentir viva no meio de todos eles a presença espiritual de Nossa Senhora. Uma presença materna, familiar, especialmente para quem faz parte das Irmandades.

“O amor por Nossa Senhora é uma das características da piedade popular, que pede para ser valorizada e bem orientada. Por isso, convido a meditar o último capítulo da Constituição do Concílio Vaticano II sobre a Igreja, a Lumen gentium, que fala precisamente de Maria no mistério de Cristo e da Igreja. Ali se diz que Maria ‘avançou na peregrinação da fé’. Caros amigos, no Ano da Fé, deixo-vos este Ícone de Maria peregrina, que segue o Filho Jesus e precede todos nós no caminho da fé”.

Hoje as Igrejas do Oriente que seguem o Calendário Juliano celebram a Festa da Páscoa e Papa Francisco enviou a esses irmãos a sua saudação:

“Desejo enviar a esses irmãos e irmãs uma saudação especial, unindo-me de todo coração a eles ao proclamar o alegre anúncio: Cristo ressuscitou! Recolhidos em oração ao redor de Maria, invoquemos de Deus o dom do Espírito Santo, o Paráclito, para que console e conforte todos os cristãos, especialmente aqueles que celebram a Páscoa entre provas e sofrimentos, e os guie no caminho da reconciliação e da paz”.

Em seguida Papa Francisco recordou a beatificação de Nhá Chica:

“Ontem no Brasil, foi proclamada Beata Francisca de Paula De Jesus, conhecida como «Nhá Chica». A sua vida simples foi toda dedicada a Deus e à caridade, tanto que era chamada a “mãe dos pobres”. Uno-me à alegria da Igreja no Brasil por esta luminosa discípula do Senhor”.

Papa Francisco saudou ainda todas as irmandades presentes na Praça São Pedro nesta manhã, provenientes de todos os países, e uma saudação especial fez à Associação “Meter”, no Dia das Crianças vítimas da violência.

“Este Dia me oferece a ocasião para dirigir o meu pensamento a todos aqueles que sofreram e sofrem por causa dos abusos. Gostaria de assegurar a eles que estão presentes na minha oração, mas gostaria de dizer ainda com força que todos devemos nos empenhar com clareza e coragem para que cada pessoa, especialmente as crianças, que se encontram entre as categorias mais vulneráveis, seja sempre defendida e tutelada. Uma saudação de encorajamento aos enfermos de hipertensão pulmonar e a seus familiares”.

Rádio Vaticano

Vídeo em italiano do excerto relativo à violência sobre crianças

Amar a Deus, ser discípulos de Cristo, vivendo o Evangelho

Em manhã chuvosa, e numa Praça São Pedro, literalmente tomada por mais de 70 mil fiéis com seus guarda-chuvas coloridos, o Papa Francisco celebrou neste domingo a Santa Missa na presença de membros de irmandades provenientes da Itália e de todo o mundo.

Na sua homilia, feita em italiano, Papa Francisco inicialmente falou da sua alegria em celebrar a Eucaristia especialmente dedicada às Irmandades, neste caminho do Ano da Fé. As irmandades são uma realidade com grande tradição na Igreja, que foi objeto de renovação e redescoberta nos últimos tempos.

Em seguida, citando o Evangelho do dia, a passagem tirada dos discursos de despedida de Jesus, referidos pelo evangelista João no contexto da Última Ceia, o Papa destacou que Jesus confia aos apóstolos seus últimos pensamentos, como se fosse um testamento espiritual. O texto deste domingo põe em evidência que toda a fé cristã está centrada no relacionamento com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

“Quem ama o Senhor Jesus, no seu íntimo acolhe-O e ao Pai e, graças ao Espírito Santo, acolhe no seu próprio coração e na vida pessoal o Evangelho. Indica-se aqui o centro do qual tudo deve partir e ao qual tudo deve conduzir: amar a Deus, ser discípulos de Cristo, vivendo o Evangelho”.

Em seguida falando aos membros das irmandades recordou que Bento XVI dirigindo-se-lhe noutra ocasião usou palavra a evangelicidade.

“Queridas Irmandades, a piedade popular, de que sois uma importante manifestação, é um tesouro que a Igreja tem e que os bispos latino-americanos, significativamente, definiram como uma espiritualidade, uma mística, que é um «espaço de encontro com Jesus Cristo». Bebei sempre em Cristo, fonte inesgotável; reforçai a vossa fé, tendo a peito a formação espiritual, a oração pessoal e comunitária, a liturgia.

Sobre a passagem dos Atos dos Apóstolos Papa Francisco diz que a mesma nos fala do que é essencial. Na Igreja nascente, houve imediatamente necessidade de discernir o que é essencial, e o que não o é, para uma pessoa ser cristã, para seguir Cristo. Os apóstolos e os demais anciãos fizeram uma reunião importante em Jerusalém, o primeiro «concílio», sobre este tema, devido aos problemas que surgiram depois que o Evangelho havia sido pregado aos pagãos, aos não judeus. Tratou-se de uma ocasião providencial para compreender melhor o que é essencial: acreditar em Jesus Cristo morto e ressuscitado pelos nossos pecados e amarmo-nos como Ele nos amou. “Notai, porém, - sublinhou Papa Francisco - como as dificuldades foram superadas, não fora, mas dentro da Igreja”.

E aqui o Santo Padre dá um segundo elemento, como fez Bento XVI: a eclesialidade. A piedade popular é uma estrada que leva ao essencial, se for vivida na Igreja em profunda comunhão com os Pastores.

Os bispos latino-americanos escreveram que a piedade popular, de que sois expressão, é «uma maneira legítima de viver a fé, um modo de se sentir parte da Igreja» (Documento de Aparecida, 264). Amai a Igreja! Deixai-vos guiar por ela! Nas paróquias, nas dioceses, sede um verdadeiro pulmão de fé e de vida cristã. Nesta Praça, vejo uma grande variedade de cores e de sinais. Assim é a Igreja: uma grande riqueza e variedade de expressões em que tudo é reconduzido à unidade, ao encontro com Cristo.

A Terceria palavra, que deve caracterizar as irmandades, disse ainda Papa Francisco é a missionariedade.

Vós tendes a missão específica e importante de manter viva a relação entre a fé e as culturas dos povos a que pertenceis, e fazei-lo através da piedade popular. Quando, por exemplo, levais em procissão o Crucifixo com tanta veneração e amor ao Senhor, não cumpris um mero ato exterior; mas indicais a centralidade do mistério pascal do Senhor, da sua Paixão, Morte e Ressurreição... é preciso seguir Cristo ao longo do caminho concreto da vida para que nos transforme.

De igual modo, destacou Papa Francisco quando manifestam uma profunda devoção pela Virgem Maria, apontam a mais alta realização de existência cristã: Aquela que, pela sua fé e obediência à vontade de Deus e também pela sua meditação da Palavra e das ações de Jesus, é a discípula perfeita do Senhor.

“Sede também vós verdadeiros evangelizadores! As vossas iniciativas sejam «pontes», estradas que levem a Cristo a fim de caminhardes com Ele. E, neste espírito, permanecei sempre atentos à caridade. Cada cristão e cada comunidade é missionária na medida em que transmite e vive o Evangelho e testemunha o amor de Deus por todos, especialmente por quem se encontra em dificuldade. Sede missionários do amor e da ternura de Deus!"

Portanto, concluiu Papa Francisco: “evangelicidade, eclesialidade, missionariedade. Peçamos ao Senhor que oriente sempre a nossa mente e o nosso coração para Ele, como pedras vivas da Igreja, para que cada uma das nossas atividades e toda a nossa vida cristã sejam um luminoso testemunho da sua misericórdia e do seu amor”.

Rádio Vaticano

Vídeo da ocasião em italiano

Imitação de Cristo, 4 , 18, 1 - Que o homem não seja curioso escrutador do Sacramento, mas humildeimitador de Cristo, sujeitando sua razão à santa fé - Voz do Amado

Foge do desejo curioso e inútil de investigar este profundíssimo mistério, se não te queres afogar num abismo de dúvidas. Quem quer perscrutar a majestade será oprimido por sua glória (Prov 25,27). Mais pode Deus fazer, que o homem compreender. Contudo é permitida uma piedosa e humilde investigação da verdade, que sempre está inclinada a ser instruída e segue a sã doutrina dos Santos Padres.

Bom Domingo do Senhor!

Sigamos o bom conselho do Senhor como Ele nos fala no Evangelho de hoje (Jo 14, 23-29) e recebamos o Espírito Santo que procede do Pai e d’Ele de coração contrito e com total disponibilidade para receber os Seus ensinamentos.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo…

'O escândalo de Westminster' pelo Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

Catedral católica de Westminster
Isto de escândalos eclesiais já não devia surpreender ninguém, mas a verdade é que fiquei impressionado com as mais recentes notícias de Westminster, a diocese católica da capital do Reino Unido. E, mais uma vez, a questão tem que ver com os padres, que, como é sabido, têm sido recentemente motivo de muitas notícias no mundo anglo-saxónico, quase sempre pelos piores motivos.

Desta feita, é a própria diocese católica de Londres, Westminster, que toma a iniciativa de denunciar o problemático estado em que se encontra. Fá-lo por meio de um breve folheto de quatro páginas, divulgado a todos os seus fiéis, e que abre com a chocante fotografia de quatro candidatos ao presbiterado, prostrados no chão, como prescreve a liturgia da respectiva ordenação. Nas páginas seguintes, um gráfico ajuda a compreender a difícil situação da principal diocese britânica: em menos de uma década o número de seminaristas duplicou! Com efeito, se em 2004 eram apenas 17, na actualidade o seminário católico de Londres conta com 40 jovens, dos quais oito serão ordenados presbíteros este Verão!


Ordenações em Westminster 2010
É certamente extraordinário um incremento de 135% das vocações sacerdotais na principal diocese inglesa, precisamente no país em que a confissão religiosa maioritária, a Igreja Anglicana, não só permite a ordenação sacerdotal de homens casados, como também admite mulheres às sagradas ordens.

Esta explosão de vocações é dramática a vários níveis. Do ponto de vista económico, representa um grave défice para a diocese londrina, que, por isso, lançou uma campanha de grande escala de angariação de fundos. Para os eternos defensores dos padres casados e da ordenação feminina, é um facto trágico, que quase os deixa sem argumentos. Para os católicos, é um milagre tão evidente que dispensa a fé, logo no ano em que os Papas Bento XVI e Francisco tinham pedido uma especial vivência desta virtude sobrenatural!

Gonçalo Portocarrero de Almada in 'i' online http://www.ionline.pt/iOpiniao/o-escandalo-de-westminster

Maio mês de Maria - Ave Maria de Schubert

«O Defensor, o Espírito Santo [...], há-de recordar-vos tudo o que Eu vos disse»

Beato João Paulo II (1920-2005), papa 
Encíclica «Dominum et vivificatem», §24 (trad. Liberria Editrice Vaticana, rev.)


Cristo, que «tinha entregado o espírito» na Cruz, (Jo 19,30) como Filho do Homem e Cordeiro de Deus, uma vez ressuscitado, vai ter com os Apóstolos para «soprar sobre eles» (Jo 20,22). [...] A vinda do Senhor enche de alegria os presentes: «a sua tristeza converte-se em alegria» (Jo 16,20), como Ele já lhes tinha prometido antes da Sua paixão. E sobretudo verifica-se o anúncio principal do discurso de despedida: Cristo ressuscitado, como que dando início a uma nova criação, «traz» aos Apóstolos o Espírito Santo. Trá-Lo à custa da Sua «partida»; dá-lhes o Espírito como que através das feridas da Sua crucifixão: «mostrou-lhes as mãos e o lado» (Jo 20,20). É em virtude da mesma crucifixão que Ele lhes diz: «Recebei o Espírito Santo» (v.22).

Estabelece-se assim uma íntima ligação entre o envio do Filho e o do Espírito Santo. Não existe envio do Espírito Santo (depois do pecado original) sem a Cruz e a Ressurreição: «Se Eu não for, não virá a vós o Consolador» (Jo 16,7). Estabelece-se também uma íntima ligação entre a missão do Espírito Santo e a missão do Filho na Redenção. Esta missão do Filho, num certo sentido, tem o seu «cumprimento» na Redenção. A missão do Espírito Santo «vai haurir» algo da Redenção: «Ele receberá do que é Meu para vo-lo anunciar» (Jo 16,15). A Redenção é totalmente operada pelo Filho, como Ungido que veio e agiu com o poder do Espírito Santo, oferecendo-Se por fim em sacrifício supremo no madeiro da Cruz. E esta Redenção é, ao mesmo tempo, constantemente operada nos corações e nas consciências humanas — na história do mundo — pelo Espírito Santo, que é o «outro Consolador» (Jo 14,16).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)