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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Bento XVI - “Deus vele sobre o Estado do Vaticano”
“Pedimos ao Senhor, que guie com firmeza o destino da Barca de Pedro entre episódios não sempre tranquilos da história, que continue a velar sobre este pequeno Estado”. Bento XVI recordou assim os 80 anos do Estado da Cidade do Vaticano, na conclusão do concerto com trechos do “Messias” de Haendel, executado quinta-feira à tarde na Sala Paulo VI pela Our lady choral society of Dublin e pela RTE' Concert Orchestra, dirigidos pelo maestro Proinnsias O' Duinn.
O Papa pediu também ao Senhor que o assista, como Sucessor de Pedro, para poder desempenhar, com fidelidade e eficácia o seu ministério “fundamento da unidade da Igreja Católica, que no Vaticano tem seu centro visível e se expande até os confins do mundo”.
Referindo-se ao concerto apenas ouvido, Bento XVI sublinhou que a “música como arte pode ser um modo particular de anunciar Cristo, porque é capaz de tornar perceptível o mistério com uma eloquência toda sua”. Mais uma vez, concluiu, parece evidente como a música e o canto, “graças ao seu hábil entrelaçamento com a fé, podem revestir um alto valor pedagógico em âmbito religioso”.
(Fonte. H2O News)
O Papa e o Holocausto
"Falar neste lugar de horror, neste sítio onde se cometeram crimes indizíveis contra Deus e contra o Homem, é quase impossível. E é especialmente difícil e perturbante para um cristão, ainda mais Papa vindo da Alemanha".
Pouco mais de um ano depois do fumo branco que, em Roma, o anunciara nas sandálias de Pedro, o sucessor de João Paulo II falava assim, de mãos e rosto cerrados, no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.
Bento XVI foi sempre claro sobre o assunto do genocídio. Referiu, no seu profundo discurso de Auschwitz, a intenção nazi de, ao exterminar os judeus, eliminar a origem do monoteísmo, e recriar o mundo, numa paródia demoníaca da religião. Encimou o preito de dor com uma reflexão pessoal: "isto não nos produz ódio; mostra-nos antes o terrível efeito do ódio".
Parece, pelo menos, injusto, alegar agora, a propósito de declarações soltas de prelados imprudentes, que o Vaticano mudou. E que mudou, sobretudo, de posição face à destruição sistemática de inocentes e civis, em nome da raça, ou de uma ideia política. Como aconteceu nos consulados totalitários, "comunistas" ou "nacionalistas", a Leste e Oeste, na Europa ou na Ásia, na África ou algures, durante o século XX.
A polémica, que recorda a peça de teatro de Rolf Hochtruth, "O representante", de 1963, coloca outra vez em primeiro plano a atitude do Vaticano face ao Holocausto da Segunda Guerra Mundial.
Foi nessa altura que se criou a imagem de um Pio XII silencioso, senão cúmplice, com o extermínio de milhões. Mas personalidades esclarecidas, como o jesuíta Robert Graham, entre muitos outros, há vários anos que restauraram o equilíbrio na revisitação histórica.
Não se pode esquecer, na verdade, o enorme esforço de resgate, salvamento, intercessão ou protecção de judeus, um pouco por toda a Europa, por obra da igreja católica. Não se pode esquecer a rede do Padre Weber e do cardeal Pacelli, a actividade da Organização S. Rafael, a intervenção junto da Eslováquia, em 1941, contra a aprovação do "Código Judeu". Nem a actividade do bispo Preysing, em Berlim, de monsenhor Rotta, na Hungria, de Monsenhor Cassulo, na Roménia.
Não se pode esquecer a pastoral corajosa do arcebispo Saliege, de Toulouse, em 1942, denunciando "os factos terríveis" nos campos de Noe e Recebedom, afirmando que "os judeus são nossos irmãos".
Não se pode esquecer o arriscado apoio do Vaticano à organização judaica DELASEM, de Génova. Não se pode esquecer a Encíclica Summi Pontificatus, de 1939, poderosa denúncia das doutrinas de "pureza rácica".
Não se pode esquecer que, onde pôde mudar as coisas, ou influenciá-las, o Vaticano sempre falou. E que, onde se calou (como o fez o Comité da Cruz Vermelha, ou o Conselho Mundial das Igrejas), executou muitas vezes custosas e arriscadas operações, clandestinas, de auxílio e transporte.
Não se pode esquecer, por fim, que uma coisa é a denúncia antes da guerra (quantos o fizeram?), e outra é falar sobre a ocupação, onde o que importa é resgatar vidas, e não pregar sermões exemplares, que, como na Holanda, só aumentaram a repressão.
Não se pode esquecer, ainda, que pelo menos 3000 padres católicos foram executados pelo Reich, só na área do agora Benelux.
E não se pode esquecer que, numa altura de trevas, em que a intolerância surge até das dificuldades da "luta contra o terrorismo", tem sido a Santa Sé uma das vozes qualificadas, em nome da decência e da Humanidade.
Contra todos os holocaustos, alertando antes.
Para que não se repitam.
Nuno Rogeiro
(Fonte: site Jornal de Notícias do Porto em http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1132360&opiniao=Nuno%20Rogeiro )
Reflexão sobre a estrutura ministerial da Igreja a partir das Epístolas a Timóteo e Tito
Se, como se disse, nas Igrejas formadas no mundo pagão dispomos de bispos e de diáconos, e não de presbíteros, nas Igrejas que se formaram no mundo judaico-cristão os presbíteros constituem a estrutura predominante. No final das Cartas pastorais, as duas estruturas unem-se: agora aparece "o episcopo" (o bispo) (cf. 1 Tm 3, 2; Tt 1, 7), sempre no singular, acompanhado pelo artigo definido "o episcopo". E ao lado de "o episcopo" encontramos os presbíteros e os diáconos. Parece ser ainda determinante a figura do Apóstolo, mas as três Cartas, como eu já disse, são dirigidas não já a comunidades, mas a pessoas: Timóteo e Tito, que por um lado aparecem como Bispos, por outro começam a ocupar o lugar do Apóstolo.
(Audiência geral de 28-I-2009 – Bento XVI)
Caladinho que nem um rato
(Crónica de Patrícia Reis http://vaocombate.blogspot.com/ publicada no Semanário Económico de 7 de Fevereiro de 2009)
O Evangelho do dia 13 de Fevereiro de 2009
Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se para a região de Tiro e Sidónia.
Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse. Mas não pôde passar despercebido, pois logo uma mulher, cuja filha tinha um espírito impuro, ao ouvir falar d’Ele, veio prostrar-se a seus pés.
A mulher era pagã, siro-fenícia de nascimento, e pediu-Lhe que expulsasse o demónio de sua filha.
Mas Jesus respondeu-lhe:
«Deixa primeiro que os filhos estejam saciados, pois não está certo tirar o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos».
Ela, porém, disse: «Senhor, também é verdade que os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas das crianças».
Então Jesus respondeu-lhe: «Dizes muito bem. Podes voltar para casa, porque o demónio já saiu da tua filha».
Ela voltou para casa e encontrou a criança deitada na cama. O demónio tinha saído.