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terça-feira, 9 de março de 2010
O debate sobre abusos sexuais: nota da Sala de imprensa da Santa Sé...
…nega que a Igreja Católica coloque obstáculos ás investigações e salienta que centrar as acusações apenas na Igreja leva a distorcer a perspectiva.
O director da Sala de imprensa da Santa Sé Pe. Federico Lombardi, negou em comunicado que a Igreja Católica esteja a colocar obstáculos às investigações de abusos sexuais a menores em vários países da Europa Central.
Segundo este responsável, as Conferências Episcopais da Alemanha, Áustria e Holanda, entre outras entidades eclesiais, “responderam à manifestação do problema com rapidez e determinação”.
A ministra da Justiça alemã acusara esta Segunda-feira o Vaticano de bloquear as investigações de abusos sexuais a menores.
“Em muitas escolas e instituições houve uma espécie de muro de silêncio, que impediu que as informações chegassem à Justiça”, disse Sabine Leutheusser-Schnarrenberger em entrevista à rádio "Deutschlandfunk".
Falando da “gravíssima questão dos abusos sexuais de menores” em instituições administradas pela Igreja, o Pe. Lombardi diz que têm sido dadas provas de “vontade e transparência”.
Estes gestos, sublinha o director da sala de imprensa da Santa Sé, “aceleraram de alguma forma a expressão do problema, convidando as vítimas a falar quando se tratava de casos sucedidos há mais tempo”.
Para o Vaticano, “o ponto de partida correcto é o reconhecimento do que aconteceu e a preocupação com as vítimas e as consequências dos actos perpetrados contra elas”, procurando que no futuro “não se repitam estes factos gravíssimos”.
Após os casos acontecidos na Irlanda, com os quais o Papa mostrou a sua preocupação junto do respectivo episcopado, a nota do Vaticano sublinha que o direito canónico tem “procedimentos judiciais e penais” próprios para estas situações.
Neste contexto, é citada a Carta "De delictis gravioribus" de 2001, assinada pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, que o Pe. Lombardi diz ter sido “um sinal decisivo para recordar ao episcopado a gravidade do problema”.
A nota divulgada esta Terça-feira conclui com votos de se façam “todos os possíveis” para proteger melhor os jovens e crianças “na Igreja e na sociedade” e de que se verifique uma “purificação da própria Igreja”.
“As pessoas objectivas e informadas sabem que a questão é muito mais ampla. Centrar as acusações apenas na Igreja leva a distorcer a perspectiva”, indica o Director da Sala de imprensa da Santa Sé Padre Federico Lombardi.
(Fonte: site Radio Vaticana)
O director da Sala de imprensa da Santa Sé Pe. Federico Lombardi, negou em comunicado que a Igreja Católica esteja a colocar obstáculos às investigações de abusos sexuais a menores em vários países da Europa Central.
Segundo este responsável, as Conferências Episcopais da Alemanha, Áustria e Holanda, entre outras entidades eclesiais, “responderam à manifestação do problema com rapidez e determinação”.
A ministra da Justiça alemã acusara esta Segunda-feira o Vaticano de bloquear as investigações de abusos sexuais a menores.
“Em muitas escolas e instituições houve uma espécie de muro de silêncio, que impediu que as informações chegassem à Justiça”, disse Sabine Leutheusser-Schnarrenberger em entrevista à rádio "Deutschlandfunk".
Falando da “gravíssima questão dos abusos sexuais de menores” em instituições administradas pela Igreja, o Pe. Lombardi diz que têm sido dadas provas de “vontade e transparência”.
Estes gestos, sublinha o director da sala de imprensa da Santa Sé, “aceleraram de alguma forma a expressão do problema, convidando as vítimas a falar quando se tratava de casos sucedidos há mais tempo”.
Para o Vaticano, “o ponto de partida correcto é o reconhecimento do que aconteceu e a preocupação com as vítimas e as consequências dos actos perpetrados contra elas”, procurando que no futuro “não se repitam estes factos gravíssimos”.
Após os casos acontecidos na Irlanda, com os quais o Papa mostrou a sua preocupação junto do respectivo episcopado, a nota do Vaticano sublinha que o direito canónico tem “procedimentos judiciais e penais” próprios para estas situações.
Neste contexto, é citada a Carta "De delictis gravioribus" de 2001, assinada pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, que o Pe. Lombardi diz ter sido “um sinal decisivo para recordar ao episcopado a gravidade do problema”.
A nota divulgada esta Terça-feira conclui com votos de se façam “todos os possíveis” para proteger melhor os jovens e crianças “na Igreja e na sociedade” e de que se verifique uma “purificação da própria Igreja”.
“As pessoas objectivas e informadas sabem que a questão é muito mais ampla. Centrar as acusações apenas na Igreja leva a distorcer a perspectiva”, indica o Director da Sala de imprensa da Santa Sé Padre Federico Lombardi.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Oração
Filho do Pai
Que és nosso também
Porque nos foste dado
E Te deste também,
Que estás entre nós
E no Céu também
Santificado é o nome do Pai
E o Teu também
Que nos trouxeste o Reino dos Céus
Que é o Teu Reino também
Que fizeste a vontade do Pai
Que é Tua também
Que é realizada no Céu
E queres realizada na terra também.
Dá-nos o pão de cada dia
Porque Tu és Pão também
Perdoa os nossos pecados
Porque Tu és perdão também
Ensina-nos a perdoar
Como nos perdoas também
Afasta de nós as tentações
Como as afastaste de Ti também
E livra-nos do mal
Que se afastou de ti também
E fica sempre connosco
Ámen.
Monte Real, 9 de Março de 2010
Joaquim Mexia Alves
http://www.queeaverdade.blogspot.com/
Que és nosso também
Porque nos foste dado
E Te deste também,
Que estás entre nós
E no Céu também
Santificado é o nome do Pai
E o Teu também
Que nos trouxeste o Reino dos Céus
Que é o Teu Reino também
Que fizeste a vontade do Pai
Que é Tua também
Que é realizada no Céu
E queres realizada na terra também.
Dá-nos o pão de cada dia
Porque Tu és Pão também
Perdoa os nossos pecados
Porque Tu és perdão também
Ensina-nos a perdoar
Como nos perdoas também
Afasta de nós as tentações
Como as afastaste de Ti também
E livra-nos do mal
Que se afastou de ti também
E fica sempre connosco
Ámen.
Monte Real, 9 de Março de 2010
Joaquim Mexia Alves
http://www.queeaverdade.blogspot.com/
Marcha pela Vida em Madrid – P. Gonçalo G. Figueiredo
Eu estive lá.
Numa manhã de domingo que ameaçava chuva, juntou-se muita gente da cidade de Madrid, para gritar bem alto: “Sim à Vida” e com o lema: “Em democracia escutam-se as pessoas”. Por todas as grandes cidades de Espanha se fizeram manifestações com grande participação.
A concentração madrilena estava marcada para o meio-dia na praça que sempre aparece quando faz frio e gelam as águas nas fontes: Cibeles.
Fui, como normalmente vou quando me desloco ao centro de Madrid, de metro. A princípio e por ser Domingo estava quase vazio, mas à medida que nos íamos aproximando do destino o metro enchia-se de gente, muitos casais com filhos, jovens e de mais idade. Ouvi uma senhora perguntar a um pai com os seus três filhos a que se devia aquela gente toda, e ele respondeu orgulhoso que era uma marcha pela vida, contra o aborto. A senhora pareceu compreender porque a publicidade da rua foi bastante. Quando saí do metro na estação “Banco de Espanha”, na praça Cibeles, fiquei espantado com a quantidade de gente. Um clima de festa e alegria, muitos casais com filhos, os balões, as t-shirts, os chapéus e as bandeiras de todos os tamanhos. Muita gente levava o seu próprio cartaz, feito em casa, com as horríveis imagens de bebés assassinados.
À frente do edifício do Ministério da igualdade houve uma paragem onde o tom de voz subiu em protesto contra a lei recentemente aprovada. À porta do dito Ministério, que tem promovido o aborto como lei de igualdade, estavam no chão dezenas de fraldas de bebes. A indignação contra os autores desta lei e contra o chefe do governo subiu de tom e não se pouparam a gritar: “Zapatero Assassino”.
A custo, por entre a multidão, que não despegava e se movia lentamente, pois a avenida desde Cibeles até à praça do Sol estava cheia, completamente cheia, consegui chegar ao lugar da concentração, quando já se tinha feito um minuto de silêncio por todos os bebés assassinados. Um palco montado no fundo da praça, com ecrãs gigantes, era agora o centro das atenções. Por ele desfilaram muitas pessoas, famílias, médicos, políticos, mulheres, pais, e uma jovem de 16 anos. A música, de muita qualidade, intercalava as intervenções, houve um requiem em memória de todas as crianças mortas no seio das mães. Chamou-me a atenção três intervenções. A primeira da presidente da associação de médicos obstetras, que não perdeu a oportunidade para lembrar o erro que é o programa de educação sexual nas escolas, e de dizer como a lei do aborto está fundamentada sobre mentiras, a maior das quais é a negação do início da vida no momento da fecundação: “todos os que aqui estamos, um dia, fomos uma célula”.
Chamava também a atenção para as consequências físicas e psicológicas do aborto nas mulheres e, falando como mãe, defendia o valor social da maternidade. Outra intervenção bastante aplaudida foi a de um político, alcaide de Sevilha, que se apresentava como de Esquerda, e por ser de Esquerda lutava contra o aborto; não se poupou a denunciar a atitude de Zapatero como hipócrita, mas sublinhava, coisa para mim surpreendente, que nenhum partido com assento parlamentar tinha no seu programa uma oposição clara ao aborto. Nesta altura alguém comentava atrás de mim que só restava votar em branco. Houve ainda uma intervenção de uma rapariga de dezasseis anos, idade mínima para abortar até às 14 semanas sem que seja necessária a autorização dos pais. Foi a que mais me impressionou. Dizia com evidência que eram elas, as raparigas jovens e adolescentes, as visadas por aquela lei que as queria tratar como material sexual, propondo uma sexualidade vazia de afecto e responsabilidade, ao dispor dos rapazes.
A presença da igreja foi discreta, quase ausente. Um ou outro véu de religiosa e só vi um colarinho eclesiástico. Mas a igreja estava presente no movimento dos leigos. O núncio apostólico tinha-se manifestado por escrito inteiramente a favor da acção. E a bênção de Deus foi também implorada por quem falou. Marcou-se o ponto: não se tem de ser católico para defender a vida, mas todo o católico a defende.
Perante a multidão imensa que estava na rua, ouvia uma senhora comentar que o mais certo seria os meios de comunicação não darem notícia. Embora um helicóptero de uma televisão tenha sobrevoado a manifestação, foram poucos os jornais diários a darem cobertura ao acontecimento. E os números variam entre os oficiais 10 000 e os dos organizadores 600 000. a grande noticia nacional é a vitória sofrida do Real Madrid.
Alguém dizia da tribuna, que isto não era mais que um grão de areia na luta por uma civilização justa. Esperemos que seja um grão de areia que estorve e emperre a máquina que está montada para abolir o homem.
Isto foi o que eu vi e ouvi, porque estive lá, com orgulho o digo, com emoção o vivi, com pena o digo, porque seria preferível outra sociedade onde não houvesse este tipo de sentença de morte.
(Agradecimento: ‘Infovitae’)
Numa manhã de domingo que ameaçava chuva, juntou-se muita gente da cidade de Madrid, para gritar bem alto: “Sim à Vida” e com o lema: “Em democracia escutam-se as pessoas”. Por todas as grandes cidades de Espanha se fizeram manifestações com grande participação.
A concentração madrilena estava marcada para o meio-dia na praça que sempre aparece quando faz frio e gelam as águas nas fontes: Cibeles.
Fui, como normalmente vou quando me desloco ao centro de Madrid, de metro. A princípio e por ser Domingo estava quase vazio, mas à medida que nos íamos aproximando do destino o metro enchia-se de gente, muitos casais com filhos, jovens e de mais idade. Ouvi uma senhora perguntar a um pai com os seus três filhos a que se devia aquela gente toda, e ele respondeu orgulhoso que era uma marcha pela vida, contra o aborto. A senhora pareceu compreender porque a publicidade da rua foi bastante. Quando saí do metro na estação “Banco de Espanha”, na praça Cibeles, fiquei espantado com a quantidade de gente. Um clima de festa e alegria, muitos casais com filhos, os balões, as t-shirts, os chapéus e as bandeiras de todos os tamanhos. Muita gente levava o seu próprio cartaz, feito em casa, com as horríveis imagens de bebés assassinados.
À frente do edifício do Ministério da igualdade houve uma paragem onde o tom de voz subiu em protesto contra a lei recentemente aprovada. À porta do dito Ministério, que tem promovido o aborto como lei de igualdade, estavam no chão dezenas de fraldas de bebes. A indignação contra os autores desta lei e contra o chefe do governo subiu de tom e não se pouparam a gritar: “Zapatero Assassino”.
A custo, por entre a multidão, que não despegava e se movia lentamente, pois a avenida desde Cibeles até à praça do Sol estava cheia, completamente cheia, consegui chegar ao lugar da concentração, quando já se tinha feito um minuto de silêncio por todos os bebés assassinados. Um palco montado no fundo da praça, com ecrãs gigantes, era agora o centro das atenções. Por ele desfilaram muitas pessoas, famílias, médicos, políticos, mulheres, pais, e uma jovem de 16 anos. A música, de muita qualidade, intercalava as intervenções, houve um requiem em memória de todas as crianças mortas no seio das mães. Chamou-me a atenção três intervenções. A primeira da presidente da associação de médicos obstetras, que não perdeu a oportunidade para lembrar o erro que é o programa de educação sexual nas escolas, e de dizer como a lei do aborto está fundamentada sobre mentiras, a maior das quais é a negação do início da vida no momento da fecundação: “todos os que aqui estamos, um dia, fomos uma célula”.
Chamava também a atenção para as consequências físicas e psicológicas do aborto nas mulheres e, falando como mãe, defendia o valor social da maternidade. Outra intervenção bastante aplaudida foi a de um político, alcaide de Sevilha, que se apresentava como de Esquerda, e por ser de Esquerda lutava contra o aborto; não se poupou a denunciar a atitude de Zapatero como hipócrita, mas sublinhava, coisa para mim surpreendente, que nenhum partido com assento parlamentar tinha no seu programa uma oposição clara ao aborto. Nesta altura alguém comentava atrás de mim que só restava votar em branco. Houve ainda uma intervenção de uma rapariga de dezasseis anos, idade mínima para abortar até às 14 semanas sem que seja necessária a autorização dos pais. Foi a que mais me impressionou. Dizia com evidência que eram elas, as raparigas jovens e adolescentes, as visadas por aquela lei que as queria tratar como material sexual, propondo uma sexualidade vazia de afecto e responsabilidade, ao dispor dos rapazes.
A presença da igreja foi discreta, quase ausente. Um ou outro véu de religiosa e só vi um colarinho eclesiástico. Mas a igreja estava presente no movimento dos leigos. O núncio apostólico tinha-se manifestado por escrito inteiramente a favor da acção. E a bênção de Deus foi também implorada por quem falou. Marcou-se o ponto: não se tem de ser católico para defender a vida, mas todo o católico a defende.
Perante a multidão imensa que estava na rua, ouvia uma senhora comentar que o mais certo seria os meios de comunicação não darem notícia. Embora um helicóptero de uma televisão tenha sobrevoado a manifestação, foram poucos os jornais diários a darem cobertura ao acontecimento. E os números variam entre os oficiais 10 000 e os dos organizadores 600 000. a grande noticia nacional é a vitória sofrida do Real Madrid.
Alguém dizia da tribuna, que isto não era mais que um grão de areia na luta por uma civilização justa. Esperemos que seja um grão de areia que estorve e emperre a máquina que está montada para abolir o homem.
Isto foi o que eu vi e ouvi, porque estive lá, com orgulho o digo, com emoção o vivi, com pena o digo, porque seria preferível outra sociedade onde não houvesse este tipo de sentença de morte.
(Agradecimento: ‘Infovitae’)
S. Josemaría nesta data em 1933
Escreve treze anotações nos seus Apontamentos que mais tarde se publicarão como pontos de Caminho. Numa delas diz: “Os filhos... como procuram comportar-se dignamente quando estão diante de seus pais! E os filhos dos Reis, diante de seu pai El-Rei, como procuram guardar a dignidade da realeza! E tu... não sabes que estás sempre diante do Grande Rei, teu Pai-Deus?”
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Alterações climáticas: A vingança dos cépticos
A nova atitude, menos ingénua, na opinião pública, é uma oportunidade para que se imponha moderação na informação sobre o aquecimento da Terra
O tom do debate público acerca das alterações climáticas mudou nitidamente desde que se trouxe à luz a troca de e-mails entre cientistas, guardados na Climate Research Unit (CRU) da Universidade de East Anglia. Vários participantes são luminárias da climatologia, em cujos estudos se baseia uma boa parte das conclusões comummente aceites acerca do aquecimento da Terra, sua origem humana e suas consequências futuras. Mas, algumas mensagens pareciam ocultar dados desfavoráveis e disfarçar cálculos para não dar armas ao "inimigo", os "cépticos do clima", descritos, às vezes, em termos pouco correctos.
Dantes, os especialistas partidários da tese de que o clima está a mudar por efeito da actividade humana - e portanto é necessário consumir menos combustíveis fósseis - tinham todo o crédito, à excepção de uma minoria recalcitrante. Agora, levantado o véu com o roubo e difusão das mensagens (operação, só por si, imoral), foram baixados do pedestal e postos sob suspeita.
Acusações
Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), acaba de ser acusado de conflito de interesses, pelo seu trabalho de assessor para empresas relacionadas com a energia. Ele pessoalmente não é remunerado por essa função no IPCC, mas é pago o Energy and Resources Institute, que fundou e preside, e do qual recebe um salário. Em sua defesa, Pachauri alega que as suas funções no IPCC lhe exigem difundir no sector os estudos do Painel. Os seus críticos sustentam que deveria ter actividade exclusiva e remuneração a cargo da ONU.
Também foram denunciadas duas falsidades no último relatório do IPCC, Climate Change 2007 (publicada em 2008). Uma, o facto de se ter apoiado num estudo que apreciava um aumento das perdas económicas por causa de fenómenos meteorológicos extremos; mas isso era uma conclusão preliminar, que depois os autores não a mantiveram. Outra, é ter subscrito uma previsão, tomada de fonte não académica, de que os glaciares do Himalaia terão desaparecido em 2035. O IPCC reconheceu um erro seu no segundo caso mas, quanto ao primeiro, contrapõe que o relatório não refere o que se lhe atribui.
É curioso que essas revelações em torno do IPCC tenham aparecido agora e, uma a seguir à outra, em menos de um mês, pois nenhuma se refere a assuntos recentes.
Pachauri está à frente do IPCC desde o seu início (2002) e, quando foi nomeado, já estava há vinte anos a trabalhar no seu Instituto. O livro, onde se encontrou a rectificação dos cálculos de perdas económicas, está no mercado há mais de um ano. O erro sobre o Himalaia foi detectado por Georg Kaser, um glaciólogo de Innsbruk, antes de se publicar a informação do IPCC; mas as suas advertências não foram escutadas porque não as enviou pelas vias competentes. Por um lado, as suspeitas levaram alguns a remexer à procura de "roupa suja"; por outro, parece que, antes do caso do e-mail na CRU, ninguém se tenha incomodado em fazer verificações.
Já não é assim. A Universidade de East Anglia empreendeu uma investigação para determinar se realmente os documentos extraídos revelam desvios ou outras más práticas, e encarregou a Royal Society de uma revisão independente dos trabalhos publicados pelos membros da CRU.
Outro dos principais implicados no mesmo caso, o norte-americano Michael Mann, foi investigado e absolvido de manipulação e encobrimento de informação por um comité de ética da sua universidade, a Estatal de Pensilvânia, se bem que um segundo comité o examinará por outra acusação menor: se, pela sua actuação imprudente, causou desprestígio à ciência das alterações climáticas.
As alterações climáticas na opinião pública
De qualquer forma, como vários cientistas se pronunciaram contra as acusações dos cépticos, nem os poucos erros comprovados nem as faltas de ética denunciadas, se na verdade houve alguma, invalidam o consenso maioritário dos especialistas sobre as alterações climáticas, suas causas e previsíveis consequências, reunido na informação do IPCC. No plano científico, tudo continua como dantes.
O que mudou foi o clima. Parece haver em tudo isto uma espécie de vingança dos cépticos, mas também a atitude do público, que dantes não lhes costumava conceder tanto crédito, já é outra. Segundo uma sondagem de Populus, publicada a 7 de Fevereiro, depois do affaire East Anglia, os eleitores britânicos, de acordo com a tese de que se está produzindo uma mudança climática causada pela actividade humana, passaram dos 41% para 26%; os que não acreditam na mudança climática quase já os igualam, pois subiram de 15% para 25%.
Com efeito, não influiu somente a difusão das mensagens roubadas de East Anglia. Um mês antes, uma sondagem do Pew Reasearch Center, nos Estados Unidos, mostrava a seguinte evolução da opinião das pessoas sobre as alterações climáticas, entre Abril de 2008 e Outubro de 2009: a convicção de que existem provas firmes do aquecimento da Terra baixou de 71% para 57%; a de que as temperaturas sobem por causas humanas, de 47% para 36%. No Eurobarómetro publicado em Setembro último, os cidadãos da UE, para quem as alterações climáticas eram o problema mundial mais grave, tinham baixado para 50%, quando estavam nos 62%, um ano antes. Na Austrália, uma averiguação do Lowy Institute revelou, em Julho, que os eleitores dispostos a aceitar "custos significativos" para travar a mudança climática já não passam de 48%, quando em 2006 eram de 68%.
A crise económica tem influência nesta mudança de perspectiva. Mas, provavelmente, também houve uma reacção contra o prolongado matraquear a que foi submetida a opinião pública com afirmações contundentes acerca das alterações climáticas, previsões apocalípticas sobre as suas consequências e receitas radicais para a deter. A partir de 2050, haverá anualmente mais 365.000 mortes por efeito do calor, publicou o IPCC; no século XXI, o nível dos mares subirá 6,1 metros, advertia Al Gore. Foi uma contínua avalanche de números redondos e de juízos sumários, enquanto precauções e atenuantes ficavam sepultadas na letra pequena das informações e dos estudos, não fossem deitar achas na fogueira aos cépticos ou debilitar a adesão do povo simples a esta causa. Assim, os que não subscreviam as certezas proclamadas, chegaram a ser comparados aos que negam o Holocausto.
Regresso da honestidade
Agora, pelo contrário, começa-se a ouvir que a ciência não é infalível, que nela é normal propor e anular hipóteses, com uma modéstia herdada de Popper que dantes não era normal nesta matéria. Num artigo para El País (4-02-2010), o especialista espanhol Cayetano López (Centro de Investigaciones Energéticas, Medioambientales y Tecnológicas), salienta que os dados comprovados acerca das alterações climáticas (evolução da temperatura, da concentração de CO2, dos ciclos vegetativos das plantas, dos glaciares, etc.) continuam válidos. Pelo contrário, acrescenta "as previsões sobre o tempo em que se atingirá determinada temperatura, ou em que se derreterá determinada massa de gelo, ou as inundações ou secas nesta ou naquela região, são discutíveis e estão sujeitas à incerteza própria de um sistema tão complexo como o clima". Portanto, "enganam-se aqueles que insistem em previsões concretas a 50 ou 100 anos de distância, certamente para dar maior ênfase aos perigos potenciais das alterações climáticas, porque não é provável que as mesmas sejam exactas".
Como essa ênfase tem sido tão frequente, hoje em dia, quando as pessoas descobriram que "o rei vai nu", corre-se o risco de atribuir também às observações a incerteza que têm as previsões. Neste inverno boreal, mais agreste que de costume, os cépticos invocam o frio e a copiosa neve como argumento contra as alterações climáticas. Os cientistas contestam que um inverno glacial ou um verão tórrido nada demonstram, nem a favor nem contra, da mudança climática, que é uma tendência de décadas ou melhor, de séculos. Assim é. Mas em Uma verdade inconveniente, Al Gore salienta a extraordinária onda de calor na Europa, no verão de 2003, como sinal de que a Terra está a aquecer e, quantos se adiantaram a desmenti-lo, à excepção dos cépticos? Como na história de Pedro e o Lobo, os que durante anos não quiseram dar contributos, matizando a opinião pública, são os menos indicados para a convencer a partir de agora.
A actual onda de cepticismo pode ser uma boa correcção dos exageros passados, se não se vier a cair no pólo oposto. É preciso transformar a vingança dos cépticos no triunfo da moderação.
Rafael Serrano
Aceprensa
O tom do debate público acerca das alterações climáticas mudou nitidamente desde que se trouxe à luz a troca de e-mails entre cientistas, guardados na Climate Research Unit (CRU) da Universidade de East Anglia. Vários participantes são luminárias da climatologia, em cujos estudos se baseia uma boa parte das conclusões comummente aceites acerca do aquecimento da Terra, sua origem humana e suas consequências futuras. Mas, algumas mensagens pareciam ocultar dados desfavoráveis e disfarçar cálculos para não dar armas ao "inimigo", os "cépticos do clima", descritos, às vezes, em termos pouco correctos.
Dantes, os especialistas partidários da tese de que o clima está a mudar por efeito da actividade humana - e portanto é necessário consumir menos combustíveis fósseis - tinham todo o crédito, à excepção de uma minoria recalcitrante. Agora, levantado o véu com o roubo e difusão das mensagens (operação, só por si, imoral), foram baixados do pedestal e postos sob suspeita.
Acusações
Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), acaba de ser acusado de conflito de interesses, pelo seu trabalho de assessor para empresas relacionadas com a energia. Ele pessoalmente não é remunerado por essa função no IPCC, mas é pago o Energy and Resources Institute, que fundou e preside, e do qual recebe um salário. Em sua defesa, Pachauri alega que as suas funções no IPCC lhe exigem difundir no sector os estudos do Painel. Os seus críticos sustentam que deveria ter actividade exclusiva e remuneração a cargo da ONU.
Também foram denunciadas duas falsidades no último relatório do IPCC, Climate Change 2007 (publicada em 2008). Uma, o facto de se ter apoiado num estudo que apreciava um aumento das perdas económicas por causa de fenómenos meteorológicos extremos; mas isso era uma conclusão preliminar, que depois os autores não a mantiveram. Outra, é ter subscrito uma previsão, tomada de fonte não académica, de que os glaciares do Himalaia terão desaparecido em 2035. O IPCC reconheceu um erro seu no segundo caso mas, quanto ao primeiro, contrapõe que o relatório não refere o que se lhe atribui.
É curioso que essas revelações em torno do IPCC tenham aparecido agora e, uma a seguir à outra, em menos de um mês, pois nenhuma se refere a assuntos recentes.
Pachauri está à frente do IPCC desde o seu início (2002) e, quando foi nomeado, já estava há vinte anos a trabalhar no seu Instituto. O livro, onde se encontrou a rectificação dos cálculos de perdas económicas, está no mercado há mais de um ano. O erro sobre o Himalaia foi detectado por Georg Kaser, um glaciólogo de Innsbruk, antes de se publicar a informação do IPCC; mas as suas advertências não foram escutadas porque não as enviou pelas vias competentes. Por um lado, as suspeitas levaram alguns a remexer à procura de "roupa suja"; por outro, parece que, antes do caso do e-mail na CRU, ninguém se tenha incomodado em fazer verificações.
Já não é assim. A Universidade de East Anglia empreendeu uma investigação para determinar se realmente os documentos extraídos revelam desvios ou outras más práticas, e encarregou a Royal Society de uma revisão independente dos trabalhos publicados pelos membros da CRU.
Outro dos principais implicados no mesmo caso, o norte-americano Michael Mann, foi investigado e absolvido de manipulação e encobrimento de informação por um comité de ética da sua universidade, a Estatal de Pensilvânia, se bem que um segundo comité o examinará por outra acusação menor: se, pela sua actuação imprudente, causou desprestígio à ciência das alterações climáticas.
As alterações climáticas na opinião pública
De qualquer forma, como vários cientistas se pronunciaram contra as acusações dos cépticos, nem os poucos erros comprovados nem as faltas de ética denunciadas, se na verdade houve alguma, invalidam o consenso maioritário dos especialistas sobre as alterações climáticas, suas causas e previsíveis consequências, reunido na informação do IPCC. No plano científico, tudo continua como dantes.
O que mudou foi o clima. Parece haver em tudo isto uma espécie de vingança dos cépticos, mas também a atitude do público, que dantes não lhes costumava conceder tanto crédito, já é outra. Segundo uma sondagem de Populus, publicada a 7 de Fevereiro, depois do affaire East Anglia, os eleitores britânicos, de acordo com a tese de que se está produzindo uma mudança climática causada pela actividade humana, passaram dos 41% para 26%; os que não acreditam na mudança climática quase já os igualam, pois subiram de 15% para 25%.
Com efeito, não influiu somente a difusão das mensagens roubadas de East Anglia. Um mês antes, uma sondagem do Pew Reasearch Center, nos Estados Unidos, mostrava a seguinte evolução da opinião das pessoas sobre as alterações climáticas, entre Abril de 2008 e Outubro de 2009: a convicção de que existem provas firmes do aquecimento da Terra baixou de 71% para 57%; a de que as temperaturas sobem por causas humanas, de 47% para 36%. No Eurobarómetro publicado em Setembro último, os cidadãos da UE, para quem as alterações climáticas eram o problema mundial mais grave, tinham baixado para 50%, quando estavam nos 62%, um ano antes. Na Austrália, uma averiguação do Lowy Institute revelou, em Julho, que os eleitores dispostos a aceitar "custos significativos" para travar a mudança climática já não passam de 48%, quando em 2006 eram de 68%.
A crise económica tem influência nesta mudança de perspectiva. Mas, provavelmente, também houve uma reacção contra o prolongado matraquear a que foi submetida a opinião pública com afirmações contundentes acerca das alterações climáticas, previsões apocalípticas sobre as suas consequências e receitas radicais para a deter. A partir de 2050, haverá anualmente mais 365.000 mortes por efeito do calor, publicou o IPCC; no século XXI, o nível dos mares subirá 6,1 metros, advertia Al Gore. Foi uma contínua avalanche de números redondos e de juízos sumários, enquanto precauções e atenuantes ficavam sepultadas na letra pequena das informações e dos estudos, não fossem deitar achas na fogueira aos cépticos ou debilitar a adesão do povo simples a esta causa. Assim, os que não subscreviam as certezas proclamadas, chegaram a ser comparados aos que negam o Holocausto.
Regresso da honestidade
Agora, pelo contrário, começa-se a ouvir que a ciência não é infalível, que nela é normal propor e anular hipóteses, com uma modéstia herdada de Popper que dantes não era normal nesta matéria. Num artigo para El País (4-02-2010), o especialista espanhol Cayetano López (Centro de Investigaciones Energéticas, Medioambientales y Tecnológicas), salienta que os dados comprovados acerca das alterações climáticas (evolução da temperatura, da concentração de CO2, dos ciclos vegetativos das plantas, dos glaciares, etc.) continuam válidos. Pelo contrário, acrescenta "as previsões sobre o tempo em que se atingirá determinada temperatura, ou em que se derreterá determinada massa de gelo, ou as inundações ou secas nesta ou naquela região, são discutíveis e estão sujeitas à incerteza própria de um sistema tão complexo como o clima". Portanto, "enganam-se aqueles que insistem em previsões concretas a 50 ou 100 anos de distância, certamente para dar maior ênfase aos perigos potenciais das alterações climáticas, porque não é provável que as mesmas sejam exactas".
Como essa ênfase tem sido tão frequente, hoje em dia, quando as pessoas descobriram que "o rei vai nu", corre-se o risco de atribuir também às observações a incerteza que têm as previsões. Neste inverno boreal, mais agreste que de costume, os cépticos invocam o frio e a copiosa neve como argumento contra as alterações climáticas. Os cientistas contestam que um inverno glacial ou um verão tórrido nada demonstram, nem a favor nem contra, da mudança climática, que é uma tendência de décadas ou melhor, de séculos. Assim é. Mas em Uma verdade inconveniente, Al Gore salienta a extraordinária onda de calor na Europa, no verão de 2003, como sinal de que a Terra está a aquecer e, quantos se adiantaram a desmenti-lo, à excepção dos cépticos? Como na história de Pedro e o Lobo, os que durante anos não quiseram dar contributos, matizando a opinião pública, são os menos indicados para a convencer a partir de agora.
A actual onda de cepticismo pode ser uma boa correcção dos exageros passados, se não se vier a cair no pólo oposto. É preciso transformar a vingança dos cépticos no triunfo da moderação.
Rafael Serrano
Aceprensa
Temas para reflexão
Tema: Perdão de Deus
Jesus veio para perdoar. Ele é o Redentor, o Reconciliador. E não perdoa só uma vez; nem perdoa à humanidade abstracta, no seu conjunto. Perdoa-nos a cada um de nós, tantas vezes quantas, arrependidos, nos aproximamos d’Ele (...). Perdoa-nos e regenera-nos: abre-nos de novo as portas da graça, para que possamos – esperançadamente – prosseguir o nosso caminho. (G. REDONDO, Razón de la esperanza, EUNSA, Pamplona 1977, pg. 80)
Doutrina: Vida humana (Evangelium Vitae 10)
Reivindicar o direito ao aborto, ao infanticídio, à eutanásia, e reconhecê-lo legalmente, equivale a atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é a morte da verdadeira liberdade: "Em verdade, em verdade vos digo: todo aquele que comete o pecado é escravo do pecado" (Jo 8, 34). (JOÃO PAULO II, Evangelium vitae, 20 d)
Agradecimento: António Mexia Alves
Jesus veio para perdoar. Ele é o Redentor, o Reconciliador. E não perdoa só uma vez; nem perdoa à humanidade abstracta, no seu conjunto. Perdoa-nos a cada um de nós, tantas vezes quantas, arrependidos, nos aproximamos d’Ele (...). Perdoa-nos e regenera-nos: abre-nos de novo as portas da graça, para que possamos – esperançadamente – prosseguir o nosso caminho. (G. REDONDO, Razón de la esperanza, EUNSA, Pamplona 1977, pg. 80)
Doutrina: Vida humana (Evangelium Vitae 10)
Reivindicar o direito ao aborto, ao infanticídio, à eutanásia, e reconhecê-lo legalmente, equivale a atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é a morte da verdadeira liberdade: "Em verdade, em verdade vos digo: todo aquele que comete o pecado é escravo do pecado" (Jo 8, 34). (JOÃO PAULO II, Evangelium vitae, 20 d)
Agradecimento: António Mexia Alves
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São João Crisóstomo (v. 345-407), presbítero em Antioquia e em seguida Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre São Mateus, n° 61 (a partir da trad. Véricel, L'Evangile commenté, p.214)
«Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido» (Mt 6, 12)
Cristo pede-nos duas coisas: que condenemos os nossos pecados e perdoemos os dos outros, e que façamos a primeira coisa por causa da segunda, que será então mais fácil, pois aquele que pensa nos seus pecados será menos severo para com o seu companheiro de miséria. E perdoar não apenas por palavras mas «do fundo do coração», para que não se vire contra nós o ferro com que cremos trespassar os outros. Que mal te pode fazer o teu inimigo, que se possa comparar com aquele que fazes a ti próprio? [...] Se te deixas levar pela indignação e pela cólera, serás ferido, não pela injúria que ele te fez, mas pelo ressentimento com que ficas.
Não digas: «Ele ultrajou-me, ele caluniou-me, ele causou-me inúmeros males.» Quanto mais disseres que ele te fez mal, mais demonstras que ele te fez bem, pois deu-te oportunidade de te purificares dos teus pecados. Deste modo, quando mais ele te ofende, mais hipóteses te dá de obteres de Deus o perdão dos teus pecados. Porque, se quisermos, ninguém poderá prejudicar-nos; até os nossos inimigos nos prestam um grande serviço. [...] Reflecte portanto nas vantagens que obténs de uma injúria suportada com humildade e doçura.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Homilias sobre São Mateus, n° 61 (a partir da trad. Véricel, L'Evangile commenté, p.214)
«Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido» (Mt 6, 12)
Cristo pede-nos duas coisas: que condenemos os nossos pecados e perdoemos os dos outros, e que façamos a primeira coisa por causa da segunda, que será então mais fácil, pois aquele que pensa nos seus pecados será menos severo para com o seu companheiro de miséria. E perdoar não apenas por palavras mas «do fundo do coração», para que não se vire contra nós o ferro com que cremos trespassar os outros. Que mal te pode fazer o teu inimigo, que se possa comparar com aquele que fazes a ti próprio? [...] Se te deixas levar pela indignação e pela cólera, serás ferido, não pela injúria que ele te fez, mas pelo ressentimento com que ficas.
Não digas: «Ele ultrajou-me, ele caluniou-me, ele causou-me inúmeros males.» Quanto mais disseres que ele te fez mal, mais demonstras que ele te fez bem, pois deu-te oportunidade de te purificares dos teus pecados. Deste modo, quando mais ele te ofende, mais hipóteses te dá de obteres de Deus o perdão dos teus pecados. Porque, se quisermos, ninguém poderá prejudicar-nos; até os nossos inimigos nos prestam um grande serviço. [...] Reflecte portanto nas vantagens que obténs de uma injúria suportada com humildade e doçura.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 9 de Março de 2010
São Mateus 18,21-35
Então, Pedro aproximou-se e perguntou-lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?»
Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos.
Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.
Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os filhos e todos os seus bens, a fim de pagar a dívida.
O servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: 'Concede-me um prazo e tudo te pagarei.’
Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: 'Paga o que me deves!’
O seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: 'Concede-me um prazo que eu te pagarei.’
Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia.
Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram contá-lo ao seu senhor.
O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: 'Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo suplicaste;
não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?’
E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia.
Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração.»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Então, Pedro aproximou-se e perguntou-lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?»
Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos.
Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.
Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os filhos e todos os seus bens, a fim de pagar a dívida.
O servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: 'Concede-me um prazo e tudo te pagarei.’
Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: 'Paga o que me deves!’
O seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: 'Concede-me um prazo que eu te pagarei.’
Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia.
Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram contá-lo ao seu senhor.
O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: 'Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo suplicaste;
não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?’
E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia.
Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração.»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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