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domingo, 29 de novembro de 2009
Angelus - Recordando o Dia Mundial contra a SIDA manifestou a proximidade da Igreja em relação às pessoas atingidas por esta doença
Vídeos em espanhol
Dirigindo-se aos milhares de pessoas congregadas ao meio dia na Praça de São Pedro Bento XVI começou por se referir ao inicio neste domingo do novo ano litúrgico que se abre com o Advento, tempo de preparação para o Natal do Senhor. E a este propósito citou uma passagem da constituição conciliar sobre a liturgia, lá onde afirma que a Igreja distribui todo o mistério de Cristo pelo correr do ano, da Incarnação e Nascimento à Ascensão, ao Pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da vinda do Senhor.
Com esta recordação dos mistérios da Redenção, a Igreja oferece aos fiéis as riquezas das obras e merecimentos do seu Senhor, a ponto de os tornar como que presentes a todo o tempo, para que os fiéis, em contacto com eles, se encham de graça.
Esta é a realidade do Ano litúrgico vista por assim dizer da parte de Deus. E da parte, digamos assim, do homem, da história e da sociedade, perguntou Bento XVI, acrescentando que a resposta é sugerida precisamente pelo caminho do Advento que hoje empreendemos.
“O mundo contemporâneo – salientou o Santo Padre - precisa sobretudo de esperança: precisam os povos em vias de desenvolvimento, mas também aqueles economicamente evoluídos. Cada vez mais nos damos conta de que nos encontramos no mesmo barco e devemos salvar - nos juntos. Sobretudo – acrescentou - damo-nos conta, vendo que caiem tantas falsas seguranças, que precisamos de uma esperança fiável e esta encontra-se somente em Cristo, o qual, como diz a Carta aos Hebreus “é sempre o mesmo ontem e hoje e por toda a eternidade. O Senhor Jesus veio no passado, vem no presente e virá no futuro. Ele abraça todas as dimensões do tempo, porque morreu e ressuscitou, está vivo…. Quem quer que anele á liberdade, á justiça, á paz, pode levantar-se, erguer a cabeça, porque em Cristo a libertação está próxima.
Depois da recitação do Angelus, Bento XVI recordou que no próximo dia 1 de Dezembro ocorre o dia mundial contra a SIDA/AIDS.
“O meu pensamento e a minha oração vão a cada pessoa atingida por esta doença, em particular ás crianças, aos mais pobres e a quantos são recusados. A Igreja não cessa de envidar esforços na luta contra a SIDA/AIDS, através das suas instituições e das pessoas a isso dedicadas.
Exorto a todos a darem o próprio contributo com a oração e a atenção concreta, para que quantos se encontram afectados pelo vírus VIH/HIV experimentem a presença do Senhor que dá conforto e esperança. Faço votos, que, multiplicando e coordenando os esforços, se chegue a deter e debelar esta doença”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Advento, tempo de alegria interiorizada. Deus vem. Ele está presente: Bento XVI na homilia de I Vésperas do I Domingo deste tempo litúrgico
Vídeo em espanhol
Esta tarde, na Basílica de São Pedro Bento XVI presidiu a celebração das primeiras Vésperas do I Domingo do Advento.
A homilia do Papa concentrou-se no sentido da palavra “vinda” (em latim, “adventus”), contida no Leitura breve proclamada, extraída da I Carta aos Tessalonicenses, em que o apóstolo Paulo nos convida a preparar a “vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Classificando o Advento como “tempo da presença e da expectativa do eterno”, Bento XVI observou que precisamente por isso é, de modo especial, tempo de alegria, de uma alegria interiorizada.
Partindo, como dizíamos, da palavra Advento (em latim “adventus”), que se pode traduzir por “presença”, “chegada”, “vinda”, o Papa fez notar que no mundo antigo, era o termo técnico para indicar a chegada de um funcionário, ou a visita de um rei ou imperador. Podia indicar também a vinda de uma divindade, que sai do escondimento para manifestar a sua potência, ou que é celebrada no culto. Usando esta palavra desde o início da historia da Igreja, os cristãos queriam substancialmente dizer:
“Deus está aqui, não se retirou do mundo, não nos deixou sós. Embora não o possamos ver e tocar, como acontece com as realidades sensíveis, Ele está aqui e vem visitar-nos de múltiplos modos”.
Portanto, prosseguiu Bento XVI, nesta breve homilia, a expressão “advento” inclui também a ideia de “visita”, visita de Deus. Deus entra na minha vida e quer dirigir-se a mim. Por outro lado, todos fazemos, dia a dia, a experiência de ter pouco tempo para o Senhor, e pouco tempo para nós. Tantas vezes andamos dominados, possuídos, pelas actividades, pelo “fazer”.
“O Advento, este tempo litúrgico forte, que estamos a iniciar, convida-nos a determo-nos em silêncio para sentir uma presença. É um convite a compreender que cada um dos acontecimentos da jornada são acenos que Deus nos dirige, sinais da atenção que Ele tem por cada um de nós. Quantas vezes Deus nos deixa transparecer qualquer coisa do seu amor!. Manter um “diário interior” (digamos assim) deste amor, seria uma tarefa bela e salutar para a nossa vida!”
Outro elemento fundamental do Advento – observou ainda o Papa – é a espera, expectativa, que é ao mesmo tempo ‘esperança’. O Advento estimula-nos a captar o sentido do tempo e da história como ‘kairós’, como ocasião favorável para a nossa salvação. “O homem, na sua vida, está permanentemente em expectativa, à espera: quando é criança, quer crescer; como adulto, tende à realização e ao sucesso; avançando na idade, aspira a um merecido repouso. Mas chega um momento em que descobre que esperou demasiado pouco de si mesmo; para além da profissão e da posição social, nada lhe resta para esperar”.
“A esperança marca o caminho da humanidade. Mas, para os cristãos, a esperança encontra-se animada por uma certeza: que o Senhor está presente no fluir da nossa vida, Ele acompanha-nos e um dia enxugará as nossas lágrimas. Um dia, não muito distante, tudo encontrará o seu cumprimento, no Reino de Deus, Reino de justiça e de paz”.
Assim, para o cristão, o tempo é dotado de sentido, em cada instante advertimos qualquer coisa de específico e de válido. E a alegria da expectativa torna o presente mais precioso – observou Bento XVI, que convidou os fiéis a “viver intensamente o presente”, com os dons do Senhor que comporta, “projectados para o futuro, um futuro denso de esperança”.
“Se Jesus está presente, já não existe qualquer momento privado de sentido, ou vazio. Se Ele está presente, podemos continuar a esperar mesmo quando os outros já não são capazes de nos ajudar, mesmo quando o presente se torna difícil, árduo.
“O Advento – concluiu Bento XVI – é o tempo da presença e da expectativa do eterno. Precisamente por esta razão é, de modo particular, o tempo da alegria, de uma alegria interiorizada, que nenhum sofrimento pode cancelar. A alegria pelo facto de que Deus se fez menino. É esta alegria, invisivelmente presente em nós, que nos encoraja a caminhar confiantes”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
CIDADANIA - "Supremo e PGR não cumprem artigo da Constituição" - Diogo Freitas do Amaral em entrevista ao Diário de Notícias de Lisboa
Há até um piscar de olhos de ambos à "sua" comunicação social?
Exactamente. Quer o presidente do Supremo, quer o procurador-geral da República não cumpriram, até hoje, um preceito constitucional que tem muita importância: o artigo 48.º da Constituição. É chamado "Participação na Vida Pública" e, no qual, depois de se dizer no n.º 1 "Todos os cidadãos têm o direito de tomar parte na vida pública", o n.º 2 acrescenta: "Todos os cidadãos têm o direito de ser esclarecidos objectivamente sobre os actos do Estado e de mais entidades públicas." Ora, esta situação não foi cumprida pelas duas mais altas instâncias do sistema de justiça. Ainda vão a tempo de dar explicação cabal à opinião pública sobre o que fizeram e porque fizeram sem terem de violar o segredo de justiça. Podem perfeitamente explicar tudo o que não implique violar o segredo de justiça.
Verifica-se a anulação dos seus poderes e do que devem fazer ou há um braço-de-ferro entre eles?
Não creio que haja um braço-de-ferro entre ambos; até tem havido uma colaboração muito eficaz porque da Procuradoria mandam-se certidões para o Supremo, do Supremo mandam-se despachos para a Procuradoria, depois voltam a mandar para lá e para cá, mas demoram semanas nisto. Há aqui um claro vaivém institucional que se arrisca, se não for dado um esclarecimento cabal à opinião pública, a que amanhã as mais altas instâncias da justiça possam ser acusadas por alguém de estar a meter a verdade na gaveta.
(Fonte: DN online, excertos entrevista publicada AQUI)
Exactamente. Quer o presidente do Supremo, quer o procurador-geral da República não cumpriram, até hoje, um preceito constitucional que tem muita importância: o artigo 48.º da Constituição. É chamado "Participação na Vida Pública" e, no qual, depois de se dizer no n.º 1 "Todos os cidadãos têm o direito de tomar parte na vida pública", o n.º 2 acrescenta: "Todos os cidadãos têm o direito de ser esclarecidos objectivamente sobre os actos do Estado e de mais entidades públicas." Ora, esta situação não foi cumprida pelas duas mais altas instâncias do sistema de justiça. Ainda vão a tempo de dar explicação cabal à opinião pública sobre o que fizeram e porque fizeram sem terem de violar o segredo de justiça. Podem perfeitamente explicar tudo o que não implique violar o segredo de justiça.
Verifica-se a anulação dos seus poderes e do que devem fazer ou há um braço-de-ferro entre eles?
Não creio que haja um braço-de-ferro entre ambos; até tem havido uma colaboração muito eficaz porque da Procuradoria mandam-se certidões para o Supremo, do Supremo mandam-se despachos para a Procuradoria, depois voltam a mandar para lá e para cá, mas demoram semanas nisto. Há aqui um claro vaivém institucional que se arrisca, se não for dado um esclarecimento cabal à opinião pública, a que amanhã as mais altas instâncias da justiça possam ser acusadas por alguém de estar a meter a verdade na gaveta.
(Fonte: DN online, excertos entrevista publicada AQUI)
Solidariedade - apoiemos as crianças que precisam
“A Fundação do Gil trabalha na reinserção social das crianças que estão indevidamente nos hospitais por tempo prolongado. Apoiamos os hospitais no desbloquear e encaminhar dos processos destas crianças, que se eternizam nos hospitais – que não têm uma vocação social mas sim curativa!
Desde 2004 que levamos o Dia do Gil, trabalho emocional com as crianças internadas através do Conto e da Musica, neste momento a 28 hospitais por todo continente e ilhas, todas as semanas: são cerca de 10 mil crianças por ano!
Desde 2006 que a Unidade Móvel de Apoio ao Domicilio, UMAD, percorre a Grande Lisboa (de Peniche a Évora…) depois de ter retirado das camas do Hospital de Santa Maria crianças com doenças crónicas, reinserindo-as em suas casas. Com as equipas técnicas hospitalares, visitamos tantas vezes quantas necessárias as crianças, mantendo-as em casa, com a família, e criando condições para que isso aconteça. Em 2009 iniciámos UMAD com o Hospital D Estefânia e o Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), e em 2010 chegaremos ao Pediátrico de Coimbra e aos S João e IPO do Porto. Fechamos este ano com 1000, mil crianças visitadas.
Em Julho de 2006 abrimos a Casa do Gil, por onde passaram já mais de 60 crianças em 3 anos, o único centro de acolhimento nacional com cuidados pós hospitalares de saúde (enfermagem 24 sobre 24 horas) , que trabalha no terreno para recuperar a vidas destas crianças;
Em 2008 iniciámos o projecto Futuro em Casa, que criou redes sociais nos PALOP para apostar na reinserção da crianças no seu país de origem, e no acelerar de processos de evacuação por doença, para Portugal ao abrigo dos acordos de saúde, para cá serem tratadas.
Temos tudo por onde crescer, e tudo para sustentar. E acreditamos que juntos, fazemos a diferença.”
Ajude e faça a sua reserva pelo telefone 21 355 24 50.
Obrigado!
Desde 2004 que levamos o Dia do Gil, trabalho emocional com as crianças internadas através do Conto e da Musica, neste momento a 28 hospitais por todo continente e ilhas, todas as semanas: são cerca de 10 mil crianças por ano!
Desde 2006 que a Unidade Móvel de Apoio ao Domicilio, UMAD, percorre a Grande Lisboa (de Peniche a Évora…) depois de ter retirado das camas do Hospital de Santa Maria crianças com doenças crónicas, reinserindo-as em suas casas. Com as equipas técnicas hospitalares, visitamos tantas vezes quantas necessárias as crianças, mantendo-as em casa, com a família, e criando condições para que isso aconteça. Em 2009 iniciámos UMAD com o Hospital D Estefânia e o Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), e em 2010 chegaremos ao Pediátrico de Coimbra e aos S João e IPO do Porto. Fechamos este ano com 1000, mil crianças visitadas.
Em Julho de 2006 abrimos a Casa do Gil, por onde passaram já mais de 60 crianças em 3 anos, o único centro de acolhimento nacional com cuidados pós hospitalares de saúde (enfermagem 24 sobre 24 horas) , que trabalha no terreno para recuperar a vidas destas crianças;
Em 2008 iniciámos o projecto Futuro em Casa, que criou redes sociais nos PALOP para apostar na reinserção da crianças no seu país de origem, e no acelerar de processos de evacuação por doença, para Portugal ao abrigo dos acordos de saúde, para cá serem tratadas.
Temos tudo por onde crescer, e tudo para sustentar. E acreditamos que juntos, fazemos a diferença.”
Ajude e faça a sua reserva pelo telefone 21 355 24 50.
Obrigado!
Adoptar medidas imediatas para prevenir a morte de crianças com VIH/HIV nos países pobres
Em vista do Dia Mundial de Luta contra a SIDA/AIDS, o presidente da Caritas Internacional, Cardeal D. Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, pediu que sejam adoptadas medidas imediatas para prevenir a morte de crianças com VIH/HIV nos países pobres.
Referindo-se ao tema do Dia Mundial, do próximo dia 1 de Dezembro, "Acesso universal e direitos humanos", o presidente da Caritas Internacional afirmou que é um direito humano universal que as crianças sigam o curso natural do crescimento; todavia, metade das crianças infectadas morre antes de completar dois anos devido ao acesso limitado ao tratamento adequado nos países menos desenvolvidos.
"Nenhuma mãe, nenhum pai deveria assistir com impotência à morte do seu filho. Nenhum filho deveria sofrer porque nasceu num país com alta incidência da SIDA/AIDS e com um precário sistema de saúde. O acesso universal ao tratamento não tem nada a ver com a geografia, porque é uma questão de humanidade. Refere-se à redução do sofrimento e a salvar vidas, a permitir que as crianças cresçam e se desenvolvam devidamente" – declarou o Cardeal Maradiaga.
Cerca de dois milhões de crianças, no mundo inteiro, vivem com o VIH/HIV. Quinze milhões de menores de idade perderam um ou ambos os pais devido às doenças relacionadas com a SIDA/AIDS.
Este ano, a Caritas Internacional lançou a campanha "Haart* para as crianças", a fim de exortar os governos, as empresas farmacêuticas e a comunidade internacional para que facilitem o acesso aos exames e ao tratamento das crianças com VIH/HIV e tuberculose.
A Caritas administra programas sobre VIH/HIV e SIDA/AIDS em mais de cem países, e está comprometida na luta contra a pandemia há mais de 20 anos.
* denominação do tratamento antiretroviral e procura-se jogar com a palavra 'heart' coração em inglês
(Fonte: site Radio Vaticana)
Referindo-se ao tema do Dia Mundial, do próximo dia 1 de Dezembro, "Acesso universal e direitos humanos", o presidente da Caritas Internacional afirmou que é um direito humano universal que as crianças sigam o curso natural do crescimento; todavia, metade das crianças infectadas morre antes de completar dois anos devido ao acesso limitado ao tratamento adequado nos países menos desenvolvidos.
"Nenhuma mãe, nenhum pai deveria assistir com impotência à morte do seu filho. Nenhum filho deveria sofrer porque nasceu num país com alta incidência da SIDA/AIDS e com um precário sistema de saúde. O acesso universal ao tratamento não tem nada a ver com a geografia, porque é uma questão de humanidade. Refere-se à redução do sofrimento e a salvar vidas, a permitir que as crianças cresçam e se desenvolvam devidamente" – declarou o Cardeal Maradiaga.
Cerca de dois milhões de crianças, no mundo inteiro, vivem com o VIH/HIV. Quinze milhões de menores de idade perderam um ou ambos os pais devido às doenças relacionadas com a SIDA/AIDS.
Este ano, a Caritas Internacional lançou a campanha "Haart* para as crianças", a fim de exortar os governos, as empresas farmacêuticas e a comunidade internacional para que facilitem o acesso aos exames e ao tratamento das crianças com VIH/HIV e tuberculose.
A Caritas administra programas sobre VIH/HIV e SIDA/AIDS em mais de cem países, e está comprometida na luta contra a pandemia há mais de 20 anos.
* denominação do tratamento antiretroviral e procura-se jogar com a palavra 'heart' coração em inglês
(Fonte: site Radio Vaticana)
Se milagres desejais
A minha avó materna, como quase todas as avós portuguesas daquele tempo, sempre que perdia alguma coisa rezava num murmúrio, para nós ininteligível, o Responso de Santo António, e a verdade é que, segundo garantia, encontrava sempre as coisas desaparecidas. Nós, os netos, achávamos que aquilo era uma daquelas devoções que roçava a superstição e lançávamos uns aos outros um olhar céptico quando nos vinha com aquelas histórias. Com o passar dos anos e depois de uma vida atribulada a lembrança dessa devoção avoenga foi arrojada para uma masmorra da minha memória.
Cerca de um ano depois de ter entrado para o Seminário, a meio de uma Missa no Santuário de Fátima – durante a peregrinação anual franciscana – fui convidado pela mãe de um amigo a peregrinar a Assis com a sua família. Pedida a devida autorização ao Padre Mestre, que prontamente a concedeu, inscreveram-me numa peregrinação da Ordem Franciscana Secular (também conhecida por Ordem Terceira), assistida espiritualmente por dois Sacerdotes franciscanos. Éramos, creio, que cerca de 90 pessoas, uma vez que enchíamos dois autocarros (ónibus), a maioria, tanto quanto me lembra de idade avançada e, para a minha sensibilidade, um bocado “beata”, no sentido pejorativo deste termo.
Depois de Roma, Assis e o Monte Alverne, onde S. Francisco recebeu os estigmas, rumámos para Florença. Aí pernoitámos uma ou duas noites. No momento da partida, verificou-se que faltava a mala do Jorge. Todos nos pusemos, de algum modo, à procura, perscrutando os recantos mais inverosímeis. No frenesim ansioso, suponho que chegámos mesmo a olhar para o tecto na expectativa de encontrá-la… Em vão, não deparámos com vestígio algum da bagagem e estou em crer que o próprio CSI, se já existira, teria desistido da pesquisa. Resignados, cabisbaixos, lá entrámos para os autocarros rumo a Milão que, se a memória não me atraiçoa, dista de Florença cerca de 600 quilómetros.
Quando o autocarro em que seguia se pôs em marcha, logo o Padre mais velho, o mais novo ia no outro, depois das orações habituais, disse: e agora vamos rezar o responso de Santo António para encontrar a mala do Jorge. Eu confesso, com grande rubor, que me encolhi todo no banco, envergonhado de ter entrado para a Ordem a que aquele Sacerdote pertencia e indignado pelo fomento de uma devoçãozinha bafienta e ainda para mais disparatada. Se a mala se tinha perdido em Florença e partíamos para uma cidade tão distante que sentido tinha fazer aquela oração!? E, mentalmente, fui catalogando-o com todos aqueles nomes que os “católicos adultos” usam para descredibilizar a Fé dos simples. Fiquei mesmo furioso.
Claro que durante a viagem a mala não apareceu; claro que quando chegámos a Milão nada de mala; claro que na visita à Catedral de Milão não se vislumbrou a mala; claro que no hotel onde dormimos em Milão nada de mala; claro que quando partimos para Veneza, mala nem vê-la; claro que no barco em que se navegou pelos canais de Veneza não surgiu nenhuma mala; claro que na visita à Catedral de S. Marcos, claro que na visita à Catedral de S. Marcos, claro que na visita à Catedral de S. Marcos… encontrou-se a mala do Jorge! A mala estava lá! “Se milagres desejais recorrei a Santo António…” assim começa o Responso.
Desde aquele dia, tornei-me um fã da devoção da minha avó. E não estou arrependido. Tenho-me dado muito bem. Já lá vão trinta anos.
Nuno Serras Pereira
28. 11. 2009
(Fonte: Blogue LOGOS AQUI)
Cerca de um ano depois de ter entrado para o Seminário, a meio de uma Missa no Santuário de Fátima – durante a peregrinação anual franciscana – fui convidado pela mãe de um amigo a peregrinar a Assis com a sua família. Pedida a devida autorização ao Padre Mestre, que prontamente a concedeu, inscreveram-me numa peregrinação da Ordem Franciscana Secular (também conhecida por Ordem Terceira), assistida espiritualmente por dois Sacerdotes franciscanos. Éramos, creio, que cerca de 90 pessoas, uma vez que enchíamos dois autocarros (ónibus), a maioria, tanto quanto me lembra de idade avançada e, para a minha sensibilidade, um bocado “beata”, no sentido pejorativo deste termo.
Depois de Roma, Assis e o Monte Alverne, onde S. Francisco recebeu os estigmas, rumámos para Florença. Aí pernoitámos uma ou duas noites. No momento da partida, verificou-se que faltava a mala do Jorge. Todos nos pusemos, de algum modo, à procura, perscrutando os recantos mais inverosímeis. No frenesim ansioso, suponho que chegámos mesmo a olhar para o tecto na expectativa de encontrá-la… Em vão, não deparámos com vestígio algum da bagagem e estou em crer que o próprio CSI, se já existira, teria desistido da pesquisa. Resignados, cabisbaixos, lá entrámos para os autocarros rumo a Milão que, se a memória não me atraiçoa, dista de Florença cerca de 600 quilómetros.
Quando o autocarro em que seguia se pôs em marcha, logo o Padre mais velho, o mais novo ia no outro, depois das orações habituais, disse: e agora vamos rezar o responso de Santo António para encontrar a mala do Jorge. Eu confesso, com grande rubor, que me encolhi todo no banco, envergonhado de ter entrado para a Ordem a que aquele Sacerdote pertencia e indignado pelo fomento de uma devoçãozinha bafienta e ainda para mais disparatada. Se a mala se tinha perdido em Florença e partíamos para uma cidade tão distante que sentido tinha fazer aquela oração!? E, mentalmente, fui catalogando-o com todos aqueles nomes que os “católicos adultos” usam para descredibilizar a Fé dos simples. Fiquei mesmo furioso.
Claro que durante a viagem a mala não apareceu; claro que quando chegámos a Milão nada de mala; claro que na visita à Catedral de Milão não se vislumbrou a mala; claro que no hotel onde dormimos em Milão nada de mala; claro que quando partimos para Veneza, mala nem vê-la; claro que no barco em que se navegou pelos canais de Veneza não surgiu nenhuma mala; claro que na visita à Catedral de S. Marcos, claro que na visita à Catedral de S. Marcos, claro que na visita à Catedral de S. Marcos… encontrou-se a mala do Jorge! A mala estava lá! “Se milagres desejais recorrei a Santo António…” assim começa o Responso.
Desde aquele dia, tornei-me um fã da devoção da minha avó. E não estou arrependido. Tenho-me dado muito bem. Já lá vão trinta anos.
Nuno Serras Pereira
28. 11. 2009
(Fonte: Blogue LOGOS AQUI)
Nova sede para a "Biblioteca do Espírito" em Moscovo
Há cinco anos, em Moscovo, a 19 de Novembro de 2004, no palácio pertencente à ilustre família Botkin, foi inaugurado o Centro Cultural “Biblioteca do Espírito”, um lugar único de encontro e de pesquisa ecuménica.
Jean-François Thiry, Director da "Biblioteca do Espírito " declarou-nos:
Estou realmente contente em acolher hoje um público assim ilustre na abertura oficial da nova sede do nosso centro cultural “Biblioteca do Espírito”.
Bem-vindos ao Centro Cultural “Biblioteca do Espírito”, na Casa Botkin...
Quando há cinco anos inaugurámos o Centro, francamente não sabíamos realmente como se desenvolveria a actividade do Centro... porém, vimos que aos poucos o Centro foi se tornando um lugar de encontro, de referência também para a Igreja ortodoxa.
Nesta sala, organizamos concertos, espectáculos para crianças, lições... temos também espectáculos teatrais, apresentações de livros e mostras.
… uma livraria especial, portanto… onde queremos apresentar livros humanistas, de filosofia, teologia, história e de hagiografia.
Agora temos mais de 8.000 volumes, aqui na biblioteca e os livros para crianças... que são um sector muito importante e uma actividade para nós muito intensa.
E depois organizamos… uma sala de chá, onde se pode tranquilamente sentar, pegar um livro e ler...
Para nós, a colaboração também com a Arquidiocese e com o Arcebispo Paolo Pezzi é muito importante... pelos conselhos que continuamente nos dá...
Não sabíamos que tínhamos assim tantos amigos, e isso faz-nos felizes. Quer dizer que é possível fazer algo, que existe interesse por esse tipo de actividade... existe o desejo de construir algo, e que se pode construir juntos.
(Fonte: H2O News)
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