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segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Semana da Mobilidade Humana destaca comunidade brasileira
Decorre de hoje até sexta-feira a Semana da Mobilidade Humana, marcada pelo apelo à não discriminação. Este ano, os imigrantes brasileiros recebem uma atenção especial.
A Semana tem como ponto alto a Peregrinação de Agosto ao Santuário de Fátima, dedicada aos migrantes. As celebrações serão presididas pelo bispo auxiliar de Porto Alegre (Brasil) e responsável pela Pastoral dos Brasileiros no Exterior, Alexandro Ruffinoni.
Mas nem só brasileiros se deslocam a Fátima por esta altura. Os espanhóis e os italianos costumam ser os estrangeiros mais presentes no Santuário. Ainda assim, is empresários hoteleiros queixam-se da falta de quartos alugados.
“As pessoas, se puderem poupar 5€ num quarto, poupam e vão dormir a uma residencial ou pensão ou hotel de categoria inferior. Um hotel de três estrelas não consegue neste momento ter um grupo de espanhóis, por causa do preço”, explica um hoteleiro contactado pela Renascença.
Fontes do Santuário referem, por outro lado, dizem que o número de grupos inscritos para a Peregrinação de Agosto está dentro da normalidade - 28 grupos.
Brasileiros em Portugal não pensam em regressar
São cerca de 50 mil e vivem em Portugal há mais de 10 anos. Os brasileiros que integram este grupo identificam-se com o país que os acolheu, Portugal, e admitem que regressar à origem não faz parte dos seus planos.
O início foi difícil – viveram as dificuldades de quem se aventura num país estranho – e a crise veio acentuar os obstáculos.
Os pedidos de ajuda acumulam-se, por isso, na Casa do Brasil, confirmou à Renascença Carlos Vianna, vice-presidente da instituição. Mas os que conseguem superar as adversidades acabam por querer ficar e essa é uma tendência cada vez mais marcante.
Carlos Vianna realça o espírito positivo dos brasileiros e os seus efeitos benéficos na melancolia do português comum.
(Fonte: site Rádio Renascença)
Relógio transparente
Todo o secular ensino é sintetizado numa dualidade fundamental de caridade e verdade: "A verdade há-de ser procurada, encontrada e expressa na 'economia' da caridade, mas esta por sua vez há-de ser compreendida, avaliada e praticada sob a luz da verdade" (2). "A acção é cega sem o saber, e este é estéril sem o amor (...) há o amor rico de inteligência e a inteligência cheia de amor" (30).
Daqui o Papa tira conclusões cortantes e directas que, sem atacar ninguém, exprimem a profundidade de convicções e a gravidade dos assuntos: "O Evangelho é elemento fundamental do desenvolvimento" (18). "A reclusão ideológica a Deus e o ateísmo da indiferença, que esquecem o Criador e correm o risco de esquecer também os valores humanos, contam-se hoje entre os maiores obstáculos ao desenvolvimento. O humanismo que exclui Deus é um humanismo desumano" (78).
Está Bento XVI a dizer que só com Deus é possível progresso equilibrado? Precisamente! E se há dúvidas sobre isso, basta olhar à volta. "Sem a perspectiva duma vida eterna, o progresso humano neste mundo fica privado de respiro" (11). "Só através da caridade, iluminada pela luz da razão e da fé, é possível alcançar objectivos de desenvolvimento dotados de uma valência mais humana e humanizadora" (9).
Apesar de polémicas, as ideias do Papa omitem os contornos de tacanhez ideológica corrente. Não existem condenações taxativas tão habituais nas discussões económicas. "O lucro é útil se, como meio, for orientado para um fim que lhe indique o sentido e o modo como o produzir e utilizar" (21). "A sociedade não tem de se proteger do mercado, como se o desenvolvimento deste implicasse ipso facto a morte das relações autenticamente humanas" (36). "A globalização a priori não é boa nem má. Será aquilo que as pessoas fizerem dela" (42). É bem visível a recusa da superficialidade comum: "A economia e as finanças, enquanto instrumentos, podem ser mal utilizadas se quem as gere tiver apenas referimentos egoístas (...) não é o instrumento que deve ser chamado em causa, mas o homem, a sua consciência moral e a sua responsabilidade pessoal e social" (36).
Talvez mais importante a encíclica não tem o pessimismo e amargura hoje dominantes. "A complexidade e gravidade da situação económica actual preocupa-nos, com toda a justiça, mas devemos assumir com realismo, confiança e esperança as novas responsabilidades" (21).
O Papa apresenta ideias arrojadas que levantaram críticas até de alguns correligionários. George Weigel, pensador católico liberal americano, disse na National Review de 7 de Julho desconhecer o significado de conceitos como "formas de actividade económica caracterizadas por quotas de gratuidade e de comunhão" (39). Gratuidade e comunhão é aquilo que todos os empresários fazem com a sua família, amigos e causas preferidas, e que o Papa quer que estendam a todos. Bento XVI está a pensar na gratuidade e comunhão que realizam já muitas empresas católicas, e praticam milhares de paróquias e organismos sociais da Igreja por todo o mundo.
Para isso a economia de mercado tem apenas de regressar ao seu espírito original. Os críticos esquecem que nos primórdios do capitalismo, na Itália do século XII, as empresas tinham na contabilidade uma rubrica destinada aos pobres intitulada "do nosso bom Senhor Deus". Esquecem que a primeira multinacional, com enorme impacto no progresso económico, foi a rede de mosteiros que cobriu a Europa e depois o mundo. O Papa não é só o chefe da Igreja. É também o porta-voz da cultura que criou o desenvolvimento.
João César das Neves
(Fonte: DN online)
Grave contradição
[107] Cf. João Paulo II, Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2003., 5: o.c., 343
Caritas in veritate [IV – 43] – Bento XVI
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1932
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/10-8-5 )
Não pretender fazer passar por família aquilo que a família o não é
Não pretender fazer passar por família aquilo que a família o não é
São Lourenço, mártir
O seu culto remonta ao século IV.
Preso, foi intimado a comparecer diante do prefeito Cornelius Saecularis, a fim de prestar contas dos bens e das riquezas que a Igreja possuía. Pediu, então, um prazo para fazê-lo, dizendo que tudo entregaria. Confessou que a Igreja era muito rica e que a sua riqueza ultrapassava a do imperador. Foram-lhe concedidos três dias. São Lourenço reuniu os cegos, os coxos, os aleijados, toda sorte de enfermos, crianças e velhos. Anotou-lhes os nomes ... Indignado, o governador concedeu-o a um suplício especialmente cruel: amarrado sobre uma grelha, foi assado vivo e lentamente. No meio dos tormentos mais atrozes, ele conservou o seu "bom humor cristão". Dizia ao carrasco: "Vira-me, que deste lado já está bem assado ... Agora está bom, está bem assado. Podes comer!..."
Roma cristã venera o hispano Lourenço com a mesma veneração e respeito com que honra os primeiros apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estêvão em Jerusalém, foi São Lourenço em Roma.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Sobre os Ofícios dos ministros I, 84; II, 28; PL 16, 84 (a partir da trad. Bouchet, Lectionnaire, p. 468)
«Se morrer, dá muito fruto»
Ao ver que levavam o bispo Sixto para o martírio, São Lourenço pôs-se a chorar. Não era o sofrimento do seu bispo o que lhe arrancava lágrimas, mas o facto de este partir para o martírio sem ele. Por isso pôs-se a interpelá-lo nestes termos: «Onde vais, meu Pai, sem o teu filho? Apressas-te tanto em direcção a quê, padre santo, sem este teu diácono? Tu tinhas por hábito nunca oferecer o sacrifício sem ministro! [...] Dá pois prova de que escolheste um bom diácono, a quem confiaste o ministério do sangue do Senhor, com quem partilhas os sacramentos; recusar-te-ias a comungar com ele no sacrifício do sangue?» [...]
O Papa Sixto respondeu a Lourenço: «Não te esqueço, meu filho, nem te abandono. Mas deixo-te maiores combates. Sou velho e já só aguento uma ligeira luta. Quanto a ti, és jovem e hás-de obter um triunfo bem mais glorioso contra o tirano. Logo virás ter comigo. Seca essas lágrimas. Dentro de três dias, seguir-me-ás. [...]»
Três dias depois, foi dada ordem de prisão a Lourenço. Ordenaram-lhe que levasse os bens e os tesouros da Igreja. Prometeu obedecer. No dia seguinte, apresentou-se com os pobres. Perguntaram-lhe onde estavam os tesouros que deveria ter trazido. Apontou os pobres, dizendo: «Eis os tesouros da Igreja. Teria Cristo tesouros melhores que esses acerca dos quais disse: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes»» (Mt 25, 40)? Lourenço apresentou aqueles tesouros e saiu vencedor, porque o seu prossecutor não teve vontade de lhos tirar. Mas, cheio de raiva, mandou-o queimar vivo.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 10 de Agosto de 2009
Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.
Quem se ama a si mesmo, perde-se; quem se despreza a si mesmo, neste mundo, assegura para si a vida eterna.
Se alguém me serve, que me siga, e onde Eu estiver, aí estará também o meu servo. Se alguém me servir, o Pai há-de honrá-lo.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)