Gratidão total a Deus que, apesar de variadas dificuldades, nunca nos abandona. Está sempre connosco! Portanto, quando as dificuldades surgem, temos de sorrir no meio da dureza de algumas circunstâncias, repetindo ao Senhor: gratias tibi, Deus, gratias tibi! [4]. S. Josemaria ouviu um dia, no fundo da sua alma: si Deus nobiscum, quis contra nos?[5], se Deus está connosco, nem o ambiente secularizado e até mesmo agressivo, nem a falta de meios materiais ou de saúde, nem a precariedade do emprego em muitos sítios, nem as complicações familiares ou fora de casa – nada! – nos há de abalar.
Estes tempos não são piores do que os anteriores. Já S. Agostinho avisava: «Porque hás de então pensar que qualquer época passada foi melhor do que a atual? Desde o primeiro Adão até ao Adão de hoje, esta é a perspetiva humana: trabalho e suor, espinhos e cardos» [6].
O dia 2 de outubro é também muito adequado para vermos se, individualmente, atuamos como o instrumento que Deus espera que sejamos. Assimilemos na nossa alma a oração pessoal de S. Josemaria na data que celebramos: quando acordei esta manhã, pensei que quereríeis que vos dissesse algumas palavras e devo ter ficado vermelho, porque me senti afogueado. Então, indo com o meu coração para Deus, vendo que resta tanto por fazer, e pensando também em vós, fiquei persuadido de que eu não dei tudo o que devo à Obra. Ele, sim. Deus sim [7].
[4] S. Josemaria, Meditação, 2-X-1962 (AGP, biblioteca, P09, p. 57).
[5] Cfr Rm 8, 31.
[6] S. Agostinho, Sermão Caillau-Saint Yves 2, 92 (PLS 2,441-442, cit. in Liturgia horarum, segunda Leitura da quarta-feira da vigésima semana do Tempo Comum).
[7] S. Josemaria, Meditação, 2-X-1962 (AGP, biblioteca, P09, p.60).
(D. Javier Echevarría excerto da carta do mês de outubro de 2016)
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