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quinta-feira, 23 de abril de 2015
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CARTA ABERTA A NOSSA SENHORA DE FÁTIMA de Joaquim Mexia Alves
Minha querida Mãe
Sabes, quando eu era pequeno brinquei muito naqueles sítios de Fátima onde apareceste aos teus pastorinhos!
Sabes, com certeza, mas isto era só para me fazer mais perto de ti.
Lembro-me, porque li em muitos sítios e assim me ensinaram, que quando vieste a Fátima estavas muito preocupada com o mundo, sobretudo com a Rússia, que se afastava de Deus, e por isso pediste que rezassem muito pela conversão da Rússia, pela conversão do mundo.
Oh Mãe, desculpa que te diga, mas andas um pouco distraída!
Olha que aqui pelo teu Portugal, aliás, aqui pela Europa toda e pelo mundo, o afastamento de Deus é contínuo e pior do que isso, (ou por causa disso mesmo), cada vez mais o mal tem lugar entre os homens.
Sabes, Mãe, é que a guerra agora não é de homens contra homens de armas na mão. A guerra agora é dos homens contra aqueles que ainda nem nasceram, aqueles que ainda nem se podem defender.
Vê bem que, se contarmos aqueles que não nascidos já foram mortos no mundo inteiro, o número é incomparavelmente maior que o daqueles que morreram naquelas duas guerras, quando por cá passaste a avisar-nos.
E são indefesos, Mãe, de tal modo que não escolheram vir ao mundo, mas já estão condenados antes de nascer.
E há tanta gente que se indigna com a pena de morte, com a guerra, com os crimes, (e muito bem), mas acham que matar estes inocentes, não é matar.
Pior ainda, Mãe, porque há alguns que se dizem seguidores do teu Filho e mesmo assim concordam, aprovam e até fazem campanha em prol desta mortandade!
Nunca o Céu esteve tão cheio de santos, porque agora todos estes milhares que no dia-a-dia são mortos no egoísmo, na indiferença dos homens, estão sem dúvida no Céu, olhando para os seus algozes, cheios de amor, porque estando no gozo de Deus apenas podem dizer como o teu Filho: perdoa-lhes Pai, porque não sabem o que fazem.
Aproxima-se o mês de Maio, o teu mês, Mãe, por isso lembrei-me de te escrever para pedir que rogasses ao teu Filho “autorização” para vires novamente junto de nós, aqui em Portugal ou onde achares melhor, para pedires oração por este mundo em rota de perdição, porque esta guerra, Mãe, permite-me que te diga, é mais mortífera e maligna do que as guerras mundiais que aconteceram no século passado.
É que não se perde apenas a vida daqueles que nem sequer nascem, perdem-se também muitas vidas daqueles que praticam tais crimes contra a vida querida e amada por Deus, porque mergulhados no pecado, não se aproximam da misericórdia divina.
Socorre-nos, Mãe, antes que esta humanidade se perca, se destrua, se aniquile.
Vem mais uma vez, Mãe, e com a tua bondade, com o teu amor, diz claramente a esta humanidade aquilo que ela muito bem sabe: que desde o primeiro momento da sua concepção, o ser humano é querido e amado por Deus, e a sua vida só a Ele pertence.
Para maior glória do teu Filho e salvação das almas.
Obrigado Mãe, pelo infinito amor que nos tens. Dá-nos a tua benção.
Marinha Grande, 19 de Abril de 2013
Joaquim Mexia Alves AQUI
«Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá»
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita, Doutora da Igreja
Caminho de Perfeição, cap. 33-34
Vendo o bom Jesus a necessidade, buscou um meio admirável por onde nos mostrou o máximo de amor que nos tem, e em Seu nome e no de Seus irmãos fez esta petição: «O pão nosso de cada dia nos dai hoje» (Mt 6,11). [...] Era mister vermos o Seu [amor] para despertarmos, e isto não uma vez, mas cada dia; por isso Se deve ter determinado a ficar connosco. [...]
Tenho reparado que só nesta petição duplica as palavras, porque diz primeiro e pede que Lhe deis este pão de cada dia, e torna a dizer: «dai-no-lo hoje, Senhor». Põe-Se diante de Seu Pai, como a dizer-Lhe: já que uma vez no-Lo deu para que morresse por nós, já que é «nosso», não no-Lo torne a tirar, mas O deixe servir cada dia, até se acabar o mundo. [...] O Ele ser nosso cada dia é porque O possuímos aqui na terra e O possuiremos também no céu, se nos aproveitarmos bem da Sua companhia. [...]
O dizer «hoje» me parece que é para um dia, isto é, enquanto durar o mundo, e não mais. E é bem verdade que é um só dia! [...] E assim Lhe diz Seu Filho que, pois não é mais que um dia, Lho deixe passar em servidão; e que Sua Majestade já no-Lo deu e enviou ao mundo só por Sua vontade, que Ele quer agora por Sua própria vontade não nos desamparar, mas ficar-Se aqui connosco para maior glória de Seus amigos e pena de Seus inimigos. Que agora novamente não pede mais que «hoje» ao dar-nos este Pão sacratíssimo; Sua Majestade no-Lo deu para sempre, como já disse, este mantimento e maná da humanidade, que O achamos como queremos; e, a não ser por nossa culpa, não morreremos de fome, pois de todos os modos e maneiras que a alma quiser comer, achará no Santíssimo Sacramento sabor e consolação.
O Evangelho do dia 23 de abril de 2015
Ninguém pode vir a Mim se o Pai que Me enviou não o atrair; e Eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos profetas: “E serão todos ensinados por Deus”. Portanto, todo aquele que ouve e aprende do Pai, vem a Mim. Não porque alguém tenha visto o Pai, excepto Aquele que vem de Deus; Esse viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: O que crê em Mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desceu do céu para que aquele que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente; e o pão que Eu darei é a Minha carne para a salvação do mundo».
Jo 6, 44-51
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