Obrigado, Perdão Ajuda-me
sábado, 30 de janeiro de 2010
Haiti: balanço e esperança no futuro
Testemunho do Núncio Apostólico, D. Bernardito Auza
O último balanço do terramoto no Haiti é de 170 mil mortos e mais de 800 mil desalojados. Passadas mais de duas semanas do terramoto, o futuro do país está agora ligado aos planos de reconstrução. Segundo a FAO, Organismo da ONU para a Agricultura e a Alimentação, é necessário um investimento de cerca 700 milhões de dólares no sector agrícola.
Neste momento, o Haiti tenta voltar à normalidade com a reabertura prevista para segunda-feira próxima, de algumas escolas presentes na capital do país. O Núncio Apostólico, D. Bernardito Auza, sublinha as próprias esperanças. “Coordenar os socorros num cenário complexo e dramático como o do Haiti é um desafio comprometedor e difícil, mas alimentada pela certeza de que a situação melhora dia após dia.” É com essa convicção que D. Auza procura colorir de esperança páginas de dor e devastação. No seu emocionante testemunho publicado pela agência de notícias SIR, não faltam boas notícias.
O Núncio recorda, em particular, que foram encontrados alguns seminaristas, que se temia tivessem morrido durante o terramoto. A Caritas, nos seus diversos componentes, constitui um ponto de referência “forte e inegável” para a distribuição das ajudas. Nas próximas semanas – acrescenta o prelado – as ajudas deveriam chegar a 200 mil pessoas.
D. Bernardito Auza destaca em seguida que apesar de todas as críticas – algumas com fundamento, outras derivadas do não conhecimento da realidade do Haiti – é preciso reconhecer o imenso e precioso trabalho realizado pela comunidade internacional. O conselho do Núncio nesta fase sucessiva à fase de emergência inicial, é que seja enviado dinheiro e não ajudas materiais. O risco é que os custos de transporte se tornem mais elevados do que o valor da ajuda.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
O último balanço do terramoto no Haiti é de 170 mil mortos e mais de 800 mil desalojados. Passadas mais de duas semanas do terramoto, o futuro do país está agora ligado aos planos de reconstrução. Segundo a FAO, Organismo da ONU para a Agricultura e a Alimentação, é necessário um investimento de cerca 700 milhões de dólares no sector agrícola.
Neste momento, o Haiti tenta voltar à normalidade com a reabertura prevista para segunda-feira próxima, de algumas escolas presentes na capital do país. O Núncio Apostólico, D. Bernardito Auza, sublinha as próprias esperanças. “Coordenar os socorros num cenário complexo e dramático como o do Haiti é um desafio comprometedor e difícil, mas alimentada pela certeza de que a situação melhora dia após dia.” É com essa convicção que D. Auza procura colorir de esperança páginas de dor e devastação. No seu emocionante testemunho publicado pela agência de notícias SIR, não faltam boas notícias.
O Núncio recorda, em particular, que foram encontrados alguns seminaristas, que se temia tivessem morrido durante o terramoto. A Caritas, nos seus diversos componentes, constitui um ponto de referência “forte e inegável” para a distribuição das ajudas. Nas próximas semanas – acrescenta o prelado – as ajudas deveriam chegar a 200 mil pessoas.
D. Bernardito Auza destaca em seguida que apesar de todas as críticas – algumas com fundamento, outras derivadas do não conhecimento da realidade do Haiti – é preciso reconhecer o imenso e precioso trabalho realizado pela comunidade internacional. O conselho do Núncio nesta fase sucessiva à fase de emergência inicial, é que seja enviado dinheiro e não ajudas materiais. O risco é que os custos de transporte se tornem mais elevados do que o valor da ajuda.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Cristãos unidos para dar credibilidade ao anúncio do Evangelho
Bento XVI concluiu a Semana de oração pela unidade dos cristãos na Basílica de São Paulo fora dos Muros
"O compromisso pela unidade dos cristãos não é uma actividade acessória para a vida da Igreja": todos "são chamados a contribuir para dar aqueles passos rumo à comunhão plena entre todos os discípulos de Cristo". Frisou Bento XVI na homilia que pronunciou durante a celebração das segundas Vésperas na Basílica de São Paulo, na tarde de segunda-feira 25 de Janeiro, festa da conversão de São Paulo, em conclusão da Semana de oração pela unidade dos cristãos.
Queridos irmãos e irmãs!
Reunidos em fraterna assembleia litúrgica, na festa da conversão do apóstolo Paulo, concluímos hoje a anual Semana de oração pela unidade dos cristãos. Gostaria de saudar todos vós com afecto e, em particular, o Cardeal Walter Kasper, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e o Arcipreste desta Basílica, D. Francesco Monterisi, com o Abade e com a Comunidade dos monges, que nos hospedam. Dirijo de igual modo o meu cordial pensamento aos Senhores Cardeais presentes, aos Bispos e a todos os representantes das Igrejas e das Comunidades eclesiais da Cidade, aqui reunidos.
Não passaram muitos meses desde quando se concluiu o Ano dedicado a São Paulo, que nos ofereceu a possibilidade de aprofundar a sua extraordinária obra de pregador do Evangelho e, como nos recordou o tema da Semana de oração pela unidade dos cristãos "Disto vós sois testemunhas" (Lc 24, 48) a nossa chamada a ser missionários do Evangelho. Paulo, mesmo guardando uma memória viva e intensa do próprio passado de perseguidor dos cristãos, não hesita em chamar-se Apóstolo. O fundamento deste título, é para ele o encontro com o Ressuscitado no caminho de Damasco, que se torna também o início de uma incansável actividade missionária, na qual empregara toda a sua energia para anunciar a todas as nações aquele Cristo que tinha encontrado pessoalmente. Assim Paulo, de perseguidor da Igreja, tornar-se-á ele mesmo vítima de perseguição por causa do Evangelho do qual dava testemunho: "Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites menos um; três vezes fui açoitado com varas, uma vez apedrejado... Viagens sem conta, exposto a perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte dos meus concidadãos, perigos dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre os falsos irmãos. Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! E, além de tudo isto, a minha obsessão de cada dia: cuidado de todas as Igrejas" (2 Cor 11, 24-25.26-28). O testemunho de Paulo alcançará o ápice no seu martírio quando, precisamente perto deste lugar, dará provas da sua fé em Cristo que vence a morte.
A dinâmica presente na experiência de Paulo é a mesma que encontramos na página do Evangelho que acabámos de ouvir. Os discípulos de Emaús, depois de terem reconhecido o Senhor ressuscitado, voltam para Jerusalém e encontram os Onze reunidos juntamente com os outros. Cristo ressuscitado aparece-lhes, conforta-os, vence o seu temor, e as suas dúvidas, senta-se com eles à mesa e abre o seu coração à inteligência das Escrituras, recordando quanto devia acontecer e que constituirá o núcleo central do anúncio cristão. Jesus afirma: "Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos ao terceiro dia, que havia de ser pregado, em Seu nome, o arrependimento e a remissão dos pecados de todas as nações, começando por Jerusalém" (Lc 24, 46-47). Estes são os acontecimentos dos quais darão testemunho antes de tudo os discípulos da primeira hora e, em seguida, os crentes em Cristo de todos os tempos e lugares. Por isso, é importante ressaltar que este testemunho, então como hoje, nasce do encontro com o Ressuscitado, alimenta-se da relação constante com Ele, é animada do amor profundo para com Ele. Só quem fez experiência de sentir Cristo presente e vivo "Vede as Minhas mãos e os Meus pés; sou Eu mesmo" (Lc 24, 39) de sentar-se à mesa com Ele, ouvi-lo para que faça arder o coração, pode ser Sua testemunha! Por isso, Jesus promete aos discípulos e a cada um de nós uma assistência poderosa do alto, uma nova presença, a do Espírito Santo, dom de Cristo ressuscitado, que nos guia para a verdade total: "E eu vou mandar sobre vós O que Meu Pai prometeu" (Lc 24, 49). Os Onze empregarão toda a sua vida no anúncio da boa nova da morte e ressurreição do Senhor e quase todos selarão o seu testemunho com o sangue do martírio, semente fecunda que produziu uma colheita abundante.
A escolha do tema da Semana de oração pela unidade dos cristãos deste ano, ou seja, o convite a dar um testemunho comum de Cristo ressuscitado segundo o mandamento que Ele confiou aos discípulos, está relacionada com a recordação do centésimo aniversário da Conferência missionária de Edimburgo na Escócia, que é considerado por muitos como um acontecimento determinante para o nascimento do movimento ecuménico moderno. No Verão de 1910, na capital escocesa encontraram-se mais de mil missionários, pertencentes a diversos ramos do Pentecostalismo e do Anglicanismo, aos quais se uniu um hóspede ortodoxo, para reflectir juntos sobre a necessidade de alcançar a unidade para anunciar credivelmente o Evangelho de Jesus Cristo. De facto, é precisamente o desejo de anunciar Cristo aos outros e de levar ao mundo a sua mensagem de reconciliação que faz experimentar a contradição da divisão dos cristãos. De facto, como poderão os incrédulos acolher o anúncio do Evangelho se os cristãos, mesmo se todos se referem ao mesmo Cristo, estão em desacordo entre eles? De resto, como sabemos, o próprio Mestre, no final da Última Ceia, tinha rezado ao Pai pelos seus discípulos: "Para que todos sejam um só... para que o mundo creia" (Jo 17, 21). A comunhão e a unidade dos discípulos de Cristo é, por conseguinte, condição particularmente importante para uma maior credibilidade e eficácia do seu testemunho.
Um século após o acontecimento de Edimburgo, a intuição destes corajosos precursores ainda é muito actual. Num mundo marcado pela indiferença religiosa, e até por uma crescente aversão em relação à fé cristã, é necessária uma nova e intensa actividade de evangelização, não só entre os povos que nunca conheceram o Evangelho, mas também entre os quais o Cristianismo se difundiu e faz parte da sua história. Não faltam, infelizmente, questões que nos separam uns dos outros e que desejamos possam ser superadas através da oração e do diálogo, mas há um conteúdo central da mensagem de Cristo que podemos anunciar juntos: a paternidade de Deus, a vitória de Cristo sobre o pecado e sobre a morte com a sua cruz e ressurreição, a confiança na acção transformadora do Espírito. Enquanto estamos a caminho rumo à plena comunhão, somos chamados a oferecer um testemunho comum face aos desafios cada vez mais complexos do nosso tempo, como a secularização e a indiferença, o relativismo e o hedonismo, os delicados temas éticos relativos ao princípio e ao fim da vida, os limites da ciência e da tecnologia, o diálogo com as outras tradições religiosas. Existem depois ulteriores âmbitos nos quais devemos desde já dar um testemunho comum: a salvaguarda da Criação, a promoção do bem comum e da paz, a defesa da centralidade da pessoa humana, o compromisso para pôr fim às misérias do nosso tempo, como a fome, a indigência, o analfabetismo, a desigualdade na distribuição dos bens.
O compromisso pela unidade dos cristãos não é tarefa só de alguns, nem actividade acessória para a vida da Igreja. Todos são chamados a contribuir para dar aqueles passos que conduzam rumo à comunhão plena entre todos os discípulos de Cristo, sem jamais esquecer que ela é antes de tudo dom de Deus que deve ser invocado constantemente. De facto, a força que promove a unidade e a missão brota do encontro fecundo e apaixonante com o Ressuscitado, como aconteceu com São Paulo no caminho de Damasco e com os Onze e os outros discípulos reunidos em Jerusalém. A Virgem Maria, Mãe da Igreja, faça com que se possa realizar quanto antes o desejo do Seu Filho: "Para que todos sejam um só... para que o mundo creia" (Jo 17, 21).
(© L'Osservatore Romano - 30 de Janeiro de 2010)
"O compromisso pela unidade dos cristãos não é uma actividade acessória para a vida da Igreja": todos "são chamados a contribuir para dar aqueles passos rumo à comunhão plena entre todos os discípulos de Cristo". Frisou Bento XVI na homilia que pronunciou durante a celebração das segundas Vésperas na Basílica de São Paulo, na tarde de segunda-feira 25 de Janeiro, festa da conversão de São Paulo, em conclusão da Semana de oração pela unidade dos cristãos.
Queridos irmãos e irmãs!
Reunidos em fraterna assembleia litúrgica, na festa da conversão do apóstolo Paulo, concluímos hoje a anual Semana de oração pela unidade dos cristãos. Gostaria de saudar todos vós com afecto e, em particular, o Cardeal Walter Kasper, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e o Arcipreste desta Basílica, D. Francesco Monterisi, com o Abade e com a Comunidade dos monges, que nos hospedam. Dirijo de igual modo o meu cordial pensamento aos Senhores Cardeais presentes, aos Bispos e a todos os representantes das Igrejas e das Comunidades eclesiais da Cidade, aqui reunidos.
Não passaram muitos meses desde quando se concluiu o Ano dedicado a São Paulo, que nos ofereceu a possibilidade de aprofundar a sua extraordinária obra de pregador do Evangelho e, como nos recordou o tema da Semana de oração pela unidade dos cristãos "Disto vós sois testemunhas" (Lc 24, 48) a nossa chamada a ser missionários do Evangelho. Paulo, mesmo guardando uma memória viva e intensa do próprio passado de perseguidor dos cristãos, não hesita em chamar-se Apóstolo. O fundamento deste título, é para ele o encontro com o Ressuscitado no caminho de Damasco, que se torna também o início de uma incansável actividade missionária, na qual empregara toda a sua energia para anunciar a todas as nações aquele Cristo que tinha encontrado pessoalmente. Assim Paulo, de perseguidor da Igreja, tornar-se-á ele mesmo vítima de perseguição por causa do Evangelho do qual dava testemunho: "Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites menos um; três vezes fui açoitado com varas, uma vez apedrejado... Viagens sem conta, exposto a perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte dos meus concidadãos, perigos dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre os falsos irmãos. Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! E, além de tudo isto, a minha obsessão de cada dia: cuidado de todas as Igrejas" (2 Cor 11, 24-25.26-28). O testemunho de Paulo alcançará o ápice no seu martírio quando, precisamente perto deste lugar, dará provas da sua fé em Cristo que vence a morte.
A dinâmica presente na experiência de Paulo é a mesma que encontramos na página do Evangelho que acabámos de ouvir. Os discípulos de Emaús, depois de terem reconhecido o Senhor ressuscitado, voltam para Jerusalém e encontram os Onze reunidos juntamente com os outros. Cristo ressuscitado aparece-lhes, conforta-os, vence o seu temor, e as suas dúvidas, senta-se com eles à mesa e abre o seu coração à inteligência das Escrituras, recordando quanto devia acontecer e que constituirá o núcleo central do anúncio cristão. Jesus afirma: "Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos ao terceiro dia, que havia de ser pregado, em Seu nome, o arrependimento e a remissão dos pecados de todas as nações, começando por Jerusalém" (Lc 24, 46-47). Estes são os acontecimentos dos quais darão testemunho antes de tudo os discípulos da primeira hora e, em seguida, os crentes em Cristo de todos os tempos e lugares. Por isso, é importante ressaltar que este testemunho, então como hoje, nasce do encontro com o Ressuscitado, alimenta-se da relação constante com Ele, é animada do amor profundo para com Ele. Só quem fez experiência de sentir Cristo presente e vivo "Vede as Minhas mãos e os Meus pés; sou Eu mesmo" (Lc 24, 39) de sentar-se à mesa com Ele, ouvi-lo para que faça arder o coração, pode ser Sua testemunha! Por isso, Jesus promete aos discípulos e a cada um de nós uma assistência poderosa do alto, uma nova presença, a do Espírito Santo, dom de Cristo ressuscitado, que nos guia para a verdade total: "E eu vou mandar sobre vós O que Meu Pai prometeu" (Lc 24, 49). Os Onze empregarão toda a sua vida no anúncio da boa nova da morte e ressurreição do Senhor e quase todos selarão o seu testemunho com o sangue do martírio, semente fecunda que produziu uma colheita abundante.
A escolha do tema da Semana de oração pela unidade dos cristãos deste ano, ou seja, o convite a dar um testemunho comum de Cristo ressuscitado segundo o mandamento que Ele confiou aos discípulos, está relacionada com a recordação do centésimo aniversário da Conferência missionária de Edimburgo na Escócia, que é considerado por muitos como um acontecimento determinante para o nascimento do movimento ecuménico moderno. No Verão de 1910, na capital escocesa encontraram-se mais de mil missionários, pertencentes a diversos ramos do Pentecostalismo e do Anglicanismo, aos quais se uniu um hóspede ortodoxo, para reflectir juntos sobre a necessidade de alcançar a unidade para anunciar credivelmente o Evangelho de Jesus Cristo. De facto, é precisamente o desejo de anunciar Cristo aos outros e de levar ao mundo a sua mensagem de reconciliação que faz experimentar a contradição da divisão dos cristãos. De facto, como poderão os incrédulos acolher o anúncio do Evangelho se os cristãos, mesmo se todos se referem ao mesmo Cristo, estão em desacordo entre eles? De resto, como sabemos, o próprio Mestre, no final da Última Ceia, tinha rezado ao Pai pelos seus discípulos: "Para que todos sejam um só... para que o mundo creia" (Jo 17, 21). A comunhão e a unidade dos discípulos de Cristo é, por conseguinte, condição particularmente importante para uma maior credibilidade e eficácia do seu testemunho.
Um século após o acontecimento de Edimburgo, a intuição destes corajosos precursores ainda é muito actual. Num mundo marcado pela indiferença religiosa, e até por uma crescente aversão em relação à fé cristã, é necessária uma nova e intensa actividade de evangelização, não só entre os povos que nunca conheceram o Evangelho, mas também entre os quais o Cristianismo se difundiu e faz parte da sua história. Não faltam, infelizmente, questões que nos separam uns dos outros e que desejamos possam ser superadas através da oração e do diálogo, mas há um conteúdo central da mensagem de Cristo que podemos anunciar juntos: a paternidade de Deus, a vitória de Cristo sobre o pecado e sobre a morte com a sua cruz e ressurreição, a confiança na acção transformadora do Espírito. Enquanto estamos a caminho rumo à plena comunhão, somos chamados a oferecer um testemunho comum face aos desafios cada vez mais complexos do nosso tempo, como a secularização e a indiferença, o relativismo e o hedonismo, os delicados temas éticos relativos ao princípio e ao fim da vida, os limites da ciência e da tecnologia, o diálogo com as outras tradições religiosas. Existem depois ulteriores âmbitos nos quais devemos desde já dar um testemunho comum: a salvaguarda da Criação, a promoção do bem comum e da paz, a defesa da centralidade da pessoa humana, o compromisso para pôr fim às misérias do nosso tempo, como a fome, a indigência, o analfabetismo, a desigualdade na distribuição dos bens.
O compromisso pela unidade dos cristãos não é tarefa só de alguns, nem actividade acessória para a vida da Igreja. Todos são chamados a contribuir para dar aqueles passos que conduzam rumo à comunhão plena entre todos os discípulos de Cristo, sem jamais esquecer que ela é antes de tudo dom de Deus que deve ser invocado constantemente. De facto, a força que promove a unidade e a missão brota do encontro fecundo e apaixonante com o Ressuscitado, como aconteceu com São Paulo no caminho de Damasco e com os Onze e os outros discípulos reunidos em Jerusalém. A Virgem Maria, Mãe da Igreja, faça com que se possa realizar quanto antes o desejo do Seu Filho: "Para que todos sejam um só... para que o mundo creia" (Jo 17, 21).
(© L'Osservatore Romano - 30 de Janeiro de 2010)
Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:
São Cirilo de Alexandria (380-444), Bispo e Doutor da Igreja
Sobre o Profeta Isaías, 5, 5; PG 70, 1352-1353 (a partir da trad. de Delhougne, Les Pères commentent, p. 394)
Assim «renovas a face da terra» (Sl 103, 30)
Cristo quis trazer a Si o mundo inteiro e conduzir a Deus Pai todos os habitantes da terra. Quis restabelecer todas as coisas num estado melhor e renovar, por assim dizer, a face da terra. Eis por que, mesmo sendo o Senhor do Universo, tomou «a condição de servo» (Fil 2, 7). Por isso, anunciou a Boa Nova aos pobres, afirmando que tinha sido enviado com esse objectivo (Lc 4, 18).
Os pobres, ou antes, as pessoas que podemos considerar como pobres, são as que sofrem por se verem privadas de todo o bem, as «sem esperança e sem Deus no mundo» (Ef 2, 12), como diz a Escritura. São, parece-nos, as pessoas vindas do paganismo e que, enriquecidas pela fé em Cristo, beneficiaram deste tesouro divino: a proclamação que trouxe a Salvação. Por ela, tornaram-se participantes do Reino dos céus e concidadãos dos santos, herdeiros das realidades que o homem não pode compreender nem exprimir – daquilo que, segundo o apóstolo Paulo, «os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, o coração do homem não pressentiu, isso Deus preparou para aqueles que O amam» (1Cor 2, 9). [...]
Também os descendentes de Israel tinham o coração ferido, eram pobres e como que prisioneiros, estavam cheios de trevas. [...] Cristo veio anunciar os benefícios da Sua vinda precisamente aos descendentes de Israel, antes dos outros, e ao mesmo tempo proclamar o ano da graça do Senhor (Lc 4, 19) e o dia da recompensa.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Sobre o Profeta Isaías, 5, 5; PG 70, 1352-1353 (a partir da trad. de Delhougne, Les Pères commentent, p. 394)
Assim «renovas a face da terra» (Sl 103, 30)
Cristo quis trazer a Si o mundo inteiro e conduzir a Deus Pai todos os habitantes da terra. Quis restabelecer todas as coisas num estado melhor e renovar, por assim dizer, a face da terra. Eis por que, mesmo sendo o Senhor do Universo, tomou «a condição de servo» (Fil 2, 7). Por isso, anunciou a Boa Nova aos pobres, afirmando que tinha sido enviado com esse objectivo (Lc 4, 18).
Os pobres, ou antes, as pessoas que podemos considerar como pobres, são as que sofrem por se verem privadas de todo o bem, as «sem esperança e sem Deus no mundo» (Ef 2, 12), como diz a Escritura. São, parece-nos, as pessoas vindas do paganismo e que, enriquecidas pela fé em Cristo, beneficiaram deste tesouro divino: a proclamação que trouxe a Salvação. Por ela, tornaram-se participantes do Reino dos céus e concidadãos dos santos, herdeiros das realidades que o homem não pode compreender nem exprimir – daquilo que, segundo o apóstolo Paulo, «os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, o coração do homem não pressentiu, isso Deus preparou para aqueles que O amam» (1Cor 2, 9). [...]
Também os descendentes de Israel tinham o coração ferido, eram pobres e como que prisioneiros, estavam cheios de trevas. [...] Cristo veio anunciar os benefícios da Sua vinda precisamente aos descendentes de Israel, antes dos outros, e ao mesmo tempo proclamar o ano da graça do Senhor (Lc 4, 19) e o dia da recompensa.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de Domingo dia 31 de Janeiro de 2010
São Lucas 4,21-30
Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.»
Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam com as palavras repletas de graça que saíam da sua boca. Diziam: «Não é este o filho de José?»
Disse-lhes, então: «Certamente, ides citar-me o provérbio: 'Médico, cura-te a ti mesmo.' Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaúm, fá-lo também aqui na tua terra.»
Acrescentou, depois: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria.
Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra;
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon.
Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naaman.»
Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor.
E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo.
Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
S. Josemaría nesta data em 1938
Escreve nos seus Apontamentos íntimos: “Muita vontade de solidão. Vejo-me como uma bola, lançada à parede uma vez e outra pelo meu Pai-Deus, ora atirado com o pé, ora recebendo uma carícia das suas mãos...”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Podemos acreditar nos Evangelhos?
É mesmo verdade o que narram os Evangelhos? Não poderia ser uma bela história inventada por Mateus, Marcos, Lucas e João? Será que aconteceu mesmo assim? E se não foram eles que escreveram essa história? E se os copistas acrescentaram muitos episódios? Já se sabe: “quem conta um conto, acrescenta um ponto” – diz, cheio de razão, o nosso povo. Ultimamente, têm surgido muitas perguntas deste estilo. Sem pretender dar uma resposta profunda – não há espaço, nem os leitores têm paciência para escritos demasiadamente longos –, gostaria apenas de lançar alguns dados que podem ajudar a pensar sobre o tema da historicidade dos Evangelhos.
Cientificamente, um livro histórico merece credibilidade se possui três condições: autenticidade, veracidade e integridade. Por outras palavras: o livro foi escrito na época e pelo autor que lhe é atribuído (autenticidade), o autor conheceu os acontecimentos e não deseja enganar os seus leitores (veracidade) e o livro chegou até nós sem alterações substanciais (integridade).
Os Evangelhos parecem autênticos porque somente um autor contemporâneo de Jesus (ou discípulo imediato) poderia tê-los escrito. Basta pensar que a cidade de Jerusalém foi destruída no ano 70. As descrições que aparecem nos Evangelhos – muitas delas comprovadas por escavações arqueológicas – manifestam um conhecimento da cidade anterior a essa data. Também são dessa época os hebraísmos presentes no grego vulgar – língua em que foram escritos os relatos evangélicos. Além de tudo isto, os factos mais marcantes da vida de Jesus são perfeitamente comprováveis através de fontes históricas independentes.
Os Evangelhos parecem íntegros, uma vez que, desde os primeiros tempos, muitos cristãos fizeram deles numerosíssimas cópias – não há um fenómeno semelhante com nenhum outro livro da Antiguidade. Os testemunhos documentais, que hoje possuímos, são abundantes: mais de 6000 manuscritos gregos, 40000 manuscritos de traduções antiquíssimas – latim, copto, arménio –, frequentíssimas citações dos Evangelhos nas obras de escritores antigos.
E os copistas não poderiam ter acrescentado muita coisa? Havendo tantas cópias e de origens tão diversas, os copistas que modificassem alguma coisa seriam facilmente desmascarados. Os Evangelhos são – é um dado científico – os livros mais bem documentados de toda a Antiguidade. Possuem os manuscritos mais abundantes e mais próximos da época do seu autor.
E a veracidade? Pascal dizia que acreditava com mais facilidade nas histórias cujas testemunhas se deixam martirizar em comprovação do seu testemunho. De facto, conhecem-se poucos mentirosos dispostos a morrer para defender as suas mentiras. Além disso, os evangelistas não deixam de relatar os seus próprios defeitos, repreensões recebidas de Jesus e muitos factos embaraçosos que um falsificador poderia ter ocultado. De algum modo, é de agradecer que tenham surgido durante estes dois mil anos muitas críticas que tentaram eliminar a base histórica dos relatos evangélicos – não fizeram mais do que fortalecê-la.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Cientificamente, um livro histórico merece credibilidade se possui três condições: autenticidade, veracidade e integridade. Por outras palavras: o livro foi escrito na época e pelo autor que lhe é atribuído (autenticidade), o autor conheceu os acontecimentos e não deseja enganar os seus leitores (veracidade) e o livro chegou até nós sem alterações substanciais (integridade).
Os Evangelhos parecem autênticos porque somente um autor contemporâneo de Jesus (ou discípulo imediato) poderia tê-los escrito. Basta pensar que a cidade de Jerusalém foi destruída no ano 70. As descrições que aparecem nos Evangelhos – muitas delas comprovadas por escavações arqueológicas – manifestam um conhecimento da cidade anterior a essa data. Também são dessa época os hebraísmos presentes no grego vulgar – língua em que foram escritos os relatos evangélicos. Além de tudo isto, os factos mais marcantes da vida de Jesus são perfeitamente comprováveis através de fontes históricas independentes.
Os Evangelhos parecem íntegros, uma vez que, desde os primeiros tempos, muitos cristãos fizeram deles numerosíssimas cópias – não há um fenómeno semelhante com nenhum outro livro da Antiguidade. Os testemunhos documentais, que hoje possuímos, são abundantes: mais de 6000 manuscritos gregos, 40000 manuscritos de traduções antiquíssimas – latim, copto, arménio –, frequentíssimas citações dos Evangelhos nas obras de escritores antigos.
E os copistas não poderiam ter acrescentado muita coisa? Havendo tantas cópias e de origens tão diversas, os copistas que modificassem alguma coisa seriam facilmente desmascarados. Os Evangelhos são – é um dado científico – os livros mais bem documentados de toda a Antiguidade. Possuem os manuscritos mais abundantes e mais próximos da época do seu autor.
E a veracidade? Pascal dizia que acreditava com mais facilidade nas histórias cujas testemunhas se deixam martirizar em comprovação do seu testemunho. De facto, conhecem-se poucos mentirosos dispostos a morrer para defender as suas mentiras. Além disso, os evangelistas não deixam de relatar os seus próprios defeitos, repreensões recebidas de Jesus e muitos factos embaraçosos que um falsificador poderia ter ocultado. De algum modo, é de agradecer que tenham surgido durante estes dois mil anos muitas críticas que tentaram eliminar a base histórica dos relatos evangélicos – não fizeram mais do que fortalecê-la.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Salmo 25, n.° 2 (a partir da trad. de AELF rev.)
«Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco»
Também nós navegamos num lago onde não falta vento nem tempestades; as tentações quotidianas deste mundo quase submergem a nossa barca. Donde vem tudo isso, senão do facto de Jesus estar a dormir? Se Jesus não estivesse adormecido dentro de ti, não sofrerias tais tempestades, mas fruiriras de uma grande tranquilidade interior, porque Jesus velaria contigo.
Que quer isto dizer: «Jesus está adormecido»? Significa que a tua fé em Jesus está caída no sono. As tempestades do lago levantam-se: vês os maus a prosperar e os bons sofrer ; é uma tentação, um entrechocar de ondas. E, na tua alma, dizes: «Ó meu Deus, é isto a Tua justiça, prosperarem os maus e ficarem os bons abandonados ao sofrimento?» Sim, dizes tu Deus: «É esta a Tua justiça?» E Deus responde: «É isso a tua fé? O que te prometi de facto? Fizeste-te cristão para singrares neste mundo? Atormentas-te com o destino dos maus, aqui, quando não conheces o seu destino no outro mundo?»
Qual o motivo de falares assim e de seres sacudido pelas ondas do lago e pela tempestade? É porque em ti Jesus dorme; quero com isto dizer que a tua fé em Jesus adormeceu no teu coração. Que farás para seres libertado? Acorda Jesus e diz-Lhe: «Mestre, estamos perdidos». As incertezas da travessia do lago atribulam-nos; estamos perdidos. Mas Ele depertará, quer dizer, a tua fé voltará; e, com a ajuda de Jesus, reflectirás no teu coração e notarás que os bens concedidos hoje aos maus não durarão. São bens que se lhes escaparão durante a vida ou que terão de abandonar no momento da morte. A ti, pelo contrário, o que te for prometido ficar-te-á para a eternidade [...]. Vira pois as costas àquilo que cai em ruína, e volta o teu rosto para o que permanece perene. Quando Cristo acordar, a tempestade já não te sacudirá o coração, as ondas não afundarão a tua barca, porque o vento e as ondas ficarão sob o comando da tua fé, e então o perigo desaparecerá.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Discursos sobre os salmos, Salmo 25, n.° 2 (a partir da trad. de AELF rev.)
«Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco»
Também nós navegamos num lago onde não falta vento nem tempestades; as tentações quotidianas deste mundo quase submergem a nossa barca. Donde vem tudo isso, senão do facto de Jesus estar a dormir? Se Jesus não estivesse adormecido dentro de ti, não sofrerias tais tempestades, mas fruiriras de uma grande tranquilidade interior, porque Jesus velaria contigo.
Que quer isto dizer: «Jesus está adormecido»? Significa que a tua fé em Jesus está caída no sono. As tempestades do lago levantam-se: vês os maus a prosperar e os bons sofrer ; é uma tentação, um entrechocar de ondas. E, na tua alma, dizes: «Ó meu Deus, é isto a Tua justiça, prosperarem os maus e ficarem os bons abandonados ao sofrimento?» Sim, dizes tu Deus: «É esta a Tua justiça?» E Deus responde: «É isso a tua fé? O que te prometi de facto? Fizeste-te cristão para singrares neste mundo? Atormentas-te com o destino dos maus, aqui, quando não conheces o seu destino no outro mundo?»
Qual o motivo de falares assim e de seres sacudido pelas ondas do lago e pela tempestade? É porque em ti Jesus dorme; quero com isto dizer que a tua fé em Jesus adormeceu no teu coração. Que farás para seres libertado? Acorda Jesus e diz-Lhe: «Mestre, estamos perdidos». As incertezas da travessia do lago atribulam-nos; estamos perdidos. Mas Ele depertará, quer dizer, a tua fé voltará; e, com a ajuda de Jesus, reflectirás no teu coração e notarás que os bens concedidos hoje aos maus não durarão. São bens que se lhes escaparão durante a vida ou que terão de abandonar no momento da morte. A ti, pelo contrário, o que te for prometido ficar-te-á para a eternidade [...]. Vira pois as costas àquilo que cai em ruína, e volta o teu rosto para o que permanece perene. Quando Cristo acordar, a tempestade já não te sacudirá o coração, as ondas não afundarão a tua barca, porque o vento e as ondas ficarão sob o comando da tua fé, e então o perigo desaparecerá.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 30 de Janeiro de 2010
São Marcos 4,35-41
Naquele dia, ao entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.»
Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele.
Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água.
Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada.
Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: «Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma.
Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?»
E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?»
Altíssimo, Santo, Salvador de todos, visto que a tudo presides, guarda sem alteração o vinho que está em nós. Expulsa de nós toda a perversidade, todos os maus pensamentos que tornam aguado o Teu vinho santíssimo. [...] Pelas orações da Santa Virgem Mãe de Deus, liberta-nos da angústia dos pecados que nos oprimem, Deus misericordioso, Tu que tudo criaste com sabedoria.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Naquele dia, ao entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.»
Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele.
Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água.
Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada.
Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: «Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma.
Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?»
E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?»
Altíssimo, Santo, Salvador de todos, visto que a tudo presides, guarda sem alteração o vinho que está em nós. Expulsa de nós toda a perversidade, todos os maus pensamentos que tornam aguado o Teu vinho santíssimo. [...] Pelas orações da Santa Virgem Mãe de Deus, liberta-nos da angústia dos pecados que nos oprimem, Deus misericordioso, Tu que tudo criaste com sabedoria.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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