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segunda-feira, 30 de junho de 2008
Embaixadores de Cristo
«O fim que os pregadores se devem propor ao exercitar o ministério da palavra está claramente indicado por São Paulo: Somos embaixadores de Cristo (2 Cor 5,20). Todo o pregador deve poder fazer suas estas palavras. Mas se são embaixadores de Cristo, no exercício da sua missão, têm obrigação de se aterem estritamente à vontade manifestada por Cristo quando lhe conferiu o encargo, não propor-se finalidades diversas das que Ele mesmo Se propôs enquanto habitou sobres esta terra (…).
(Humani generis redemtionem – Bento XV)
(Humani generis redemtionem – Bento XV)
São Paulo – Epístolas do cativeiro – V
Efésios (1)
A tradição cristã reconheceu São Paulo como autor da carta aos Efésios. Não obstante, desde meados do século XIX alguns exegetas puseram em dúvida a autenticidade paulina de toda a epístola, ou de parte dela. Os motivos destas dúvidas fundamentaram-nos em razões semelhantes às que resumimos ao falar de Colossenses. Estes argumentos contra a autenticidade paulina, total ou parcial, não parecem ter, pelo menos por agora, suficiente peso diante da atribuição tradicional e as considerações das características doutrinais e literárias da carta, que advogam por São Paulo como autor de todo o texto da carta.
Efésios marca um ponto culminante no itinerário espiritual e doutrinal de São Paulo, no que diz respeito ao mistério de Cristo, da obra da Redenção e da teologia da Igreja. Escrita certamente por fins do ano 62, ou princípio do ano 63, é como uma segunda redacção, naturalmente muito livre, da carta aos Colossenses, escrita poucos meses antes. Na verdade, Efésios trata aproximadamente dos mesmos temas, mas com maior amplitude, profundidade e serenidade. Foi igualmente a chamada «crise de Colossas» a circunstância externa que levou o Apóstolo a escrever também esta outra carta, dirigida às Igrejas da zona costeira ocidental da Ásia Menor, cuja cidade principal era Efeso, para evitar qualquer contágio da confusão doutrinal apreciada em Colossas. Segundo se pode coligir do conjunto de dados bíblico e extrabíblicos que possuímos, Paulo enfrenta-se com doutrinas que deviam propor que o governo do universo está regido por poderes intermédios entre Deus e os homens que, cada um segundo a sua categoria, intervêm também na história humana. Perante tais elucubrações gnóstico-helenísticas, São Paulo expõe, de várias maneiras e em diversos passos, que Cristo Jesus é a cabeça de todos os seres, tanto celestes como terrestres; o Seu senhorio é absoluto e Ele é o Salvador de todos; nenhuma realidade existente pode subtrair-se ao Senhorio de Jesus Cristo.
(continua)
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 443/444) Continua
A tradição cristã reconheceu São Paulo como autor da carta aos Efésios. Não obstante, desde meados do século XIX alguns exegetas puseram em dúvida a autenticidade paulina de toda a epístola, ou de parte dela. Os motivos destas dúvidas fundamentaram-nos em razões semelhantes às que resumimos ao falar de Colossenses. Estes argumentos contra a autenticidade paulina, total ou parcial, não parecem ter, pelo menos por agora, suficiente peso diante da atribuição tradicional e as considerações das características doutrinais e literárias da carta, que advogam por São Paulo como autor de todo o texto da carta.
Efésios marca um ponto culminante no itinerário espiritual e doutrinal de São Paulo, no que diz respeito ao mistério de Cristo, da obra da Redenção e da teologia da Igreja. Escrita certamente por fins do ano 62, ou princípio do ano 63, é como uma segunda redacção, naturalmente muito livre, da carta aos Colossenses, escrita poucos meses antes. Na verdade, Efésios trata aproximadamente dos mesmos temas, mas com maior amplitude, profundidade e serenidade. Foi igualmente a chamada «crise de Colossas» a circunstância externa que levou o Apóstolo a escrever também esta outra carta, dirigida às Igrejas da zona costeira ocidental da Ásia Menor, cuja cidade principal era Efeso, para evitar qualquer contágio da confusão doutrinal apreciada em Colossas. Segundo se pode coligir do conjunto de dados bíblico e extrabíblicos que possuímos, Paulo enfrenta-se com doutrinas que deviam propor que o governo do universo está regido por poderes intermédios entre Deus e os homens que, cada um segundo a sua categoria, intervêm também na história humana. Perante tais elucubrações gnóstico-helenísticas, São Paulo expõe, de várias maneiras e em diversos passos, que Cristo Jesus é a cabeça de todos os seres, tanto celestes como terrestres; o Seu senhorio é absoluto e Ele é o Salvador de todos; nenhuma realidade existente pode subtrair-se ao Senhorio de Jesus Cristo.
(continua)
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 443/444) Continua
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