Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

“Haverá acordo se não nos pedirem para comprometer a fé”, diz sucessor de Mon. Lefebvre

Sociedade de São Pio X já fez chegar a Roma a sua resposta a uma proposta de reconciliação. Superior escreveu para tranquilizar restantes bispos e padres.

O jornal italiano "La Stampa" acaba de publicar uma curta nota escrita por Monsenhor Bernard Fellay, superior da Sociedade de São Pio X (SSPX) aos seus colegas bispos e sacerdotes, em que este explica os termos segundos os quais poderá haver acordo de reconciliação com o Vaticano.

Os tradicionalistas da SSPX estão em situação de ruptura com Roma desde 1988 quando o fundador do movimento, o Arcebispo Marcel Lefebvre, ordenou quatro bispos sem autorização de Roma. Em consequência foi excomungado, juntamente com os quatro novos bispos por ele ordenados. 

Os membros da SSPX rejeitam algumas das reformas do Concílio Vaticano II e procuram aderir a expressões e uma vivência da fé católica anterior às reformas. Durante os últimos anos tem decorrido um processo de diálogo entre Roma e representantes da Sociedade, durante o qual foram levantadas as excomunhões que pendiam sobre os quatro bispos ordenados por Lefebvre, que morreu em 1991. 

A situação está agora no seu ponto crucial. Roma enviou o ano passado um documento, cujo conteúdo se manteve reservado, e ofereceu à SSPX uma estrutura autónoma dentro da Igreja caso o movimento aceitasse as questões doutrinais lá contidas. O prazo de resposta terminou ontem e representantes da Sociedade fizeram saber que esta já foi enviada, mas deixam para Roma a responsabilidade de a revelar. 

Na nota que monsenhor Fellay enviou ao clero da Sociedade procura tranquilizar os outros três bispos e cerca de 500 padres, afirmando que apenas haverá acordo se Roma não exigir nada que obrigue os tradicionalistas a comprometer a fé. 

“Estamos à espera. Haverá acordo se não nos forem pedidas concessões que comprometam a fé e se nos for garantida verdadeira liberdade”, escreve o superior. 

Segundo o jornalista Andrea Tornielli, o vaticanista do "La Stampa" que revelou o conteúdo da mensagem, esta serve para tentar apaziguar a ala mais dura da SSPX, composta por cerca de 25% dos seus membros, que são contra um acordo. 

A imprensa tem especulado que a reconciliação entre Roma e este movimento, que conta com algumas centenas de milhares de fiéis, está iminente e fala-se na criação de uma estrutura parecida com uma prelatura pessoal (como existe para o Opus Dei) ou com um ordinariato pessoal (como existe para ex-anglicanos) para acolher os tradicionalistas e dar-lhes autonomia quanto aos bispos diocesanos. 

É de realçar que nem nesta nota de Fellay, nem em outros pronunciamentos oficiais da Sociedade nos últimos dias, se nega os rumores que têm circulado na imprensa.

A confirmar-se a reunificação será uma vitória pessoal muito importante para Bento XVI, que investiu fortemente neste processo.

Rádio Renascença AQUI

Amar a Cristo...

Senhor Jesus Filho de Deus pedimos-te pelo Teu vigário Bento, pela sua saúde e rogamos-Te que com a intercessão da Santíssima Virgem, de todos os Anjos e Santos o protejas, para que nos continue a guiar, catequizar e para que a sua voz continue e a ser ouvida e respeitada.

Embora por vezes possa parecer que o não é, estou firmemente convicto, que as reacções que ouvimos e lemos ao seu magistério, só existem, porque exactamente a sua autoridade moral e intelectual é reconhecida e temida pelos seus e nossos inimigos.

Jesus Cristo, ouvi-nos!
Jesus Cristo, acolhei a nossa súplica!

JPR

'O meu irmão o Papa' já se encontra à venda, uma visão intimista de Mon. Goeog Ratzinger (vídeos em espanhol e inglês)

Envia os parabéns a Bento XVI usando o endereço de e-mail abaixo. Obrigado!


O Regina Caeli do dia 15 de Abril de 2012 (versão integral)

Na simplicidade da oração


Papa celebra 85 anos acompanhado por bispos e personalidades da sua terra natal




Bento XVI presidiu hoje a uma missa, no Vaticano, por ocasião da celebração do seu 85.º aniversário natalício, durante a qual disse confiar na “bondade de Deus” para enfrentar “todas as forças negativas”.


“Encontro-me perante a última etapa do percurso da minha vida e não sei o que me espera. Sei, contudo, que a luz de Deus existe, que Ele ressuscitou, que a sua luz é mais forte do que qualquer escuridão, que a bondade de Deus é mais forte do que todo o mal deste mundo”, afirmou, na homilia da celebração.


Na missa, que decorreu na Capela Paulina do Palácio Apostólico, marcaram presença bispos germânicos e uma delegação da Baviera, terra natal do Papa, no sul da Alemanha.


Na homilia, improvisada, o Papa evocou os dois santos que a Igreja recorda neste dia – Bernardete Soubirous, a vidente de Lourdes, e Bento José Labbre, concluindo com uma referência ao Evangelho, com o renascer do Alto, graças ao Espírito Santo, pelo batismo. Fazendo notar ter sido batizado no próprio dia do nascimento, Bento XVI reconheceu ser justo dar graças a Deus, do qual nos vem a vida e todos os dons. Nicodemos perguntava a Jesus como pode uma pessoa de idade voltar a nascer. “O renascer – observou o Papa – é-nos dado pelo batismo, mas temos que continuar a crescer (nessa vida nova), precisamos de fazer com que continuemos a emergir de Deus, segundo as suas promessas, para que possamos viver de facto na grande e nova família de Deus, que é mais forte do que todas as forças negativas que nos ameaçam”.

A concluir, já em italiano, Bento XVI agradeceu a saudação amiga, no início da celebração, do cardeal Angelo Sodano, decano do Colégio Cardinalício, exprimindo um muito “obrigado a todos os colaboradores que nestes 30 anos de atividade em Roma – disse - me têm ajudado a levar o peso da minha responsabilidade.


Ao meio-dia, Bento XVI acolheu em audiência a delegação proveniente da Baviera, encabeçada pelo ministro presidente regional, Horst Seehofer, e integrada pelos bispos da região e 170 fiéis.


Rádio Vaticano

Herzlichen Glückwunsch zum Geburtstag! Tanti auguri di compleanno!


"ORANDO EM VERSO" (vamos ajudar comprando o livro)


Da direita para a esquerda: Padre Pedro Viva, (Vigário Paroquial, de pé) Prof. Doutor Mário Pinto, Joaquim Mexia Alves, Padre Armindo Ferreira, (Pároco da Marinha Grande), Irmão Darlei, (Paulus)
Feita a apresentação do livro, é agora necessário vendê-lo, visto que a receita dessa venda se destina a uma boa causa, a construção do Centro pastoral da Marinha Grande. 


A construção do Centro Pastoral da Marinha Grande é uma premente necessidade, porque, para além da Paróquia não possuir nenhuma sala “nobre” de dimensões razoáveis, (como se percebeu na recente visita pastoral do Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto), as salas da catequese são exíguas e inapropriadas, tendo até em vista que só no centro da Marinha Grande há mais de 300 catequizandos.


Para que com alguma comodidade se possa adquiri o livro via net, criámos um endereço electrónico,  orandoemverso@gmail.com  para receber esses pedidos de aquisição.


Esses pedidos serão respondidos dando indicação do NIB da conta da paróquia para onde dever ser feita a transferência do valor do livro, (e deste respectivo valor), que será depois enviado pelo correio.


Para quem o desejar o livro será “dedicado” e autografado, bastando para tal fazer essa menção.


Muito obrigado, acreditando que compreenderão esta minha iniciativa.


http://queeaverdade.blogspot.pt/2012/04/orando-em-verso.html

Imitação de Cristo, 1, 21, 5



É muitas vezes pela fraqueza do espírito que este miserável corpo se queixa tão facilmente. Pede, pois, humildemente ao Senhor que te dê o espírito de compunção, e dize, com o profeta: Sustenta-me, Senhor, com o pão das lágrimas e a bebida copiosa do pranto (Sl 79,6).

PARABÉNS SANTO PADRE - Concerto para piano # 25 de W. A. Mozart – Filarmónica de Viena dirigida por Riccardo Muti com Mitsuku Ushida solista

Anda, voa!

Vejo-me como um pobre passarinho que, acostumado a voar apenas de árvore em árvore ou, quando muito, até à varanda de um terceiro andar..., um dia, na sua vida, meteu-se em brios para chegar até ao telhado de certa casa modesta, que não era propriamente um arranha-céus... Mas eis que o nosso pássaro é arrebatado por uma águia – que o julgou erradamente uma cria da sua raça – e, entre as suas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, por cima das montanhas da terra e dos cumes nevados, por cima das nuvens brancas e azuis e cor-de-rosa, mais acima ainda, até olhar o sol de frente... E então a águia, soltando o passarinho, diz-lhe: anda, voa!... – Senhor, que eu não volte a voar pegado à terra, que esteja sempre iluminado pelos raios do divino Sol – Cristo – na Eucaristia, que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso do teu Coração! (S. Josemaría Escrivá - Forja, 39)
 
O coração sente então a necessidade de distinguir e adorar cada uma das pessoas divinas. De certo modo, é uma descoberta que a alma faz na vida sobrenatural, como as de uma criancinha que vai abrindo os olhos à existência. E entretém-se amorosamente com o Pai e com o Filho e com o Espírito Santo; e submete-se facilmente à actividade do Paráclito vivificador, que se nos entrega sem o merecermos: os dons e as virtudes sobrenaturais!

Corremos como o veado que anseia pelas fontes da água; com sede, a boca gretada pela secura. Queremos beber nesse manancial de água viva. Sem atitudes extravagantes, mergulhamos ao longo do dia nesse caudal abundante e claro de águas frescas que saltam até à vida eterna. As palavras tornam-se supérfluas, porque a língua não consegue expressar-se; o entendimento aquieta-se. Não se discorre, olha-se! E a alma rompe outra vez a cantar um cântico novo, porque se sente e se sabe também olhada amorosamente por Deus a toda a hora.

Não me refiro a situações extraordinárias. São, podem muito bem ser, fenómenos ordinários da nossa alma: uma loucura de amor que, sem espectáculo, sem extravagâncias, nos ensina a sofrer e a viver, porque Deus nos concede a Sabedoria. Que serenidade, que paz então, metidos no caminho estreito que conduz à vida.! (S. Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 306–307)

Semana de festa para o Papa

Bento XVI faz hoje 85 anos. Nasceu a 16 de Abril de 1927 e celebra mais um aniversário com uma festa discreta. Mas esta semana é de festa, pois na quinta-feira o Papa completa sete anos de Pontificado. 

Quando Ratzinger foi eleito Papa, muitos se interrogaram se aos 78 anos daria conta do recado; se teria energia e saúde suficientes para tão grande missão. 

“Claro que não” – respondeu na altura o seu próprio irmão. Agora, aos 85 anos de idade e sete anos de Pontificado, Bento XVI já cumpriu 23 viagens fora de Itália. 

Desde que é Papa, Joseph Ratzinger presidiu a quatro sínodos dos bispos, a três Jornadas Mundiais da Juventude, escreveu dois livros, três Encíclicas e três exortações apostólicas; proclamou ainda o Ano Paulino e o Ano Sacerdotal, enfrentou com determinação e humildade várias crises, com orientações inequívocas sobre abusos sexuais, sobre protestos internos na Igreja e alertas para a falta de conversão, para os riscos do relativismo e do afastamento de Deus da vida do homem e da sociedade. 

Bento XVI tem uma regra de vida, como o seu irmão já confidenciou: “Joseph, ao longo da vida, sempre optou primeiro por cumprir a vontade de Deus e depois empenhou-se com todo o coração em segui-lo, por onde Deus o quisesse levar”. 

Discreto, como é sempre, será, muito provavelmente, com o seu irmão, os secretários e as leigas consagradas que vivem no Apartamento Pontifício que o Papa vai festejar hoje mais um ano de vida.

Rádio Renascença

Celebrando o aniversário natalício e os sete anos de Pontificado de Bento XVI (vídeos em espanhol e inglês)

Felicidades Santo Padre!


O aniversário do pai é sempre um motivo de alegria para os filhos. É a sensação que nós, os filhos da Igreja, experimentamos por ocasião do aniversário do Papa Bento XVI. Recordo comovido o dia da sua eleição, há sete anos, quando ao dirigir-se a uma emocionada praça de S.Pedro, definiu-se a si mesmo como um “simples e humilde trabalhador da vinha do Senhor”.

É dessa maneira que o Papa está a cumprir o seu ministério petrino, com a serenidade de quem se abandona completamente em Deus. É um exemplo para todos nós que nos sentimos impulsionados por este pai, humilde e próximo de cada um, para fazer da Igreja o lugar de unidade e amor descrito por S.Lucas nos Actos dos Apóstolos. 

“Omnes cum Petro ad Iesum per Mariam”,  todos com Pedro a Jesus por Maria, repetia frequentemente S.Josemaria: o Papa, sucessor de Pedro, é sempre princípio e fundamento visível da unidade da Igreja. Sabemos que, unidos a ele, encontramo-nos juntos e unidos a Jesus, nosso Senhor. Uma unidade de afectos especialmente alegre, sobretudo neste momento de celebração do aniversário natalício do Papa e a poucos dias do aniversário da sua eleição como Pontífice.

A incansável dedicação do Santo Padre ao serviço da Igreja comove-nos no sentido mais literal da palavra: move o nosso afecto e também a nossa vontade para sermos mais fiéis ao Papa Bento XVI. Ele dedicou toda a sua vida a Deus: desde jovem, quando se sentiu chamado ao sacerdócio; depois, com o passar dos anos, contribuindo com as suas capacidades intelectuais no aprofundamento teológico da doutrina e com a sua actividade como apóstolo e pastor para despertar a fé no coração dos homens. Agora, como Pontífice, continua com esta missão, fundando o seu ministério na celebração da Eucaristia e na oração, consciente de que só com a graça de Cristo, a Igreja pode levar a cabo a tarefa que o Senhor lhe encomendou.

Felicidades, Santo Padre! Queremo-lo muito, com um afecto filial e rezamos pela sua Pessoa, para que Deus lhe conceda graças abundantes e para que o seu Ministério esteja cheio de frutos de santidade para a Igreja e de paz para a sociedade civil.

D. Javier Echevarría
Prelado do Opus Dei


(Texto originalmente publicado na revista "Famiglia Cristiana", junto com muitas outras felicitações).

(Fonte: site do Opus Dei - Portugal AQUI)

S. Josemaría Escrivá e o amor ao Romano Pontífice

O Papa Bento XVI celebra hoje o seu 85º aniversário. 


O amor ao Romano Pontífice, diz São Josemaria, deve ser para nós uma formosa paixão, porque nele vemos Cristo. Para saber mais sobre a vida do Romano Pontífice, clique AQUI 


(Fonte: site de São Josemaría Escrivá AQUI)

Posição incómoda

Eminência, [...] o senhor escreveu um livro chamado Deus e o mundo, no qual disse que a sua posição como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé era a posição mais incómoda que já tinha ocupado. (O cardeal Ratzinger ri tranquilamente) O que quis dizer com isso?

Sim, é uma posição incómoda de muitas maneiras. Sobretudo porque, com frequência, somos obrigados a enfrentar todos os problemas da Igreja: relativismo, heresias, teologias inaceitáveis, teólogos complicados e o resto, juntamente com os casos disciplinares; o problema dos pedófilos, por exemplo, também é problema nosso. Nesta Congregação, temos de lutar com os aspectos mais complicados da vida da Igreja hoje.

Além disso, somos atacados como "a Inquisição"; o senhor deve sabê-lo melhor do que eu...
Isso por um lado. Mas, por outro, comprovo todos os dias que as pessoas estão agradecidas quando dizem: "Sim, a Igreja tem uma identidade, uma continuidade; a fé é real e está presente também hoje, e é possível professá-la..." E o mesmo quando vou à Praça de São Pedro e vejo tantas pessoas de lugares tão variados do mundo que me dizem: "Obrigado, padre. Estamos agradecidos pelo difícil trabalho que faz, porque nos ajuda". Muitos amigos protestantes chegam também a dizer-me: "O que o senhor vem fazendo é útil para nós porque também defende a nossa fé e a validade da fé em Cristo.

Precisamos de uma instância como a sua, mesmo quando não compartilhamos o que diz.

E é útil também para ver que temos de prosseguir na contínua defesa da fé; o senhor alenta-nos a perseverar na fé, a continuar a vivê-la". E nos últimos dias, aproximou-se de mim uma delegação de ortodoxos que me disseram o mesmo. Portanto, o nosso trabalho tem uma dimensão ecuménica que, com frequência, não é apreciada.

(Cardeal Joseph Ratzinger em ‘A crise da Igreja: uma fé fraca’, entrevista a Raymond Arroyo, canal de televisão EWTN, Irondale -Alabama, 23.08.2003; repr. por Zenit, 24.08.2003)

Rezar por Bento XVI

Não deixemos de rezar pelo Papa, especialmente no dia 19, sétimo aniversário da sua eleição. E também no dia 16, data em que fará 85 anos. Repitamos com fé a oração das Preces que o nosso Fundador tirou do acervo litúrgico da Igreja: Dominus conservet eum et vivificet eum, et beatum faciat eum in terra, et non tradat eum in animam inimicorum eius [Cfr. Sl 40 (41) 3].

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, na sua carta de Abril de 2012)

Ad multos anos

Ad multos anos
Bento XVI faz hoje 85 anos, estando a receber mensagens de felicitações de autoridades políticas e religiosas, homens de cultura e fiéis.

Há um ano o “L’Osservatore Romano” juntava-se às felicitações nestes termos: «Em nome dos seus leitores e de tantas pessoas em todo mundo que amam o Papa, estão próximas dele e manifestam a simpatia e interesse pela sua pessoa e palavras, que anunciam sem cansaço a convicção gozosa de que Deus é a luz do mundo.» acompanhada de uma imagem tradicional etíope em que os anjos veneram a cruz de Cristo, acompanhada da frase em latim Ad multos anos.

Renascer pela água e o Espírito Santo

Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma (?-c. 235), presbítero e mártir
Homilia para a Festa da Epifania, sobre a «Sagrada Teofania»; PG 10, 854-862 

Prestai-me atenção, peço-vos. Desejo remontar à fonte da vida e trazer à luz a fonte dos remédios. O Pai da imortalidade enviou ao mundo o Seu Filho imortal, o Seu Verbo. Este veio ao homem para o lavar na água e no Espírito, engendrou-o de novo para a incorruptibilidade da alma e do corpo, infundindo em nós o Espírito de vida e cobrindo-nos por completo com uma armadura imperecível. Assim, pois, se o homem foi mortal, também será divinizado; e, se foi divinizado pela água e o Espírito Santo, após o renascimento na água, será também herdeiro do céu depois da ressurreição dos mortos.

Acorrei, todas as nações, à imortalidade do baptismo. [...] Esta é a água que participa do Espírito, que rega o paraíso, que dessedenta a terra, que faz crescer as plantas, que gera o seres vivos, em suma, que gera o homem para a vida fazendo-o renascer. Foi nela que Cristo foi baptizado, foi sobre ela que desceu o Espírito Santo sob a forma de pomba. [...]

Aquele que entra com fé no banho da regeneração rejeita a veste da escravatura e reveste-se da adopção. Este sai do baptismo brilhante como o sol, radiante de justiça. Mais ainda, sai dele filho de Deus e co-herdeiro de Cristo, a Quem são devidos a glória e o poder, bem como ao Espírito Santo, bom e vivificante, agora e por todos os séculos. Ámen.

Um povo renascido da água e do Espírito

Missal Romano 
Orações da catequese baptismal da Vigília Pascal

Senhor Deus de bondade, Pai supremo dos fiéis, que pela graça da adopção multiplicais na terra os filhos da promessa e, pelo sacrifício pascal, fizestes do Vosso servo Abraão o pai de todas as nações, como tínheis prometido, concedei ao Vosso povo a graça de corresponder dignamente ao Vosso chamamento. Por Cristo, Nosso Senhor.

Senhor, também em nossos dias vemos brilhar as Vossas antigas maravilhas: se outrora manifestastes o Vosso poder libertando um só povo da perseguição do faraó, hoje assegurais a salvação de todas as nações fazendo-as nascer pela água do baptismo; fazei que todos os povos da terra se tornem filhos de Abraão e membros do Vosso povo eleito. Por Cristo, Nosso Senhor.

Senhor, nosso Deus, que fazeis crescer continuamente a Vossa Igreja chamando para Ela todos os povos, defendei com a Vossa protecção os que purificais nas águas do baptismo. Por Cristo, Nosso Senhor.

Deus, Nosso Senhor, poder imutável e luz sem ocaso, olhai com bondade para a Vossa Igreja, sacramento da Nova Aliança, e confirmai na paz, segundo os Vosso desígnios eternos, a obra da salvação humana, para que todo o mundo veja e reconheça como o abatido se levanta, o envelhecido se renova e tudo volta à sua integridade original, por meio Daquele que é o princípio de todas as coisas, Jesus Cristo Vosso Filho, que é Deus Convosco na unidade do Espírito Santo.

«Aquilo que nasce do Espírito é espírito»

São João da Cruz (1542-1591), carmelita, doutor da Igreja 
A Subida do Monte Carmelo, livro 2, cap. 5


Lemos em São João: «Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus». Renascer perfeitamente do Espírito Santo nesta vida é ter a alma muito parecida com Deus pela pureza, é não reter em si mesmo nenhuma mistura de imperfeição. É assim que se pode realizar a pura transformação da alma em Deus; ela participa da natureza de Deus pela sua união com Ele, embora essa união não seja a união das naturezas essenciais de ambos.


Para maior clareza, façamos uma comparação. Eis um raio de sol que cai sobre um vidro. Se o vidro estiver obscurecido por uma mancha ou embaciado, o raio não o poderá iluminar inteiramente nem transformá-lo totalmente na sua luz, como aconteceria se ele estivesse perfeitamente límpido e livre de toda a mancha. [...] A culpa não será do feixe de luz, mas do vidro. Se este estivesse totalmente puro e livre de manchas, iluminá-lo-ia e transformá-lo-ia de modo que pareceria ser o próprio raio de sol e daria a mesma claridade que ele. Continua a ser verdade que o vidro, ainda que muito parecido com o raio, manteria a sua natureza distinta. E, no entanto, poderíamos dizer que o vidro se tornou raio de luz, por participação.


Passa-se o mesmo com a alma. Está constantemente a ser invadida pela luz do ser de Deus, ou por outra, esta habita nela por natureza. Desde que consinta em desfazer-se das névoas e das manchas que os objectos criados nela imprimem, ou, por outras palavras, desde que tenha a sua vontade perfeitamente unida à de Deus — pois amar Deus é trabalhar, por Deus, para se despojar de tudo aquilo que não é Deus — encontra-se, desde logo, iluminada e transformada em Deus.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 16 de Abril de 2012

Havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais entre os judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-Lhe: «Rabi, sabemos que foste enviado por Deus como mestre, porque ninguém pode fazer estes milagres que Tu fazes, se Deus não estiver com ele». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo que não pode ver o reino de Deus, senão aquele que nascer de novo». Nicodemos disse-Lhe: «Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e renascer?». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo que quem não renascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. Aquilo que nasceu da carne, é carne, aquilo que nasceu do Espírito, é espírito. Não te maravilhes de Eu te dizer: É preciso que nasçais de novo. O vento sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes donde ele vem nem para onde vai; assim é todo aquele que nasceu do Espírito».


Jo 3, 1-8