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sábado, 8 de novembro de 2014
«O templo de Deus é santo e esse templo sois vós» (1Co 3,17)
Santo Aelredo de Rielvaux (1110-1167), monge cisterciense
Sermão 8 para a a festa de São Bento
Sermão 8 para a a festa de São Bento
Ouvimos muitas vezes dizer que Moisés, depois de ter conduzido Israel para fora do Egipto, construiu no deserto um tabernáculo, uma tenda de santuário, graças às doações dos filhos de Jacob. [...] É preciso ver, como diz o apóstolo Paulo, que tudo isso era um símbolo (1Co 10,6). [...] Sois vós, meus irmãos, que sois agora o tabernáculo de Deus, o templo de Deus, como explica o apóstolo: «O templo de Deus é santo, e esse templo sois vós.» Templo onde Deus reinará eternamente, vós sois a Sua tenda, pois Ele acompanha-vos no caminho; Ele tem sede em vós, tem fome em vós. Essa tenda continua a ser transportada [...] pelo deserto desta vida, até chegarmos à Terra Prometida. Então a tenda tornar-se-á Templo e o verdadeiro Salomão dedicá-lo-á «durante sete dias mais sete dias» (1R 8,65), isto é, durante o duplo repouso [...] da imortalidade para o corpo e da beatitude para a alma.
Mas, de momento, se somos verdadeiros filhos espirituais de Israel, se saímos espiritualmente do Egipto, façamos todos oferendas para a construção do tabernáculo [...]: «Cada um recebe de Deus o seu próprio carisma, um de uma maneira, outro de outra» (1Co 7,7). [...] Que tudo seja, portanto, comum a todos. [...] Que ninguém considere o carisma que recebeu de Deus como seu bem pessoal; que ninguém tenha ciúmes dum carisma que o seu irmão tenha recebido. Mas cada um considere aquilo que lhe pertence como sendo de todos os irmãos, e não hesite em considerar como seu o que é de seu irmão. Segundo o Seu desígnio misericordioso, Deus age para connosco de modo que todos tenhamos necessidade dos outros: o que um não tem, pode encontrá-lo no irmão. [...] «Os muitos que somos formamos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros que pertencem uns aos outros» (Rm 12,5).
Mas, de momento, se somos verdadeiros filhos espirituais de Israel, se saímos espiritualmente do Egipto, façamos todos oferendas para a construção do tabernáculo [...]: «Cada um recebe de Deus o seu próprio carisma, um de uma maneira, outro de outra» (1Co 7,7). [...] Que tudo seja, portanto, comum a todos. [...] Que ninguém considere o carisma que recebeu de Deus como seu bem pessoal; que ninguém tenha ciúmes dum carisma que o seu irmão tenha recebido. Mas cada um considere aquilo que lhe pertence como sendo de todos os irmãos, e não hesite em considerar como seu o que é de seu irmão. Segundo o Seu desígnio misericordioso, Deus age para connosco de modo que todos tenhamos necessidade dos outros: o que um não tem, pode encontrá-lo no irmão. [...] «Os muitos que somos formamos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros que pertencem uns aos outros» (Rm 12,5).
O Evangelho de Domingo dia 9 de novembro de 2014
Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo vendedores de bois, ovelhas e pombas, e os cambistas sentados às suas mesas. Tendo feito um chicote de cordas, expulsou-os a todos do templo, e com eles as ovelhas e os bois, deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou as suas mesas. Aos que vendiam pombas disse: «Tirai isto daqui, não façais da casa de Meu Pai casa de comércio». Então lembraram-se os Seus discípulos do que está escrito: “O zelo da Tua casa Me consome”. Tomaram então a palavra os judeus e disseram-Lhe: Que sinal nos mostras para assim procederes?». Jesus respondeu-lhes: «Destruí este templo e o reedificarei em três dias». Replicaram os judeus: «Este templo foi edificado em quarenta e seis anos, e Tu o reedificarás em três dias?». Ora Ele falava do templo do Seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dos mortos os Seus discípulos lembraram-se do que Ele dissera e acreditaram na Escritura e nas palavras que Jesus tinha dito.
Jo 2, 13-22
Reino de santidade e de graça
S. Josemaria mostra-nos o caminho adequado para colaborar na instauração do reino de Cristo, apesar dos obstáculos: todos sabeis que há dificuldades na vida do mundo e na vida da Igreja. Que estas dificuldades nos exigem – a todos – portar-nos melhor, sermos mais fiéis. Sabeis que nestes momentos de deslealdade o Senhor espera, de cada um de vós e de mim, lealdade, amor. Que devemos estar serenos, que todas as águas agitadas se acalmarão, os resíduos irão para o fundo e ficará a água potável. E que as montanhas que parecem envolver-nos e não nos deixam ver o horizonte virão abaixo: montes sicut cera fluxérunt a fácie Dómini (Sl 96[97], 5), diz a Escritura: os montes, como se fossem de cera, irão destruir-se diante do querer de Deus. Porque o querer de Deus é de amor e de misericórdia. Misericórdia Dómini plena est terra (Sl 32[33], 5), a Terra está cheia da misericórdia de Deus. O Senhor ama-nos muito, a cada um de vós e a mim, mas ama-nos ainda mais se amamos a Sua Igreja, que é nossa Mãe e que está a sofrer [18].
Reino de santidade e de graça: outra caraterística do reino de Deus, consequência da adesão a Cristo, Verdade e Vida. Pela ação do Espírito Santo, no Batismo, o cristão converte-se em filho de Deus, e nos outros sacramentos, especialmente na Eucaristia, identifica-se cada vez mais com Jesus Cristo, até poder repetir com S. Paulo: vivo, mas já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim. E a vida que vivo agora na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e Se entregou a Si mesmo por mim [19]. Esta identificação respeita as peculiaridades de cada um: Haveis de ser tão diferentes, como diferentes são os Santos do Céu, que tem cada um as suas notas pessoais e especialíssimas. E também tão parecidos uns com os outros como os Santos, que não seriam santos se cada um deles se não tivesse identificado com Cristo [20].
[17]. S. João Paulo II, Encíclica Dominum et vivificantem, 18-V-1986, n. 27.
[18]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 11-XI-1972.
[19]. Gl 2, 20.
[20]. S. Josemaria, Caminho, n. 947.
D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de novembro de 2014
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
«Arranjai amigos»
São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo
Sermão «Que rico pode ser salvo?», § 31
«Quem der de beber a um destes pequeninos, ainda que seja somente um copo de água fresca, por ser Meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa» (Mt 10,42). [...] Este é o único salário que não perderá o seu valor: «Arranjai amigos com o dinheiro desonesto, para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas.» As riquezas de que dispomos não devem servir apenas para nós; com bens injustos pode fazer-se uma obra justa e salutar, e aliviar um daqueles que o Pai destinou à Sua morada eterna. [...] Que admirável é esta palavra de Paulo: «Deus ama quem dá com alegria» (2Co 9,7), aquele que dá esmola do coração, que semeia sem medida para colher de forma igualmente abundante, que partilha sem murmurar, sem hesitação nem reticência. [...] E ainda é maior esta palavra que o Senhor diz noutro lado: «Dá a todo aquele que te pede» (Lc 6,30). [...]
Reflecte então na magnífica recompensa que te é prometida pela tua generosidade: a morada eterna. Que bom negócio! Que negócio extraordinário! Compramos a imortalidade com dinheiro; trocamos os bens perecíveis deste mundo por uma morada eterna no céu! Se vós, os ricos, tendes sabedoria, aplicai-vos a este comércio. [...] Por que vos deixais fascinar por diamantes e esmeraldas, por casas que o fogo devora, que o tempo faz desmoronar, que um tremor de terra derruba? Aspirai apenas a viver nos céus e a reinar com Deus. Um homem, um pobre dar-vos-á esse reino. [...]
De resto o Senhor não disse: «Dai, sede generosos, socorrei os vossos irmãos», mas «fazei amigos». A amizade não nasce duma única doação, mas duma longa familiaridade. Nem a fé nem a caridade nem a paciência, são obra de um dia: «Mas aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo» (Mt 10,22).
O Evangelho do dia 8 de novembro de 2014
«Portanto, Eu vos digo: Fazei amigos com as riquezas da iniquidade, para que, quando vierdes a precisar, vos recebam nos tabernáculos eternos. Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito. Se, pois, não fostes fiéis nas riquezas iníquas, quem vos confiará as verdadeiras? E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque, ou odiará um e amará o outro, ou se afeiçoará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro». Ora os fariseus, que eram amigos do dinheiro, ouviam todas estas coisas e troçavam d'Ele. Jesus disse-lhes: «Vós sois aqueles que pretendeis passar por justos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; o que é excelente segundo os homens é abominação diante de Deus.
Lc 16, 9-15
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