Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 9 de junho de 2019

PENTECOSTES

Desde que, por graça de Deus, O reencontrei e reencontrei a Igreja, a maior revelação que ocorreu na minha fé cristã, (se assim posso dizer), foi a percepção, o sentir, o viver, a realidade da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo.

Quando era “menino e moço”, o Espírito Santo era o “ilustre desconhecido”, e constato ainda hoje, que apesar de algumas diferenças ocorridas no e pelo Concílio Vaticano II, o Espírito Santo continua, na maior parte dos fiéis, a ser um “desconhecido”, tanto naquilo que Ele é, como naquilo que Ele faz.

E é frequente, (demasiado frequente), quando falo sobre o Espírito Santo, ou ouço falar sobre o Espírito Santo, reparar que muitos cristãos que ouvem, ficam admirados, ou no mínimo surpresos, e chegam mesmo a dizer posteriormente, que nunca tinham ouvido falar assim do Espírito Santo e sobretudo, da acção do Espírito Santo na vida dos que acreditam e até mesmo dos que não acreditam.

Permitam-me que afirme mais uma vez, que o Espírito Santo foi e é a maior revelação do meu reencontro com Deus e com a Igreja, passados mais de 20 anos de afastamento da fé.

É que a revelação do Espírito Santo na minha vida, levou-me ao encontro pessoal com Jesus Cristo, um encontro permanente, não só na Eucaristia, mas realmente em cada momento da minha vida, levou-me ao conhecimento e ao sentir profundo do amor do Pai, fazendo-me perceber que o Seu amor e o Seu perdão são sempre maiores que o meu pecado, e, fez-me até descobrir o amor da Mãe do Céu e a sua intercessão poderosa e constante junto de Seu Filho.

Por isso, hoje, dia de Pentecostes, quero fechar-me com Maria e os Apóstolos naquela sala, pedindo incessantemente o Espírito Santo, na certeza profunda que tenho, pela graça de Deus, que Ele será derramado em nós e em mim, e abrirá todas as portas e janelas, derrubará barreiras, incertezas e dúvidas, e levar-nos-á, levar-me-á, a “sair para fora”, a dar testemunho do infinito amor de Deus, a falar novas línguas, incompreensíveis para mim, mas que podem tocar os corações dos outros, a sentir-me “embriagado” pelo poder de Deus, ou melhor, a sentir-me inebriado pela presença real e viva de Deus no meio de nós e em mim..

Por isso quero clamar sem cessar: Vem Espírito Santo! Vem Espírito Santo! Vem Espírito Santo!

Marinha Grande, 14 de Maio de 2016

Joaquim Mexia Alves

"Nosso Senhor serve-se de nós como archotes"

Filhos de Deus. Portadores da única chama capaz de iluminar os caminhos terrenos das almas, do único fulgor, no qual nunca poderão dar-se escuridões, penumbras nem sombras. Nosso Senhor serve-se de nós como archotes, para que essa luz ilumine... De nós depende que muitos não permaneçam em trevas, mas que andem por sendas que levem até à vida eterna. (Forja, 1)

Jesus Christus, Deus Homo, Jesus Cristo, Deus-Homem! Eis uma magnalia Dei, uma das maravilhas de Deus em que temos de meditar e que temos de agradecer a este Senhor que veio trazer a paz na terra aos homens de boa vontade, a todos os homens que querem unir a sua vontade à Vontade boa de Deus. Não só aos ricos, nem só aos pobres! A todos os homens, a todos os irmãos! Pois irmãos somos todos em Jesus; filhos de Deus, irmãos de Cristo. Sua Mãe é nossa Mãe.

Na terra há apenas uma raça: a raça dos filhos de Deus. Todos devemos falar a mesma língua: a que o nosso Pai que está nos Céus nos ensina; a língua dos diálogos de Jesus com seu Pai; a língua que se fala com o coração e com a cabeça; a que estais a usar agora na vossa oração. É a língua das almas contemplativas, dos homens espirituais por se terem dado conta da sua filiação divina; uma língua que se manifesta em mil moções da vontade, em luzes vivas do entendimento, em afectos do coração, em decisões de rectidão de vida, de bem-fazer, de alegria, de paz. (Cristo que passa, 13)

São Josemaría Escrivá

O "MEU" PENTECOSTES

No meu quarto fechado
sento-me num canto,
não quero ser incomodado,
e rezo,
clamo,
imploro:
Vem Espírito Santo!

Mas nada acontece,
nem um tremor,
nem um calor,
apenas o silêncio permanece.

De repente
parece-me ouvir um trovão,
ou uma rajada de vento,
não sei definir,
não sei dizer,
mas sinto no coração,
uma ternura,
um momento,
e deixo-me conduzir,
guiar,
e abro-me ao que há-de vir.

Será uma língua de fogo,
ou “apenas” o amor,
que se derrama em mim,
e me faz sentir,
por fim,
o encanto,
o calor,
a presença do Espírito Santo!

No mais profundo silêncio,
vivo o momento de espanto,
entrego-me,
choro,
rio,
enterneço-me,
deixo-me todo amar,
e suplico,
numa súplica sem cessar:
Vem Espírito Santo!

Solenidade de Pentecostes
Marinha Grande, 9 de Junho de 2019

Joaquim Mexia Alves
https://queeaverdade.blogspot.com/2019/06/o-meu-pentecostes.html

Bom Domingo do Senhor!

Deixemos que o Pai e o Senhor façam morada em nós como Ele nos fala no Evangelho de hoje (Jo 14, 15-16.23b-26) para assim acolhermos o Espírito Santo de d’Eles procede.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo…

Ao Espírito Santo (Breviário)

Vem, criador Espírito de Deus,
Visita o coração dos teus fiéis,
E com a graça do alto os purifica.

Paráclito do Pai, Consolador,
Sê para nós a fonte de água viva,
O fogo do amor e a unção celeste.

Nos sete dons que descem sobre o mundo,
Nas línguas que proclamam o Evangelho,
Realiza a promessa de Deus Pai.

Ilumina, Senhor, a nossa mente,
Acende em nós a tua caridade,
Infunde em nosso peito a fortaleza.

Livra-nos das ciladas do inimigo,
Dá-nos a tua paz, e evitaremos
Perigos e incertezas no caminho.

Dá-nos a conhecer o amor do Pai
E o coração de Cristo nos revela,
Espírito de ambos procedente.

Louvemos a Deus Pai e a seu Filho,
Dêmos glória ao Espírito Paráclito,
Agora e pelos séculos sem fim.
Amen.

O Espírito Santo guia-nos às alturas de Deus

“Com efeito, não podemos se ao mesmo tempo egoístas e generosos, seguir a tendência de dominar os outros e sentir a alegria do serviço desinteressado. Temos sempre que escolher que impulso seguir as obras da carne são os pecados de egoísmo e de violência, como a inimizade, a discórdia, as invejas e os desacordos: são pensamentos e ações que não fazem viver realmente como humanos e cristãos, no amor. Ao contrário, o Espírito Santo guia-nos às alturas de Deus”.

(Bento XVI - Homilia Missa de Pentecostes de 27.05.2012)