Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Amar a Cristo...

O Pai tudo criou e tudo Te ofereceu, sendo portanto que tudo Te pertence excepto o mal, que é fruto da teimosia do homem ao não reconhecer a Vossa bondade e o Vosso amor.

Amado Jesus, Tu que és a fonte de toda a bondade, que nos ensinaste a amar o Pai através da oração que repetidamente Lhe fazemos, ajuda-nos a recebermos a Tua Palavra como Pão diário e constante e fundamental para a nossa subsistência espiritual.

Senhor Jesus, não nos deixes cair nas tentações das trevas que nos conduzem ao mal e ajuda-nos a louvar-Te e glorificar-Te.

JPR

Bento XVI na missa com ex-alunos "O lugar certo para nós é junto a Cristo que se humilhou para servir"

Imagem de arquivo relativa à reunião
em 2010
Encontramo-nos no caminho certo se tentamos tornarmo-nos em pessoas que descem para servir e levar a bondade de Deus. Isto é o essencial das palavras do Papa Emérito Bento XVI numa Missa celebrada neste Domingo na Capela do Governatorato no Vaticano na conclusão do seminário de Verão dos seus ex-alunos, mais conhecido por Ratzinger Schulerkreis. Este evento teve lugar em Castelgandolfo subordinado ao tema: “A questão de Deus num cenário de secularização” – partindo da produção filosófica e teológica de Remi Brague, teórico francês premiado no ano passado com o Prémio Ratzinguer para a teologia. Cerca de 50 pessoas estiveram nesta Eucaristia que foi concelebrada pelo Cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade da Cristãos e Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena; estiveram também presentes os arcebispos Georg Gänswein, Prefeito da Casa Pontifícia e Barthelemy Adoukonou, secretário do Pontificio Conselho da Cultura, e ainda o bispo auxiliar de Hamburgo, mons. Hans-Jochen Jaschke. No Evangelho deste Domingo Jesus convidava-nos a tomarmos o último lugar. O Papa Emérito recordou na sua homilia que nas últimas décadas temos verificado que tantos que estavam em primeiro lugar foram, de repente, relegados para os últimos lugares. Mesmo na Última Ceia, diz Bento XVI, os discípulos procuravam os melhores lugares e Jesus apresenta-se na ocasião como Aquele que serve e veio para servir…

Wer in dieser Welt und in dieser Geschichte vielleicht nach vorn gedrängt wird, …

“Quem, neste mundo e nesta História eventualmente seja empurrado para a frente e chega aos primeiros lugares, deve saber de estar em perigo; deve olhar ainda mais para o Senhor, medir-se com Ele, medir as suas responsabilidades para com os outros, deve tornar-se naquele que serve…"

Bento XVI, recordou que no Evangelho deste Domingo o Senhor nos diz quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado, “é o amor, o sim aos que sofrem e a elevação da humilhação.” Só assim, continua, entraremos na verdadeira grandeza de Deus. Numa homilia em que fez uma catequese sobre o sentido da humilhação de Cristo e sobre a essência do Amor de Deus. Segundo o Papa Emérito “a Cruz é um não-lugar, o lugar do despojamento, o último lugar, mas, aquele no qual João no Evangelho vê nesta humilhação extrema uma verdadeira exaltação.

”Höher ist Jesus so; ja, Er ist auf der Höhe Gottes weil die Höhe des Kreuzes …

“Assim Jesus é mais alto; sim está à altura de Deus porque a altura da Cruz é a altura do Amor de Deus, a altura da renúncia de si mesmo e da dedicação aos outros. Assim, este é o lugar do divino e devemos pedir a Deus para que nos faça compreender e aceitar com humildade este mistério da exaltação e da humilhação.”

Bento XVI recordou ainda, que sem a bondade do perdão nenhuma sociedade pode crescer, visto que as grandes coisas da vida como a amizade, o amor, a bondade e o perdão não as podemos pagar, são grátis porque é Deus que as dá…

(Fonte: 'news.va')

Recomeçam as missas na Capela Santa Marta. Papa: "Não matar o próximo com a maledicência"

“Onde Deus está não existem ódio, inveja e ciúmes e não se usam maledicências que matam os irmãos”: é o que disse o Papa Francisco na manhã desta segunda-feira, dia 2, na Casa Santa Marta, onde recomeçou a celebrar a missa com a presença de grupos, depois da pausa do verão.

O encontro de Jesus com seus compatriotas, os moradores de Nazaré, na narração do Evangelho de São Lucas proposta pela liturgia do dia foi o tema da homilia do Papa. Os nazarenos admiravam Jesus – observou Francisco – mas esperavam dele algo grandioso para acreditarem nele: “queriam um milagre, queriam um espetáculo”. Quando Jesus disse que eles não tinham fé, ficaram furiosos. Levantaram-se e levaram Jesus até o monte para empurrá-lo, para matá-lo”:
“Prestem atenção como as coisas mudaram: começaram com a beleza, com a admiração, e terminaram com um crime; queriam matar Jesus por ciúmes, inveja, estas coisas... Isto não aconteceu dois mil anos atrás... acontece todos os dias em nossos corações, em nossas comunidades. É assim: no primeiro dia, as pessoas falam bem e dizem: “Que bom esta pessoa que chegou na comunidade”. No segundo não tanto, no terceiro já começam as maledicências e terminam por acabar com ela”.

“Uma comunidade, uma família – prosseguiu o Papa – é destruída por esta inveja, que semeia o diabo nos corações e faz com que se fale mal uns dos outros”. “Nestes dias – sublinhou – estamos falando tanto sobre a paz, vemos as vítimas das armas... mas é preciso pensar também em nossas armas quotidianas: a língua, os mexericos, as maledicências . “As comunidades – concluiu – devem viver com o Senhor e ser como o Céu”.

“Para que haja paz numa comunidade, numa família, num país e no mundo, temos que estar com o Senhor. Onde o Senhor estiver, não existe inveja nem criminalidade, ódio e nem ciúmes. Existe fraternidade”. “Peçamos ao Senhor para não matarmos jamais o próximo com nossa língua e ficarmos com Ele como todos nós estaremos no Céu”.

(Fonte: 'news.va')

Vídeo da ocasião em italiano

Ao lermos diariamente um breve trecho do Evangelho estamos a comungar espiritualmente com Jesus e a receber a Sua Palavra que é sempre nova

https://twitter.com/jppreis

A misteriosa sinfonia universal

Não há ninguém tão bom que não conheça em si mesmo o mal,nem ninguém tão mau que não seja capaz do bem

É um lugar-comum dizer que este mundo não tem conserto. E muitos são os que, verificando as suas deficiências, inferem a inexistência de Deus ou, pelo menos, sustentam que o Criador é um ser insensível às desgraças que flagelam a humanidade.

O nosso planeta está longe de ser aquele aprazível paraíso onde, segundo a Bíblia, Adão e Eva foram criados. Até do ponto de vista físico, esta terra é palco de violentos contrastes: temperaturas que gelam e que escaldam; terramotos em terra e tempestades no mar; vulcões e ciclones; chuvas intempestivas e prolongadas secas; florestas impenetráveis e áridos desertos. E, pior do que estas inclemências da natureza que, mais do que mãe, parece madrasta, a crueldade dos próprios homens: tantas injustiças, tantas crianças órfãs, abandonadas ou maltratadas; tantas pessoas esfomeadas ou sem abrigo; tantas guerras; tanta miséria moral e material …

Que mundo desconsertado!

É verdade. Como certa é, paradoxalmente, a formosura da natureza, que a ecologia defende e que os poetas não se cansam de exaltar, nem os artistas de representar. Mesmo nos antros mais obscuros, brilham diamantes de escondidas belezas.

Mesmo nos corações mais empedernidos, há reflexos de um amor sublime. Não há ninguém tão bom que não conheça, em si mesmo, o mal; nem ninguém tão mau que não seja capaz do bem. Como é misteriosa e aparentemente contraditória a condição humana!

O mundo poderia ser diferente, se Deus não permitisse o mal físico, nem o pecado. Mas, se não existissem essas adversidades naturais, em que outra forja se moldaria o carácter humano e se desenvolveria o seu engenho e arte?! Por outro lado, a impossibilidade do mal moral só seria possível se fosse eliminada a liberdade. Ora, sem ela, o ser humano mais não seria, como dizia Fernando Pessoa, do que um «cadáver adiado que procria», um animal sofisticado, mas sem mérito nem culpa. É que só um ser livre é capaz de amar.

O maestro, para lograr a combinação perfeita de todos os instrumentos da orquestra, obriga os músicos a cingirem-se a uma única pauta: se cada qual tocasse o que quisesse, quando quisesse e como quisesse, em vez de uma melodia, resultaria um ruído insuportável.

Deus compõe uma música maravilhosa, mas sem retirar a liberdade a ninguém, mesmo quando alguns insistem em desafinar. O mal é, apenas, a ausência do bem e, como o nada não é, tudo o que existe é bom. O mal é, afinal, mais uma nota, em si mesma estridente, mas que faz parte da harmonia universal. Sem a prodigalidade do filho, não se conheceria a grandeza do amor de seu pai; sem o adultério da arrependida, não seria possível o perdão que a redime.

Ainda que o bem e o mal não sejam indiferentes em termos morais e pessoais, Deus escreve direito por linhas tortas. A Escritura diz que, onde abundou o pecado, sobreabundou a graça porque, como ensina Paulo de Tarso, todas as coisas concorrem para o bem.

Para a razão, o universo é um caos, porque só pela fé é possível compreender que este mundo desconsertado é, afinal, um concerto, um hino de louvor, um poema escrito pela omnipotência divina e pela liberdade humana. Deus ama todos os homens, que atrai a si e de quem cuida através do plano misterioso e infalível da sua omnipotente bondade: a providência divina.

Gonçalo Portocarrero de Almada in 'i' online http://www.ionline.pt/iOpiniao/misteriosa-sinfonia-universal

“Domine Deus” - Gloria - Vivaldi

«Não é este o filho de José?»

São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja 
Meditações sobre a vida de Cristo; Opera omnia, t. 12, pp. 530ss.

Parecem ter alcançado o grau mais elevado esses que, com todo o coração e sem fingimento, são de tal maneira senhores de si, que nada mais procuram do que ser desprezados, não ser tidos em conta e viver na humildade. [...] Enquanto não chegardes aí, pensai que nada fizestes. Com efeito, como somos todos «servos inúteis», nas palavras do Senhor (Lc 17, 10), mesmo que façamos tudo bem, enquanto não alcançarmos este grau de humildade não estaremos na verdade, mas estaremos e caminharemos na vaidade. [...]

Sabes também que o Senhor Jesus começou por fazer antes de ensinar. Mais tarde, haveria de dizer: «Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29). E quis praticá-lo realmente, sem fingimento. Fê-lo de todo o coração, como era manso e humilde de todo o coração e em verdade. N'Ele não havia dissimulação (cf. 2Cor 1, 19). Estava de tal maneira mergulhado na humildade, no desprezo e na abjecção, aniquilara-Se de tal maneira aos olhos de todos, que quando começou a pregar e a anunciar as maravilhas de Deus, e a fazer milagres e coisas admiráveis, ninguém Lhe dava valor, antes O desprezavam e troçavam Dele dizendo: «Não é este o filho do carpinteiro?», e outras coisas parecidas. Assim se cumpre a palavra de São Paulo: «Aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo» (Fil 2, 7), e não apenas de servo comum, pela encarnação, mas de um servo inútil, através da Sua vida humilde e desprezada.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu»

Faustino de Roma (século IV), presbítero 
A Trindade, 39-40, CCL 69, 340-341


O nosso Salvador tornou-Se verdadeiramente Cristo ou Messias na sua encarnação e permanece verdadeiro rei e verdadeiro sacerdote; Ele é em Si mesmo as duas coisas, pois nada pode diminuir o Salvador. Ouçamo-lo dizer que foi feito rei: «Fui Eu que consagrei o meu rei sobre o meu monte santo» (Sl 2,6). Ouçamos ainda o testemunho do Pai, afirmando que Ele é sacerdote: «Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque» (Sl 110,4). […] Ele é, portanto, pela sua encarnação, Salvador, sacerdote e rei. Mas recebeu a unção espiritualmente e não materialmente. Entre os israelitas, aqueles que eram sacerdotes e reis recebiam uma unção material com óleo, que fazia deles sacerdotes e reis. Nenhum deles possuía simultaneamente esses dois títulos: ou eram sacerdotes ou eram reis. A perfeição e a plenitude totais pertencem exclusivamente a Cristo, que veio levar a Lei à perfeição.

Embora nenhum deles tenha tido os dois títulos, como tinham recebido fisicamente a unção do óleo real ou sacerdotal, chamavam-lhes «messias» ou «cristos», que quer dizer «ungidos» (cf Sl 89). Enquanto o Salvador, que é verdadeiramente Cristo, foi consagrado pela unção do Espírito Santo, para realizar o que tinha sido escrito sobre Ele: «Por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo da alegria, preferindo-te aos teus companheiros» (Sl 45,8). Ele está acima dos companheiros que assumem o nome de «cristos» por causa da unção, pois foi consagrado com o óleo da alegria, que designa o Espírito Santo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 2 de setembro de 2013

Foi a Nazaré, onde Se tinha criado, entrou na sinagoga, segundo o Seu costume, em dia de sábado, e levantou-Se para fazer a leitura. Foi-Lhe dado o livro do profeta Isaías. Quando desenrolou o livro, encontrou o lugar onde estava escrito: “O Espírito do Senhor repousou sobre Mim; pelo que Me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres; Me enviou para anunciar a redenção aos cativos, e a recuperação da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a pregar um ano de graça da parte do Senhor”. Tendo enrolado o livro, deu-o ao encarregado, e sentou-Se. Os olhos de todos os que se encontravam na sinagoga estavam fixos n'Ele. Começou a dizer-lhes: «Hoje cumpriu-se este passo da Escritura que acabais de ouvir». E todos davam testemunho em Seu favor, e admiravam-se das palavras de graça que saíam da Sua boca, e diziam: «Não é este o filho de José?». Então disse-lhes: «Sem dúvida que vós Me aplicareis este provérbio: “Médico, cura-te a ti mesmo”. Todas aquelas grandes coisas que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum, fá-las também aqui na Tua terra». Depois acrescentou: «Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Em verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando foi fechado o céu durante três anos e seis meses e houve uma grande fome por toda a terra; e a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma mulher viúva de Sarepta, do território de Sidónia. Muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu; e nenhum deles foi curado, senão o sírio Naaman». Todos os que estavam na sinagoga, ouvindo isto, encheram-se de ira. Levantaram-se, lançaram-n'O fora da cidade, e conduziram-n'O até ao cume do monte sobre o qual estava edificada a cidade, para O precipitarem. Mas, passando no meio deles, retirou-Se.

Lc 4, 16-30