Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 30 de abril de 2013

Amar a Cristo...

Querido Jesus Cristo, frequentemente a impaciência invade-nos, seja para conTigo, imagine-se o desplante, porque não nos chamas, seja com o próximo porque diverge em opinião de nós ou porque têm tempos de actuação diferentes de nós. Esta nossa impaciência, sobretudo conTigo, é um enorme e condenável acto de soberba em que somos recorrentes.

Querido Bom Pastor, de coração contrito rogamos-Te que nos faças mansos e humildes para assim podermos andar no Teu rebanho cheios de amor e fé.

Jesus Cristo ouvi-nos, Jesus Cristo atendei-nos!

JPR

4 Maio 15h00 - Colares - Desafios actuais à Família


ATENÇÃO À DATA! - Braga - "Educar: Haverá uma receita milagrosa?" 11 Maio às 15h00


Confiar a Igreja ao Senhor é uma oração que a faz crescer

“Quando a Igreja se torna mundana, torna-se fraca.” Em síntese, foi o que disse o Papa Francisco na homilia pronunciada esta manhã durante a Missa celebrada na Capela da Casa Marta, na presença de alguns funcionários da Administração do Património da Sé Apostólica.

O Papa destacou o ato de entrega da Igreja ao Senhor, exortando todos à oração.

“Nós rezamos pela Igreja, mas por toda a Igreja? Pelos nossos irmãos que não conhecemos em todo o mundo? É a Igreja do Senhor e nós, na nossa oração, dizemos ao Senhor: Senhor, protege a tua Igreja... Ela é Tua. A Tua Igreja são os nossos irmãos. Esta é uma oração que nós devemos fazer do coração, cada vez mais".

É fácil rezar para pedir uma graça ao Senhor, para agradecer-Lhe ou quando precisamos de algo, disse o Papa. Todavia, é fundamental rezar por todos:

"Confiar a Igreja ao Senhor é uma oração que a faz crescer. É também um ato de fé. Nós não temos poder, somos pobres servidores – todos – da Igreja. Ele pode levá-la por diante, protegê-la e fazê-la crescer, defendê-la de quem quer que a Igreja se torne mundana. Este é o maior perigo! Quando a Igreja se torna mundana, quando tem dentro de si o espírito do mundo, quando tem aquela paz que não é a do Senhor, ela é fraca, é uma Igreja que será derrotada e será incapaz de levar o Evangelho, a mensagem da Cruz, o escândalo da Cruz... Não pode levá-lo adiante se é mundana."

Por isso, é importante entregar-se ao Senhor, confiar a Ele a Sua Igreja, os idosos, os doentes, as crianças, os jovens… Confiar a Igreja que passa por tribulações, como as perseguições, por exemplo. Mas há também pequenas tribulações: como as doenças ou os problemas familiares. Devemos entregar tudo isso ao Senhor, para não perder a fé e a esperança.

"Fazer esta oração de entrega pela Igreja – concluiu – nos fará bem e fará bem à Igreja. Dará grande paz a nós e grande paz a Ela, não nos tirará das tribulações, mas nos fará forte nas tribulações."

Rádio Vaticano com adaptação de JPR

Vídeo da ocasião em italiano

Imitação de Cristo, 4 , 17, 1 - Do ardente amor e veemente desejo de receber a Cristo - Voz do discípulo

Com suma devoção e abrasado amor, com todo o afeto e fervor do coração, desejo receber-vos, Senhor, como muitos santos e pessoas devotas o desejaram, os quais vos agradaram principalmente pela santidade de sua vida e pela ardentíssima devoção que os animava. Ó Deus meu, amor eterno, meu único bem, bem-aventurança interminável! Desejo receber-vos com o mais ardente afeto e a mais digna reverência que jamais sentiu ou pôde sentir santo algum!

Ideologia de género

Ultimamente, esta ideologia tornou-se institucional. Aquilo de que tratam os jornais não é sexualidade, mas decretos. O problema não é erótico, é jurídico. Esta terceira confusão vem de deduzir do repúdio da homofobia a exigência de leis que concedam a esses casais uma paridade com as famílias. O erro abandona o campo especulativo e torna-se político.

O Estado não regula amor e paixão. Se assim fosse, teria de criar muitos contratos para além do casamento. O motivo por que instituiu apenas este tem razões político-sociais, não sentimentais. De facto, a família é a célula base da sociedade, e convém que a lei a estatua, regulamentando os direitos básicos. Fora disso há múltiplas formas de amizade e relação que seguem as partes genéricas do Código Civil.

João César das Neves in DN online (excerto do artigo intitulado ‘A insólita inversão’ AQUI)

Comunicar as próprias convicções - II


Ensaio de Ángel Rodríguez Luño – publicação subdividida em V partes

Verdade e liberdade

Em mais de uma ocasião, João Paulo II destacou que o conflito entre verdade e liberdade está presente em boa parte dos problemas que afectam a cultura do nosso tempo (2). A esse mesmo assunto se referiu Bento XVI com o conceito de relativismo (3). Diante das posições relativistas, tem-se a tentação de responder mostrando a sua contradição interna: quem considera que toda a verdade é relativa faz, na realidade, uma afirmação absoluta e, por isso, contradiz-se a si mesmo. Trata-se de uma crítica verdadeira, mas culturalmente pouco eficaz, porque não procura entender os pontos de apoio que sustentam os fundamentos relativistas, nem parece compreender a questão que tentam solucionar.

A partir de uma perspectiva ético-social, as posições relativistas têm o seu ponto de partida baseado no facto de que na sociedade actual existe uma pluralidade de projectos de vida e de concepções do bem, que parece propor uma disjuntiva: ou se renuncia à ideia de julgar os diferentes projectos de vida, ou há que abandonar o ideal ou o modus vivendi caracterizado pela tolerância. Por outras palavras, um modo de vida tolerante requereria admitir que qualquer concepção de vida tem o mesmo valor ou, pelo menos, tem o mesmo direito de existir como qualquer das outras; se isto não se admite, cai-se num fundamentalismo ético e social.

O raciocínio é bastante enganador, mas apresenta-se com aparência de verdade por causa de um facto inegável, que constitui o seu ponto de apoio: ao longo da história e, inclusive, na actualidade, não faltou quem oprimisse violentamente a liberdade das pessoas e dos povos em nome da verdade. Por isso, para que a mensagem evangélica seja rectamente entendida, torna-se necessário evitar qualquer palavra, raciocínio ou atitude que possa fazer pensar que um cristão coerente sacrifica a liberdade em nome da verdade. Se fosse dada esta impressão, ainda que involuntariamente, contribuir-se-ia para consolidar o pressuposto fundamental do relativismo: a ideia de que o amor à verdade e o amor à liberdade são incompatíveis, pelo menos na prática.

A comunicação de convicções cristãs e de conteúdos éticos necessita que seja demonstrada com obras, e não somente com palavras, que entre verdade e liberdade existe uma verdadeira harmonia; isto requer, por um lado, estar profundamente convencido do valor e do significado da liberdade pessoal. Mas, por outro, obriga a distinguir cuidadosamente o terreno ético do terreno político e jurídico. Em primeiro lugar, toda a chamada da autoridade se dirige à liberdade; em segundo lugar, o recurso à coação pode ser legítimo.

2 - Cf. por exemplo: Litt. enc. Redemptor hominis, 4-03-1979, n. 12; Litt. enc. Centesimus annus, 1-05-1991, nn. 4, 17 y 46; Litt. enc. Veritatis splendor, 6-08-1993, nn. 34, 84, 87 y 88; Litt. enc. Fides et ratio, 14-09-1998, n. 90.

3 - Cf. por exemplo: Discurso ao Convênio diocesano promovido pela diocese de Roma sobre o tema “Família e comunidade cristã: formação da pessoa e transmissão da fé”, 7-6-2005; Discurso ao Corpo Diplomático acreditado diante da Santa Sé, 8-01-2007; Discurso a uma Delegação da “Académie des Sciences Morales et Politiques” de Paris, 10-02-2007; Discurso inaugural da V Conferência do Episcopado Latinoamericano, 13-5-2007.

(Fonte: site Opus Dei - Portugal)

Liberdade e providência

O senhor usa muitas vezes a palavra Providência. Que significado tem para o senhor?

Creio firmemente que Deus de facto nos vê e nos deixa a liberdade e que, contudo, também nos conduz. Muitas vezes podemos ver que certas coisas, que a princípio nos pareciam aborrecidas, perigosas, desagradáveis, vêm depois a fazer sentido. De repente, verifica-se que foi bom assim, que foi um caminho certo. Para mim, na prática, isto significa que a minha vida não é composta de acasos, mas que Alguém prevê e anda por assim dizer, na minha frente, antecipa-se aos meus pensamentos e prepara a minha vida.
Posso recusar, mas também posso aceitar, e então percebo que realmente sou conduzido por uma luz "providencial".

No entanto, isto não significa que o homem seja completamente determinado, mas sim que o seu destino é precisamente um desafio à sua liberdade. Como se diz na parábola dos talentos, quem os recebe tem uma tarefa determinada, mas pode executá-la de um modo ou de outro. Em todo o caso, cada um tem a sua missão, o seu dom especial, ninguém é supérfluo, ninguém existe em vão. Cada um tem de procurar perceber qual é a sua vocação, e como responder melhor ao apelo que lhe é feito.

(Cardeal Joseph Ratzinger em ‘O sal da terra’, págs. 35-36)

«Quer vivamos quer morramos, somos do Senhor» (Rom 14,8)

«Ao movimento linear da nossa vida para a morte responde o círculo do amor divino, que se torna para nós uma nova linha, um renovamento perene e progressivo da vida em nós quanto mais a vida se torna, simplesmente, relação entre mim e a verdade feita pessoa – Jesus -. A inevitável linearidade do nosso caminho para a morte é transferida pela linha directa do nosso caminho para Jesus».

(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)

PORQUÊ PEDIR O ESPÍRITO SANTO? de Joaquim Mexia Alves

Porquê pedir o Espírito Santo, hoje e sempre?

Todos nós que somos baptizados recebemos o Espírito Santo pelo Baptismo, (tornámo-nos templos do Espírito Santo), pelo Crisma, e obviamente em cada celebração de um sacramento em que participamos, celebrando, recebemos também e sempre o mesmo Espírito de Deus que constantemente se derrama na/em Igreja.

Porquê então pedi-Lo novamente, todos os dias das nossas vidas?

Em determinado momento da minha vida trabalhei em duas fábricas, uma de tubo de aço e outra de chapa de zinco.
Em ambas as fábricas existia aquilo a que chamávamos tinas de galvanização.
Que me perdoem a explicação os experts na matéria, (e a falta de memória, já lá vão mais de trinta anos), as tinas de galvanização continham zinco em estado líquido, porque eram aquecidas por uma fonte de calor, que mantinha esse zinco nesse estado líquido.
Quando eram utilizadas, aumentava-se a temperatura, para que o zinco ficasse no estado ideal de poder ser utilizado.
Então, os tubos e chapas eram mergulhados nessas tinas, e, revestidos desse zinco líquido eram retirados e colocados a “secar”, digamos assim.
Obviamente, o aspecto desses tubos e chapas melhorava imenso, pois tornavam-se mais brilhantes, reflectindo a luz que neles incidisse, e, mais ainda, protegia-os da corrosão, da ferrugem, dos elementos exteriores que podiam alterar a sua “essência” e a missão para que tinham sido realizados.

Ora nós cristãos, alguns de nós ou muitos de nós, somos um pouco assim como essas tinas de galvanização.

Pelo Baptismo recebemos o Espírito Santo e Ele está em nós, mas está muitas vezes como esse zinco liquido nas tinas de galvanização, “inerte”, não sendo utilizado.
Somos cristãos, temos o Espírito Santo, mas Ele não actua em nós, nada transforma, nada converte, sobretudo porque d’Ele muitas vezes não temos consciência e não a tendo, não O deixamos actuar nas nossas vidas.
Assim somos cristãos cinzentos, sem brilho, e nem reflectimos a luz que nos vem de Deus para sermos testemunhas da Luz.
Mais do que isso, não tomando consciência do Espírito Santo em nós, não O deixando actuar em nós, estamos desprotegidos perante as ameaças do mundo, (as tentações, os vícios, os rancores e ressentimentos, etc.), e por isso mesmo nos deixamos corromper, vivendo em pecado, e ao vivermos em pecado não cumprimos a missão que Ele nos deixou, perdendo-nos no mundo e muitas vezes fazendo perder aqueles que nos rodeiam.
Temos o Espírito Santo em nós, mas ninguém O vê, porque d’Ele não damos testemunho, porque não deixamos que Ele nos converta, nos transforme e nos guie.

Então este pedir o Espírito Santo todos os dias, (dado que já está em nós desde o Baptismo), é afinal pedir que Ele actue em nós, que Ele nos encha por completo, que Ele nos mostre o caminho, que Ele nos ilumine na Palavra, que Ele nos faça ver com os olhos da fé, (meu Senhor e meu Deus!), que Ele nos converta e conduza, que Ele nos santifique, não apenas para nossa salvação, mas também para que sejamos testemunhas da Boa Nova e assim possamos ser “ocasião” para salvação de outros.

Então, para O recebermos, ou melhor, para que Ele seja presença viva nas nossas vidas, precisamos de nos abrir a Ele, porque abrindo-nos a Ele, abrimo-nos ao próprio Deus, e abrir-nos a Deus é abrir-nos ao amor, à conversão, à mudança de vida, é queremos fazer em tudo e sempre a vontade de Deus.

Então, tudo se transforma, porque é Ele que ora em nós, é Ele que lê e medita connosco a Palavra de Deus, é Ele que nos abre o entendimento para que possamos reconhecer Jesus ao “partir do Pão”, é Ele que dando-nos esse reconhecimento nos leva a amar como Ele nos amou, fazendo assim de nós filhos de Deus reunidos e chamados a construir a Igreja.

E, afinal, pedir o Espírito Santo é fazer já a vontade de Deus, porque só Ele sabe o que nós precisamos e o que é melhor para nós.


«Digo-vos, pois: Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á; porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra, e ao que bate, abrir-se-á.

Qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!» Lc 11, 9-13


Vem Espírito Santo,
faz-me dócil às tuas moções, renova-me em cada momento, ora em mim, abre o meu entendimento à Palavra de Deus, faz-me reconhecer Deus nos Sacramentos, na Igreja, em cada irmã e em cada irmão, faz em mim e de mim a tua vontade, para que eu seja nada e Tu, Espírito Santo de Deus, sejas tudo em mim, em cada momento da vida que me dás.
Amen.


Monte Real 29 de Abril de 2013

Joaquim Mexia Alves 

SEM MEDO À ESPERANÇA - P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Daquela vez era mesmo a sério: Colton estava a morrer. Os sorrisos dos médicos tinham-se transformado numa sentença de morte e já nem a amabilidade das enfermeiras, sempre tão solícitas e atenciosas, conseguia disfarçar o drama que Sónia e Todd estavam a viver, enquanto o seu pequeno filho de quatro anos agonizava. Depois de um apertado abraço, que apenas serviu para que ambos se sentissem ao mesmo tempo reconfortados e oprimidos pela mesma dor, pediram orações a todos os seus amigos. Como depois Todd reconheceu, «estava desesperado por orações, desesperado para que outros crentes batessem às portas do Céu e implorassem pela vida do nosso filho».

Depois, como já nada mais havia a fazer, Todd e Sónia sentaram-se e rezaram juntos, «com medo de ter esperança e com medo de a não ter». Como é difícil esperar, quando a voz das nossas súplicas parece impotente ante a realidade! Como é penoso, depois de esgotados, sem êxito, todos os meios humanos, cruzar os braços, olhar o Céu com temor e tremor e esperar, «esperando contra toda a esperança» (Rm 4, 18)!

Na aflição daquela agonia do pequeno Colton, os seus pais tiveram medo de não ter esperança, porque sabiam que o milagre não se poderia produzir senão pela sua fé no poder de Deus e no seu infinito amor. Como cristãos, tinham presente que a intervenção celestial requer uma atitude de confiança por parte do fiel que, de outro modo, não poderia receber a impetrada graça divina. Por isso, rezaram e pediram orações. Baterem às portas do céu com as suas lágrimas e as suas vozes e, ainda, com as lágrimas e as vozes de muitos outros seus amigos, também crentes e, portanto, solidários com a sua dor.

Mas Todd e Sónia tiveram também um outro medo: o medo de ter esperança. Parece estranho este temor, sobretudo se referido como concomitante com o seu contrário, ou seja, o medo de a não ter. Mas é verdade que, muitas vezes, este receio nos acomete, sobretudo em momentos de grande aflição. É como que uma voz que se insinua na nossa mente e no nosso coração e nos convida a sermos razoáveis, a não pedirmos o impossível, a não desejarmos o que está para além do poder humano. É a força de um argumento cheio de razão, mas também a voz de uma vontade que não se quer ver ferida pela desilusão de uma expectativa defraudada. Para quê desejar o infinito, se outra é a nossa condição? Não será cruel acreditar num sonho que, inexoravelmente, se desfará quando se tiver que acordar para a realidade? De que serve essa piedosa alienação, se a realidade dos factos se impõe por si mesma, com toda a sua crueza? Não será, afinal, mais sensato, não levantar esses castelos no ar e resignar-se ante a dor e a morte, em vez de esperar?!

Os apóstolos sentiram este medo de ter esperança quando lhes chegou a boa nova da ressurreição de Cristo. Não quiseram acreditar, porque temeram que, se não fosse verdadeira a tão auspiciosa notícia, mais terrível seria o seu já imenso sofrimento. Não se quiseram agarrar a uma ilusão que, talvez por uns momentos, os pudesse reconfortar, mas que depois os deixaria irremediavelmente ainda mais prostrados e abatidos.

Há, decerto, esperanças a não alimentar, porque carecem de fundamento sobrenatural. Cristo a ninguém prometeu a riqueza, o poder, a saúde, o bem-estar ou uma vida longa e prazenteira. Por isso, quem o desejar, para si ou para os outros, não o pode fazer em nome da sua fé cristã. Mas há uma esperança de que não há que ter medo, uma esperança que não engana: a certeza que nasce da ressurreição de Jesus, que não foi apenas percepcionada ou intuída pelos seus discípulos, mas por eles comprovada, vista pelos seus incrédulos olhos e tocada pelas suas mãos tementes e trementes.

Colton não só não morreu, como parece ter sido protagonista de uma revelação surpreendente, embora o seu conteúdo nada tenha de extraordinário para quem crê. Quando acordou do coma, aquele menino norte-americano de quatro anos sorriu e disse que tinha visto o Céu, onde Cristo vive (Todd Burpo e Lynn Vincent, O Céu existe mesmo, A história real do menino que esteve no Céu e trouxe de lá uma mensagem, 7ª edição, Ed. Lua de Papel, 2011).

Outros ajuizarão acerca do valor dessa singular experiência, mas a sua conclusão não poderia ser mais certeira, porque, de facto, Cristo vive e nós vivemos no seu amor. «Porque eu estou certo que nem a morte, nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem as coisas presentes, nem as futuras, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem nenhuma outra criatura nos poderá separar do amor que Deus nos manifestou em Cristo Jesus, Senhor nosso» (Rm 8, 38-39).

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

«Deixo-vos a paz; dou-vos a Minha paz»

São (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho 

Carta, AdFP, 549

O Espírito de Deus é espírito de paz; mesmo quando cometemos os mais graves pecados, Ele faz-nos sentir uma dor tranquila, humilde e confiante, devido, precisamente, à Sua misericórdia. Ao invés, o espírito do mal excita, exaspera e faz-nos sentir, quando pecamos, uma espécie de cólera contra nós; e no entanto o nosso primeiro gesto de caridade deveria justamente ser para com nós próprios. Portanto, quando és atormentado por certos pensamentos, tal agitação não te vem nunca de Deus, mas do demónio; porque Deus, sendo espírito de paz, só pode dar-te serenidade.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

A Tua Paz!

A Tua Paz! Se os homens procurassem, de veras, a Tua Paz e não uma outra qualquer engendrada em plenários, consignada em tratados, apregoada como uma ''vitória'' porque, de facto, nas coisas humanas, só o vencedor tem condições para ''impor'' a paz, se assim fora, a Tua Paz viria sobre o mundo e nunca mais seriam necessários vencedores de coisa nenhuma.

(AMA, Meditação sobre Jo 14, 27-31, 2010.05.04)

O Evangelho do dia 30 de abril de 2013

«Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe o vosso coração, nem se assuste. Ouvistes que Eu vos disse: Vou e voltarei a vós. Se vós Me amásseis, certamente vos alegraríeis de Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Eu vo-lo disse agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis. Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe deste mundo. Ele não pode nada contra Mim, mas é preciso que o mundo conheça que amo o Pai e que faço como Ele Me ordenou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.

Jo 14, 27-31

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Bento XVI deverá regressar ao Vaticano no dia 2 de maio cerca do meio dia (vídeo em espanhol)

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, ambicionamos juntar em união na fé muitos mais filhos Teus à Tua e nossa Igreja, fazer regressar os que saíram sem pôr em causa a firmeza da fé e a doutrina.

Tarefa árdua, como o foi a Tua subida do Calvário para sofreres morte de cruz; a oriente temos irmãos desavindos há quase um milénio, aqui nesta Europa velha e cansada de si mesma, temos irmãos de grande firmeza de fé afastados há quase um quarto de século e muitos outros apoderados pelo relativismo, arma de Satanás, que põem em causa os alicerces do magistério da Igreja questionando mesmo a Tua Ressurreição de forma não assumida mas na prática.

Jesus Cristo, Filho de Deus, banha-nos com o Espírito Santo que procede de Ti e do Pai e assim renovarás a face da terra!

JPR

7 Maio 21h30 "O que é a Teologia do Corpo?" Eugénia Tomaz


Humildade e docilidade são como uma moldura da vida cristã

Envergonhar-se dos próprios pecados é a virtude do humilde que se prepara para acolher o perdão de Deus: foi o que disse o Papa Francisco na missa desta manhã presidida na capela da Casa Santa Marta, com a participação de funcionários da Administração do Património da Sé Apostólica e de algumas religiosas.

Comentando a primeira Carta de S. João, em que se diz que “Deus é luz e Nele não há trevas”, o Papa Francisco destacou que “todos nós temos obscuridades na nossa vida”, momentos “em que há escuridão em tudo, inclusive na própria consciência”, mas isso não significa caminhar nas trevas:

“Caminhar nas trevas significa estar satisfeito consigo mesmo; estar convencido de que não se precisa de salvação. Essas são as trevas! Olhem os vossos pecados, os nossos pecados: todos somos pecadores, todos… Este é o ponto de partida. Se confessamos os nossos pecados, Ele é fiel, é justo a ponto de nos perdoar.”

Isso é o que acontece no Sacramento da Reconciliação, afirmou Francisco, acrescentando que confessar não é como ir à tinturaria, para limpar a sujeira de nossas roupas:

“O confessionário não é uma tinturaria: é um encontro com Jesus que nos espera, que nos espera como somos. Temos vergonha de dizer a verdade, ‘fiz isso, pensei aquilo’, mas a vergonha é uma virtude verdadeiramente cristã e também humana... a capacidade de envergonhar-se é uma virtude do humilde.

Esta é a virtude que Jesus pede a nós: a humildade e a docilidade:

“Humildade e docilidade são como uma moldura da vida cristã. Um cristão vive sempre assim, na humildade e na docilidade. E Jesus nos espera para nos perdoar. Confessar não é como ir a uma “sessão de tortura”. “Não! Confessar-se é louvar a Deus, porque eu pecador fui salvo por Ele. E ele me espera para me repreender? Não, com ternura para me perdoar. E se amanhã fizer a mesma? Confesse-se mais uma vez... Ele sempre nos espera”.

Francisco então concluiu: “Que o Senhor nos dê esta graça, esta coragem de procurá-lo sempre com a verdade, porque a verdade é luz e não com as trevas das meias-verdades ou das mentiras diante de Deus. Que ele nos dê essa graça”.

Rádio Vaticano

Imitação de Cristo, 4 , 16, 3 - Como devemos descobrir nossas necessidades a Cristo e pedir sua graça - Voz do discípulo

Oh! se me inflamásseis todo com a vossa presença e me abrasásseis e transformásseis em vós, a ponto de tornar-me um só espírito convosco pela graça da união interior e a força do ardente amor! Não me deixeis sair de vossa presença seco e faminto, mas usai para comigo de vossa misericórdia, como tantas vezes admiravelmente fizestes com vossos santos. E que maravilha fora se todo me abrasasse em vós e me consumisse, sendo vós o fogo que sempre arde e nunca se apaga, o amor que purifica os corações e ilumina o entendimento?

O saber agradecer aos superiores, aos irmãos é sinal de que se tem um coração agradecido para com Deus nosso Senhor

Mario Rafael Rausch é um irmão jesuíta argentino que mora no Colégio Máximo de San Miguel, província de Buenos Aires, ele guarda cuidadosamente uma carta que o então Padre Jorge Mario Bergoglio, agora Papa Francisco, escreveu-lhe em 1979 na qual explica a importância de ser agradecidos na vida.

Em entrevista concedida ao Grupo Aci, o irmão Rausch, jesuíta desde 1977 e encadernador de ofício, lembra que em 8 de dezembro de 1979, escreveu uma carta de agradecimento ao então Padre Bergoglio pelo seu serviço como provincial da Argentina durante pouco mais de seis anos.

Quatro dias depois, o agora Santo Padre lhe respondeu com a seguinte carta:

"San Miguel, 12 de dezembro de 1979

Reverendo Irmão Mario Rausch

Meu querido Mario, quero agradecer-te pelo que escreveu. A sua carta do dia oito é uma carta de agradecimento e o agradecer é uma virtude que Santo Inácio queria muito para seus jesuítas.

O saber agradecer aos superiores, aos irmãos é sinal de que se tem um coração agradecido para com Deus nosso Senhor e um coração agradecido é sempre fonte de graça para todo o corpo da Companhia e da Igreja.

Aproveita esta oportunidade para agradecer ao Senhor tantas graças que te deu, a tua família, a tua vocação, o noviciado, a tua piedade e as tuas virtudes.

Agradece ao Senhor porque nos deu a Santíssima Virgem como Mãe e a São José como modelo de oração e trabalho. Agradece pelas virtudes de cada um dos membros da comunidade, como fazia São Alonso Rodríguez.

Enfim, faz muita oração de ação de graças, que o Senhor te conserve bom.
Forte abraço, com todo carinho cheio de afeto em Nosso Senhor e sua Santíssima Mãe,

Jorge Mario Bergoglio S.J.".

Telefonou-lhe pelo seu aniversário como era seu costume

Sobre a missiva que recebeu já faz mais de 30 anos, o irmão Rausch conta que o então Padre Bergoglio "era realmente muito atento para me responder uma carta que escrevi uns dias antes" e contou que o agora Santo Padre não teve somente essa "delicadeza" para com ele, mas também estava acostumado a telefonar-lhe pelo seu aniversário.

Este ano não foi diferente e em 23 de março Francisco telefonou-lhe e ao seu irmão gémeo que mora em Córdoba. "O Papa ligou para me saudar como faz há muitos anos nesse dia.", disse.

Depois de comentar que a recepcionista, a senhora Raquel Beterette, recebeu a ligação com grande emoção e que havia reconhecido a voz do Pontífice, o irmão Rausch conta que ela "ficou muito nervosa e muito emocionada. A senhora passou-me a ligação quando eu estava trabalhando na minha oficina de encadernação e disse-me muito surpreendida: ‘Liga-te o Papa!’".

"Disse-me, ‘Feliz Aniversário!’ e eu lhe disse, ‘Como está Jorge?’ Bom, Francisco agora. Ele gosta que o chamem Jorge, como sempre. ‘A porteira está emocionadíssima’. E disse-me ‘Sim, reconheceu a minha voz’. Ouvia-se que estava contente, com vontade de fazer brincadeiras. Não falamos muito porque a ligação era de longa distância e tentei que fosse curta, porque embora ele seja muito atento, é também muito austero, assim foi uma conversação breve".

Depois de contar que ele esperava que o Cardeal Bergoglio fosse eleito Papa e que sua eleição lhe causou uma grande alegria, o irmão Mario afirmou que considera Francisco como "um bom formador, um pai, um irmão e agora um amigo".

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptações de pormenor de JPR)

Comunicar as próprias convicções - I

Ensaio de Ángel Rodríguez Luño - publicação subdividida em V partes

Num encontro para comunicadores que a Conferência Episcopal Italiana promoveu em Novembro de 2002, João Paulo II mencionava o facto de que “as rápidas transformações tecnológicas estão a determinar, sobretudo no campo da comunicação social, uma nova condição para a transmissão do saber, para a convivência entre os povos, para a formação dos estilos de vida e das mentalidades. A comunicação gera cultura e a cultura transmite-se mediante a comunicação”. Esse nexo entre comunicação e cultura é uma das principais razões pelas quais o mundo da comunicação suscita grande atracção entre aqueles que se interessam pela ética.
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”As rápidas transformações tecnológicas estão a determinar, sobretudo no campo da comunicação social, uma nova condição para a transmissão do saber, para a convivência entre os povos e para a formação dos estilos de vida e das mentalidades” (1). A adequada maturidade moral pessoal não é independente da comunicação e da cultura, que se expressa nos fins e estilos de vida socialmente aceites, nas leis, na celebração dos acontecimentos e personagens do passado que melhor correspondem à identidade moral de uma sociedade.

A cultura possui algumas leis próprias, pelo que as ideias – e os sentimentos que fomentam – têm uma consistência e um desenvolvimento bastante autónomo. É como se as ideias, quando passam ao plano da cultura e da comunicação, se separassem das inteligências que as produziram e começassem a ter uma vida própria, desenvolvendo-se com uma força que depende somente de si mesma. Uma força que depende da sua consistência objectiva e do seu dinamismo intrínseco, talvez diferente da intenção que tinham as pessoas que as puseram em circulação.

Por isso, todos os que desejam influenciar a vida social com o espírito do Evangelho devem estar atentos à íntima relação entre comunicação e cultura; se se deseja intervir positivamente na criação e transmissão de modos de vida e de visões do homem, é preciso atender à consistência e ao previsível desenvolvimento das ideias, mais do que à pretensa intenção das pessoas. Uma atitude polémica, uma resposta brilhante ou feroz podem fazer calar um adversário, mas se não se entende o que se expôs, nem se apreciou a consistência das suas ideias e as possíveis linhas de desenvolvimento que estas tinham, provavelmente não se colaborou no crescimento cultural nem mesmo se ofereceu uma alternativa cultural adequada; e assim, as ideias que foram rejeitadas, reduzindo ao silêncio quem as promoveu, continuarão a ter uma vida longa. Somente se se consegue fazer uma proposta que conserve e supere o que de bom e de verdadeiro havia nas ideias que se considera justo combater, é que se dará um influxo cultural real.

1 - João Paulo II, Discurso ao Congresso nacional italiano de agentes da cultura e da comunicação, 9-11-2002, n. 2

(Fonte: site Opus Dei - Portugal)

'A armadilha para o celibato dos padres' pelo Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Jr.


O sacerdócio católico vive um processo de metamorfose não só no Brasil, mas, no mundo todo. Cada vez mais os sacerdotes são levados a agir como leigos, deixando de lado as práticas de ascese e oração que são a base para bem viver o celibato. A alegação é de que celibato não é mais possível nos tempos atuais e que se trata de algo impossível de se vivenciar. 

É um engano demoníaco e mais uma manobra para a protestantização da Igreja Católica, pois, o novo modelo de sacerdote proposto nada mais é que uma cópia do pastor protestante. Este sim um funcionário do povo, cuja vida não se distingue em nada da vida dos seus fiéis. O que se vê, então, é a velha heresia protestante sendo colocada em prática novamente. O Catecismo da Igreja Católica é bem claro ao diferenciar o sacerdócio ministerial do sacerdócio comum dos fiéis:

"O sacerdócio ministerial difere essencialmente do sacerdócio comum dos fiéis porque confere um poder sagrado para o serviço dos fiéis. Os ministros ordenados exercem seu serviço com o povo de Deus por meio do ensinamento (munus docendi: "encargo de ensinar"), do culto divino (munus liturgicum: encargo litúrgico") e do governo pastoral (munus regendi: encargo de governar")." (CIC §1593)

Ora, percebe-se claramente que o sacerdote é um homem escolhido, em tudo diferente do homem comum. O pastor difere-se de suas ovelhas. Sendo assim, ele precisa ter também uma conduta diferenciada. Acerca do celibato, diz o Catecismo que "na Igreja latina, o sacramento da Ordem para o presbiterado normalmente é conferido apenas a candidatos que estão prontos a abraçar livremente o celibato e manifestam publicamente sua vontade de guardá-lo por amor do reino de Deus e do serviço aos homens." (CIC §1599)

Assim, o celibato é uma aliança de amor entre o Deus e os homens por Ele escolhidos. A Igreja, em sua sapiência, fornece os meios para que os homens possam viver de forma adequada esse dom. O Código de Direito Canônico, diz que:

"Cân. 276 — § 1. Os clérigos estão obrigados, por motivo peculiar, a tender à santidade na sua vida, uma vez que, consagrados a Deus por novo título na recepção da ordem, são os dispensadores dos mistérios de Deus para o serviço do Seu povo.

§ 2. Para poderem adquirir esta perfeição:

1.° antes de mais, desempenhem fiel e esforçadamente os deveres do ministério pastoral; 

2.° alimentem a sua vida espiritual na dupla mesa da Sagrada Escritura e da Eucaristia; pelo que, os sacerdotes são instantemente convidados a oferecer diariamente o Sacrifício eucarístico, e os diáconos a participar também quotidianamente nessa oblação;

3.° os sacerdotes e os diáconos que aspiram ao sacerdócio têm a obrigação de rezar diariamente a liturgia das horas segundo os livros litúrgicos próprios e aprovados; os diáconos permanentes rezam-na na parte determinada pela Conferência episcopal;

4.° igualmente têm a obrigação de participar nos exercícios espirituais, segundo as prescrições do direito particular;

5.° recomenda-se-lhes que façam regularmente oração mental, se aproximem frequentemente do sacramento da penitência, honrem com particular veneração a Virgem Mãe de Deus e empreguem outros meios de santificação comuns e particulares."

Infelizmente, as práticas acima são consideradas ultrapassadas e inadequadas para o novo modelo de sacerdote que está sendo proposto. Deixar de lado estas práticas de oração e ascese e, consequentemente, o celibato, é mais uma armadilha satânica para destruir o que temos de mais sagrado. Recordemos, pois o que diz o Cânon 277, § 1:

"Os clérigos têm obrigação de guardar continência perfeita e perpétua pelo Reino dos céus, e portanto estão obrigados ao celibato, que é um dom peculiar de Deus, graças ao qual os ministros sagrados com o coração indiviso mais facilmente podem aderir a Cristo e mais livremente conseguir dedicar-se ao serviço de Deus e dos homens."

Que os servos de Deus espelhem-se nos grandes santos sacerdotes da Igreja e possam imitá-los em sua plenitude, por fim, encontrando também o céu com seu rebanho.

Santa Catarina de Sena - "Esta é a virgem sábia, uma das virgens prudentes: foi ao encontro de Cristo com a lâmpada acesa"

"Esta é a virgem sábia, uma das virgens prudentes: foi ao encontro de Cristo com a lâmpada acesa". A antífona de ingresso da Missa em honra de Santa Catarina de Sena faz clara referência à parábola das dez virgens, cinco sábias e sensatas e cinco néscias, que São Mateus nos propõe numa página evangélica tão rica de advertências espirituais. O evangelista coloca esta parábola, juntamente com a dos talentos, imediatamente antes da majestosa descrição do juízo universal, quase para nos recordar o que verdadeiramente vale na nossa vida, o que devemos fazer para orientar a nossa existência para o encontro definitivo com o Senhor, meta última e comum dos homens de todos os tempos. O nosso itinerário "cá em baixo" é uma peregrinação para o "alto".

Observava Santo Agostinho: "Nesta vida és um emigrante, a pátria está no alto; aqui és um hóspede, estás de passagem sobre esta terra e, então, canta e caminha". Caminhar cantando significava para Agostinho amar o Senhor reconhecendo o Seu rosto no rosto dos nossos companheiros de viagem. Santa Catarina fez isto e segundo as palavras do Canto ao Evangelho foi a "virgem sábia que o Senhor encontrou diligente: à chegada do Esposo entrou com ele para a sala das núpcias".

O Evangelho do dia 29 de abril de 2013

Aquele que aceita os Meus mandamentos e os guarda, esse é que Me ama; e aquele que Me ama, será amado por Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele». Judas, não o Iscariotes, disse-Lhe: «Senhor, qual é a causa por que Te hás-de manifestar a nós e não ao mundo?». Jesus respondeu-lhe: «Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra e Meu Pai o amará, e Nós viremos a ele, e faremos nele a Nossa morada. Quem não Me ama não observa as Minhas palavras. E a palavra que ouvistes não é Minha, mas do Pai que Me enviou. «Disse-vos estas coisas, estando convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos disse.

Jo 14, 21-26

domingo, 28 de abril de 2013

No Regina Caeli o Papa confiou os jovens crismados a Nossa Senhora

Antes de concluir a celebração eucarística o Santo Padre confiou a Nossa Senhora os Crismados e todos os presentes na Praça de S. Pedro através da tradicional oração do Regina Caeli. "A Virgem Maria ensina-nos o que significa viver no Espírito Santo e o que significa acolher a novidade de Deus na nossa vida." - disse o Papa Francisco que completou ainda:

"Ela concebeu Jesus pelo poder do Espírito, e cada cristão, cada um de nós, é chamado a acolher a Palavra de Deus, a acolher Jesus dentro de si e, em seguida, levá-lo a todos. Maria invocou o Espírito com os Apóstolos no Cenáculo: também nós, cada vez que nos reunimos em oração, somos sustentados pela presença espiritual da Mãe de Jesus, para recebermos o dom do Espírito e termos a força para testemunhar Jesus ressuscitado. Digo isto especialmente para vós, que hoje recebestes o Crisma: Maria vos ajude a estar atentos ao que o Senhor vos pede, e sempre viver e caminhar segundo o Espírito Santo!"

O Santo Padre saudou ainda particularmente os jovens presentes que se estão a preparar para o Crisma, o grande grupo guiado pelas Irmãs da Caridade, os fiéis de algumas paróquias polacas e os de Bisignano, bem como a Academia Católica Verbindung CapitolinaNo final deixou uma mensagem importante:

"Neste momento desejo elevar uma oração pelas numerosas vítimas causadas pelo trágico colapso de uma fábrica em Bangladesh. Exprimo a minha solidariedade e profunda proximidade às famílias que choram pelos seus entes queridos e do profundo do meu coração elevo um forte apelo para que seja sempre assegurada a dignidade e a segurança do trabalhador."

(Fonte: 'news.va.)

Imitação de Cristo, 4 , 16, 1 - Como devemos descobrir nossas necessidades a Cristo e pedir sua graça - Voz do discípulo

Eis-me aqui, diante de vós, pobre e nu, a pedir graça e implorar misericórdia. Fartai este vosso pobre mendigo, aquecei minha frieza com o fogo de vosso amor, iluminai minha cegueira com a claridade de vossa presença. Fazei que me seja amargo tudo o que é terreno, que leve com paciência as penas e contrariedades, e que despreze e esqueça todas as coisas caducas e criadas. Levantai o meu coração a vós no céu, não me deixeis vaguear na terra. Só vós, desde hoje para sempre, me sereis doce e agradável, porque só vós sois minha comida e bebida, meu amor e minha alegria, delícia minha e meu único bem.

A novidade que Deus dá à nossa vida é definitiva

Neste domingo, 28, Papa Francisco presidiu uma missa na qual crismou 44 jovens dos cinco continentes. A celebração insere-se na programação organizada pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização no âmbito do Ano da Fé. O forte sol e calor desta manhã de primavera contribuíram e a Praça São Pedro ficou tomada por 70 mil fiéis, em grande maioria, jovens.

Na homilia, o Papa propôs à reflexão três pensamentos, simples e breves, inspirados nas leituras do dia.

O primeiro partiu da visão de São João da ação do Espírito Santo, que ao trazer-nos a novidade de Deus, vem a nós e faz novas todas as coisas: transforma-nos e através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos. Prosseguindo, Francisco exortou:

“Abramos-Lhe a porta, façamo-nos guiar por Ele, deixemos que a ação contínua de Deus nos torne homens e mulheres novos, animados pelo amor de Deus. Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: Hoje na escola, em casa, no trabalho, guiado por Deus, realizei um gesto de amor por um colega meu, pelos meus pais, por um idoso”.

A novidade de Deus, disse, “não é como as inovações do mundo, que são todas provisórias, passam e procuramos outras sem cessar. A novidade que Deus dá à nossa vida é definitiva; e não apenas no futuro quando estivermos com Ele, mas já hoje”.

O segundo pensamento se inspirou na Primeira Leitura, quando Paulo e Barnabé afirmam que “temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus”.

“O caminho da Igreja e também o nosso caminho pessoal de cristãos não são sempre fáceis”, disse, advertindo que “seguir o Senhor, deixar que o seu Espírito transforme nossas zonas sombrias, nossos comportamentos em desacordo com Deus e lave os nossos pecados é um caminho que encontra obstáculos fora de nós, no mundo onde vivemos e que muitas vezes não nos compreende”.

“Mas as dificuldades e tribulações fazem parte da estrada para chegar à glória de Deus” - concluiu.

No último ponto, Francisco convidou todos, especialmente os crismandos e crismandas, a permanecerem firmes no caminho da fé, com segura esperança no Senhor:

“Este é o segredo do nosso caminho. Ele nos dá coragem para ir contra a corrente: faz bem ao coração, mas é preciso coragem!”. O Papa ressalvou que isto é verdade principalmente quando nos sentimos pobres, fracos ou pecadores, porque Deus proporciona força à nossa fraqueza, riqueza à nossa pobreza, conversão ao nosso pecado.

Francisco terminou a homilia usando a mesma expressão de Papa Wojtyla, em 1978:

“Abramos – escancaremos - a porta da nossa vida à novidade de Deus que nos dá o Espírito Santo, para que nos transforme, nos torne fortes nas tribulações, reforce a nossa união com o Senhor, o nosso permanecer firmes Nele: aqui está a verdadeira alegria”.

Dirigindo-se ainda aos jovens, acrescentou: “Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para ‘coisinhas pequenas’, mas para coisas grandes!”.

Após a homilia, os jovens aproximaram-se do Pontífice para o rito da Confirmação.

Rádio Vaticano

Vídeo da ocasião em italiano

A extraordinária e comovente beleza da vida


Bom Domingo do Senhor!

Conforme o Senhor nos fala o Evangelho de hoje (Jo 13,31-33.34-35), tudo façamos por amor ao próximo e a Ele, mas nunca por vaidade, para que nos vejam como Seus discípulos amando o próximo como fomos por Ele amados.

Louvado seja Jesus Cristo Nosso Senhor hoje e sempre!

Johann Sebastian Bach - Suite nº 3, BWV 1068 (Karajan)

O rancor

«O rancor é o descontentamento fundamental do homem consigo mesmo, que se vinga, por assim dizer, no outro, porque através dele não lhe chega aquilo que todavia só lhe pode ser concedido com uma nova abertura da própria alma».


(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)

Bento XVI nesta data em 2009 num gesto inédito depositou em oferta o seu palio sobre os restos mortais de Celestino V

Na visita nesta à afectada por um terramoto em Itália na região de Áquila, o agora Papa Emérito deslocou-se à Basílica de Santa Maria de Collemaggio fortemente atingida e deteve-se em oração junto aos restos mortais de Celestino V.

O seu pontificado apenas durou alguns meses do ano de 1294 tendo sido forçado a abdicar, veio a falecer em 1296. Foi canonizado em 1313 por Clemente V.