Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 14 de junho de 2020

Primeira condição: trabalhar, e trabalhar bem!

Se queremos de verdade santificar o trabalho, é preciso cumprir iniludivelmente a primeira condição: trabalhar, e trabalhar bem!, com seriedade humana e sobrenatural. (Forja, 698)

Na vossa ocupação profissional, corrente e ordinária, encontrareis a matéria – real, consciente, valiosa – para realizar toda a vida cristã, para corresponder à graça que nos vem de Cristo.

Nas vossas ocupações profissionais, realizadas face a Deus, pôr-se-ão em jogo a Fé, a Esperança e a Caridade. Os incidentes, as relações e os problemas que o vosso trabalho traz consigo alimentarão a vossa oração. O esforço por cumprirdes os vossos deveres correntes será o modo de viverdes a Cruz, que é essencial para o Cristão. A experiência da vossa debilidade e os fracassos que existem sempre em todo o esforço humano dar-vos-ão mais realismo, mais humildade, mais compreensão com os outros. Os êxitos e as alegrias convidar-vos-ão a dar graças e a pensar que não viveis para vós mesmos, mas para o serviço dos outros e de Deus.

Para viver assim, para santificar a profissão, é necessário, primeiro que tudo, trabalhar bem, com seriedade humana e sobrenatural. (…) O milagre que o Senhor vos pede é a perseverança na nossa vocação cristã e divina, a santificação do trabalho de cada dia: o milagre de converter a prosa diária em decassílabos, em verso heróico, pelo amor com que realizais a vossa ocupação habitual. Aí vos espera Deus para que sejais almas com sentido de responsabilidade, com zelo apostólico, com competência profissional. (Cristo que passa, 49–50)

São Josemaría Escrivá

Bom Domingo do Senhor!

É nosso dever e obrigação atender às palavras do Senhor de que nos fala o Evangelho de hoje (Mt 9,36-38.10,1-8) e sem hesitação e na medida das nossas possibilidade e capacidades proclamarmos a Boa Nova.

Louvado seja Jesus Cristo Nosso Senhor fonte permanente de inspiração.

Felicidade

Todos nós desejamos ser felizes. É algo normal, espontâneo e evidente. E também o é a noção de que a felicidade depende, em parte, do nosso esforço e empenho.

No entanto, convém acrescentar que existe um perigo real de nos obcecarmos com o desejo de “ser felizes”. Isso não é nunca positivo, porque, ao ser uma atitude exagerada, nos faz precisamente perder aquilo que buscamos com tanta determinação.

Se procurarmos com demasiada decisão a serenidade, a paz e até a própria felicidade, podemos não as alcançar nunca. Isso porque todos estes bens — que qualquer um de nós deseja — não são fins em si mesmos. São efeitos de uma vida vivida em plenitude.

Para se ser feliz, não é solução repetir-se constantemente a si próprio: “Tenho de ser feliz”. Tenho, isso sim, de encontrar um motivo que me faça feliz, que me ajude a manter a serenidade diante das inevitáveis contrariedades. E esse motivo encontra-se para lá da própria felicidade.

Por isso, devemos procurar metas fora de nós mesmos, pondo em movimento uma das maiores capacidades que temos pelo facto de sermos seres espirituais: a capacidade de nos autotranscendermos.

Em que consiste essa capacidade?

Em podermos dirigir-nos para fora de nós mesmos. Afinal, como diz o famoso aforismo, “a porta da felicidade abre-se para fora”.

Assim como não tem sentido atirar uma flecha sem apontar para um alvo, também não tem sentido que a nossa vida careça de uma meta para a qual nos dirigimos. Quando alguém põe a meta em si mesmo, não só não encontra a felicidade como, de algum modo, desistiu de a alcançar.

Pelo contrário, quando uma pessoa encontra o sentido da sua vida e procura que ele influencie o seu actuar, descobre a verdadeira felicidade, porque “caminha para ela”. É esse caminhar, que inclui renúncias, que o faz verdadeiramente feliz.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria

«Pelo caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto»

Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja «Lumen Gentium», § 48


A Igreja, à qual todos somos chamados e na qual, por graça de Deus, alcançamos a santidade, só na glória celeste alcançará a sua realização acabada, quando vier o tempo da restauração de todas as coisas (cf At 3,21) e quando, juntamente com o género humano, também o universo inteiro, que ao homem está intimamente ligado e por ele atinge o seu fim, for perfeitamente restaurado em Cristo. […]

A prometida restauração que esperamos já começou, pois, em Cristo, progride com a missão do Espírito Santo e, por Ele, continua na Igreja; nesta, a fé ensina-nos o sentido da nossa vida temporal, enquanto, na esperança dos bens futuros, levamos a cabo a missão que o Pai nos confiou no mundo e trabalhamos na nossa salvação (cf Fil 2,12).

Já chegou, pois, a nós, a plenitude dos tempos (cf 1Cor 10,11), a restauração do mundo foi já realizada irrevogavelmente e, de certo modo, encontra-se já antecipada neste mundo: com efeito, ainda aqui na terra, a Igreja está aureolada de verdadeira, embora imperfeita, santidade. Enquanto não se estabelecem os novos céus e a nova terra em que habita a justiça (cf 2Ped 3,13), a Igreja peregrina, nos seus sacramentos e nas suas instituições, que pertencem à presente ordem temporal, leva a imagem passageira deste mundo e vive no meio das criaturas que gemem e sofrem as dores de parto, esperando a manifestação dos filhos de Deus (cf  Rom 8,19-22).