Obrigado, Perdão Ajuda-me
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Homenagem do Papa à Cruz Vermelha Internacional
Bento XVI prestou uma homenagem à Cruz Vermelha, nos 150 anos da sua criação, classificando a instituição como um "baluarte de humanidade e de solidariedade".
Perante milhares de peregrinos reunidos no Vaticano, para a audiência geral desta semana, o Papa lembrou a acção da Cruz Vermelha "em tantos contextos de guerra e de conflito, bem como em muitas emergências".
"No dia 24 de Junho, há 150 anos, nascia a ideia de uma grande mobilização para a assistência das vítimas das guerras, que viria a tomar o nome de Cruz Vermelha. No decorrer dos anos, os valores de universalidade, neutralidade e independência de serviço suscitaram a adesão de milhões de voluntários em todas as partes do mundo", afirmou.Neste contexto, o Papa pediu "a libertação de todas as pessoas sequestradas em zonas de conflito", lembrando em especial Eugenio Vagni, membro da Cruz Vermelha raptado nas Filipinas. Bento XVI já pedira a sua libertação em Março deste ano, em comunicado divulgado pela Santa Sé.
Vagni, de 62 anos, foi sequestrado no dia 15 de Janeiro em Jolo, com seus companheiros, a filipina Mary Jean Lacaba e o suíço Andreas Notter, que foram libertados em 2 e 18 de Abril, respectivamente.
Bento XVI deixou ainda votos para que "a pessoa humana, na sua dignidade e na sua plenitude, esteja sempre no centro do compromisso humanitário da Cruz Vermelha", pedindo em especial aos jovens que se comprometam concretamente "nesta benemérita instituição".Na Praça de São Pedro estava ainda uma delegação presidida pelo subsecretário da ONU e representante especial para as crianças em situação de conflito armado. O Papa saudou os presentes, destacando o seu "compromisso em defesa das crianças vítimas da violência e das armas".
"Penso em todas as crianças do mundo, em particular os que estão expostos ao medo, ao abandono, à fome, aos abusos, à doença e à morte. O Papa está ao lado de todas estas pequenas vítimas e recorda-as sempre na sua oração", concluiu.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Audiência geral dedicada ao Ano Sacerdotal
Milhares de fiéis e peregrinos participaram esta quarta feira na audiência geral do Papa na Praça São Pedro.
Bento XVI recordou a abertura do Ano Sacerdotal, por ocasião dos 150 anos da morte de São João Maria Vianney, e a conclusão do Ano dedicado ao Apóstolo Paulo. O Santo Padre traçou uma analogia entre o grande evangelizador que realizou inúmeras viagens e o humilde padre que desempenhou trabalho pastoral numa pequena aldeia. “Os dois têm em comum uma identificação total com o seu ministério e uma profunda comunhão com Cristo” .
“O objectivo deste Ano, como escrevi na carta que enviei aos sacerdotes - afirmou Bento XVI - é renovar, em cada um deles, a aspiração à perfeição espiritual, motor da eficácia do seu ministério. Esta iniciativa servirá também para reforçar no Povo de Deus a consciência do dom imenso que supõe o ministério ordenado para quem o recebe, para toda a Igreja e para o mundo” , que sem a presença real de Cristo estaria perdido”.
Bento XVI disse esperar que este Ano seja um tempo de muita graça, para que todos os sacerdotes aprofundem a sua íntima união com Cristo crucificado e ressuscitado. “Ao acolher o desejo de Cristo, na oração e na união de coração com Ele, o sacerdote é ministro da saúde dos homens, da sua bondade e da sua autêntica libertação. A sua união pessoal com o Senhor deve envolver todos os aspectos da sua vida e actividade”.
Concluindo a catequese, Bento XVI confiou todos os presbíteros, neste Ano Sacerdotal, à protecção de Maria, Mãe da Igreja, e pediu orações para que eles cresçam fiéis à sua missão de ser sinais da presença e da infinita misericórdia de Cristo.
Escutemos agora a saudação do Papa em língua portuguesa:
Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação de boas-vindas para todos, nomeadamente para o grupo de Famões e os paroquianos de Espinho, confiando às vossas preces de modo particular os sacerdotes, neste ano a eles dedicado, para que sejam, a exemplo do Santo Cura d´Ars, sinal e presença da infinita misericórdia de Deus no meio dos seus irmãos. Sobre vós e vossas famílias, desça a minha Bênção.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Disciplina em redor do Papa para fazer frente às divisões, pede o Arcebispo Primaz do México
O Cardeal Norberto Rivera Carrera, apontou na homilia proferida no Domingo passado que perante as divisões internas da Igreja, “impõe-se uma disciplina à volta de Pedro a quem o Senhor confiou o leme da Igreja”.
Na Catedral Metropolitana, o Purpurado explicou que as dificuldades internas de que sofre a Igreja como “os cismas, as heresias, as deserções e os desvios que estão sempre a ocorrer” provocam danos no Corpo de Cristo, no entanto isso não deve esmorecer os fiéis já que o Senhor está-nos sempre confortando e fortalecendo.
Em seguida precisou que “o facto que a Igreja continue navegando no mar da história não é mérito nosso, nem é fruto das nossas capacidades ou estratégias, enquanto seus membros seja pela nossa inabilidade ou pela nossa maldade já a teríamos afundado, acontece que o barco leva ao leme alguém a quem o mar, o vento e as tempestades obedecem. As velas da barca obedecem ao sopro do Espírito”.
Ao referir-se assim às tempestades que se encontram “no nosso coração e na Igreja”, o Cardeal Rivera salientou que “as tentações, as desconfianças, a rebelião, nos estão a sepultar. É chegado o momento de despertar a nossa fé, é o momento de nos viramos para Jesus, que parece adormecido, mas que se encontra próximo de nós e escuta-nos”.
“Ele está à espera da nossa súplica, Ele espera a nossa oração confiada, para acalmar em nós as tempestades, para oferecer-nos a paz a fim de continuarmos a travessia até chegarmos à outra margem”, salientou.
O Purpurado animou de seguida a “a que tranformemos as divisões em comunhão, a fim de diminuir a água que a tempestade nos atira, devemos remar em uníssono e fazer frente aos inimigos comuns”.
“Todo o pluralismo na Igreja tem como fronteira necessária a unidade de acção e destino, a unidade da fé, do amor e da esperança. Impõe-se um trabalho de equipa, impõe-se uma disciplina em redor de Pedro a quem o Senhor confiou o leme da Igreja”, concluiu.
(Fonte: Aciprensa aqui com tradução e adaptação de JPR)
Nota: o Evangelho de Domingo passado em que a homilia está estruturada foi de Mc 4, 35-41 que pode ser lido ou ouvido aqui
Na Catedral Metropolitana, o Purpurado explicou que as dificuldades internas de que sofre a Igreja como “os cismas, as heresias, as deserções e os desvios que estão sempre a ocorrer” provocam danos no Corpo de Cristo, no entanto isso não deve esmorecer os fiéis já que o Senhor está-nos sempre confortando e fortalecendo.
Em seguida precisou que “o facto que a Igreja continue navegando no mar da história não é mérito nosso, nem é fruto das nossas capacidades ou estratégias, enquanto seus membros seja pela nossa inabilidade ou pela nossa maldade já a teríamos afundado, acontece que o barco leva ao leme alguém a quem o mar, o vento e as tempestades obedecem. As velas da barca obedecem ao sopro do Espírito”.
Ao referir-se assim às tempestades que se encontram “no nosso coração e na Igreja”, o Cardeal Rivera salientou que “as tentações, as desconfianças, a rebelião, nos estão a sepultar. É chegado o momento de despertar a nossa fé, é o momento de nos viramos para Jesus, que parece adormecido, mas que se encontra próximo de nós e escuta-nos”.
“Ele está à espera da nossa súplica, Ele espera a nossa oração confiada, para acalmar em nós as tempestades, para oferecer-nos a paz a fim de continuarmos a travessia até chegarmos à outra margem”, salientou.
O Purpurado animou de seguida a “a que tranformemos as divisões em comunhão, a fim de diminuir a água que a tempestade nos atira, devemos remar em uníssono e fazer frente aos inimigos comuns”.
“Todo o pluralismo na Igreja tem como fronteira necessária a unidade de acção e destino, a unidade da fé, do amor e da esperança. Impõe-se um trabalho de equipa, impõe-se uma disciplina em redor de Pedro a quem o Senhor confiou o leme da Igreja”, concluiu.
(Fonte: Aciprensa aqui com tradução e adaptação de JPR)
Nota: o Evangelho de Domingo passado em que a homilia está estruturada foi de Mc 4, 35-41 que pode ser lido ou ouvido aqui
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1974
D. Javier Echevarría ajuda-o a colocar o microfone antes de começar uma tertúlia com numerosas pessoas na Argentina. Noutro desses encontros, no dia seguinte, diz: “Semeiem a paz e a alegria por toda a parte; não digam nenhuma palavra desagradável a ninguém; recebam bem os que não pensam como vós. Não os maltratem nunca; sejam irmãos de todas as criaturas, semeadores de paz e de alegria (…)”.
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1850 )
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1850 )
São João Baptista
A relevância do papel de São João Baptista reside no fato de ter sido o "precursor" de Cristo, a voz que clamava no deserto e anunciava a chegada do Messias, insistindo para que os judeus se preparassem, pela penitência, para essa vinda.
Já no Antigo Testamento encontramos passagens que se referem a João Baptista. Ele é anunciado por Malaquias e principalmente por Isaías. Os outros profetas são um prenúncio de João Baptista e é com ele que a missão profética atingiu sua plenitude. Ele é assim, um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.
Segundo nos narra Evangelho de S. Lucas, João, mais tarde chamado o Baptista, nasceu numa cidade do reino de Judá, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria, mãe de Jesus. Lucas narra as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento do menino. Isabel, estéril e já idosa, viu sua vontade de ter filhos satisfeita, quando o anjo S. Gabriel anunciou a Zacarias que a esposa lhe daria um filho, que devia chamar-se João. Depois disso, Maria foi visitar Isabel. "Aconteceu que, logo que Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo; e exclamou em alta voz: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre ! Donde a mim esta dita que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?'" (Lc 1:41-43). Todas essas circunstâncias realçam o papel que se atribui a João Baptista como precursor de Cristo.
Ao atingir a maturidade, João Baptista encaminhou-se para o deserto e, nesse ambiente, preparou-se, através da oração e da penitência - que significa mudança de atitude, para cumprir sua missão. Através de uma vida extremamente coerente, não cessava jamais de chamar os homens à conversão, advertindo: " Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo". João Baptista passou a ser conhecido como profeta. Alertava o povo para a proximidade da vinda do Messias e praticava um ritual de purificação corporal por meio de imersão dos fiéis na água, para simbolizar uma mudança interior de vida.
A vaidade, o orgulho, ou até mesmo, a soberba, jamais estiveram presentes em São João Baptista e podemos comprová-lo pelos relatos evangélicos. Por sua austeridade e fidelidade cristã, ele é confundido com o próprio Cristo, mas, imediatamente, responde: "Eu não sou o Cristo" (Jo 3, 28) e "não sou digno de desatar-Lhe as correias das sandálias". (Jo 1,27). Quando seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir, ele apontava em direcção ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo, ao exclamar: "Eis o cordeiro de Deus, eis O que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29).
João baptizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo, dizendo: "Sou eu quem devo de ser baptizado por Ti e Tu vens a mim?" (Mt 3:14). Mais tarde, João foi preso e mandado degolar por Herodes, por denunciar a vida imoral do governante. São Marcos relata-nos, no seu Evangelho (6:14-29), a execução: Salomé, filha de Herodíades, mulher de Herodes, pediu a este, por ordem da mãe, a cabeça do profeta, que lhe foi servida numa bandeja. O corpo de João foi, segundo São Marcos, enterrado pelos seus discípulos.
Já no Antigo Testamento encontramos passagens que se referem a João Baptista. Ele é anunciado por Malaquias e principalmente por Isaías. Os outros profetas são um prenúncio de João Baptista e é com ele que a missão profética atingiu sua plenitude. Ele é assim, um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.
Segundo nos narra Evangelho de S. Lucas, João, mais tarde chamado o Baptista, nasceu numa cidade do reino de Judá, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria, mãe de Jesus. Lucas narra as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento do menino. Isabel, estéril e já idosa, viu sua vontade de ter filhos satisfeita, quando o anjo S. Gabriel anunciou a Zacarias que a esposa lhe daria um filho, que devia chamar-se João. Depois disso, Maria foi visitar Isabel. "Aconteceu que, logo que Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo; e exclamou em alta voz: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre ! Donde a mim esta dita que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?'" (Lc 1:41-43). Todas essas circunstâncias realçam o papel que se atribui a João Baptista como precursor de Cristo.
Ao atingir a maturidade, João Baptista encaminhou-se para o deserto e, nesse ambiente, preparou-se, através da oração e da penitência - que significa mudança de atitude, para cumprir sua missão. Através de uma vida extremamente coerente, não cessava jamais de chamar os homens à conversão, advertindo: " Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo". João Baptista passou a ser conhecido como profeta. Alertava o povo para a proximidade da vinda do Messias e praticava um ritual de purificação corporal por meio de imersão dos fiéis na água, para simbolizar uma mudança interior de vida.
A vaidade, o orgulho, ou até mesmo, a soberba, jamais estiveram presentes em São João Baptista e podemos comprová-lo pelos relatos evangélicos. Por sua austeridade e fidelidade cristã, ele é confundido com o próprio Cristo, mas, imediatamente, responde: "Eu não sou o Cristo" (Jo 3, 28) e "não sou digno de desatar-Lhe as correias das sandálias". (Jo 1,27). Quando seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir, ele apontava em direcção ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo, ao exclamar: "Eis o cordeiro de Deus, eis O que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29).
João baptizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo, dizendo: "Sou eu quem devo de ser baptizado por Ti e Tu vens a mim?" (Mt 3:14). Mais tarde, João foi preso e mandado degolar por Herodes, por denunciar a vida imoral do governante. São Marcos relata-nos, no seu Evangelho (6:14-29), a execução: Salomé, filha de Herodíades, mulher de Herodes, pediu a este, por ordem da mãe, a cabeça do profeta, que lhe foi servida numa bandeja. O corpo de João foi, segundo São Marcos, enterrado pelos seus discípulos.
Solenidade da Natividade de São João Baptista
Queridos irmãos e irmãs!
Hoje, 24 de Junho, a liturgia convida-nos a celebrar a solenidade do Nascimento de São João Baptista, cuja vida está toda orientada para Cristo, como a da mãe d'Ele, Maria. João Baptista foi o precursor, a "voz" enviada para anunciar o Verbo encarnado. Por isso, comemorar o seu nascimento significa na realidade celebrar Cristo, cumprimento das promessas de todos os profetas, dos quais o Baptista foi o maior, chamado para "preparar o caminho" diante do Messias (cf. Mt 11, 9-10).
Todos os Evangelhos iniciam a narração da vida pública de Jesus com a narração do seu baptismo no rio Jordão por obra de João. São Lucas situa a entrada em cena do Baptista com uma moldura histórica solene. Também o meu livro Jesus de Nazaré se inspira no baptismo de Jesus no Jordão, acontecimento que teve grande ressonância no seu tempo. De Jerusalém e de todas as partes da Judeia o povo acorria para ouvir João Baptista e fazer-se baptizar por ele no rio, confessando os próprios pecados (cf. Mc 1, 5). A fama do profeta baptizador cresceu a tal ponto que muitos perguntavam se era ele o Messias. Mas ele ressalta o evangelista negou-o decididamente: "Eu não sou o Messias" (Jo 1, 20). Contudo, ele permanece a primeira "testemunha" de Jesus, tendo recebido a indicação do Céu: "Aquele sobre Quem vires o Espírito descer e permanecer é que baptiza no Espírito Santo" (Jo 1, 33). Isto acontece precisamente quando Jesus, tendo recebido o baptismo, saiu da água: João viu descer sobre Ele o Espírito como uma pomba. Foi então que "conheceu" a plena realidade de Jesus de Nazaré, e começou a dá-lo a "conhecer a Israel" (Jo 1, 31), indicando-o como Filho de Deus e redentor do homem: "Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1, 29).
De profeta autêntico, João deu testemunho da verdade sem condescendências. Denunciou as transgressões dos mandamentos de Deus, também quando os protagonistas eram os poderosos.
Assim, quando acusou de adultério Herodes e Herodíades, pagou com a vida, selando com o martírio o seu serviço a Cristo, que é a Verdade em pessoa. Invoquemos a sua intercessão, juntamente com a de Maria Santíssima, para que também nos nossos dias a Igreja saiba manter-se sempre fiel a Cristo e testemunhar com coragem a sua verdade e o seu amor a todos.
Bento XVI – durante o Angelus de Domingo dia 24 de Junho de 2007
Hoje, 24 de Junho, a liturgia convida-nos a celebrar a solenidade do Nascimento de São João Baptista, cuja vida está toda orientada para Cristo, como a da mãe d'Ele, Maria. João Baptista foi o precursor, a "voz" enviada para anunciar o Verbo encarnado. Por isso, comemorar o seu nascimento significa na realidade celebrar Cristo, cumprimento das promessas de todos os profetas, dos quais o Baptista foi o maior, chamado para "preparar o caminho" diante do Messias (cf. Mt 11, 9-10).
Todos os Evangelhos iniciam a narração da vida pública de Jesus com a narração do seu baptismo no rio Jordão por obra de João. São Lucas situa a entrada em cena do Baptista com uma moldura histórica solene. Também o meu livro Jesus de Nazaré se inspira no baptismo de Jesus no Jordão, acontecimento que teve grande ressonância no seu tempo. De Jerusalém e de todas as partes da Judeia o povo acorria para ouvir João Baptista e fazer-se baptizar por ele no rio, confessando os próprios pecados (cf. Mc 1, 5). A fama do profeta baptizador cresceu a tal ponto que muitos perguntavam se era ele o Messias. Mas ele ressalta o evangelista negou-o decididamente: "Eu não sou o Messias" (Jo 1, 20). Contudo, ele permanece a primeira "testemunha" de Jesus, tendo recebido a indicação do Céu: "Aquele sobre Quem vires o Espírito descer e permanecer é que baptiza no Espírito Santo" (Jo 1, 33). Isto acontece precisamente quando Jesus, tendo recebido o baptismo, saiu da água: João viu descer sobre Ele o Espírito como uma pomba. Foi então que "conheceu" a plena realidade de Jesus de Nazaré, e começou a dá-lo a "conhecer a Israel" (Jo 1, 31), indicando-o como Filho de Deus e redentor do homem: "Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1, 29).
De profeta autêntico, João deu testemunho da verdade sem condescendências. Denunciou as transgressões dos mandamentos de Deus, também quando os protagonistas eram os poderosos.
Assim, quando acusou de adultério Herodes e Herodíades, pagou com a vida, selando com o martírio o seu serviço a Cristo, que é a Verdade em pessoa. Invoquemos a sua intercessão, juntamente com a de Maria Santíssima, para que também nos nossos dias a Igreja saiba manter-se sempre fiel a Cristo e testemunhar com coragem a sua verdade e o seu amor a todos.
Bento XVI – durante o Angelus de Domingo dia 24 de Junho de 2007
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge, Doutor da Igreja
«João não era a luz, mas veio para dar testemunho» (Jo 1, 8)
O facto de o nascimento de João ser comemorado quando os dias começam a diminuir e o do Senhor quando os dias começam a aumentar tem um significado simbólico. Com efeito, o próprio João revelou o segredo desta diferença. As multidões tomavam-no pelo Messias em razão das suas virtudes eminentes, e alguns consideravam que o Senhor não era o Messias, mas um profeta, devido à fragilidade da Sua condição corporal. E João declarou: «Convém que Ele cresça e que eu diminua» (Jo 3, 30). E o Senhor cresceu verdadeiramente porque, quando foi olhado como profeta, deu a conhecer aos crentes do mundo inteiro que era o Messias. João diminuiu, porque aquele que as pessoas julgavam ser o Messias lhes apareceu, não como Messias, mas como anunciador do Messias.
É normal, pois, que a claridade do dia comece a diminuir a partir do nascimento de João, dado que a sua reputação de divindade havia de desvanecer-se e o seu baptismo em breve desapareceria. Como também é normal que a claridade dos dias recomece a aumentar a partir do nascimento do Senhor, pois Ele veio à terra revelar a todos os pagãos as luzes de um conhecimento que, até então, só os judeus possuíam em parte, e difundir por todo o mundo o fogo do Seu amor.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«João não era a luz, mas veio para dar testemunho» (Jo 1, 8)
O facto de o nascimento de João ser comemorado quando os dias começam a diminuir e o do Senhor quando os dias começam a aumentar tem um significado simbólico. Com efeito, o próprio João revelou o segredo desta diferença. As multidões tomavam-no pelo Messias em razão das suas virtudes eminentes, e alguns consideravam que o Senhor não era o Messias, mas um profeta, devido à fragilidade da Sua condição corporal. E João declarou: «Convém que Ele cresça e que eu diminua» (Jo 3, 30). E o Senhor cresceu verdadeiramente porque, quando foi olhado como profeta, deu a conhecer aos crentes do mundo inteiro que era o Messias. João diminuiu, porque aquele que as pessoas julgavam ser o Messias lhes apareceu, não como Messias, mas como anunciador do Messias.
É normal, pois, que a claridade do dia comece a diminuir a partir do nascimento de João, dado que a sua reputação de divindade havia de desvanecer-se e o seu baptismo em breve desapareceria. Como também é normal que a claridade dos dias recomece a aumentar a partir do nascimento do Senhor, pois Ele veio à terra revelar a todos os pagãos as luzes de um conhecimento que, até então, só os judeus possuíam em parte, e difundir por todo o mundo o fogo do Seu amor.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 24 de Junho de 2009 - Nascimento de S. João Baptista
São Lucas 1, 57-66.80 - Missa do dia
Entretanto, chegou o dia em que Isabel devia dar à luz e teve um filho.
Os seus vizinhos e parentes, sabendo que o Senhor manifestara nela a sua misericórdia, rejubilaram com ela.
Ao oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias.
Mas, tomando a palavra, a mãe disse:
«Não; há-de chamar se João.»
Disseram-lhe:
«Não há ninguém na tua família que tenha esse nome.»
Então, por sinais, perguntaram ao pai como queria que ele se chamasse.
Pedindo uma placa, o pai escreveu:
«O seu nome é João.»
E todos se admiraram.
Imediatamente a sua boca abriu-se, a língua desprendeu-se-lhe e começou a falar, bendizendo a Deus.
O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos, e por toda a montanha da Judeia se divulgaram aqueles factos.
Quantos os ouviam retinham-nos na memória e diziam para si próprios:
«Quem virá a ser este menino?»
Na verdade, a mão do Senhor estava com ele. Entretanto, o menino crescia, o seu espírito robustecia-se, e vivia em lugares desertos, até ao dia da sua apresentação a Israel.
São Lucas 1, 5-17 - Missa Vespertina
Nos dias de Herodes, rei da Judeia,
vivia um sacerdote chamado Zacarias,
da classe de Abias,
cuja esposa era descendente de Aarão e se chamava Isabel.
Eram ambos justos aos olhos de Deus
e cumpriam irrepreensivelmente
todos os mandamentos e leis do Senhor.
Não tinham filhos, porque Isabel era estéril
e os dois eram de idade avançada.
Quando Zacarias exercia as funções sacerdotais diante de Deus,
no turno da sua classe,
coube-lhe em sorte, segundo o costume sacerdotal,
entrar no Santuário do Senhor para oferecer o incenso.
Toda a assembleia do povo, durante a oblação do incenso,
estava cá fora em oração.
Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor,
de pé, à direita do altar do incenso.
Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor.
Mas o Anjo disse-lhe:
«Não temas, Zacarias,
porque a tua súplica foi atendida.
Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho,
ao qual porás o nome de João.
Será para ti motivo de grande alegria
e muitos hão-de alegrar-se com o seu nascimento,
porque será grande aos olhos do Senhor.
Não beberá vinho nem bebida alcoólica
será cheio do Espírito Santo desde o seio materno
e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus.
Irá à frente do Senhor, com o espírito e o poder de Elias,
para fazer voltar os corações dos pais a seus filhos
e os rebeldes à sabedoria dos justos,
a fim de preparar um povo para o Senhor».
Entretanto, chegou o dia em que Isabel devia dar à luz e teve um filho.
Os seus vizinhos e parentes, sabendo que o Senhor manifestara nela a sua misericórdia, rejubilaram com ela.
Ao oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias.
Mas, tomando a palavra, a mãe disse:
«Não; há-de chamar se João.»
Disseram-lhe:
«Não há ninguém na tua família que tenha esse nome.»
Então, por sinais, perguntaram ao pai como queria que ele se chamasse.
Pedindo uma placa, o pai escreveu:
«O seu nome é João.»
E todos se admiraram.
Imediatamente a sua boca abriu-se, a língua desprendeu-se-lhe e começou a falar, bendizendo a Deus.
O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos, e por toda a montanha da Judeia se divulgaram aqueles factos.
Quantos os ouviam retinham-nos na memória e diziam para si próprios:
«Quem virá a ser este menino?»
Na verdade, a mão do Senhor estava com ele. Entretanto, o menino crescia, o seu espírito robustecia-se, e vivia em lugares desertos, até ao dia da sua apresentação a Israel.
São Lucas 1, 5-17 - Missa Vespertina
Nos dias de Herodes, rei da Judeia,
vivia um sacerdote chamado Zacarias,
da classe de Abias,
cuja esposa era descendente de Aarão e se chamava Isabel.
Eram ambos justos aos olhos de Deus
e cumpriam irrepreensivelmente
todos os mandamentos e leis do Senhor.
Não tinham filhos, porque Isabel era estéril
e os dois eram de idade avançada.
Quando Zacarias exercia as funções sacerdotais diante de Deus,
no turno da sua classe,
coube-lhe em sorte, segundo o costume sacerdotal,
entrar no Santuário do Senhor para oferecer o incenso.
Toda a assembleia do povo, durante a oblação do incenso,
estava cá fora em oração.
Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor,
de pé, à direita do altar do incenso.
Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor.
Mas o Anjo disse-lhe:
«Não temas, Zacarias,
porque a tua súplica foi atendida.
Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho,
ao qual porás o nome de João.
Será para ti motivo de grande alegria
e muitos hão-de alegrar-se com o seu nascimento,
porque será grande aos olhos do Senhor.
Não beberá vinho nem bebida alcoólica
será cheio do Espírito Santo desde o seio materno
e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus.
Irá à frente do Senhor, com o espírito e o poder de Elias,
para fazer voltar os corações dos pais a seus filhos
e os rebeldes à sabedoria dos justos,
a fim de preparar um povo para o Senhor».
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