Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 26 de março de 2009

“A economia social de mercado” livro de Flavio Felice para ajudar a enfrentar a crise económica


Diante desta crise financeira mundial, é necessário conhecer profundamente o fenómeno do mercado a partir de uma óptica cristã. Alguns aspectos desta visão se encontram no livro “A economia social de mercado”, apresentado em Roma recentemente.

O autor deste volume, Flavio Felice, catedrático da Pontifícia Universidade Lateranense, oferece nesta obra elementos-chave para esta leitura cristã da crise actual. D. Rino Fisichella, reitor da Pontifícia Universidade Lateranense, explica:

No encontro, abordou-se a divisão entre ricos e pobres.

“Onde falta o mercado, falta evidentemente também o trabalho e onde falta o trabalho, não se respeita plenamente a dignidade humana”, concluiu o Reitor Fisichella.

D. Rino Fisichella, reitor da Pontifícia Universidade Lateranense afirmou ainda:

“É um tema muito importante, sobretudo neste período de crise, como a que estamos vivendo, e nesta pequena obra, breve, porém muito valiosa do nosso professor, encontram-se provocações muito importantes, como a capacidade de saber compreender o que é o mercado, quais são os papéis sociais do mercado, assim como de que mercado social necessitamos neste momento”.

“Houve algumas tentativas de publicações sobre este tema, do porquê o mundo não deve estar dividido entre países ricos e pobres. Requer-se uma igualdade para que as riquezas da terra e as riquezas produzidas sejam distribuídas equitativamente entre todos, de modo que a pobreza seja superada na medida do possível e de maneira que ninguém possa viver e sofrer uma condição de falta de igualdade e de dignidade”.


(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)

Zapatero e o aborto (louvados sejam os nossos irmãos espanhois pela coragem e combatividade)


Sugerimos veja em "Full Screen" para ler as citações, imagens pungentes que podem incomodar os mais sensíveis.

Ainda a propósito do preservativo

O Papa é um chefe religioso. Quando fala para os milhões de católicos que, por todo o mundo, acorrem a escutar a sua palavra, estes não esperam que fale como um funcionário da Organização Mundial de Saúde ou como um qualquer ministro. Nem tão-pouco como um demagogo ou um profeta. Sucessor de Pedro, que foi mandatado por Cristo para fazer a Sua Igreja, o Papa quando vai itinerante pelo mundo, evangeliza na mais pura tradição do que foi e é essa Igreja. O que significa o testemunho da verdade, do caminho e da luz, sem qualquer embuste fácil de correcção política. Foi o que Cristo fez, irritando os poderes políticos, económicos e sociais do seu tempo, que o julgaram, açoitaram e crucificaram.

Este incidente tão mediatizado revelou dois interessantes aspectos da forma mentis deste tempo em que vivemos. A primeira tem a ver com o comportamento dos que não têm fé, e por isso não acreditam em nada do que estou aqui a escrever. Dúvida que me surge: se não acreditam porque é que se incomodam tanto com o que o Papa diz? Será porque, como alguns vaticinam, as religiões poderão substituir, no século XXI, as ideologias? E isso é, só por si, ameaçador? E quem deu cabo das ideologias? Foram as religiões? Não me parece. A segunda tem a ver com a religião à la carte, adoptada pelos que acreditam mas não concordam, e querem uma religião à medida das concessões que foram fazendo ao longo da sua vida e, de acordo com cada circunstância concreta, uma ementa de interpretações onde caiba tudo e eles próprios.

Em todos os discursos proferidos pelo Papa na sua visita aos Camarões, não há qualquer referência ao preservativo. Na resposta a um jornalista sobre esta questão, Bento XVI responde nos seguintes termos "(…) não se pode solucionar este flagelo apenas com a distribuição de profilácticos: pelo contrário, existe o risco de aumentar o problema." Quem lide de perto com a sida sabe que é mesmo assim (veja-se o caso português em que apesar da distribuição gratuita de preservativos e da troca de seringas não melhora os seus indicadores). O combate a este flagelo passa hoje, graças ao progresso científico, por outras coisas, mais complexas, mais difíceis e mais caras e às quais os doentes africanos não têm acesso (nem muitos portugueses…). Tão-pouco o Papa foi aos Camarões recomendar a abstinência sexual como solução para a sida. Exortou sim à humanização das relações interpessoais em geral, e da sexualidade em particular.

Para além disto - um ínfimo episódio no contexto da digressão africana - o Papa falou de tudo o que realmente interessa: a corrupção, o desperdício de recursos, o tribalismo, a lei do mais forte, a particular situação das mulheres, a fome, a doença, o imperativo da paz. Os milhões de africanos que caminharam ao encontro do Papa fizeram-no com o espírito de confiança que a Igreja cimentou nesses países onde está, não apenas na liturgia dos templos, mas no terreno, junto das populações, cuidando, tratando, acolhendo, provendo, como pode, à satisfação das suas necessidades mais básicas. Neste Continente que tantos dão de barato como "perdido", a Igreja desenvolve diariamente mil e uma acções junto daqueles que a geografia privou de toda a dignidade.

Pode-se não acreditar, não ter fé, acreditar e discordar mas não se pode inventar uma outra religião mais conforme aos ditames intelectuais que hoje nos regem, com outra lógica, com outros fundamento. A Igreja que foi a África foi de visita aos seus filhos mais abandonados. Não foi cobrar impostos nem pedir votos, nem fazer campanha mediática. Foi levar a esperança e dizer a verdade. Por isso mesmo é que os africanos a receberam de coração aberto.


Maria José Nogueira Pinto


(Fonte: site DN online)

Vaticano prepara documento sobre Internet


O Conselho Pontifício das Comunicações Sociais prepara um documento sobre a Internet, onde quer sublinha o grande potencial da rede no campo da evangelização ao mesmo tempo que alerta para os riscos que podem derivar da utilização indevida.

Este documento está a ser preparado por bispos dos cinco continentes e será, de acordo com D. Claudio Maria Celli, Presidente do Conselho Pontifício, uma actualização da Instrução pastoral Aetatis Novae, datada de 1992, “numa altura em que ainda não havia Internet”.

“As novas tecnologias trouxeram novas sensibilidades. Certamente que os princípios da Instrução pastoral Aetatis Novae continuam válidos, mas são necessárias algumas orientações para uma pastoral que tenha em conta esta nova realidade”.

O novo documento, que será apresentada na Assembleia Plenária de Outubro aos membros do Conselho Pontifício, tem como objectivo fazer ver “como a Igreja se integra na nova cultura digital, utilizando os meios que a tecnologia coloca à disposição”.

O Presidente do Conselho Pontifício reconhece que quando se fala do acolhimento da mensagem da Igreja sobre as comunicações sociais, importa ter consciência dos diferentes contextos culturais referidos. “É diferente o acolhimento das comunidades cristãs na Europa ou nos Estados Unidos do acolhimento das comunidades de um país em vias de desenvolvimento, onde o crescimento humano e socio-cultural é limitado por diversos problemas”.

No entanto, referiu D. Celli, a esperança é que o ensinamento da Igreja possa levar a comunidade a reflexões sobre estas questões”.

Numa entrevista à SIR, D. Celli referiu ainda estar a ser preparado um seminário para 100 jovens africanos provenientes de regiões com graves problemas. O encontro quer introduzir a comunicação social como veículo de paz e de respeito. A organização está a cargo do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais e está agendado para Abril, em Nairobi, capital do Quénia.

“Os meios de comunicação social vão ser apresentados como instrumentos de reconciliação, para alcançar uma paz mais duradoura”, referiu, adiantando o desejo de “dar espaço a iniciativas que permitam, especialmente aos jovens, entrarem em contacto com as novas realidades mediáticas”.

“Os jovens serão chamados a reflectir sobre a modalidade em como os novos media incidem na sua vida e na sua inserção no mundo”.


Internacional Agência Ecclesia 25/03/2009 15:42 2375 Caracteres 149 Comunicações Sociais

(Fonte: site Agência Ecclesia)

Mensagem de Quaresma de D. Manuel Clemente - Bispo do Porto

Seres decentes

Quando cumpria o seu segundo mandato, Ramalho Eanes viu ser-lhe apresentada pelo Governo uma lei especialmente congeminada contra si.
O texto impedia que o vencimento do Chefe do Estado fosse «acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência» públicas que viesse a receber.

Sem hesitar, o visado promulgou-o, impedindo-se de auferir a aposentação de militar para a qual descontara durante toda a carreira.

O desconforto de tamanha injustiça levou-o, mais tarde, a entregar o caso aos tribunais que, há
pouco, se pronunciaram a seu favor.

Como consequência, foram-lhe disponibilizadas as importâncias não pagas durante catorze
anos, com retroactivos, num total de um milhão e trezentos mil euros.

Sem de novo hesitar, o beneficiado decidiu, porém, prescindir do benefício, que o não era pois tratava-se do cumprimento de direitos escamoteados - e não aceitou o dinheiro.

Num país dobrado à pedincha, ao suborno, à corrupção, ao embuste, à traficância, à ganância, Ramalho Eanes ergueu-se e, altivo, desferiu uma esplendorosa bofetada de luva branca no videirismo, no arranjismo que o imergem, nos imergem por todos os lados.

As pessoas de bem logo o olharam empolgadas: o seu gesto era-lhes uma luz de conforto, de ânimo em altura de extrema pungência cívica, de dolorosíssimo abandono social.

Antes dele só Natália Correia havia tido comportamento afim, quando se negou a subscrever um pedido de pensão por mérito intelectual que a secretaria da Cultura (sob a responsabilidade de Pedro Santana Lopes) acordara, ante a difícil situação económica da escritora, atribuir-lhe. «Não, não peço. Se o Estado português entender que a mereço», justificar-se-ia, «agradeço-a e aceito-a.
Mas pedi-la, não. Nunca!»

O silêncio caído sobre o gesto de Eanes (deveria, pelo seu simbolismo, ter aberto telejornais e primeiras páginas de periódicos) explica-se pela nossa recalcada má consciência que não suporta, de tão hipócrita, o espelho de semelhantes comportamentos.

“A política tem de ser feita respeitando uma moral, a moral da responsabilidade e, se possível, a moral da convicção”, dirá. Torna-se indispensável “preservar alguns dos valores de outrora, das utopias de outrora”.

Quem o conhece não se surpreende com a sua decisão, pois as questões da honra, da integridade, foram-lhe sempre inamovíveis. Por elas, solitário e inteiro, se empenha, se joga, se acrescenta – acrescentando os outros.

“Senti a marginalização e tentei viver”, confidenciará, “fora dela. Reagi como tímido, liderando”.

O acto do antigo Presidente («cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum», como escreveu numa das suas notáveis crónicas Baptista-Bastos) ganha repercussões salvíficas da nossa corrompida, pervertida ética.

Com a sua atitude, Eanes (que recusara já o bastão de Marechal) preservou um nível de dignidade decisivo para continuarmos a respeitar-nos, a acreditar-nos - condição imprescindível ao futuro dos que persistem em ser decentes.


Fernando Dacosta

(Fonte. Revista do INATEL “TempoLivre” de Outubro de 2008 – pág. 82)

O matrimónio, está de moda?


No século XXI o matrimónio parece que não está de moda, e mais ainda, diz-se às vezes que é o túmulo amor e para contrastar essa tendência realizou-se no Auditório do Instituto João Paulo II da Universidade Lateranense de Roma o congresso Internacional sobre “O Matrimónio segundo o Apostolo Paulo”.

Em pleno ano jubilar paulino foram tratados temas como o matrimónio na sociedade em que vivemos, o cansaço entre os esposos, o amor e a subordinação na relação do casal. Os escritos de São Paulo continuam sendo textos antiquíssimos porém com uma actualidade que perdura com os séculos. E com ideias positivas.

Actualmente a percentagem de divórcios aumentou consideravelmente, em alguns lugares são muito poucos os matrimónios que se celebram e os jovens já não buscam um “Sim eu quero” para toda a vida. Algo está mudando.

“Trata-se de textos que inspirados pelo Espírito Santo e custodiados e vividos pela Igreja, nos chegam como o testemunho de uma verdade profunda, toda ela válida ainda hoje, que é uma mensagem permanente para cada cristão”.

“Continuamente existem mensagens que fazem crer que a vida humana é solitária ou que está em contínua mudança. Muda-se o casal, muda a situação e em relação à antiga questão segundo a qual o matrimónio é o túmulo do amor, hoje se vai mais além e é muito pior. As mesmas imagens publicitárias não apresentam nunca famílias. Os filmes não apresentam nunca famílias normais. A televisão mostra tudo o contrário do que normal. Assim creio que esta atmosfera tão negativa e deprimente, realmente tem um peso nas pessoas inclusive naquelas que começam com as melhores intenções. Porque logo chega a primeira dificuldade, e dificuldades se têm sempre, e se crê que a solução é aquela que todos propõem”.

“Em primeiro lugar se deve aceitar o outro como ele é, porque certas vezes no início matrimónio talvez se diz porém não importa. Se têm coisas que eu não gosto no outro, mudará, ou, eu poderia fazer com que mude. Em troca se tem que aceitar realmente o outro como ele é”.

“Creio no facto de perdoar o outro pelas coisas que me feriram, que me machucaram, isso permite sempre recomeçar desde o princípio, e o fato do sacramento e da reconciliação, de receber este perdão de Deus me ajuda depois também a perdoar o meu marido”.


(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)

Reflexões teológicas sobre o tema do sínodo (2)

2. A Igreja-Família de Deus e a “diaconia”

Uma Igreja-Família Serva

40. Ao convite de Jesus Cristo, o Mestre, a comunidade dos seus discípulos, que é a Igreja, tornou-se uma Família de filhos e filhas do Pai (cf. Mt 5,16.45.48; 6,26.32; 7,11). O amor, tal como é vivido pelo Filho único, torna-se a característica dos membros desta Família, chamada a seguir o exemplo do irmão mais velho pelo serviço fraterno ou diakonia. Na verdade, após ter lavado os pés aos seus discípulos, disse-lhes: «dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais» (Jo 13,15). E na sua resposta ao legista que sabia bem como ler a Lei para dela extrair o essencial, ou seja o amor a Deus e ao próximo (cf. Lc 10,25-28), Jesus diz: «faz isso e viverás». De facto, o exemplo que ele lhe dá na parábola é um modelo de diakonia, onde o amor se traduz em acções sob a figura do bom Samaritano (cf. Lc 10,29-37). Nesta figura reconhecemos o próprio Jesus à cabeceira de todo o sofrimento humano, modelo para a Igreja inquieta de África, tão carente de reconciliação, de justiça e de paz.

Serva da justiça e da paz

41. Segundo as palavras do Salmista, «Justiça e Paz hão-de abraçar-se» (Sl 84, 11). É uma característica do Reino de Deus cuja vinda pedimos quando rezamos ao Pai: «venha à nos o vosso reino!». A Igreja Família tem, assim, consciência de ser enviada para que em África advenha um mundo de Justiça e de Paz, um mundo onde Deus reina, porque foi reconciliado com o seu Deus e com ele mesmo. Que vias empreender nestes tempos de confusão e de injustiças que o mundo teima em não ver?

Serva da reconciliação

42. Jesus Cristo é a fonte da reconciliação de Deus com a humanidade e com cada pessoa. Ele é também agente de reconciliação dos homens entre si (cf. Mt 6,12; Rom 5,10-11); é o fundamento da missão da Igreja. A Igreja Família de Deus em África sente-se investida do «ministério da reconciliação» (2 Cor 5,18). Pois ela é mensageira do «Evangelho da paz» (Ef 6,15), que faz dela um só Corpo e Templo do Espírito Santo. Tal como Cristo, é artesã de reconciliação em seu corpo de carne. Porque construtores de comunhão, os cristãos hão-de chamar a sociedade africana à união dos corações dando eles mesmos o exemplo pelo testemunho das suas vidas. Uma vida que reconcilia porque dá lugar ao perdão (cf. Mt 5,23; Ef 2, 14-15).

43. Com efeito, diz Jesus, «nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros» (Jo 13,35). Desde então, antes mesmo de qualquer acção, é pela sua maneira de ser que toda a célula eclesial há-de ser um apelo lançado aos nosso irmãos e irmãs africanos para que se deixem reconciliar com Deus e uns com os outros (cf. Mt 5,23 ss; 2 Cor 5,20). A Igreja há-de manifestar, assim, a sua dimensão de sacramento, sinal eficaz que torna presente, no coração de África, a graça da reconciliação operada entre Deus e a humanidade, e entre os homens entre si, por meio de Cristo Jesus, nossa Justiça e nossa Paz.


INSTRUMENTUM LABORIS III, 1, 35-39


(Fonte: site da Santa Sé)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja 2º Sernão sobre o Génesis


«Se acreditásseis em Moisés, talvez acreditásseis em Mim, porque ele escreveu a Meu respeito»

No princípio dos tempos, o Senhor, que tinha criado o homem, falava directamente ao homem e este era capaz de O compreender. Era assim que Deus conversava com Adão [...], como depois conversaria com Noé e com Abraão. E, mesmo depois de o género humano se ter precipitado no abismo do pecado, Deus não cortou por completo relações com ele, ainda que as que mantinha tivessem, naturalmente, menos familiaridade, porque os homens tinham-se tornado indignos delas. Consentiu, pois, em renovar relações de benevolência com eles, mas através de missivas, como se faz com um amigo ausente; desta maneira, podia também, na Sua bondade, atrair novamente a Si todo o género humano. O portador dessas missivas que Deus nos enviava era Moisés.

Abramos essas cartas e leiamos as primeiras palavras: «No princípio, criou Deus o céu e a terra.» Que coisa admirável! [...] Moisés, que veio ao mundo muitos séculos depois, foi verdadeiramente inspirado do alto para nos contar as maravilhas que Deus fez ao criar o mundo. [...] Dá mesmo a impressão de que se dirige a nós directamente, dizendo: «Foram os homens que me ensinaram o que vou revelar-vos? De maneira nenhuma, foi o Criador, Aquele que realizou estas maravilhas; é Ele que dirige a minha língua para vo-lo ensinar. Peço-vos que silencieis todas as reclamações dos raciocínios humanos. Não oiçais este relato como se fosse apenas a palavra de Moisés, pois é o próprio Deus que vos fala. Moisés é apenas o intérprete de Deus.» [...]

Irmãos, acolhamos a Palavra de Deus de coração reconhecido e humilde. [...] Porque foi Deus quem tudo criou, é Ele que prepara todas as coisas e as dispõe com sabedoria. [...] É Ele que conduz o homem, por meio daquilo que é visível, ao conhecimento do Criador do universo. É Ele que ensina o homem a contemplar o Artífice supremo nas Suas obras, a fim de que o homem saiba adorar o seu Criador.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 26 de Março de 2009

São João 5, 31-47

Naquele tempo,
Jesus disse aos judeus:
«Se Eu der testemunho de Mim mesmo,
o meu testemunho não será considerado verdadeiro.
É outro que dá testemunho de Mim
e Eu sei que o testemunho que Ele dá de Mim é verdadeiro.
Vós mandastes emissários a João Baptista
e ele deu testemunho da verdade.
Não é de um homem que Eu recebo testemunho,
mas digo-vos isto para que sejais salvos.
João era uma lâmpada que ardia e brilhava
e vós, por um momento, quisestes alegrar-vos com a sua luz.
Mas Eu tenho um testemunho maior que o de João,
pois as obras que o Pai Me deu para consumar
— as obras que realizo —
dão testemunho de que o Pai Me enviou.
E o Pai, que Me enviou,
também Ele deu testemunho de Mim.
Nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua figura
e a sua palavra não habita em vós,
porque não acreditais n’Aquele que Ele enviou.
Examinais as Escrituras,
pensando encontrar nelas a vida eterna;
são elas que dão testemunho de Mim
e não quereis vir a Mim para encontrar essa vida.
Não é dos homens que Eu recebo glória;
mas Eu conheço-vos
e sei que não tendes em vós o amor de Deus.
Vim em nome de meu Pai e não Me recebeis;
mas se vier outro em seu próprio nome, recebê-lo-eis.
Como podeis acreditar,
vós que recebeis glória uns dos outros
e não procurais a glória que vem só de Deus?
Não penseis que Eu vou acusar-vos ao Pai:
o vosso acusador será Moisés,
em quem pusestes a vossa esperança.
Se acreditásseis em Moisés, acreditaríeis em Mim,
pois ele escreveu a meu respeito.
Mas se não acreditais nos seus escritos,
como haveis de acreditar nas minhas palavras?».