Obrigado, Perdão Ajuda-me
domingo, 30 de maio de 2021
Amar a Cristo...
Na tua alma em graça habita a Santíssima Trindade
sábado, 29 de maio de 2021
Eucaristia e sacrifício
sexta-feira, 28 de maio de 2021
Milagre no meio das trevas
Na audiência de 12 de Maio passado, o Papa contou um milagre que acompanhou de muito perto quando estava em Buenos Aires.
Recordei imediatamente esta
história quando recebi hoje de manhã uma mensagem de correio electrónico: «Estou
internado no IPO. Recidiva da leucemia que tive há 4 anos atrás. Um verdadeiro
choque! Tive de me reorganizar e hoje, internado, procuro luz e sentido a tudo
o que está a acontecer comigo. Encontro forças na oração e por isso agradeço
também as orações dos familiares e amigos e conto contigo».
Peguei imediatamente no telefone
para falar com este meu amigo. Falámos até que os tratamentos nos obrigaram a
interromper a conversa. Dizia-me que rezava. Mais que pedir a cura, pedia para
aproveitar bem estas circunstâncias por onde Deus o leva. E eu lembrei-me mais
uma vez da audiência do Papa porque, depois de contar a história do milagre a
que tinha assistido, acrescentou:
— «Quando Deus não nos concede
uma graça, dar-nos-á outra que veremos a seu tempo. Mas é sempre preciso lutar na
oração para pedir uma graça. Sim, por vezes pedimos uma graça de que
precisamos, mas pedimo-la assim, sem querer, sem lutar; não é assim que se
pedem coisas sérias. A oração é uma batalha e o Senhor está sempre connosco».
A relação com Deus é tão forte
que faz falta a palavra «luta» para dar a medida do que é a oração. Não por ser
agressiva, mas pela intensidade de quem conhece a ternura de pai com que Deus
nos ama. Ele ouve-nos sempre, disse o Papa nesta audiência:
— «Se num momento de cegueira não
conseguirmos vislumbrar a sua presença, consegui-lo-emos no futuro. Também nós
um dia poderemos repetir a frase que o patriarca Jacob disse certa vez: “Em
verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia!” (Gen 28, 16). No final
da nossa vida, olhando para trás, também nós poderemos dizer: “Pensava que
estava sozinho; não, não estava: Jesus estava comigo”. Todos
poderemos dizer isto».
Fidelidade e coerência
Quando O pomos em primeiro lugar por incrível que pareça, aqueles que mais amamos na terra saem sempre beneficiados, mesmo quando as nossas limitações não no-lo permitem vislumbrar, mas por isso mesmo deveremos ter uma fé inquebrantável na Sua infinita sabedoria.
O Senhor nos ajude a jamais questionar o nosso amor por Ele e a nossa fé e sigamos o conselho de S. Paulo a Timóteo “… permanece naquilo que aprendeste e acreditaste” (2 Tim 3,14).
JPR
«… toda a fidelidade deve passar pela prova mais exigente: a duração (…). É fácil ser coerente por um dia ou por alguns dias (…). Só pode chamar-se fidelidade a uma coerência que dura ao longo de toda a vida»
(São João Paulo II - Aos sacerdotes do México em 27/I/1979)
quinta-feira, 27 de maio de 2021
Autoridade na Igreja
quarta-feira, 26 de maio de 2021
Mistério que enche a nossa vida de cristãos
sexta-feira, 14 de maio de 2021
17:17 há 40 anos
Nalguns casos —por exemplo no palácio da Pena, em Sintra—, havia um pequeno canhão ao lado do relógio de sol, para anunciar as horas ao longe, com um disparo. O pequeno canhão do palácio da Pena ainda lá está, como memória silenciosa daqueles estrondos que faziam esvoaçar os pássaros à hora certa.
Esta forma de marcar as horas aos ritmos da artilharia é coisa do passado, mas há 40 anos, as 17 horas e 17 minutos de 13 de Maio de 1981 ficaram marcadas com exactidão por quatro disparos, que ecoaram uma e outra vez na praça de S. Pedro, levantando revoadas de pássaros. É difícil assinalar o momento de forma mais inesquecível.
O que aconteceu às 17:17 daquele dia ainda hoje não se percebe. As balas atravessaram o corpo do Papa de lado a lado num trajecto sinuoso, fazendo inflexões misteriosas como se quisessem respeitar os órgãos vitais. Roçaram neles, um por um, mas sem os atingir.
Rasgaram sulcos profundos de que jorrou abundantemente sangue e caíram à volta da vítima ou perto do automóvel. A quinta bala não partiu porque a Browning encravou. Uma pistola profissional com uma falha mecânica?! Segundo os jornais, a pistola custara £10,000 à época (dezenas de milhar de euros a preços de hoje).
Desconcertado, o atirador supostamente infalível, com 23 anos, no auge da sua forma física, teve uma hesitação de segundos e foi agarrado por um elemento das forças de segurança, com a ajuda de vários populares, incluindo uma freira. As reportagens dos vídeos captam os rostos imóveis da multidão, pesados, calados, de olhos fixos no infinito, como se fossem personagens de cenas diferentes, cada um a olhar na sua direcção, como se não houvesse nada para ver no espaço sem fim.
Uma das balas está hoje em Fátima, como jóia da coroa da imagem de Nossa Senhora. A temível Browning está exposta em Wadowice, na Polónia. Ambas testemunham que Deus não desiste de ter a última palavra.
Depois de sair da prisão na Turquia, Ali Ağca já viajou pela Europa e já esteve novamente na praça de S. Pedro, sozinho, em homenagem ao Papa. Em entrevistas a jornais ocidentais disse que deixou um ramo de flores no local do atentado e que está contente por João Paulo II ter sobrevivido. Eram 17h17 de há 40 anos.
José Maria C.S. André
quinta-feira, 13 de maio de 2021
A Ascenção
[2]. Catecismo da Igreja Católica, n. 665.
[3]. At 1, 3.
[4]. Lc 24, 46-48.
[5]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 29-X-1972.
[6]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 3-XI-1972.
quinta-feira, 6 de maio de 2021
Será que Deus realmente existe?
Sem querer entrar em polémica e respeitando o modo de ver o assunto por parte da autora do ensaio, gostaria de lançar algumas ideias para refletirmos sobre este tema de grande importância na nossa vida.
Não me proponho dar argumentos filosóficos. Proponho que pensemos sobre esta pergunta e em como dialogar sobre ela com pessoas amigas. Também com aquelas que se dizem ateias ou agnósticas.
O tema não admite argumentos simplórios. A fé é suficientemente obscura para que a nossa decisão de acreditar seja completamente livre, e é suficientemente clara para que essa decisão seja profundamente razoável.
Esse claro-escuro presente nesta pergunta faz com que as respostas a este tema não sejam similares a uma demonstração matemática.
Todos necessitamos reflectir sobre Deus para encontrar um sentido para a nossa vida. A pergunta pela existência de Deus é a mais radical que podemos fazer e aquela que terá maior influência no nosso modo de actuar nesta existência terrena, que todos sabemos ser finita.
Porque esta pergunta está intimamente relacionada com os grandes enigmas que encontramos na vida. De onde venho? Para onde vou? Porque existe a morte? Porque existe o mal? Qual o caminho para encontrar a felicidade? Que há para além da morte?
Nenhuma destas perguntas possui uma resposta científica, porque não são perguntas científicas. São as mesmas perguntas de há muitos anos para cá. Desde que o ser humano teve tempo para reflectir. Já Aristóteles afirmava há 2300 anos: “A religião é uma constante na história dos povos porque pertence à própria essência do homem”.
Sim, existem. E têm como ponto de partida a criação: o mundo material que nos rodeia e o mundo interior que “ferve” dentro de cada um de nós.
De um modo telegráfico podemos dizer que a partir do movimento e do devir, da contingência, da ordem e da beleza do mundo material, podemos chegar ao conhecimento indireto de um Ser Supremo que é origem e fim do Universo.
Também a partir da nossa abertura interior à verdade e à beleza, com o sentido do bem moral que todos possuímos, com a liberdade e a voz da nossa consciência, com as ânsias que temos de infinito e de felicidade, detectamos sinais da existência dessa alma espiritual, gérmen de eternidade, que trazemos connosco e que, por muitos motivos, é irredutível à matéria.
Tanto o mundo que nos rodeia como o nosso mundo interior dão testemunho de que não temos em nós mesmos o primeiro princípio nem o fim último, mas participamos do Ser-em-si que não possui princípio nem fim e a quem os homens, desde tempos imemoriais, chamaram Deus.
Logo: é profundamente razoável acreditar na existência de Deus.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria