Obrigado, Perdão Ajuda-me
segunda-feira, 31 de maio de 2010
MODERNIDADE DOS CASAMENTOS GAY
Moderno e desejável não são pois sinónimos. Uma coisa não tem mesmo absolutamente nada a ver com a outra. Há, como sempre houve, inúmeros disparates modernos.
Esta entronização acrítica da modernidade – identificada com tudo o que se faz “lá fora”, sobretudo o mais aberrante – não passa da pacovice larvar da nossa índole colectiva, que importaria exorcizar.
Indiscutível é, de qualquer modo, que um disparate, antigo ou moderno, nunca pode constituir progresso.
Ora, é simples de ver que casamento entre pessoas do mesmo sexo – independentemente de questões de moralidade ou da natureza da homossexualidade – é um rematado disparate.
De facto, casamento existe e só existe – e, pois, também o respectivo enquadramento jurídico – porque a proliferação da espécie humana se faz pela junção de macho e fêmea.
Se o ser humano se reproduzisse por cissiparidade, como as bactérias, ou por auto-fecundação, como a ténia, alguém se lembraria de inventar um contrato de casamento?
Se os seres humanos tivessem todos a mesma conformação anatómica e, pois, para a conservação da espécie, fosse dispensável a união entre indivíduos de sexo distinto, a instituição “casamento” faria algum sentido? Teria sequer surgido?!
Em suma e repetindo: o contrato de casamento destina-se a enquadrar juridicamente situações inerentes à procriação. Só esse objectivo o originou e o justifica.
Do que evidentemente decorre que incluir nesse enquadramento situações estéreis por própria natureza é um contra-senso. Logicamente tão tolo como oferecer óculos a um cego ou música a um surdo.
Será que é também tolice, por inútil, tentar a cura da surdez e cegueira dos nossos governantes com radiações de lógica e bom-senso?
(Fonte: blogue ‘O Filosorfico’ AQUI)
Apertar o cinto em tempo de crise
É o caso, nomeadamente, dos aumentos de impostos. O IVA é um imposto que arrecada muita receita fiscal; e uma alteração na sua taxa reflecte-se a curto prazo no dinheiro que entra nos cofres do Estado - ao contrário do IRS e do IRC, boa parte da receita dos quais só será cobrada em 2011.
Ora o IVA é um imposto pago, à mesma taxa, tanto pelo rico como pelo pobre. Nessa perspectiva é injusto. E a taxa mais baixa do IVA, 5 por cento, também foi agora aumentada de um ponto percentual, tal como as outras taxas. A taxa reduzida incide sobre bens de primeira necessidade (além de outros, como a coca-cola...), pelo que as pessoas e as famílias de mais baixos recursos sofrerão uma sobrecarga fiscal que teria sido de justiça evitar.
A austeridade agora decretada envolve sobretudo agravamento de impostos. O corte na despesa deveria ter maior peso. Mas tal apenas seria possível em escala significativa se, antes, tivesse havido uma redefinição das funções do Estado, coisa a que o actual Governo sempre se mostrou alérgico.
Há também reduções e limitações nos gastos sociais. Em tempo de forte desemprego cortar na despesa social não será o mais o mais adequado nem o mais justo. Mas, dado o carácter de urgência da redução do défice orçamental português, como única maneira de transmitir confiança aos mercados de que Portugal pagará as suas dívidas, não parece realista ter seguido por outros caminhos, eventualmente mais justos.
Claro que os atingidos pela austeridade não tiveram responsabilidade na crise. Ou melhor - nem todos tiveram. Porque é um facto que os portugueses, no seu conjunto, gastam mais de 10 por cento acima daquilo que produzem. Não é possível continuar assim, financiando a diferença com crédito concedido por estrangeiros. Este é o grande problema nacional, que o Governo subestimou ou não quis enfrentar.
Acontece que os credores estrangeiros, a certa altura, dão-se conta de que se arriscam a não receber o seu dinheiro, porque Portugal não tem sido capaz de equilibrar a suas contas. Equilibrar as contas do Estado e, porventura mais importante, as contas com o estrangeiro.
Aliás, mais de dois terços da dívida do Estado português é detida por estrangeiros. Só agora veio o Governo anunciar o lançamento de obrigações do Estado destinadas à subscrição por particulares nacionais, com juros menos baixos do que os dos certificados de aforro. É uma medida que vai no sentido certo, uma vez que a poupança das famílias baixou muito nos últimos anos (mais recentemente começou a recuperar, porque as pessoas agem racionalmente e perceberam que os próximos tempos serão difíceis).
Em boa parte, o facto de vivermos acima das nossas possibilidades não é apenas culpa de governantes irresponsáveis, que promoveram um optimismo económico desajustado da realidade, ou dos banqueiros que facilitaram o crédito a quem tinha e a quem não tinha meios para o pagar. Muito do excessivo endividamento das famílias tem a ver com compras feitas numa onda de consumismo, estimulada pela publicidade e pela ideia de que certos bens (o automóvel, por exemplo) são indispensáveis porque marcam o status social da pessoa.
Temos, agora, que baixar de nível de vida. Para uns, tal não representará um grande sacrifício visto que partem de um alto nível de rendimentos. Para a chamada classe média será uma situação complicada, sobretudo para aqueles que recentemente se sentiram promovidos a um novo e superior estrato social.
Mas o apertar do cinto poderá ser dramático para quem já esgotou os furos - para os mais pobres e os mais vulneráveis. É para esses que terá de ir, prioritariamente, a nossa solidariedade. A nossa solidariedade colectiva, através do Estado e de outras instituições, públicas e privadas. E a nossa solidariedade pessoal.
Francisco Sarsfield Cabral
Aceprensa
MONSTRA TE ESSE MATREM
Como, apesar de tudo quanto não sou e deveria ser, tu és minha Mãe e me queres, e me proteges, e desejas a minha felicidade aqui na terra e, depois, no Céu.
Monstra te esse matrem!
Ajuda-me também a mostrar-me como teu filho, a comportar-me, a conduzir a minha vida como teu filho, e, sobretudo: Recordare Virgo Mater Dei, dum steteris in conspectu Domini et loquaris pro me bona.
Ámen.
(AMA em NUNC COEPI)
A GRAÇA DO PERDÃO
Conta uma história que dois amigos caminhavam pelo deserto. Num determinado momento da viagem, começaram a discutir. Um dos amigos deu uma bofetada no outro. Magoado, mas sem dizer nada, escreveu na areia: “Hoje o meu melhor amigo deu-me uma bofetada!”
Continuaram a caminhar até que encontraram um oásis. Decidiram tomar banho. O amigo que tinha sido esbofeteado começou a afogar-se, mas o seu amigo salvou-o. Depois de recuperar-se, escreveu numa pedra: “Hoje o meu melhor amigo salvou-me a vida!”
O amigo que tinha dado a bofetada e salvo o seu melhor amigo, perguntou: “Quando te magoei escreveste na areia. Porquê?”
O outro amigo respondeu: “Quando alguém nos ofende devemos escrever na areia, onde os ventos do perdão possam apagá-lo. Mas quando alguém faz uma coisa boa, por nós ou para nós, devemos gravá-la na pedra, onde nenhum vento possa apagá-lo”.
Fiquei a pensar nesta história, em como ela retrata bem, (ao contrário), esta situação nas nossas vidas.
Com efeito, quando alguém nos magoa, nos ofende, “guardamos” essa ofensa, essa mágoa e deixamos muitas vezes que ela tome conta da nossa vida.
Mas quando alguém nos faz bem, agradecemos na hora, talvez ainda recordemos um pouco, mas muito rapidamente esquecemos, e às vezes até com o passar do tempo começamos a desvalorizar a ajuda que nos deram, deixando que pensamentos como, “não fez mais que a sua obrigação”, ou, “eu também lhe fazia o mesmo se pudesse”, tomem conta de nós e vão apagando da nossa memória o bem que nos fizeram.
O curioso é que, quando guardamos a ofensa, a mágoa, ela vai tomando conta da nossa vida e vai crescendo na dor e na amargura, de tal modo que, muitas vezes nos começa a levar para sentimentos de vingança, ou no mínimo de sentimentos onde desejamos que aquele, ou aquela que nos fez mal, sofra também o que nós sofremos, ou talvez até mais um pouco.
Assim, normalmente o que fazemos é “escrever o mal que nos fazem na pedra, e o bem que nos fazem na areia”.
Percebemos então que somos muito mais vulneráveis ao mal, e à tentação que ele nos traz, do que apegados ao bem, e ao amor que ele nos quer fazer viver.
Mas o que é interessante e que nós a maior parte das vezes não nos apercebemos, é que o mal, a falta de perdão, quando o permitimos, nos vai envenenando a vida, nos vai tornando amargos, rancorosos, não só com quem nos ofendeu, mas também com aqueles que nos rodeiam, e que por isso mesmo se vão afastando de nós.
Por outro lado o bem, se o guardamos, traz-nos alegria, paz, serenidade e vontade de viver, que se vai transmitindo àqueles que nos rodeiam e os torna também a eles mais felizes e desejosos de estarem connosco e partilharem connosco as suas alegrias e tristezas.
Sabemos tudo isto, sentimo-lo sem dúvida, e no entanto quando somos ofendidos a nossa primeira reacção não é normalmente o perdão.
E no entanto se fosse, seriamos bem mais felizes!!!
Monte Real, 31 de Maio de 2010
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/05/graca-do-perdao.html
Magnificat anima mea Dominum, Canticum B. Mariae V. Lc. 1
Magníficat ánima mea Dóminum,
et exsultávit spíritus meus
in Deo salvatóre meo,
quia respéxit humilitátem
ancíllæ suæ.
Ecce enim ex hoc beátam
me dicent omnes generatiónes,
quia fecit mihi magna,
qui potens est,
et sanctum nomen eius,
et misericórdia eius in progénies
et progénies timéntibus eum.
Fecit poténtiam in bráchio suo,
dispérsit supérbos mente cordis sui;
depósuit poténtes de sede
et exaltávit húmiles.
Esuriéntes implévit bonis
et dívites dimísit inánes.
Suscépit Ísrael púerum suum,
recordátus misericórdiæ,
sicut locútus est ad patres nostros,
Ábraham et sémini eius in sæcula.
Glória Patri et Fílio
et Spirítui Sancto.
Sicut erat in princípio,
et nunc et semper,
et in sæcula sæculórum.
Amen.
Apoteose do narcisismo
Portugal aprovou a lei do casamento de pessoas do mesmo sexo. Goste-se ou não, trata-se de uma mudança histórica, nuclear, fundamental. É difícil encontrar no passado situações em que algo tão influente e estrutural foi mudado num dos seus elementos mais definitórios. Mas o mais surpreendente é a ligeireza com que essa mudança foi feita.
Um governo minoritário e acossado, uma maioria ocasional composta por partidos que se detestam e uma votação quase distraída. Num país em convulsão com crise e desemprego, os parlamentares juntam-se momentaneamente, o Tribunal Constitucional cede à ideologia, o Presidente lava as mãos como Pilatos e muda-se a definição de casamento. O povo não foi consultado, não houve debate profundo nem longas elaborações. Um grupito de deputados, cheios da própria certeza que querem impor ao mundo como verdade absoluta, chegou para alterar o que os milénios tinham conservado.
Para lá da questão concreta, sobre a qual muito se escreveu, o que assusta é a fragilidade do quadro institucional. Os mais preocupados deviam ser os partidários da nova lei, porque assim como veio, um dia irá com igual facilidade. Aliás, o exemplo da Califórnia, onde uma lei equivalente não chegou a durar seis meses em 2008, aponta nesse sentido. Mas se este assunto é crucial, não é só a ele que se limita o problema. Se até o casamento mudou assim, o que é que está a salvo? Tudo fica fluido.
Esta lei não surgiu do nada. Ela constitui apenas o mais recente passo de uma vasta campanha de promoção do erotismo, promiscuidade e depravação a que se tem assistido nos últimos anos. Por detrás de leis como o aborto, divórcio, procriação artificial, educação sexual e outras está o totalitarismo do orgasmo. Parece que o deboche agora se chama "modernidade". Mas se um dia, em vez de uma maioria porcalhona, tivermos um parlamento nihilista, espírita, xenófobo ou iberista, o que salva a identidade nacional?
Hoje mesmo, na actual composição parlamentar, não será difícil encontrar uma maioria para apoiar coisas abstrusas, como a proibição de touradas ou rojões, imposição da ordenação sacerdotal de mulheres ou a obrigatoriedade de purificadores atmosféricos. Aliás, uma lista exaustiva dos disparates em que os nossos deputados acreditam encheria volumes. Este episódio revela com dramática clareza a enorme fragilidade do sistema que tanto prezamos e louvamos. Uma democracia vale o que valer a dignidade e o respeito dos seus democratas.
A nova lei, apesar de ser um marco milenar em termos formais, poucas consequências práticas terá. Depois do folclore momentâneo, amortecido pela crise e o campeonato do mundo, as coisas ficarão quase na mesma. Aliás, ao eliminar a aura de minoria perseguida de que têm gozado os comportamentos sexuais desviantes, vai finalmente revelar-se a sua verdadeira realidade e assim contribuir para destruir-lhes o encanto.
A atitude de fundo que os suporta é a apoteose do narcisismo, fechado à fecundidade e centrado no prazer. A actual visão dominante do casamento, de qualquer sexo, é hedonista, precária, egoísta. Mas esta tolice ideológica não durará muito, como não duraram os delírios das gerações anteriores que hoje tanto nos desgostam. Apesar dos ataques, a verdade da família, baseada numa doação mútua, estável e fecunda, resistirá. Aquilo que no processo pode desaparecer é a nossa democracia, sacrificada, como no século XX, no altar da arrogância dogmática
João César das Neves
(Fonte: DN online)
S. Josemaría sobre esta data:
Visitação da Santíssima Virgem. Assim comenta este mistério do Rosário: “Caminhamos apressadamente em direcção às montanhas, até uma aldeia da tribo de Judá (Luc., I, 39). Chegamos. – É a casa onde vai nascer João Baptista. – Isabel aclama, agradecida, a Mãe do Redentor: Bendita és tu entre todas as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! – A que devo eu tamanho bem, que venha visitar-me a Mãe do meu Senhor? (Luc., I, 42 e 43). O Baptista, ainda por nascer, estremece… (Luc., I, 41). A humildade de Maria derrama-se no Magnificat… - E tu e eu, que somos – que éramos – uns soberbos, prometemos ser humildes”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
O Evangelho do dia 31 de Maio de 2010
39 Naqueles dias, levantando-se Maria, foi com pressa às montanhas, a uma cidade de Judá.40 Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.41 Aconteceu que, logo que Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo;42 e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre.43 Donde a mim esta dita, que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?44 Porque, logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino saltou de alegria no meu ventre.45 Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão-de cumprir as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor».46 Então Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor;47 e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador,48 porque olhou para a humildade da Sua serva. Portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão ditosa,49 porque o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas. O Seu nome é Santo,50 e a Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem.51 Manifestou o poder do Seu braço, dispersou os homens de coração soberbo.52 Depôs do trono os poderosos, elevou os humildes.53 Encheu de bens os famintos, e aos ricos despediu de mãos vazias.54 Tomou cuidado de Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia;55 conforme tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre».56 Maria ficou com Isabel cerca de três meses; depois voltou para sua casa.
Recordemos algumas palavras de Bento XVI ao Conselho Pontifício para os Leigos há 10 dias e sobre a participação destes na política
À 24ª SESSÃO PLENÁRIA DO CONSELHO PONTIFÍCIO PARA OS LEIGOS
Consistório
Sexta-feira, 21 Maio 2010
É também o dever da comunidade dos leigos participar activamente e consistentemente na vida política, em acordo com os ensinamentos da Igreja, trazendo as suas razões bem fundadas e ideais elevados ao debate democrático, e na busca dum largo consenso entre todos que se preocupam com a defesa da vida e da liberdade, a salvaguarda da verdade e o bem da família, a solidariedade com os desfavorecidos e a permanente busca necessária do bem comum. Os cristãos não ambicionam a hegemonia política ou cultural mas, mas qual for a sua área de actuação, são movidos pela certeza que Cristo é a pedra angular de qualquer estrutura humana (Cf. Congregação para a Doutrina da fé, Nota doutrinal sobre algumas perguntas a respeito da participação dos católicos na vida política, 24 Novembro 2002).
Retomando o já expresso pelos meus Predecessores, eu também afirmarei que a política é um campo muito importante em que se pode exercitar a caridade. Esta chama os cristãos a um compromisso forte na cidadania, à construção da qualidade de vida nos seus países, e do mesmo modo a uma presença eficaz nas instituições e programas da comunidade internacional. Há uma necessidade de políticos autenticamente cristãos mas antes ainda de fiéis leigos que testemunhem a Cristo e ao Evangelho na comunidade civil e política.
(…) enfrentar a realidade em todas as suas vertentes, indo além de qualquer tipo do abordagem ideologicamente redutora ou sonho utópico; dar mostras de que estamos abertos ao diálogo verdadeiro e à colaboração, tendo presente que a política é também complexa arte de equilíbrio entre ideais e interesses, mas nunca esquecendo que a contribuição dos cristãos só pode ser eficaz se o conhecimento da fé se transformar em conhecimento da realidade, a chave para o julgamento e para a transformação.
(...)
Entre estes desafios está também o compromisso social e político, fundado não em ideologias ou em interesses das partes, mas antes na escolha servir o homem e o bem comum, à luz do Evangelho.
(Fonte: site da Santa Sé com tradução e adaptação a partir das versões em inglês e italiano de JPR)
SABEDORIA
A escolha de Salomão ficará para sempre como o émulo da sabedoria.
O Senhor deu-lhe a possibilidade de obter praticamente o que quisesse logo no início do seu reinado, riquezas, poder, invencibilidade, prestígio...
Surpreendentemente o pedido recai sobre a sabedoria.
Com ela obteve tudo aquilo que não pediu.
Este dom que o Espírito Santo dá - quando entende - aos que lho pedem, é o Dom mais completo a que se pode aspirar.
Mas, de facto, quantos Lho pedem?
As pessoas boas e crentes pedem e imploram toda a sorte de graças, benefícios, auxílios e fazem bem, fazem o que o Senhor mandou:
«Pedi sem descanso e ser-vos-á dado, batei e abrir-se-vos-á.» (cf. Mt 7, 7-8)
Quantas destas pessoas se lembram de pedir o que realmente pode resolver os seus problemas: O Dom da Sabedoria!
E, o facto é que o Espírito Santo está sempre disponível para distribuir os Seus Dons.
Julgo que, pelo menos, deveríamos pedir a sabedoria necessária para saber o que pedir.
(AMA, dissertação sobre Sabedoria, 2010.05.30)
Visitação de Nossa Senhora
No seu Evangelho, São Lucas afirma: naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu ventre e Isabel ficou replecta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: "Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre!" (Lucas 1,39ss.).
É o milagre da vida que brota com força e poder e vence o mundo. É a força e o poder da Palavra de Deus que faz a Virgem conceber e permite que aquela que era estéril dê à luz (Lucas 1,30ss.). É por isso que Maria, trazendo Jesus em seu seio, irrompe neste sublime canto de alegria e júbilo que é o "Magnificat" (Lucas 1,46-55).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Temas para reflexão
No Antigo Testamento, Deus tinha revelado a Sua unicidade e o Seu amor para com o povo eleito: Yahwé era como um Pai. Mas, depois de ter falado muitas vezes pelos profetas, Deus falou por meio de Seu Filho (cf. Hb 1, 1-2), revelando que Yahvé não só é como um Pai, mas que é Pai (cf. Compêndio, 46). Jesus dirige-se a Ele na Sua oração com o termo aramaico Abba, usado pelas crianças israelitas para se dirigirem ao seu próprio pai (cf. Mc 14, 36) e distingue sempre a Sua filiação da dos discípulos. Isto é tão chocante, que se pode dizer que a verdadeira razão da crucifixão é justamente o facto de Se chamar a si mesmo Filho de Deus em sentido único. Trata-se de uma revelação definitiva e imediata, porque Deus se revela com a Sua Palavra: não podemos esperar outra revelação, enquanto Cristo é Deus (cf., p. ex., Jo 20, 17) que se nos dá, enxertando-nos na vida que emana do regaço de Seu Pai.
Em Cristo, Deus abre e entrega a Sua intimidade, que de per si seria inacessível ao homem apenas por meio das suas forças . Esta mesma revelação é um acto de amor, porque o Deus pessoal do Antigo Testamento abre livremente o Seu coração e o Unigénito do Pai sai ao nosso encontro, para Se fazer uma só coisa connosco e levar-nos de regresso ao Pai (cf. Jo 1, 18). Trata-se de algo que a filosofia não podia adivinhar, porque radicalmente apenas pode ser conhecido mediante a fé.
(GIULIO MASPERO)
Santo Rosário: Mistérios Luminosos
5º Mistério: A Instituição da Eucaristia
Ser alma eucarística. Receber-Te Jesus, como se fosse a última vez que o fizesse, com todo o amor, toda a compenetração toda a humildade de que for capaz. No meu coração deve só caber a grandeza do momento, a Hóstia Santa sob a qual está realmente presente o Divino Corpo e Sangue do meu Salvador, do Dono e Senhor do Universo inteiro. A “enormidade” desta evidência ao invés de esmagar-me deve colocar-me num estado de alerta muito vivo e sentido, porque ao recebê-lo tornar-me-ei Deus eu mesmo. Sim, por breves instantes, enquanto durarem as Sagradas Espécies no meu corpo, o Corpo, o Sangue a Alma e a Divindade de Jesus Cristo estarão “misturadas com o meu pobre corpo com a minha pobre alma. Mistério amoroso de valor e dimensão incalculáveis. Que eu saiba aproveitar ao máximo esta dita que Tu, meu Senhor, me concedes diariamente.
(AMA, Orações diárias, preparação da Santa Missa, 2002.06.05.06)
Agradecimento: António Mexia Alves
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
No Greater Love (a partir da trad. Pas de plus grand amour, Lattès 1997, p. 132)
«Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha»
Depois de ter sido visitada pelo anjo, Maria foi a correr ter com a sua prima Isabel, que estava grávida. E a criança que ia nascer, João Batista, saltou de alegria no seio de Isabel. Que maravilha! Deus todo poderoso escolheu uma criança que ia nascer para anunciar a vinda do Seu Filho!
Pelo mistério da Anunciação e da Visitação, Maria representa o próprio modelo da vida que devíamos levar. Primeiro, acolheu Jesus na sua existência; depois, partilhou o que recebeu. Cada vez que recebemos a Sagrada Comunhão, Jesus, o Verbo, torna-Se carne na nossa vida - dom de Deus, ao mesmo tempo belo, gracioso, singular. Assim foi a primeira Eucaristia: o oferecimento por Maria do seu Filho, que estava nela, nela em quem Ele tinha estabelecido o primeiro altar. Maria, a única que podia afirmar com absoluta confiança: «Isto é o meu corpo», ofereceu, a partir deste primeiro momento, o seu próprio corpo, a sua força, todo o seu ser, para a formação do Corpo de Cristo.
A nossa Mãe, a Igreja, elevou as mulheres a uma grande honra diante de Deus, ao proclamar Maria Mãe da Igreja.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
domingo, 30 de maio de 2010
“Fazei o que Ele vos disser”
Entre tantos convidados de uma ruidosa boda rural a que vêm pessoas de muitos lugares, Maria dá pela falta de vinho. Repara nisso imediatamente – e só Ela. Que familiares se nos apresentam as cenas da vida de Cristo! Porque a grandeza de Deus convive com o humano – com o normal e corrente. Realmente, é próprio de uma mulher, de uma atenta dona de casa, reparar num descuido, estar presente nesses pequenos pormenores que tornam agradável a existência humana; e assim aconteceu com Maria.
– Fazei o que Ele vos disser (Jo 2, 5).
Implete hydrias (Jo 2, 7), – enchei as vasilhas! –, e dá-se o milagre. Assim mesmo, com toda a simplicidade. Tudo normal: eles cumpriam o seu ofício, e a água estava ao seu alcance… E foi esta a primeira manifestação da divindade do Senhor! O que há de mais vulgar converte-se em extraordinário, em sobrenatural, quando temos a boa vontade de fazer o que Deus nos pede.
Quero, Senhor, abandonar todos os meus cuidados nas Tuas mãos generosas. A nossa Mãe – a Tua Mãe! – a estas horas, como em Caná, já fez soar aos Teus ouvidos: não têm!…
Se a nossa fé é débil, recorramos a Maria. Devido ao milagre das bodas de Caná que Cristo realizou a pedido de sua Mãe, acreditaram n´Ele os discípulos (Jo 2, 11). A nossa Mãe intercede sempre diante de seu Filho para que nos atenda e se nos mostre de tal modo que possamos confessar: – Tu és o Filho de Deus.
– Dá-me, ó Jesus, essa fé que de verdade desejo! Minha Mãe e Senhora minha, Maria Santíssima, faz com que eu creia! (Santo Rosário, 2º mistério luminoso).
São Josemaría Escrivá
Cavaco já perdeu
Em 2006 ganhou à primeira volta com uma margem mínima acima dos 50%, pelo que desta vez também se deverá admitir que perdendo alguns milhares de votos estes possam corresponder a essa mesma pequena diferença, pelo que a probabilidade de haver segunda volta é elevada.
Á! Mas se tal acontecer, a culpa é das pessoas que não votaram nele e optaram ou por outros candidatos, ou pelo voto em branco ou nulo ou ainda pela abstenção.
NÃO, a culpa será inteiramento do candidato que no exercício das suas funções optou pelas leis dos mercados financeiros em detrimento dos valores da fé e da família que afirma professar, coberto pelo argumento falso e demagógico da defesa do superior interesse da nação, se não reparem, que logo a seguir à promulgação da «così detta» lei do “casamento” homossexual , numa atitude provocatória e de tentativa de desviar a atenção dos portugueses, voltaram a colocar em debate na AR a lei sobre as uniões de facto, fazendo cair por base o principal argumento evocado.
Na nossa história, já longa de quase nove séculos, sobrevivemos a muitas crises e não seria por o PR, em acto de consciência coerente vetar uma lei e eventualmente se demitir mais tarde para a não assinar, que o país iria mais fundo do que já se encontra.
A verdade vem sempre à tona e toda a carreira do actual PR foi feita de pequenas traições, lembremo-nos apenas de duas situações, do desmentido a Fernando Nogueira a poucas semanas das legislativas e da pseudo demissão de um membro da sua casa civil em plena campanha eleitoral de 2009 retirando à candidata da oposição, quando esta se encontrava empatada nas sondagens, o tapete no que ao comportamento não democrático do governo dizia respeito.
Lembremo-nos ainda da sua enorme falta de cortesia para com a hierarquia da Igreja portuguesa, quando se tratou do anúncio da visita do Santo Padre, antecipando-se com o único objectivo de tirar dividendos políticos de uma visita, que como ficou demonstrado à saciedade, foi eminentemente pastoral, mas lá conseguiu ao abrigo do protocolo e da bondade de Bento XVI umas fotografias com a família para mais tarde recordar ou usar em campanha eleitoral.
Permito-me deixar-vos um apelo, não se deixem intimidar por falsos argumentos e chantagens emocionais sobre a estabilidade, porque mais podres do que já nos encontramos é difícil. Obrigado!
JPR
Ao Angelus, Papa recorda sua viagem a Chipre (4-6 Junho), pedindo orações pela paz e pelo Sínodo para o Médio Oriente
Neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, Bento XVI pediu aos fiéis orações pela visita que de sexta a domingo próximo realizará a Chipre:
“Este semana vou fazer uma viagem apostólica a Chipre, para ali me encontrar e rezar com os fiéis Católicos e Ortodoxos e para entregar o Instrumentum Laboris para a assembleia especial do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente. Peço as vossas orações pela paz e prosperidade do todo a população de Chipre, assim como pela preparação da assembleia especial (do Sínodo)”
Evocando, na breve catequese em italiano, a fé na Santíssima Trindade, celebração litúrgica deste domingo, Bento XVI citou um comentário do teólogo Romano Guardini, a propósito do sinal da cruz: “fazemo-lo antes da oração, para que… nos ponha espiritualmente em ordem e concentre em Deus pensamentos, coração e querer; depois da oração, para que permaneça em nós o que Deus nos deu… (O sinal da cruz) abarca todo o ser, corpo e alma… e tudo se torna consagrada no nome do Deus uno e trino.”
“No sinal da cruz e no nome do Deus vivo encontra-se, portanto, contido o anúncio que gera a fé e inspira a oração”.
Depois da recitação do Angelus, o Santo Padre recordou que neste domingo de manhã, teve lugar em Roma, na basílica de Santa Maria Maior, a beatificação de Maria Pierina De Micheli, Religiosa do Instituto das Filhas da Imaculada Conceição de Buenos Aires.
“Josefina – era este o seu nome de Baptismo – nasceu em 1890, em Milão, numa família profundamente religiosa, onde floresceram diversas vocações ao sacerdócio, e à vida consagrada. Aos 23 anos, também ela empreendeu este caminho, dedicando-se com paixão ao serviço educativo, na Argentina e na Itália.
O Senhor dotou-a de uma extraordinária devoção ao Santo Rosto, que a manteve sempre nas provações e na doença. Morreu em 1945 e os seus despojos repousam em Roma, no Instituto Espírito Santo”.
Finalmente, saudando um grupo de peregrinos da diocese italiana de Pordenone, Bento XVI referiu-se à apresentação, há dias, em Roma, do “Diário” de um cardeal natural desta região – o cardeal Celso Constantino, figura muito ligado ao Papa Pio XII. “À margem da guerra (1938-1947)” é o título da obra e aquela purpurado era, nessa época, Secretária do Congregação da Propaganda Fide (actualmente chamada, da Evangelização dos Povos):
“O seu Diário testemunha a imensa obra desenvolvida pela Santa Sé naqueles dramáticos anos, para favorecer a paz e socorrer todos os necessitados”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
S. Josemaría nesta data em 1974
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
HINO AO NOSSO DEUS E SENHOR
Que bom e grande Tu és !
Sem Ti, SENHOR,
eu não sou nada.
Sou como um peixe que não nada,
uma ave que não voa,
uma ovelha perdida,
à mercê do predador,
um ponto sem referência,
uma curva que acaba em circulo,
( fechado sobre si próprio ),
um ser vivo, sem ter vida,
uma morte anunciada.
Mas, SENHOR,
quando a Ti me entrego,
cruzo as águas como seta,
nascem-me asas nos pés,
o predador parte os dentes,
no escudo que Tu me dás,
a curva é uma recta,
a indicar a eternidade,
a vida pulsa tão forte,
que se estende aos que estão perto,
a morte é uma passagem,
para ir ao Teu encontro.
Porque Tu, SENHOR,
És tudo para mim,
a razão do meu viver,
a razão de eu caminhar,
a razão de eu amar,
a razão de eu falar,
a razão do testemunho,
que pretendo sempre dar,
a razão do coração,
a arder em Teu louvor.
Em Ti me refugio,
em Ti, me fortaleço,
em Ti,
quanto mais fraco sou,
mais forte eu me pareço,
quanto mais pobre sou,
mais rico em Ti eu cresço.
Em mim abates barreiras,
da vergonha à timidez,
tornas-me clara a palavra,
tornas fácil o falar.
E meu SENHOR,
mais ainda,
pois transformas os problemas,
em oração de louvor,
transformas alguma amargura,
num simples acto de amor,
transformas a breve tristeza,
na Tua mais linda alegria,
transformas o ingrato desânimo,
na vontade de lutar,
transformas a terrível dúvida,
na mais bonita certeza,
transformas o meu passado,
num presente a caminhar,
transformas o gaguejar,
na mais bonita oração,
transformas o meu pensar,
num canto do coração,
feito p’ra Te louvar.
Assim, meu DEUS, e SENHOR,
só por Ti posso amar,
só em Ti posso viver,
só conTigo caminhar.
Vem depressa, não demores,
e mesmo que estejam fechados,
os portões da minha vida,
arromba-os, SENHOR meu DEUS,
abre todos os cadeados,
enche-me de Ti e sorri-me,
pega-me na mão e conduz-me,
para que não me possa perder,
mas antes testemunhar,
que a vida deve ser sempre,
um canto de puro louvor,
a Ti,
meu DEUS e SENHOR.
29.05.2006
Joaquim Mexia Alves
Temas para reflexão
«O mistério central da fé e da vida cristã é o mistério da Santíssima Trindade. Os cristãos são baptizados no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (Compêndio, 44). Toda a vida de Jesus é revelação do Deus Uno e Trino: na anunciação, no nascimento, no episódio da Sua perda e encontro no Templo quando tinha doze anos e na Sua morte e ressurreição, Jesus revela-Se como Filho de Deus de uma forma nova relativamente à filiação conhecida por Israel. Além disso, no momento do Seu baptismo, ao iniciar a Sua vida pública, o próprio Pai testemunha ao mundo que Cristo é o Filho Amado (cf. Mt 3, 13-17 e par.) descendo sobre Ele o Espírito em forma de pomba. A esta primeira revelação explícita da Trindade corresponde a manifestação paralela na Transfiguração, que introduz o mistério Pascal (cf. Mt 17, 1-5 e par.). Finalmente, ao despedir-Se dos Seus discípulos, Jesus envia-os a baptizar em nome das três Pessoas divinas, para que seja comunicada a todo o mundo a vida eterna do Pai, do Filho e do Espírito Santo (cf. Mt 28, 19).
(GIULIO MASPERO)
Santo Rosário: Mistérios Luminosos
4º Mistério: A Transfiguração do Senhor
Jesus Cristo com a Sua Transfiguração fortalece a fé dos Seus discípulos mostrando na Sua humanidade um indício da glória que ia ter depois da Ressurreição. Quer que entendam que a Sua Paixão não será o fim, mas o caminho para chegar à glória.
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, comentário a Lc 9, 28-36)
Agradecimento: António Mexia Alves
Cruz
debaixo do extremo da minha cruz,
meu querido Senhor justiçado
nesta quarta feira da Paixão;
eu sinto o Teu corpo chagado
juntar-se aos poucos ao meu
e tornar-me leve... leve...
Tu, António, tu podes, eu sei que podes
Oiço-Te sussurrar,
e, eu, não quero acreditar
que possa ser assim
que esta é a minha cruz,
aquela que talhei para mim.
Não foste Tu, Senhor, ah! Não foste tu
quem a fez assim,
rija e de nodoso madeiro.
Fui eu e só eu, o carpinteiro
(AMA, Porto, 2003)
Domingo da Santíssima Trindade
A primeira leitura sugere-nos a contemplação do Deus criador. A sua bondade e o seu amor estão inscritos e manifestam-se aos homens na beleza e na harmonia das obras criadas (Jesus Cristo é "sabedoria" de Deus e o grande revelador do amor do Pai).
A segunda leitura, convida-nos a contemplar o Deus que nos ama e que, por isso, nos "justifica", de forma gratuita e incondicional. É através do Filho que os dons de Deus/Pai se derramam sobre nós e nos oferecem a vida em plenitude.
O Evangelho convoca-nos, outra vez, para contemplar o amor do Pai, que se manifesta na doação e na entrega do Filho e que continua a acompanhar a nossa caminhada histórica através do Espírito. A meta final desta "história de amor" é a nossa inserção plena na comunhão com o Deus/amor, com o Deus/família, com o Deus/comunidade.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
sábado, 29 de maio de 2010
Não tenho figos!
Repara nos meus ramos, vê como se estendem á minha volta.
Observa bem a minha folhagem rica, lustrosa.
Dá-te conta da belíssima árvore que sou, frondosa, viva, imponente.
Que queres mais?
A minha sombra proporciona-te refrigério nas tardes de Estio.
Podes abrigar-te debaixo da minha frondosa copa nas tempestades de Inverno.
Ainda não estás satisfeito?
Olha, tenho alguns ramos secos que podes queimar numa fogueira para te aqueceres. Bastar-te-ão umas poucas folhas para fazeres um leito confortável para descansares o teu corpo fatigado.
É fácil subir pelo meu tronco até aos ramos mais altos, dali avistarás o caminho que perdeste e retomar, seguro, a viagem.
Mas... Não me ouves!? Que queres ainda!? Que procuras?
Frutos!!!
Não, não tenho frutos mas, é só por enquanto, logo, depois de crescer um pouco mais, dos meus ramos se estenderem mais longe e mais alto, da minha folhagem ser ainda mais frondosa e bela, então sim, poderei pensar em dar frutos. Serão à minha medida: grandes, suculentos, lustrosos, atraentes. Saciarão a fome, serão um prazer para o paladar.
Mas...queres frutos agora?
Não! Já te disse que, agora, não os tenho!
Mais tarde… talvez…
(AMA, dissertação sobre a Parábola da figueira, 2010.05.28)
Missionários credíveis para reevangelizar
Para ser missionários credíveis é preciso saber bem o que anunciar, assim como para testemunhar a própria fé é necessário vivê-la primeiro. Não usa jogos de palavras o Cardeal Cláudio Hummes que, como enviado especial do Papa, concluiu, a 16 de Maio, o décimo sexto Congresso eucarístico brasileiro. "Cada um, segundo o seu estado e profissão, deve fazer a própria parte na missão de anunciar o Evangelho ao homem de hoje", disse o purpurado diante de milhares de pessoas reunidas em Brasília para os três dias do Congresso eucarístico nacional sobre o tema "Eucaristia, pão da unidade dos discípulos missionários".
Será o tempo que irá estabelecer se foi alcançado o objectivo do Congresso "de renovar em todos os católicos do Brasil a identidade de discípulos de Jesus e, a partir desta experiência e prática constante, tornar-se seus missionários". Entretanto, segundo o cardeal, é preciso reacender quanto antes uma obra missionária da qual todos são "destinatários", mesmo se o primeiro lugar compete aos mais "pobres". De facto, "os pobres das periferias das cidades e do campo têm necessidade como nunca de sentir a proximidade da Igreja, quer na ajuda para as necessidades mais urgentes, quer na defesa dos seus direitos e na promoção comum de uma sociedade fundada na justiça e na paz". Também eram pobres os mártires brasileiros, assassinados em 1645, precisamente quando participavam na missa dominical: o cardeal indicou-os porque "não pertencem ao passado mas deveriam ser conhecidos melhor precisamente porque nos ajudariam a compreender e valorizar o domingo cristão".
Segundo o enviado do Papa, "o Congresso confirmou mais uma vez que a Eucaristia é fonte e centro da vida da Igreja e de cada cristão. Nestes dias, participando na Eucaristia e na adoração eucarística de modo mais intenso, pedimos a Cristo que desenvolva em cada um de nós a consciência de sermos seus discípulos, para nos tornarmos também seus missionários. De facto, a Eucaristia é a força do discípulo e da nossa acção na sociedade". E recordou também que para os cristãos "um domingo sem missa não é um domingo completo".
A Igreja está sempre em estado de missão, mas "hoje manifesta-se uma nova urgência. E esta nova missão tem como destinatários pessoas e povos que ainda não são cristãos, mas também os baptizados que já não participam da vida das suas comunidades ou que aderiram a outros credos ou até à total descrença".
Portanto, perante esta nova "urgência missionária, para ser bons missionários é preciso ser bons discípulos. E o discípulo só se forma no encontro pessoal e comunitário com Cristo". É esta a base para uma missão que se destina a todos, sem excluir ninguém. "Por vezes ouve-se dizer que não é importante a quantidade mas a qualidade das nossas comunidades. Errado! É verdade que as comunidades devem ser sempre mais preparadas, vivas e coerentes na fé, mas isto não é suficiente. É necessário levar o Evangelho a todos e não é suficiente conservar as comunidades que temos, mesmo se isto é importante".
Como Prefeito da Congregação para o Clero, exortou os sacerdotes a serem fiéis à sua missão específica. "Neste Ano sacerdotal disse é bom recordar também quanto são indispensáveis e insubstituíveis os presbíteros neste novo compromisso missionário. É claro que todos os cristãos devem ser missionários, mas os sacerdotes desempenham um papel especial, dando vida à missão no território da sua paróquia, escolhendo um grupo de leigos e leigas e formando-os para evangelizar, visitando as famílias". Dirigindo-se directamente aos sacerdotes brasileiros, disse que "a Igreja espera muito de cada um deles nesta missão urgente. Portanto, podeis ter também a certeza de que a missão vos ajudará a sentir-vos mais sacerdotes, a compreender melhor a vossa identidade e a ser mais felizes no vosso ministério. A missão precisa de todos vós. Sem vós, pouco ou nada acontecerá".
O Cardeal Hummes advertiu em seguida para não considerar o Congresso eucarístico um bonito acontecimento finalizado a si mesmo, que depressa é arquivado. Ao contrário, precisamente pela grande participação popular, tendo em primeira fila um laicado cada vez mais consciente e partícipe, deve constituir a rampa de lançamento para uma renovada e minuciosa acção missionária. "Precisamente a partir da Eucaristia conclusiva deste Congresso afirmou queremos ir resolutamente em missão. Mas estamos ao mesmo tempo conscientes de não poder fazer nada sem Jesus Cristo. Esta certeza tem uma ressonância particular neste momento no qual a Igreja está a viver uma crise difícil". Mas há também a consciência de que "tudo na Igreja se ordena para a Eucaristia e em volta da Eucaristia. É necessário, portanto, retomar com ímpeto a obra apostólica para procurar conduzir muitas outras pessoas para Cristo".
(© L'Osservatore Romano - 29 de Maio de 2010)
Bento XVI - P. Mateus Ricci missionário falecido em Pequim há 400 anos - "síntese feliz entre o anúncio do Evangelho e o diálogo com a cultura local”
A 11 de Maio de 1610 terminava a vida terrena o “grande missionário, verdadeiro protagonista do anúncio do Evangelho na China” que foi o padre Mateus Ricci. Assinalando este quarto centenário, Bento XVI recebeu neste sábado de manhã, no grande Sala das Audiências, no Vaticano, milhares de peregrinos provenientes da diocese italiana de Macerata, terra - natal do famoso missionário jesuíta.
“A história das missões católicas compreende figuras de grande estatura pelo zelo e pela coragem de levar Cristo a terras novas, distantes, mas o P. Ricci é um caso singular de síntese feliz entre o anúncio do Evangelho e o diálogo com a cultura do povo ao qual o levava, um exemplo de equilíbrio entre clareza doutrinal e prudente acção pastoral”.
Bento XVI observou que a obra deste missionário apresenta “duas vertentes a não separar: a inculturação chinesa do anúncio evangélico e a apresentação à China da cultura e da ciência ocidentais”. Embora frequentemente tenham sido os aspectos científicos a suscitar mais interesse – reconheceu o Papa, contudo "há que não esquecer a perspectiva com a qual Padre Ricci entrou em relação com o mundo e a cultura da China: um humanismo que considera a pessoa inserida no seu contexto, cultivando os respectivos valores morais e espirituais, captando tudo o que de positivo se encontra na tradição chinesa e oferecendo a ocasião de a enriquecer com o contributo da cultura ocidental, mas sobretudo com a sapiência e a verdade de Cristo”.
O Padre Ricci – insistiu Bento XVI – não se desloca à China para ali levar a ciência e a cultura do Ocidente, mas sim para levar o Evangelho e para dar a conhecer Deus. “É precisamente ao mesmo tempo que leva o Evangelho que o P. Ricci encontra nos seus interlocutores o pedido de um confronto mais amplo, de tal modo que o encontro motivado pela fé, torna-se também diálogo entre culturas; um diálogo desinteressado, livre de intentos de poder económico ou político, vivido na amizade, que faz da obra do P. Ricci e dos seus discípulos um dos pontos mais altos e felizes na relação entre a China e o Ocidente”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:
Poema «Cantar da alma que folga em conhecer a Deus por fé», Obras completas, Edições Carmelo, 2005 p. 68
«Um só Deus, um só Senhor, não na unidade de uma só pessoa, mas na trindade de uma só natureza» (Prefácio)
Que bem sei eu a fonte que mana e corre
Mesmo sendo noite!
Aquela eterna fonte está escondida.
Bem eu sei onde tem sua guarida,
Mesmo sendo noite!
Sei que não pode haver coisa tão bela
E sei que os céus e a terra bebem dela,
Mesmo sendo noite!
Sua origem não a sei, pois não a tem,
Mas sei que toda a origem dela vem
Mesmo sendo noite!
O fundo dela, sei, não pode achar-se;
Jamais por ela a vau pode passar-se,
Mesmo sendo noite!
É claridade nunca escurecida
E sei que toda a luz dela é nascida,
Mesmo sendo noite!
Tão caudalosas são as suas correntes
Que céus e infernos regam, mais as gentes,
Mesmo sendo noite!
Nascida de tal fonte, esta corrente
Bem sei que é mui capaz e omnipotente,
Mesmo sendo noite!
Das duas a corrente que procede
Sei que nenhuma delas antecede,
Mesmo sendo noite!
Aquela eterna fonte está escondida
Neste pão vivo para dar-nos vida,
Mesmo sendo noite!
Aqui está chamando as criaturas:
Desta água se saciem, e ás escuras,
Porque é de noite!
É esta a viva fonte que desejo
E neste pão de vida é que eu a vejo,
Mesmo sendo noite!
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de Domingo dia 30 de Maio de 2010
São João 16,12-15
12 Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não as podeis compreender agora.13 Quando vier, porém, o Espírito da Verdade, Ele vos guiará no caminho da verdade total, porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas que estão para vir.14 Ele Me glorificará, porque receberá do que é Meu e vo-lo anunciará.15 Tudo quanto o Pai tem é Meu. Por isso Eu vos disse que Ele receberá do que é Meu e vo-lo anunciará.
S. Josemaría nesta data em 1933
Depois de conversar com Ricardo Fernández Vallespin, estudante de Arquitectura, oferece-lhe um livro sobre a Paixão do Senhor. Como dedicatória escreve: “Que procures a Cristo, que encontres a Cristo, que ames a Cristo”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
O Evangelho do dia 29 de Maio de 2010
27 Voltaram a Jerusalém. E, andando Jesus pelo templo, aproximaram-se d'Ele os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos,28 e disseram-Lhe: «Com que autoridade fazes Tu estas coisas? E quem Te deu o direito de as fazer?».29 Jesus disse-lhes: «Eu também vos farei uma pergunta; respondei-Me e Eu vos direi com que autoridade faço estas coisas.30 O baptismo de João era do céu ou dos homens? Respondei-Me».31 Mas eles discorriam entre si: «Se respondermos que era do céu, Ele dirá: “Porque razão, então, não crestes nele?”.32 Responderemos que é dos homens?...». Temiam o povo, porque todos tinham a João como um verdadeiro profeta.33 Então responderam a Jesus: «Não sabemos». E Jesus disse-lhes: «Pois nem Eu vos digo com que autoridade faço estas coisas».
Banco Alimentar Contra a Fome em campanha este Sábado e Domingo
“Peço às pessoas que, uma vez mais, sejam solidárias e que apareçam, dando trabalho, produtos e as suas contribuições, porque só é precisa uma pequena ajuda para que a ajuda seja enorme.”
Este é o apelo deixado pela presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, a poucas horas do arranque da campanha de recolha de alimentos que se realiza este Sábado e Domingo.
Mesmo que cada contribuição seja diminuta, o seu alcance “é enorme porque a solidariedade, quando organizada e em comum, pode ter um efeito multiplicador”, salientou a responsável em entrevista à Agência ECCLESIA.
Isabel Jonet considera que a sociedade portuguesa atravessa um “período especialmente difícil”, com especial incidência nos mais necessitados: “As medidas que tornam mais restritivos os acessos a subsídios ou a prestações sociais, e ainda este acréscimo do IVA, vão dificultar a vida de muitas pessoas”.
A presidente dos Bancos Alimentares defende que a solidariedade deve ser um ponto de partida para uma futura emancipação dos beneficiários face às ajudas, mas muitas vezes não é possível encontrar formas de subsistência.
“É certo que se deve promover a autonomização, mas existem muitas pessoas para quem o acesso ao mercado de trabalho está negado pela idade e pela falta de qualificações”, exemplifica Isabel Jonet.
O combate às situações de acomodação à ajuda alimentar tem sido uma “preocupação constante” da instituição, desde a abertura, em 1992, da primeira sede em Portugal.
“Essa é uma das razões que levam os Bancos Alimentares a não entregar nada directamente às pessoas carenciadas”, explica a responsável, que acrescenta: “Seleccionamos e acompanhamos na sua actividade instituições de solidariedade, tornando esta rede tão capilar quanto possível”.
Os alimentos recolhidos são armazenados e entregues a 1750 entidades distribuídas por 17 regiões, beneficiando mais de 275 mil pessoas, o que em 2009 se traduziu em 23 mil toneladas, equivalendo a uma média de mais de 90 toneladas por dia útil.
“Se porventura as coisas correrem mal num dado elo da cadeia, a instituição em causa sabe que pode ser penalizada, mas sobretudo sabe que pode estar a prejudicar muitas pessoas que, de facto, têm carências”, lembra Isabel Jonet.
A campanha de 29 e 30 de Maio vai mobilizar 28 mil voluntários por uma causa que, para a presidente, “é quase nacional”, mas que funciona numa “lógica local”.
“Propomos aos voluntários que ajudem os mais carenciados da sua região para tornar mais efectiva esta cadeia de solidariedade e aproximar as pessoas que podem dar trabalho e produtos com aquelas que precisam de os receber”, refere a responsável.
Em simultâneo com a operação tradicional de recolha, decorre até 6 de Junho, nos principais supermercados, a campanha "A sua ajuda vale", que consiste na disponibilização de cupões que representam uma unidade de um determinado produto - por exemplo, "um litro de azeite".
Os vales, explica Isabel Jonet, têm um código de barras que os identifica como doações para o Banco Alimentar, com a vantagem de os produtos serem entregues a esta instituição pelos supermercados, atenuando a operação de transportes e de logística durante os dias 29 e 30 de Maio.
Outra maneira de contribuir é através das 3800 lojas aderentes à rede “Payshop”, fazendo uma doação em dinheiro que será convertida em leite, dando lugar à emissão de recibo.
Os dias das campanhas de recolha de alimentos junto dos supermercados são habitualmente esgotantes em termos físicos e mentais, mas Isabel Jonet não se deixa inquietar: “Eu estou sempre preparada para aquilo que Deus entende mandar-me”.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Salesianos expressam solidariedade com Bento XVI
Na missiva, assinada pelo Conselho Geral da Congregação, os perto de cem bispos e cardeais salesianos e enviada ao Santo Padre através do Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone (também salesiano), os membros da congregação manifestam "a Sua Santidade o afecto, a proximidade, a plena disponibilidade que D. Bosco nos ensinou a viver em relação ao Santo Padre e toda a Igreja".
"Compartilhamos as preocupações do momento presente, pedindo ao Senhor que purifique nossas vidas e purifique a Igreja para poder ser anunciadores do Evangelho, sobre tudo aos jovens", acrescentou.
Do mesmo modo, os membros asseguram ao Supremo Pontífice "cultivar na Congregação e na pessoa de nossos irmãos Bispos, uma profunda renovação espiritual e o compromisso da Família Salesiana na educação e evangelização dos jovens que frequentemente aparecem como ovelhas sem pastor".
A carta foi enviada ao concluir o encontro dos 90 bispos salesianos de todo o mundo em Turim com o Reitor Maior da Congregação e os membros de seu Conselho. O encontro se realizou com ocasião do 150° aniversário da fundação da Congregação Salesiana, o centenário da morte do primeiro Sucessor de D. Bosco, o Beato Miguel Rúa e o 125° aniversário da ordenação Episcopal do primeiro Bispo salesiano, D. Juan Cagliero.
(Fonte: ‘ACI Digital’)
Temas para reflexão
A actuação do Espírito Santo na alma é suave a aprazível, a Sua experiência é agradável e prazenteira. A Sua vinda traz consigo a bondade genuína do protector, pois vem salvar, curar ensinar, aconselhar, fortalecer e consolar.
(S. CIRILO DE JERUSALÉM, Catequese 16, sobre o Espírito Santo, 1)
MÊS DE NOSSA SENHORA
Santo Rosário: Mistérios Luminosos
3º Mistério: A apresentação do reino de Deus
O que agora quisesse consultar Deus, ou quisesse alguma visão ou revelação, não só cometeria uma estupidez, mas faria agravo a Deus, não pondo os olhos totalmente em Cristo, sem querer alguma outra coisa ou novidade. Porque lhe iria, dizendo: 'Se te falei poderia responder Deus desta maneira, dizendo: 'Se te falei já de todas as coisas na Minha Palavra, que é o Meu Filho, e não tenho outra, que te posso Eu agora responder ou revelar que seja mais que isso') Põe os olhos apenas nele, porque nele to disse e revelei, e acharás nele mais ainda do pedes e desejas (...) ouvi-o a Ele, porque já não tenho mais fé que revelar, nem mais coisas que manifestar.
(S. JOÃO DA CRUZ, Subida ao Monte Carmelo, liv. 2, cap. 22, nº 5)
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
De Trinitate, VII, 26-27
«Com que autoridade fazes estas coisas?»
É de facto como Seu Pai, este Filho que Se Lhe assemelha. D'Ele procede, este Filho que podemos comparar ao Pai, pois que Lhe é semelhante. É-lhe igual, este Filho que realiza as mesmas obras que o Pai (Jo 5, 19). [...] Sim, o Filho cumpre as obras do Pai; por isso, pede-nos que acreditemos que é o Filho de Deus. Com isto não Se arroga um título que não Lhe fosse devido; não é com base nas Suas próprias obras que Ele sustenta tal reivindicação. Não! Ele dá testemunho de que as obras que faz não são Suas, mas do Pai. E assim atesta que o esplendor das Suas acções Lhe vem do Seu nascimento divino. Mas como teriam os homens podido reconhecer n'Ele o Filho de Deus, no mistério desse corpo que Ele assumira, nesse homem nascido de Maria? Era para fazer penetrar no coração dos homens a fé n'Ele que o Senhor fazia todas aquelas obras: «Mas se as faço, embora não queirais acreditar em Mim, acreditai nas obras!» (Jo 10, 38).
Se a humilde condição do Seu corpo se afigura um obstáculo a que acreditemos na Sua palavra, Ele pede-nos para ao menos acreditarmos nas Suas obras. Com efeito, por que haveria o mistério do Seu nascimento humano de nos impedir a percepção do Seu nascimento divino ? [...] «Embora não queirais acreditar em Mim, acreditai nas obras, e assim vireis a saber e ficareis a compreender que o Pai está em Mim e Eu no Pai». [...]
Tal é a natureza que por nascimento Ele possui; tal é o mistério de uma fé que nos há-de assegurar a salvação: não dividir Os que são Um, não privar o Filho da Sua natureza, e proclamar a verdade do Deus Vivo nascido do Deus Vivo [...]. «Assim como o Pai que Me enviou vive [...], Eu vivo pelo Pai» (Jo 6, 57). «Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo, também deu ao Filho o poder de ter a vida em Si mesmo» (Jo 5, 26).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Saibamos merecer
Depois de regressar a Roma, o Papa referiu-se a Fátima no domingo, dia 16; na quarta-feira, dia 19, durante a Audiência Geral, onde fez um grande balanço da visita; de novo no passado domingo, dia 23, referindo-se à multidão reunida em Fátima como um renovado Pentecostes da Igreja, e ontem mesmo, no final do discurso aos bispos italianos, o Papa revelou que, enquanto pastor da Igreja Universal e Bispo de Roma, carrega consigo as preocupações e esperanças da Igreja e de toda a humanidade e que, há poucos dias, as confiou a Nossa Senhora de Fátima.
Será que nos damos conta do tesouro que Fátima representa? E da esperança que dali continua a brotar?
Foi o quem nos Papa nos disse, logo à chegada, no aeroporto: “O céu abriu-se sobre Portugal como uma janela de esperança – uma janela que Deus abre quando o homem lhe fecha a porta”.
Sejamos merecedores desta preferência do céu – e do Papa - sobre Portugal.
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
Questões da mobilidade humana e migrações abordadas pelo Papa, que recordou a importância da abertura à vida e da defesa da família
“Pastoral da mobilidade humana hoje em dia, no contexto da co-responsabilidade dos Estados e dos Organismos Internacionais” foi o tema da sessão plenária do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, que decorreu nos últimos três dias no Vaticano. Recebendo nesta sexta-feira os respectivos participantes, o Santo Padre congratulou-se com “o esforço de construir um sistema de normas compartilhadas que contemplem os direitos e os deveres do estrangeiro, como também os da comunidade de acolhimento, tendo em conta, antes de mais, da dignidade da pessoa humana, criada por Deus à sua imagem e semelhança”.
Bento XVI aludiu a um conjunto de problemáticas ligadas ao mundo da mobilidade humana, como (citamos) “a entrada ou o afastamento forçado dos estrangeiros, a fruibilidade dos bens da natureza, da cultura e da arte, da ciência e da técnica, que a todos deve ser acessível.
“Os ordenamentos a nível nacional e internacional que promovem o bem comum e o respeito da pessoa encorajam a esperança e os esforços pela consecução de uma ordem social mundial baseada sobre a paz, a fraternidade e a cooperação de todos, não obstante a fase crítica que as instituições internacionais estão a atravessar, empenhadas em resolver as questões cruciais da segurança e do desenvolvimento, em benefício de todos”.
Se é verdade que se assiste ao reemergir de instâncias particularistas em algumas áreas do mundo” – reconheceu Bento XVI, por outro lado não se extinguiu ainda a aspiração, de muitos, de abater os muros que dividem e estabelecer um amplo acordo, mediante disposições legislativas e práticas administrativas que favoreçam integração, mútuo intercâmbio e enriquecimento recíproco.
Quase a concluir, o Santo Padre sublinhou a necessidade de manter sempre a abertura à vida e de assegurar os direitos da família. “É evidente que se devem reafirmar, nos diversos contextos, a abertura à vida e os direitos da família, pois numa sociedade em vias de globalização, o bem comum e o empenho nesse sentido não podem deixar de assumir as dimensões de toda a família humana, isto é, da comunidade dos povos e das nações. O futuro das nossas sociedades apoia-se no encontro entre os povos, no diálogo entre as culturas no respeito das identidade e das legítimas diferenças. Neste contexto, a família mantém o seu papel fundamental”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
S. Josemaría nesta data em 1974
Vai rezar ao santuário de Nossa Senhora Aparecida no Brasil: «Com que alegria fui à Aparecida! Com que fé todos rezavam! Eu disse à Mãe de Deus, que é vossa e minha mãe: “Minha Mãe, nossa Mãe, eu rezo com toda esta fé dos meus filhos. Queremos-te muito, muito…”. E parecia-me escutar, no fundo do coração: “com obras”!».
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Abrir os olhos
Ouvia ruídos à minha volta, conseguia identificar pessoas a falar e a mover-se, veículos a transitar nas ruas e muitos outros ruídos comuns no dia-a-dia a quem vive numa cidade.
Estava assustado e muito, muito preocupado pois não fazia a menor ideia do que se passava comigo. Não me doía nada, sentia-me muito bem e, se não fosse a escuridão em que estava mergulhado, poderia dizer que não se passava nada de anormal, fora do comum.
Levei a ponta dos dedos à cara para me certificar que tinha as pálpebras abertas e, de facto, estavam...
A minha preocupação subiu uns graus, sentia-me perdido, confuso, desnorteado. Percebi então que também não conseguia falar. Bem abria a boca na tentativa de gritar, chamar a atenção de alguém, mas não saía um som da minha garganta.
Estava cego e mudo! Triste e amarga realidade!
Isto aconteceu-me hoje, há pouco, sem eu dar conta.
Mas...quantas vezes, esta aflição, me atinge, porque, numa desatenção, num afrouxar da guarda, fecham-se-me os olhos e os ouvidos incapacitam-se para ouvir e, eu, fico assim, cego e surdo.
Nestas situações só me oiço e vejo a mim próprio. Fico como que numa câmara de eco forrada a espelhos, oiço-me e vejo-me repetidamente.
Na porta desta câmara, para que não restem dúvidas a ninguém, pende um letreiro: ORGULHO.
(AMA, Publicado em NUNC COEPI a 14.11.2006 AQUI)
Ladaínha Lauretana
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Pai celeste que sois Deus,
tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus,
tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus,
tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das Virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe imaculada,
Mãe intacta,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem clemente,
Virgem fiel,
Espelho de justiça,
Sede de sabedoria,
Causa da nossa alegria,
Vaso espiritual,
Vaso honorífico,
Vaso insígne de devoção,
Rosa mística,
Torre de David,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Rainha dos anjos,
Rainha dos patriarcas,
Rainha dos profetas,
Rainha dos apóstolos,
Rainha dos mártires,
Rainha dos confessores,
Rainha das virgens,
Rainha de todos os santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha elevada ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha da paz,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
tende piedade de nós.
V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos.
Senhor Deus, nós Vos suplicamos que concedais aos vossos servos perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e gozemos da eterna alegria.
Por Cristo Nosso Senhor.
Amém.