Obrigado, Perdão Ajuda-me
terça-feira, 31 de agosto de 2010
S. Josemaría nesta data em 1931
“Vejo-me Como um pobre passarinho que, habituado a voar apenas de árvore em árvore ou, quando muito, até á varanda de um terceiro andar…, certo dia da sua vida teve brios de chegar até ao telhado de certa casa modesta, que não era propriamente um arranha-céus… Mas eis que uma águia arrebata o nosso pássaro – tomando-o erradamente por uma cria da sua raça – e, entre as suas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, por cima das montanhas de terra e dos picos nevados, por cima das nuvens brancas e azuis e cor-de-rosa, mais alto ainda, até olhar de frente o sol… E então, soltando o passarinho, a águia diz-lhe: anda, voa… Senhor, que eu não volte a voar pegado à terra!, que seja sempre iluminado pelos raios do divino Sol-Cristo-Eucaristia!, que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso no Teu Coração!”, anota hoje nos seus Apontamentos íntimos.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Oração
Sempre que sentimos no nosso coração desejos de melhorar, de responder mais generosamente ao Senhor, e procuramos um guia, um norte claro para a nossa existência cristã, o Espírito Santo traz à nossa memória as palavras do Evangelho: importa orar sempre e não cessar de o fazer.
A oração é o fundamento de todo o trabalho sobrenatural; com a oração somos omnipotentes; se prescindíssemos deste recurso, nada conseguiríamos.
Eu gostaria que hoje, na nossa meditação, nos persuadíssemos definitivamente da necessidade de nos dispormos a ser almas contemplativas no meio do mundo e do trabalho, com uma conversa contínua com o nosso Deus, a qual não deve esmorecer ao longo do dia. Se pretendemos seguir lealmente os passos do Mestre, este é o único caminho
É muito importante – perdoai a minha insistência – observar os passos do Messias, porque Ele veio mostrar-nos o caminho que nos leva ao Pai: descobriremos, com ele, como se pode dar relevo sobrenatural às actividades aparentemente mais pequenas; aprenderemos a viver cada instante com vibração de eternidade e compreenderemos com maior profundidade que a criatura precisa desses tempos de conversa íntima com Deus, para privar com Ele na sua intimidade, para invocá-lo, para ouvi-lo ou, simplesmente, para estar com Ele.
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, nn. 238–239)
Cardeal revela que a Madre Teresa de Calcutá salvou a sua vocação sacerdotal
O Arcipreste da Basílica de São Pedro recordou uma promessa que fez há 40 anos à Beata Madre Teresa de Calcutá de preservar na sua vocação ao sacerdócio. A religiosa havia-lhe ensinado que sem a oração, a caridade não existe.
O Cardeal Angelo Comastri presidiu a celebração eucarística para comemorar o centenário do nascimento da Beata na Igreja de São Lourenço em Roma, perante uma centena de missionárias da caridade, mais de 20 sacerdotes, líderes do governo local e um numeroso número de fiéis.
A missa foi concelebrada pelo Prefeito da Congregação para os Bispos, o Cardeal Marc Ouellet, que leu uma mensagem do Papa no início da Missa.
Na sua homilia, o Cardeal Comanstri recordou um encontro pessoal com a fundadora das Missionárias da Caridade quando ele era um jovem sacerdote.
Ele contou que lhe havia dirigido uma carta depois de ser ordenado sacerdote e sua resposta “inesperada” foi surpreendente, porque estava escrita “em um papel muito pobre, em um envelope muito pobre”.
Tempo depois, o Cardeal Comastri foi buscá-la quando ela se encontrava de visita em Roma, para agradecer-lhe pela resposta. Quando se encontrou com ela, a Madre Teresa fez uma pergunta que o deixou “um pouco envergonhado”.
“Quantas horas ao dia você reza?”, perguntou-lhe.
Entre 1969 e 1970, recordou o purpurado, a Igreja estava em um tempo de “conflito”, por isso acreditando-se “próximo ao heroísmo”, o então Padre Comastri explicou à Madre Teresa que ele rezava a Missa diária, a Liturgia das Horas e o Terço.
A Madre Teresa respondeu-lhe rotundamente: “Isso não é suficiente”. “O amor não pode ser vivido de forma minimalista”, disse-lhe, e pediu a ele que prometesse fazer meia hora de adoração diária.
“Eu o prometi”, disse o Cardeal Comastri, “e hoje posso afirmar que isso salvou o meu sacerdócio”.
Nessa ocasião, tentando de defender-se, disse à Madre Teresa que pensava que ela lhe iria perguntar quanta caridade ele fazia. Mas, respondeu: “E você acha que se eu não rezasse seria capaz de amar os pobres? É Jesus que põe o amor no meu coração, quando rezo”.
Ao finalizar sua homilia, o Cardeal Comastri disse que “através desta pequena mulher… somos lembrados que a caridade é o apostolado da Igreja, e que a caridade só nasce se rezarmos”.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
O Cardeal Angelo Comastri presidiu a celebração eucarística para comemorar o centenário do nascimento da Beata na Igreja de São Lourenço em Roma, perante uma centena de missionárias da caridade, mais de 20 sacerdotes, líderes do governo local e um numeroso número de fiéis.
A missa foi concelebrada pelo Prefeito da Congregação para os Bispos, o Cardeal Marc Ouellet, que leu uma mensagem do Papa no início da Missa.
Na sua homilia, o Cardeal Comanstri recordou um encontro pessoal com a fundadora das Missionárias da Caridade quando ele era um jovem sacerdote.
Ele contou que lhe havia dirigido uma carta depois de ser ordenado sacerdote e sua resposta “inesperada” foi surpreendente, porque estava escrita “em um papel muito pobre, em um envelope muito pobre”.
Tempo depois, o Cardeal Comastri foi buscá-la quando ela se encontrava de visita em Roma, para agradecer-lhe pela resposta. Quando se encontrou com ela, a Madre Teresa fez uma pergunta que o deixou “um pouco envergonhado”.
“Quantas horas ao dia você reza?”, perguntou-lhe.
Entre 1969 e 1970, recordou o purpurado, a Igreja estava em um tempo de “conflito”, por isso acreditando-se “próximo ao heroísmo”, o então Padre Comastri explicou à Madre Teresa que ele rezava a Missa diária, a Liturgia das Horas e o Terço.
A Madre Teresa respondeu-lhe rotundamente: “Isso não é suficiente”. “O amor não pode ser vivido de forma minimalista”, disse-lhe, e pediu a ele que prometesse fazer meia hora de adoração diária.
“Eu o prometi”, disse o Cardeal Comastri, “e hoje posso afirmar que isso salvou o meu sacerdócio”.
Nessa ocasião, tentando de defender-se, disse à Madre Teresa que pensava que ela lhe iria perguntar quanta caridade ele fazia. Mas, respondeu: “E você acha que se eu não rezasse seria capaz de amar os pobres? É Jesus que põe o amor no meu coração, quando rezo”.
Ao finalizar sua homilia, o Cardeal Comastri disse que “através desta pequena mulher… somos lembrados que a caridade é o apostolado da Igreja, e que a caridade só nasce se rezarmos”.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Tema para reflexão - Transubstanciação
Pela transubstanciação, as espécies do pão e do vinho já não são o pão comum e a bebida comum, mas sinal de um alimento espiritual, mas adquirem um novo significado e um novo fim enquanto contêm uma ‘realidade’, que com razão denominamos ontológica; porque sob as ditas espécies já não existe o que havia antes, mas uma coisa completamente diferente (...), uma vez que convertida a substância ou natureza do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo, não fica já nada de pão e de vinho, mas só as espécies: sob elas Cristo todo inteiro está presente na Sua realidade física, e ainda corporalmente, e ainda mesmo modo como os corpos estão num lugar.
(PAULO VI, Encíclica Mysterium fidei, 1965.09.03)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(PAULO VI, Encíclica Mysterium fidei, 1965.09.03)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São [Padre] Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
Ep 3, 626 e 570; CE 34 (a partir da trad. Une pensée, Mediaspaul 1991, p. 40)
«Sai desse homem!»
Não te assustes com as tentações; através delas, Deus quer provar e fortificar a tua alma, dando-lhe ao mesmo tempo a força de as vencer. Até agora, a tua vida foi a de uma criança; doravante, o Senhor quer tratar-te como adulto. Ora as provas do adulto são bem superiores às da criança, e é isso que explica por que razão ficas inicialmente perturbada. Mas a vida da tua alma reencontrará rapidamente a calma, ela não tardará. Tem paciência, e tudo melhorará.
Portanto, abandona estas vãs apreensões. Lembra-te de que não é a sugestão do maligno que faz a falta, mas antes o consentimento dado a essas sugestões. Só uma vontade livre é capaz do bem e do mal. Mas, quando a vontade geme sob a prova infligida pelo Tentador, e quando não quer o que lhe é proposto, nem falta é, mas sim virtude.
Guarda-te de cair na agitação, lutando contra as tentações, porque isso apenas as fortificará. É necessário tratá-las com desprezo, sem te preocupares com elas. Volta o teu pensamento para Jesus crucificado, para o Seu corpo depositado nos teus braços e diz: «Eis a minha esperança, a fonte da minha alegria! Uno-me a Ti com todo o meu ser, e não Te soltarei antes de me pores em segurança».
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Ep 3, 626 e 570; CE 34 (a partir da trad. Une pensée, Mediaspaul 1991, p. 40)
«Sai desse homem!»
Não te assustes com as tentações; através delas, Deus quer provar e fortificar a tua alma, dando-lhe ao mesmo tempo a força de as vencer. Até agora, a tua vida foi a de uma criança; doravante, o Senhor quer tratar-te como adulto. Ora as provas do adulto são bem superiores às da criança, e é isso que explica por que razão ficas inicialmente perturbada. Mas a vida da tua alma reencontrará rapidamente a calma, ela não tardará. Tem paciência, e tudo melhorará.
Portanto, abandona estas vãs apreensões. Lembra-te de que não é a sugestão do maligno que faz a falta, mas antes o consentimento dado a essas sugestões. Só uma vontade livre é capaz do bem e do mal. Mas, quando a vontade geme sob a prova infligida pelo Tentador, e quando não quer o que lhe é proposto, nem falta é, mas sim virtude.
Guarda-te de cair na agitação, lutando contra as tentações, porque isso apenas as fortificará. É necessário tratá-las com desprezo, sem te preocupares com elas. Volta o teu pensamento para Jesus crucificado, para o Seu corpo depositado nos teus braços e diz: «Eis a minha esperança, a fonte da minha alegria! Uno-me a Ti com todo o meu ser, e não Te soltarei antes de me pores em segurança».
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 31 de Agosto de 2010
São Lucas 4,31-37
31 Foi a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados.32 Admiravam-se da Sua doutrina, porque falava com autoridade.33 Estava na sinagoga um homem possesso de um demónio imundo, o qual exclamou em alta voz:34 «Deixa-nos. Que tens Tu que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: o Santo de Deus».35 Jesus o repreendeu, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». E o demónio, depois de o ter lançado por terra no meio de todos, saiu dele sem lhe fazer nenhum mal.36 Todos se atemorizaram e falavam uns com os outros, dizendo: «Que é isto, Ele manda com autoridade e poder aos espíritos imundos, e estes saem?»37 E a Sua fama ia-se espalhando por todos os lugares da região.
31 Foi a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados.32 Admiravam-se da Sua doutrina, porque falava com autoridade.33 Estava na sinagoga um homem possesso de um demónio imundo, o qual exclamou em alta voz:34 «Deixa-nos. Que tens Tu que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: o Santo de Deus».35 Jesus o repreendeu, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». E o demónio, depois de o ter lançado por terra no meio de todos, saiu dele sem lhe fazer nenhum mal.36 Todos se atemorizaram e falavam uns com os outros, dizendo: «Que é isto, Ele manda com autoridade e poder aos espíritos imundos, e estes saem?»37 E a Sua fama ia-se espalhando por todos os lugares da região.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
“Ratzinger Schülekreis” - Os caminhos desde o Concílio Vaticano II em debate
Chega hoje ao fim, em Castelgandolfo, o tradicional encontro anual do Papa Bento XVI com antigos alunos, o chamado “Ratzinger Schülekreis”.
“Os caminhos seguidos desde o Concílio Vaticano II” é o tema que está a ser debatido por cerca de 40 antigos alunos de Ratzinger.
Em declarações à agência Ecclesia, antes do início dos trabalhos, Henrique Noronha Galvão, habitual participante, mas este ano ausente, disse que as conferências vão focar-se na interpretação do Concílio e na reforma litúrgica. O objectivo de Bento XVI é discutir a necessidade de continuidade e de ruptura com os ensinamentos do encontro conciliar dos anos 60.
Frei José Nunes, professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, explicou à agência Ecclesia que Bento XVI se situa numa “linha reformista”, relativamente às intuições conciliares: “Ele pensa e sente que o Vaticano II ainda tem as suas virtualidades, e portanto há que o explorar”.
(Fonte: ‘Página 1’, grupo Renascença, na sua edição de 30 de Agosto de 2010)
“Os caminhos seguidos desde o Concílio Vaticano II” é o tema que está a ser debatido por cerca de 40 antigos alunos de Ratzinger.
Em declarações à agência Ecclesia, antes do início dos trabalhos, Henrique Noronha Galvão, habitual participante, mas este ano ausente, disse que as conferências vão focar-se na interpretação do Concílio e na reforma litúrgica. O objectivo de Bento XVI é discutir a necessidade de continuidade e de ruptura com os ensinamentos do encontro conciliar dos anos 60.
Frei José Nunes, professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, explicou à agência Ecclesia que Bento XVI se situa numa “linha reformista”, relativamente às intuições conciliares: “Ele pensa e sente que o Vaticano II ainda tem as suas virtualidades, e portanto há que o explorar”.
(Fonte: ‘Página 1’, grupo Renascença, na sua edição de 30 de Agosto de 2010)
Democracia de mirones
Portugal tem problemas sérios e profundos: crise económico-financeira, bloqueios na justiça, deficiências na saúde, falhas na educação. Como pode isso tudo ser resolvido no meio da praça pública, com uma multidão ululante a opinar, criticar, insultar? A sociedade mediática tem muitas vantagens e excelentes benefícios. Mas está a estrangular a democracia.
Imagine gerir uma empresa, uma casa de família ou até guiar um automóvel com chusmas de mirones a espreitar por cima do ombro e a dar palpites e remoques! O desastre estaria garantido. É precisamente esse o sistema que, em nome da suposta liberdade de informação, queremos que funcione no País.
A resolução de qualquer problema grave necessita de estudo, meditação, consultas. Exige negociações delicadas, tentativas controversas, compromissos ambíguos. Impõe tempo, diplomacia, delicadeza. Só assim se chega a algum resultado. Tudo isso é impossível satisfazendo a cada passo sondagens mensais, debates semanais, telejornais diários. O resultado está à vista: a imprensa funciona bem e tudo o resto anda muito mal.
Vivemos no reino da opinião. Pior ainda, os contributos sérios, honestos e fundamentados estão ao nível dos palpites ignorantes, dislates pomposos, provocações espúrias, conspirações inconfessáveis. Acima de todos reina soberana a piada oportuna. Mas todas estas intervenções - úteis, pertinentes, vácuas ou nocivas - têm em comum a falta de responsabilidade. Um artigo como o que está a ler, por cuidadoso e profundo que seja, não passa de conversa, sem a exigência de quem tem o dever de decidir. Mas influencia essa decisão. O resultado da cacafonia mediática é uma intolerável pressão sobre ministros e deputados, que torna impossível qualquer gestão corrente equilibrada, quanto mais projectos de reforma ou planeamento estratégico. Ignoramos as respostas a qualquer questão porque sabemos os defeitos de todas as propostas. A facilidade com que se destroem soluções gera a impossibilidade de solucionar problemas.
Também a vacuidade dos políticos de sucesso nasce daqui, porque o próprio sucesso a impõe. Os dirigentes elegíveis não são especialistas em soluções mas mestres em ficção, porque esse é o jogo decisivo. Deste modo, domina a superficialidade, improvisação, aldrabice. Vivemos num mundo de ilusão, convencidos de que os líderes, que na televisão e semanários travam duelos aparatosos e praticam números de circo, obedecem às nossas exigências. Por detrás da retórica de modernidade, reformismo, legitimidade popular e sofisticação técnica, somos governados pelos poderes da sombra, que controlam a imagem mediática que nos alimenta.
Se isto é verdade em geral, torna-se gritante em momentos de austeridade. O nosso problema mais urgente é financeiro: exagerámos nos gastos, endividámos o País, temos de cortar. A dificuldade está na divisão dos sacrifícios. Onde impor poupanças? Quem sofre a redução? Decidir isto na praça pública só pode ter um resultado: os grupos organizados controlam a informação e impõem os sacrifícios aos sem-voz. Corporações, sindicatos, grandes empresas, sectores influentes têm bem oleados os contactos mediáticos. Ninguém toca nesses interesses sem suportar uma enxurrada de notícias, artigos, comentários. Eles são o interesse nacional. Os pobres não fazem manifestações, os desempregados não publicam nos jornais, os imigrantes não são assunto de reportagem. A sociedade mediática estabeleceu uma aristocracia ainda mais poderosa, influente e injusta que a medieval.
O mais espantoso é tudo isto ser feito em nome do direito democrático à informação e intervenção política. A incompreensão do verdadeiro sentido da democracia não só impede o seu funcionamento mas, devido a essa inoperância, cria os bloqueios que podem conduzir ao seu desprezo pelas gerações futuras. Democracia é o povo escolher os governantes, que assumem responsabilidades quatro anos depois. Democracia não significa o povo discutir, pressionar ou manipular cada decisão dos responsáveis. A isso chama-se caos.
João César das Neves
(Fonte: DN online)
Imagine gerir uma empresa, uma casa de família ou até guiar um automóvel com chusmas de mirones a espreitar por cima do ombro e a dar palpites e remoques! O desastre estaria garantido. É precisamente esse o sistema que, em nome da suposta liberdade de informação, queremos que funcione no País.
A resolução de qualquer problema grave necessita de estudo, meditação, consultas. Exige negociações delicadas, tentativas controversas, compromissos ambíguos. Impõe tempo, diplomacia, delicadeza. Só assim se chega a algum resultado. Tudo isso é impossível satisfazendo a cada passo sondagens mensais, debates semanais, telejornais diários. O resultado está à vista: a imprensa funciona bem e tudo o resto anda muito mal.
Vivemos no reino da opinião. Pior ainda, os contributos sérios, honestos e fundamentados estão ao nível dos palpites ignorantes, dislates pomposos, provocações espúrias, conspirações inconfessáveis. Acima de todos reina soberana a piada oportuna. Mas todas estas intervenções - úteis, pertinentes, vácuas ou nocivas - têm em comum a falta de responsabilidade. Um artigo como o que está a ler, por cuidadoso e profundo que seja, não passa de conversa, sem a exigência de quem tem o dever de decidir. Mas influencia essa decisão. O resultado da cacafonia mediática é uma intolerável pressão sobre ministros e deputados, que torna impossível qualquer gestão corrente equilibrada, quanto mais projectos de reforma ou planeamento estratégico. Ignoramos as respostas a qualquer questão porque sabemos os defeitos de todas as propostas. A facilidade com que se destroem soluções gera a impossibilidade de solucionar problemas.
Também a vacuidade dos políticos de sucesso nasce daqui, porque o próprio sucesso a impõe. Os dirigentes elegíveis não são especialistas em soluções mas mestres em ficção, porque esse é o jogo decisivo. Deste modo, domina a superficialidade, improvisação, aldrabice. Vivemos num mundo de ilusão, convencidos de que os líderes, que na televisão e semanários travam duelos aparatosos e praticam números de circo, obedecem às nossas exigências. Por detrás da retórica de modernidade, reformismo, legitimidade popular e sofisticação técnica, somos governados pelos poderes da sombra, que controlam a imagem mediática que nos alimenta.
Se isto é verdade em geral, torna-se gritante em momentos de austeridade. O nosso problema mais urgente é financeiro: exagerámos nos gastos, endividámos o País, temos de cortar. A dificuldade está na divisão dos sacrifícios. Onde impor poupanças? Quem sofre a redução? Decidir isto na praça pública só pode ter um resultado: os grupos organizados controlam a informação e impõem os sacrifícios aos sem-voz. Corporações, sindicatos, grandes empresas, sectores influentes têm bem oleados os contactos mediáticos. Ninguém toca nesses interesses sem suportar uma enxurrada de notícias, artigos, comentários. Eles são o interesse nacional. Os pobres não fazem manifestações, os desempregados não publicam nos jornais, os imigrantes não são assunto de reportagem. A sociedade mediática estabeleceu uma aristocracia ainda mais poderosa, influente e injusta que a medieval.
O mais espantoso é tudo isto ser feito em nome do direito democrático à informação e intervenção política. A incompreensão do verdadeiro sentido da democracia não só impede o seu funcionamento mas, devido a essa inoperância, cria os bloqueios que podem conduzir ao seu desprezo pelas gerações futuras. Democracia é o povo escolher os governantes, que assumem responsabilidades quatro anos depois. Democracia não significa o povo discutir, pressionar ou manipular cada decisão dos responsáveis. A isso chama-se caos.
João César das Neves
(Fonte: DN online)
S. Josemaría nesta data em 1934
Celebra a Santa Missa no Santuário do Cerro de los Ángeles em Madrid. Na acção de graças, depois da Missa, recorre de modo particular à Santíssima Virgem. Nesse mesmo dia, anota: “Contigo, Jesus, apesar das minhas misérias, havemos de conseguir”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Ateus militantes um movimento com pouca graça
Desde que Richard Dawkins publicou o cáustico livro The God Delusion (A Desilusão de Deus), alguns ateus juntaram-se à sua particular cruzada contra a religião. Até agora, vários pensadores - crentes ou não crentes - tinham-se encarregado de responder às suas objecções. Mas faltava trazer à luz do dia um aspecto comum a todos eles: o seu fraco sentido de humor.
A diferença entre os ateus que se limitam a negar a existência de Deus, e os chamados "novos ateus" (como Richard Dawkins, Christopher Hichens, Daniel Dennet, Geoffrey Robertson, etc.) caracteriza-se pelo tom beligerante destes e a sua intolerância perante as crenças alheias.
Quando o jornalista Eduardo Suarez entrevistou Richard Dawkins (o mais batalhador de todos) para El Mundo (6-02-2009), optou por advertir o leitor, à laia de desculpa:"À priori, Dawkins mostra-se pessoa solícita e agradável. No entanto, as perguntas transformam-no num tipo mal-encarado, desabrido e mal-humorado".
Sábios, mas enganados
Nessa entrevista, Dawkins faz recair o peso da prova da existência de Deus "naqueles que acreditam em algo que tem as mesmas probabilidades de existir que uma fada ou um unicórnio". Na sua opinião, as pessoas são crentes apenas "por ignorância".
E quanto aos cientistas cristãos da envergadura de Newton, Pasteur, Galileu, Lavoisier, Kepler, Copérnico, Faraday, Maxwell, Bernard ou Heisenberg? Da mesma maneira, são um produto de " uma catequese infantil, de que não são capazes de se libertar".
Então, pelo menos salvar-se-ão os crentes que dedicaram as suas vidas ao serviço dos outros? Nem mesmo esses. Para Dawkins, por exemplo, Teresa de Calcutá "era uma mulher malvada. Pensava que era muito boa, mas não se importava nada com o sofrimento dos outros; apenas o que queria era convertê-los".
Suarez termina com uma pergunta:"Há pessoas que não compreendem a sua vontade de expandir o ateísmo e que lhe poderiam dizer: 'Senhor Dawkins, provavelmente Deus não existe, mas deixe de se preocupar com Ele e goze a sua vida'. Que responderia?".
Resposta:"Dir-lhes-ia que, aquilo que, na realidade, me apaixona é a verdade científica e o que desejo é abrir os olhos aos outros acerca do facto maravilhoso da sua própria existência. Enquanto a catequese religiosa estiver a interferir no conhecimento dessa verdade científica continuarei a combatê-la. Não duvide disso".
Os "velhos ateus" entram na contenda
Dawkins foi um dos principais impulsionadores da campanha de publicidade nos autocarros de Londres com o slogan a favor do ateísmo:"Provavelmente Deus não existe. Então deixa de te preocupares e goza a vida" (cfr.www.aceprensa.com, 26-11-2008).
No passado mês de Abril, Dawkins e Hitchens voltaram à carga. Pretendem sentar Bento XVI no banco dos réus por "crimes contra a humanidade" (referem-se aos abusos sexuais cometidos por alguns sacerdotes).Também tentaram que as autoridades britânicas impedissem a visita do Papa ao País, para a beatificação de John Henry Newman, no próximo mês de Setembro.
Outra proposta de Dawkins foi a de instalar um acampamento de Verão, para crianças e adolescentes, com o fim de os salvar da catequese religiosa dos seus pais. Os participantes receberiam uma educação estritamente científica. Além disso, nos momentos de descanso junto à fogueira, aprenderiam anedotas ateias e cantariam o Imagine, de Jonh Lennon("Imagine there's no heaven...and no religion too").
Este tipo de ideias provocou que alguns ateus tenham vindo a público para reivindicar o ateísmo de sempre, temendo que os colegas, do estilo de Dawkins, consigam que o ateísmo caia no ridículo.
Em artigo publicado no Telegraph (29-06-2009), o ateu Michael Deacon perguntava a si próprio quais as consequências que poderiam influir no seu filho se o enviasse para o acampamento de Dawkins e as suas ideias anti-religiosas viessem a ser aceites por ele.
"Há alguma coisa que me põe os cabelos em pé: pensar que o meu filho de 8 anos se transforme numa espécie de mini-Dawkins, pedante e sem sentido de humor".
"Imaginem o que deve ser celebrar o aniversário do teu filho dizendo:"Feliz aniversário, querido! E agora assopra as velas e pede um desejo!"
"De maneira alguma, pai. Isso é um hábito frívolo. Não existem provas que demonstrem que assoprar velas de um Marks & Spencer Victoria aumentem as probabilidades de um desejo se converter em realidade".
"Está bem, percebo...Mas, por sorte, compramos-te umas ofertas!"
"Não, pai. A sorte não teve influencia nas tuas compras. Não existe nada semelhante. Pensar assim, manifesta um pensamento de fraca consistência".
"Meu Deus!"
"Por favor, pai, não digas isso. Sabes perfeitamente que a divindade que invocas não existe".
Libertadas ou indefesas?
No seu livro The Loser Letters (Ignatius Press, 2010), Mary Eberstadt - investigadora na Hoover Institution e escritora - realiza uma aguda sátira sobre os novos ateus. Conta a história de uma jovem de idade entre os vinte e os trinta, bastante desavergonhada, que decide converter-se ao ateísmo.
1. Former Christian cresceu em lar cristão. Mas, ao chegar à Universidade, abandona a fé. Após a sua conversão ao ateísmo, começa a descobrir muitas incoerências de que não lhe tinham falado os seus novos mestres. Decide assim escrever-lhes dez cartas explosivas.
Numa entrevista concedida a Family North Carolina Magazine, Eberstadt explica porque escolheu A. F. Christian como protagonista. A sua historia, diz a escritora, é muito parecida à de muitas raparigas da sua idade que, durante os anos universitários, adoptaram um estilo de vida libertário e secularizado. Com o correr dos anos, descobrem que essa eleição lhes trouxe muitíssimos problemas.
"Os novos ateus e os laicistas radicais dizem que, se te desfizeres do código de conduta judeo-cristão - sobretudo das estúpidas regras sobre sexo, dever ou família - então serás feliz. Libertaste-te. Mas isso não é verdade".
"Uma coisa é o facto de Bertrand Russell e outros da sua geração se terem dado ao luxo de pregar estas coisas. Mas agora sabemos perfeitamente quais são as consequências de tudo isto. O que acontece a muitas raparigas é horrível; terminam sendo vítimas de predadores.
Enquanto que este grupo de ateus elitistas se converteram em autênticas estrelas, os universitários que os seguiram acabaram perdendo. "Quis mostrar aos leitores que este debate entre crentes e ateus não é um debate exclusivamente filosófico. Tem repercussões na vida real das pessoas", conclui Eberstadt.
Juan Meseguer
Aceprensa
A diferença entre os ateus que se limitam a negar a existência de Deus, e os chamados "novos ateus" (como Richard Dawkins, Christopher Hichens, Daniel Dennet, Geoffrey Robertson, etc.) caracteriza-se pelo tom beligerante destes e a sua intolerância perante as crenças alheias.
Quando o jornalista Eduardo Suarez entrevistou Richard Dawkins (o mais batalhador de todos) para El Mundo (6-02-2009), optou por advertir o leitor, à laia de desculpa:"À priori, Dawkins mostra-se pessoa solícita e agradável. No entanto, as perguntas transformam-no num tipo mal-encarado, desabrido e mal-humorado".
Sábios, mas enganados
Nessa entrevista, Dawkins faz recair o peso da prova da existência de Deus "naqueles que acreditam em algo que tem as mesmas probabilidades de existir que uma fada ou um unicórnio". Na sua opinião, as pessoas são crentes apenas "por ignorância".
E quanto aos cientistas cristãos da envergadura de Newton, Pasteur, Galileu, Lavoisier, Kepler, Copérnico, Faraday, Maxwell, Bernard ou Heisenberg? Da mesma maneira, são um produto de " uma catequese infantil, de que não são capazes de se libertar".
Então, pelo menos salvar-se-ão os crentes que dedicaram as suas vidas ao serviço dos outros? Nem mesmo esses. Para Dawkins, por exemplo, Teresa de Calcutá "era uma mulher malvada. Pensava que era muito boa, mas não se importava nada com o sofrimento dos outros; apenas o que queria era convertê-los".
Suarez termina com uma pergunta:"Há pessoas que não compreendem a sua vontade de expandir o ateísmo e que lhe poderiam dizer: 'Senhor Dawkins, provavelmente Deus não existe, mas deixe de se preocupar com Ele e goze a sua vida'. Que responderia?".
Resposta:"Dir-lhes-ia que, aquilo que, na realidade, me apaixona é a verdade científica e o que desejo é abrir os olhos aos outros acerca do facto maravilhoso da sua própria existência. Enquanto a catequese religiosa estiver a interferir no conhecimento dessa verdade científica continuarei a combatê-la. Não duvide disso".
Os "velhos ateus" entram na contenda
Dawkins foi um dos principais impulsionadores da campanha de publicidade nos autocarros de Londres com o slogan a favor do ateísmo:"Provavelmente Deus não existe. Então deixa de te preocupares e goza a vida" (cfr.www.aceprensa.com, 26-11-2008).
No passado mês de Abril, Dawkins e Hitchens voltaram à carga. Pretendem sentar Bento XVI no banco dos réus por "crimes contra a humanidade" (referem-se aos abusos sexuais cometidos por alguns sacerdotes).Também tentaram que as autoridades britânicas impedissem a visita do Papa ao País, para a beatificação de John Henry Newman, no próximo mês de Setembro.
Outra proposta de Dawkins foi a de instalar um acampamento de Verão, para crianças e adolescentes, com o fim de os salvar da catequese religiosa dos seus pais. Os participantes receberiam uma educação estritamente científica. Além disso, nos momentos de descanso junto à fogueira, aprenderiam anedotas ateias e cantariam o Imagine, de Jonh Lennon("Imagine there's no heaven...and no religion too").
Este tipo de ideias provocou que alguns ateus tenham vindo a público para reivindicar o ateísmo de sempre, temendo que os colegas, do estilo de Dawkins, consigam que o ateísmo caia no ridículo.
Em artigo publicado no Telegraph (29-06-2009), o ateu Michael Deacon perguntava a si próprio quais as consequências que poderiam influir no seu filho se o enviasse para o acampamento de Dawkins e as suas ideias anti-religiosas viessem a ser aceites por ele.
"Há alguma coisa que me põe os cabelos em pé: pensar que o meu filho de 8 anos se transforme numa espécie de mini-Dawkins, pedante e sem sentido de humor".
"Imaginem o que deve ser celebrar o aniversário do teu filho dizendo:"Feliz aniversário, querido! E agora assopra as velas e pede um desejo!"
"De maneira alguma, pai. Isso é um hábito frívolo. Não existem provas que demonstrem que assoprar velas de um Marks & Spencer Victoria aumentem as probabilidades de um desejo se converter em realidade".
"Está bem, percebo...Mas, por sorte, compramos-te umas ofertas!"
"Não, pai. A sorte não teve influencia nas tuas compras. Não existe nada semelhante. Pensar assim, manifesta um pensamento de fraca consistência".
"Meu Deus!"
"Por favor, pai, não digas isso. Sabes perfeitamente que a divindade que invocas não existe".
Libertadas ou indefesas?
No seu livro The Loser Letters (Ignatius Press, 2010), Mary Eberstadt - investigadora na Hoover Institution e escritora - realiza uma aguda sátira sobre os novos ateus. Conta a história de uma jovem de idade entre os vinte e os trinta, bastante desavergonhada, que decide converter-se ao ateísmo.
1. Former Christian cresceu em lar cristão. Mas, ao chegar à Universidade, abandona a fé. Após a sua conversão ao ateísmo, começa a descobrir muitas incoerências de que não lhe tinham falado os seus novos mestres. Decide assim escrever-lhes dez cartas explosivas.
Numa entrevista concedida a Family North Carolina Magazine, Eberstadt explica porque escolheu A. F. Christian como protagonista. A sua historia, diz a escritora, é muito parecida à de muitas raparigas da sua idade que, durante os anos universitários, adoptaram um estilo de vida libertário e secularizado. Com o correr dos anos, descobrem que essa eleição lhes trouxe muitíssimos problemas.
"Os novos ateus e os laicistas radicais dizem que, se te desfizeres do código de conduta judeo-cristão - sobretudo das estúpidas regras sobre sexo, dever ou família - então serás feliz. Libertaste-te. Mas isso não é verdade".
"Uma coisa é o facto de Bertrand Russell e outros da sua geração se terem dado ao luxo de pregar estas coisas. Mas agora sabemos perfeitamente quais são as consequências de tudo isto. O que acontece a muitas raparigas é horrível; terminam sendo vítimas de predadores.
Enquanto que este grupo de ateus elitistas se converteram em autênticas estrelas, os universitários que os seguiram acabaram perdendo. "Quis mostrar aos leitores que este debate entre crentes e ateus não é um debate exclusivamente filosófico. Tem repercussões na vida real das pessoas", conclui Eberstadt.
Juan Meseguer
Aceprensa
Tema para reflexão - Deus sabe mais
Peçamos os bens temporais discretamente, e tenhamos a segurança – se os recebemos – de que procedem de quem sabe que nos convêm. Pediste e não recebeste? Fia-te no Pai; se te conviesse ter-te ia dado. Julga por ti mesmo. Tu és diante de Deus, pela tua inexperiência das coisas divinas, como o teu filho ante ti com a sua inexperiência das coisas humanas. Aí tens esse filho chorando o dia inteiro para que lhe dês uma faca ou uma espada. Negas-te a dar-lha e não fazes caso do seu pranto, para não teres que chorá-lo morto. Agora geme, aborrece-se e dá pontapés para que o montes no teu cavalo; mas tu não fazes caso porque, não sabendo conduzi-lo, arrojá-lo-á e matá-lo-á. Se lhe recusas esse pouco, é para lhe reservares tudo; negas-Lhe agora os seus insignificantes e perigosos pedidos para que vá crescendo e possua sem perigo toda a fortuna.
(Stº AGOSTINHO, Sermão, 80, 2 7-8)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(Stº AGOSTINHO, Sermão, 80, 2 7-8)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
João Paulo II
Carta apostólica «Novo Millenio Inuente», § 4 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)
«Cumpriu-se hoje»
«Graças Te damos, Senhor, Deus Todo-poderoso» (Ap 11, 17). [...] Penso, antes de mais, na dimensão do louvor. Realmente é daqui que parte toda a autêntica resposta de fé à revelação de Deus em Cristo. O cristianismo é graça, é a surpresa de um Deus que, não satisfeito com criar o mundo e o homem, saiu ao encontro da Sua criatura e, depois de ter falado muitas vezes e de diversos modos pelos profetas, «falou-nos agora, nestes últimos tempos, pelo Filho» (Heb 1, 1-2).
Agora! Sim, o Jubileu fez-nos sentir que passaram dois mil anos de história sem se atenuar a pujança daquele «hoje» referido pelos anjos, quando anunciaram aos pastores o acontecimento maravilhoso do nascimento de Jesus em Belém: «Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias, Senhor» (Lc 2, 11). Passaram dois mil anos, mas permanece viva como nunca a proclamação que Jesus fez da Sua missão aos conterrâneos na sinagoga de Nazaré, deixando-os atónitos ao aplicar a Si próprio a profecia de Isaías: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir» (Lc 4, 21). Passaram dois mil anos, mas volta sempre, cheio de consolação para os pecadores necessitados de misericórdia — e quem não o é? –, aquele «hoje» da salvação que, na Cruz, abriu as portas do Reino de Deus ao ladrão arrependido: «Em verdade te digo: hoje estarás Comigo no Paraíso» (Lc 23, 43).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Carta apostólica «Novo Millenio Inuente», § 4 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)
«Cumpriu-se hoje»
«Graças Te damos, Senhor, Deus Todo-poderoso» (Ap 11, 17). [...] Penso, antes de mais, na dimensão do louvor. Realmente é daqui que parte toda a autêntica resposta de fé à revelação de Deus em Cristo. O cristianismo é graça, é a surpresa de um Deus que, não satisfeito com criar o mundo e o homem, saiu ao encontro da Sua criatura e, depois de ter falado muitas vezes e de diversos modos pelos profetas, «falou-nos agora, nestes últimos tempos, pelo Filho» (Heb 1, 1-2).
Agora! Sim, o Jubileu fez-nos sentir que passaram dois mil anos de história sem se atenuar a pujança daquele «hoje» referido pelos anjos, quando anunciaram aos pastores o acontecimento maravilhoso do nascimento de Jesus em Belém: «Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias, Senhor» (Lc 2, 11). Passaram dois mil anos, mas permanece viva como nunca a proclamação que Jesus fez da Sua missão aos conterrâneos na sinagoga de Nazaré, deixando-os atónitos ao aplicar a Si próprio a profecia de Isaías: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir» (Lc 4, 21). Passaram dois mil anos, mas volta sempre, cheio de consolação para os pecadores necessitados de misericórdia — e quem não o é? –, aquele «hoje» da salvação que, na Cruz, abriu as portas do Reino de Deus ao ladrão arrependido: «Em verdade te digo: hoje estarás Comigo no Paraíso» (Lc 23, 43).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 30 de Agosto de 2010
São Lucas 4,16-30
16 Foi a Nazaré, onde Se tinha criado, entrou na sinagoga, segundo o Seu costume, em dia de sábado, e levantou-Se para fazer a leitura.17 Foi-Lhe dado o livro do profeta Isaías. Quando desenrolou o livro, encontrou o lugar onde estava escrito:18 “O Espírito do Senhor repousou sobre Mim; pelo que Me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres; Me enviou para anunciar a redenção aos cativos, e a recuperação da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos,19 a pregar um ano de graça da parte do Senhor”.20 Tendo enrolado o livro, deu-o ao encarregado, e sentou-Se. Os olhos de todos os que se encontravam na sinagoga estavam fixos n'Ele.21 Começou a dizer-lhes: «Hoje cumpriu-se este passo da Escritura que acabais de ouvir».22 E todos davam testemunho em Seu favor, e admiravam-se das palavras de graça que saíam da Sua boca, e diziam: «Não é este o filho de José?».23 Então disse-lhes: «Sem dúvida que vós Me aplicareis este provérbio: “Médico, cura-te a ti mesmo”. Todas aquelas grandes coisas que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum, fá-las também aqui na Tua terra».24 Depois acrescentou: «Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua terra.25 Em verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando foi fechado o céu durante três anos e seis meses e houve uma grande fome por toda a terra;26 e a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma mulher viúva de Sarepta, do território de Sidónia.27 Muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu; e nenhum deles foi curado, senão o sírio Naaman».28 Todos os que estavam na sinagoga, ouvindo isto, encheram-se de ira.29 Levantaram-se, lançaram-n'O fora da cidade, e conduziram-n'O até ao cume do monte sobre o qual estava edificada a cidade, para O precipitarem.30 Mas, passando no meio deles, retirou-Se.
16 Foi a Nazaré, onde Se tinha criado, entrou na sinagoga, segundo o Seu costume, em dia de sábado, e levantou-Se para fazer a leitura.17 Foi-Lhe dado o livro do profeta Isaías. Quando desenrolou o livro, encontrou o lugar onde estava escrito:18 “O Espírito do Senhor repousou sobre Mim; pelo que Me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres; Me enviou para anunciar a redenção aos cativos, e a recuperação da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos,19 a pregar um ano de graça da parte do Senhor”.20 Tendo enrolado o livro, deu-o ao encarregado, e sentou-Se. Os olhos de todos os que se encontravam na sinagoga estavam fixos n'Ele.21 Começou a dizer-lhes: «Hoje cumpriu-se este passo da Escritura que acabais de ouvir».22 E todos davam testemunho em Seu favor, e admiravam-se das palavras de graça que saíam da Sua boca, e diziam: «Não é este o filho de José?».23 Então disse-lhes: «Sem dúvida que vós Me aplicareis este provérbio: “Médico, cura-te a ti mesmo”. Todas aquelas grandes coisas que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum, fá-las também aqui na Tua terra».24 Depois acrescentou: «Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua terra.25 Em verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando foi fechado o céu durante três anos e seis meses e houve uma grande fome por toda a terra;26 e a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma mulher viúva de Sarepta, do território de Sidónia.27 Muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu; e nenhum deles foi curado, senão o sírio Naaman».28 Todos os que estavam na sinagoga, ouvindo isto, encheram-se de ira.29 Levantaram-se, lançaram-n'O fora da cidade, e conduziram-n'O até ao cume do monte sobre o qual estava edificada a cidade, para O precipitarem.30 Mas, passando no meio deles, retirou-Se.
domingo, 29 de agosto de 2010
Para testemunhar o Evangelho no mundo – O futuro do Ano Sacerdotal – artigo no ‘L’Osservatore Romano’ de D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei
O Ano sacerdotal terminou no passado dia 16 de Junho. Passou tão pouco tempo que se pode considerar ainda um facto actual. Mais do que fazer uma avaliação, convém, portanto, olhar para as reacções pessoais perante esta proposta da Igreja. O que aconteceu neste Ano sacerdotal? Que impacto produziu em nós, sacerdotes, convocados pelo Romano Pontífice a percorrê-lo ajudados pela figura exemplar desse nosso irmão, São João Maria Vianney?
São perguntas que exigem de cada um de nós uma resposta pessoal , na intimidade da própria oração, diante de Deus. Não desceremos a um nível tão pessoal, que não pode ser o objectivo de um artigo, mas seguiremos uma via não menos exigente: recordar os objectivos assinalados por Bento XVI e, a partir daí, orientar as reflexões para o futuro.
“Tal ano – escrevia o Papa na carta de proclamação do Ano Sacerdotal – pretende contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo no mundo de hoje ”. Citava também uma frase que o Cura d’Ars repetia com frequência e que foi incluída no Catecismo da Igreja Católica: “o sacerdócio é o amor do coração de Jesus”. Para se compreender a si mesmo, o sacerdote não se deve limitar a considerar o seu próprio trabalho pastoral, mas tem de ir muito mais além, até chegar a Cristo, em cuja humanidade reverbera toda a vida trinitária e na qual essa vida trinitária se abre aos homens.
Nesta perspectiva compreende-se a profundidade de outras palavras de São João Maria Vianney, citadas pelo Romano Pontífice: o sacerdote “não se entenderá a si mesmo senão no Céu”. Só então, ao aperceber-se do dominfinito e inefável da entrega de Deus ao homem, o sacerdote saboreará plenamente a própria realidade. Deus não só quis comunicar-Se aos homens mas tomou a nossa mesma natureza em Jesus Cristo; instituiu a Igreja e chamou determinados homens a quem, com o sacramento da ordem, converte em Seus ministros e instrumentos. A “audácia” de Deus - disse Bento XVI na homilia de encerramento do Ano sacerdotal - que, “apesar de conhecer as nossas debilidades, considera os homens capazes de agir e de se apresentar em Seu nome”, e que confia em nós ao ponto de Se abandonar nas nossas mãos, essa audácia é “a grandeza que se oculta na palavra «sacerdócio»” .
Com homilias, cartas e alocuções pontifícias, com celebrações, congressos e jornadas de reflexão ou de oração, foram repetidas por todo o mundo estas grandes verdades, exortando todos e em particular os sacerdotes a uma nova, profunda e alegre conversão. De facto, não se pode saborear esse excesso de amor divino, próprio do sacerdócio, sem se sentir pessoalmente empenhados em ser – como costumava dizer São Josemaría Escrivá de Balaguer – “sacerdotes cem por cento” (homilia Sacerdote para a eternidade, 13-4-1973).
O que implica este convite? Responder a esta pergunta requereria uma longa exposição sobre a teologia e a espiritualidade do sacerdócio, no entanto é útil deter-se pelo menos em três considerações fundamentais:
Deve-se estar consciente da dignidade do sacerdócio, do valor e da riqueza que tal condição implica, para que esta realidade impregne a totalidade da conduta e confira autenticidade a todos os momentos da existência, com a certeza de que, apesar da nossa pequenez, Cristo quer utilizar-nos para comunicar ao género humano os frutos da Sua obra redentora.
O presbítero deve identificar-se com Cristo, ter os mesmos sentimentos de Cristo (cfr. Flp 2, 5)e morrer para si mesmo para que Ele habite em nós (cfr. Gal 2, 20): sentir-se impelido a ser homem de Eucaristia, a viver a Santa Missa com a fé de que em cada celebração se perpetua o sacrifício de Cristo, morto e ressuscitado, que vem ao encontro da Sua Igreja e do sacerdote, para os atrair a Si e conduzi-los com o Espírito à intimidade filial com Deus Pai.
Deve-se desejar servir, cum gaudio em Cristo e por Cristo, a própria grei, a Igreja e toda a humanidade, de modo que no seu ser, como no de Jesus, não haja lugar para o egoísmo ou para a indiferença perante as necessidades dos outros. Isto implica dedicar-se com empenho, ainda que custe, a tudo o que contribua para o bem das almas, com uma caridade efectiva, na pregação da Palavra de Deus e no sacramento da Reconciliação.
O Ano sacerdotal situou-nos, no tempo e a partir do tempo, diante do eterno, diante de um amor de Deus que não passa, que não termina, mas que é sempre jovem e activo; com a realidade – feliz, surpreendente e profundamente verdadeira – de que esse amor, visível em Jesus Cristo, se transmite através da Igreja a cada cristão e a cada sacerdote. O Ano sacerdotal está destinado, sem dúvida, a produzir muitos e variados frutos na pregação, na catequese, ano cuidado da liturgia, nos diversos campos da pastoral e fundamentalmente, na renovação interior de cada sacerdote, e também no aumento de seminaristas nas dioceses. A “audácia de Deus”, de que falou Bento XVI, convoca-nos a todos “esperando o nosso sim”.
+ Javier Echevarría
Prelado do Opus Dei
São perguntas que exigem de cada um de nós uma resposta pessoal , na intimidade da própria oração, diante de Deus. Não desceremos a um nível tão pessoal, que não pode ser o objectivo de um artigo, mas seguiremos uma via não menos exigente: recordar os objectivos assinalados por Bento XVI e, a partir daí, orientar as reflexões para o futuro.
“Tal ano – escrevia o Papa na carta de proclamação do Ano Sacerdotal – pretende contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo no mundo de hoje ”. Citava também uma frase que o Cura d’Ars repetia com frequência e que foi incluída no Catecismo da Igreja Católica: “o sacerdócio é o amor do coração de Jesus”. Para se compreender a si mesmo, o sacerdote não se deve limitar a considerar o seu próprio trabalho pastoral, mas tem de ir muito mais além, até chegar a Cristo, em cuja humanidade reverbera toda a vida trinitária e na qual essa vida trinitária se abre aos homens.
Nesta perspectiva compreende-se a profundidade de outras palavras de São João Maria Vianney, citadas pelo Romano Pontífice: o sacerdote “não se entenderá a si mesmo senão no Céu”. Só então, ao aperceber-se do dominfinito e inefável da entrega de Deus ao homem, o sacerdote saboreará plenamente a própria realidade. Deus não só quis comunicar-Se aos homens mas tomou a nossa mesma natureza em Jesus Cristo; instituiu a Igreja e chamou determinados homens a quem, com o sacramento da ordem, converte em Seus ministros e instrumentos. A “audácia” de Deus - disse Bento XVI na homilia de encerramento do Ano sacerdotal - que, “apesar de conhecer as nossas debilidades, considera os homens capazes de agir e de se apresentar em Seu nome”, e que confia em nós ao ponto de Se abandonar nas nossas mãos, essa audácia é “a grandeza que se oculta na palavra «sacerdócio»” .
Com homilias, cartas e alocuções pontifícias, com celebrações, congressos e jornadas de reflexão ou de oração, foram repetidas por todo o mundo estas grandes verdades, exortando todos e em particular os sacerdotes a uma nova, profunda e alegre conversão. De facto, não se pode saborear esse excesso de amor divino, próprio do sacerdócio, sem se sentir pessoalmente empenhados em ser – como costumava dizer São Josemaría Escrivá de Balaguer – “sacerdotes cem por cento” (homilia Sacerdote para a eternidade, 13-4-1973).
O que implica este convite? Responder a esta pergunta requereria uma longa exposição sobre a teologia e a espiritualidade do sacerdócio, no entanto é útil deter-se pelo menos em três considerações fundamentais:
Deve-se estar consciente da dignidade do sacerdócio, do valor e da riqueza que tal condição implica, para que esta realidade impregne a totalidade da conduta e confira autenticidade a todos os momentos da existência, com a certeza de que, apesar da nossa pequenez, Cristo quer utilizar-nos para comunicar ao género humano os frutos da Sua obra redentora.
O presbítero deve identificar-se com Cristo, ter os mesmos sentimentos de Cristo (cfr. Flp 2, 5)e morrer para si mesmo para que Ele habite em nós (cfr. Gal 2, 20): sentir-se impelido a ser homem de Eucaristia, a viver a Santa Missa com a fé de que em cada celebração se perpetua o sacrifício de Cristo, morto e ressuscitado, que vem ao encontro da Sua Igreja e do sacerdote, para os atrair a Si e conduzi-los com o Espírito à intimidade filial com Deus Pai.
Deve-se desejar servir, cum gaudio em Cristo e por Cristo, a própria grei, a Igreja e toda a humanidade, de modo que no seu ser, como no de Jesus, não haja lugar para o egoísmo ou para a indiferença perante as necessidades dos outros. Isto implica dedicar-se com empenho, ainda que custe, a tudo o que contribua para o bem das almas, com uma caridade efectiva, na pregação da Palavra de Deus e no sacramento da Reconciliação.
O Ano sacerdotal situou-nos, no tempo e a partir do tempo, diante do eterno, diante de um amor de Deus que não passa, que não termina, mas que é sempre jovem e activo; com a realidade – feliz, surpreendente e profundamente verdadeira – de que esse amor, visível em Jesus Cristo, se transmite através da Igreja a cada cristão e a cada sacerdote. O Ano sacerdotal está destinado, sem dúvida, a produzir muitos e variados frutos na pregação, na catequese, ano cuidado da liturgia, nos diversos campos da pastoral e fundamentalmente, na renovação interior de cada sacerdote, e também no aumento de seminaristas nas dioceses. A “audácia de Deus”, de que falou Bento XVI, convoca-nos a todos “esperando o nosso sim”.
+ Javier Echevarría
Prelado do Opus Dei
O apelo de Jesus à humildade no centro das palavras do Papa antes do Angelus
Vídeo em espanhol
Olhar para Cristo como modelo de humildade e de gratuidade. Este o convite dirigido pelo Papa Bento XVI aos milhares de pessoas congregadas neste domingo ao meio dia no pátio interno do palácio apostólico de Castelgandolfo para a recitação da oração mariana do Angelus. O Santo Padre comentava o trecho do Evangelho do dia e a parábola na qual Jesus , convida, num banquete de núpcias a sentar-se no ultimo lugar.
O ultimo lugar – disse Bento XVI - pode de facto representar a condição da humanidade degradada pelo pecado, condição da qual somente a incarnação do Filho unigénito a pode levantar. Por isso o próprio Cristo - acrescentou o Papa citando a sua encíclica “Caritas in veritate” ocupou o ultimo lugar no mundo – a cruz – e precisamente com esta humildade radical redimiu-nos e ajuda-nos constantemente.
Segundo Bento XVI, de Jesus aprendemos a paciência nas tentações, a mansidão nas ofensas, a obediência a Deus na dor, á espera que Aquele que nos convidou nos diga : “amigo, sobe mais para cima”; o verdadeiro bem, de facto – concluiu – é estar perto dele.
Depois da recitação do Angelus o Papa recordou que na próxima quarta-feira 1 de Setembro celebra-se em Itália a jornada para a salvaguarda da criação, promovida pela conferencia episcopal italiana, e que é importante também no plano ecuménico:
Este ano recorda-nos que não pode haver paz sem respeito pelo ambiente. De facto temos o dever de entregar a terra ás novas gerações num estado tal que também elas possam habitá-la dignamente e a possam conservar ulteriormente. Que o Senhor nos ajude nesta tarefa.
Na saudação em língua espanhola Bento XVI quis recordar com afecto particular os 33 mineiros presos há três semanas na mina de Copiapo, norte do Chile.
A eles e aos seus familiares, o Papa encomendou-os á intercessão de S. Lourenço assegurando-lhes a sua proximidade espiritual e as suas continuas orações para que mantenham a serenidade na expectativa de uma feliz conclusão dos trabalhos que estão a ser efectuados para se chegar ao seu resgate. O Santo Padre convidou a todos a acolher a Palavra de Cristo para crescer na fé, humildade e generosidade. E concluiu com estas palavras.” Feliz Domingo”
(Fonte: site Radio Vaticana)
Salve Regina
Salve, Regina, Mater misericordiae,
vita, dulcedo, et spes nostra, salve.
Ad te clamamus, exsules filii Hevae,
ad te suspiramus, gementes et flentes
in hac lacrimarum valle.
Eia, ergo, advocata nostra, illos tuos
misericordes oculos ad nos converte;
et Jesum, benedictum fructum ventris tui,
nobis post hoc exilium ostende.
O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria.
S. Josemaría nesta data em 1938
Escreve numa carta: “Que estejas muito contente: a tristeza é um inimigo nocivo, que, além disso, nos torna a vida impossível”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Condecorações da Santa Sé a Cavaco e Sócrates ;-(
(…) Então o que significam as condecorações?!, perguntará justamente espantado quem me lê. Não significam nada; e significam muito. Parece paradoxal que afirme e uma coisa e o seu contrário como sendo ambas verdadeiras. Mas o esclarecimento é simples. Quando o Santo Padre faz visitas também na qualidade de chefe de estado há umas formalidades, que não passam disso mesmo, combinadas entre os ministérios dos negócios estrangeiros do país visitado e o da secretaria de estado do Vaticano, em que se trocam condecorações entre as autoridades como um gesto de benevolência (“não quebrar a cana fendida”, como escreve o profeta Isaías) ou de gratidão pelo acolhimento prestado. É algo de parecido com as trocas de presentes entre o Papa e as autoridades que recebe. Ou para dar um exemplo mais corriqueiro: quando o Papa nos seus discursos trata por Vossa Excelência, o presidente do Irão ou da Coreia do Norte que o visitam (se é que o visitaram alguma vez) não está a declarar que essas pessoas são excelentes, isto é, muito virtuosas, está simplesmente a cumprir uma formalidade. (…)
Nuno Serras Pereira
http://jesus-logos.blogspot.com/2010/08/quem-anda-tramar-o-papa.html
Nuno Serras Pereira
http://jesus-logos.blogspot.com/2010/08/quem-anda-tramar-o-papa.html
Tema para reflexão - Dignidade do trabalho
A dignidade do trabalho vem expressa num salário justo, base de todà justiça social; inclusive no caso em que se trate de um contrato livre, pois, ainda que o salário estipulado fosse conforme a letra da lei, isto não legitima qualquer retribuição que se acorde. E se quem contrata (o director de uma academia, o construtor, o patrão, a dona de casa…) quisesse aproveitar-se de uma situação em que houvesse excedente de mão-de-obra, por exemplo, para pagar uns salários contrários à dignidade das pessoas, ofenderia essas pessoas e o seu Criador, pois estas têm um direito natural irrenunciável aos meios suficientes para a manutenção própria e a das suas famílias, que está acima do direito da livre contratação.
(PAULO VI, Encíclica Populorum progressio, 24.03.1967, nr. 59)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(PAULO VI, Encíclica Populorum progressio, 24.03.1967, nr. 59)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Perito denuncia: Cimeira da Juventude da ONU só atende a cultura de morte e está corrompida pelo dinheiro
Ricardo Serrano, director de desenvolvimento social da Universidade Pan-americana Bonaterra e membro do Conselho Consultivo da Comissão Estatal de Direitos humanos, denunciou que a Conferência Mundial da Juventude da ONU só permite que se trate temas relacionados à cultura de morte já que não permite que se toque a defesa da vida e a família.
No texto publicado no site Desdelared.com, Serrano explica que na cimeira que se realizou até a sexta-feira 27, em León no estado mexicano de Guanajuato, “nem todas as vozes estão incluídas” e “temas como o desenvolvimento social apoiado na defesa da vida humana e a dignificação da humanidade em todas suas etapas, não foram abordados”.
“Por exemplo, um dos objectivos do milénio é melhorar a saúde materna onde há alguns indicadores preocupantes: muitas mortes maternas poderiam ser evitadas e outro que diz que as gravidezes entre adolescentes reduziram seu crescimento. São verdades pela metade, porque certamente a todos interessa que as mortes maternas se acabem e que as adolescentes não fiquem grávidas. Mas, com uma linguagem enganosa e mentirosa onde não se diz toda a verdade, a ONU promove a anti-concepção seja mediante abortos ou por métodos que ocasionam danos colaterais irreversíveis. A verdade, é que a falta que a ONU diga toda a verdade”, denuncia Serrano.
Depois de recordar que não foram convidados organismos que defendem a vida, Serrano alertou que “desde semanas antes da Cimeira, as conclusões já estavam preparadas. Como pode haver uma cimeiraa mundial, onde os resultados das deliberações já era sabidos semanas antes? É como assistir a um jogo de futebol quando se sabe desde antes de comprar os ingressos, que o visitante ganhará por dois golos a zero”.
“Assim é, a ONU, segue marcando golos, enquanto as vozes de um México na sua maioria, são silenciadas pelos organismos internacionais que com dinheiro monopolizam os meios de comunicação”. “Como quase sempre, tudo é um assunto de dinheiro”, conclui.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
No texto publicado no site Desdelared.com, Serrano explica que na cimeira que se realizou até a sexta-feira 27, em León no estado mexicano de Guanajuato, “nem todas as vozes estão incluídas” e “temas como o desenvolvimento social apoiado na defesa da vida humana e a dignificação da humanidade em todas suas etapas, não foram abordados”.
“Por exemplo, um dos objectivos do milénio é melhorar a saúde materna onde há alguns indicadores preocupantes: muitas mortes maternas poderiam ser evitadas e outro que diz que as gravidezes entre adolescentes reduziram seu crescimento. São verdades pela metade, porque certamente a todos interessa que as mortes maternas se acabem e que as adolescentes não fiquem grávidas. Mas, com uma linguagem enganosa e mentirosa onde não se diz toda a verdade, a ONU promove a anti-concepção seja mediante abortos ou por métodos que ocasionam danos colaterais irreversíveis. A verdade, é que a falta que a ONU diga toda a verdade”, denuncia Serrano.
Depois de recordar que não foram convidados organismos que defendem a vida, Serrano alertou que “desde semanas antes da Cimeira, as conclusões já estavam preparadas. Como pode haver uma cimeiraa mundial, onde os resultados das deliberações já era sabidos semanas antes? É como assistir a um jogo de futebol quando se sabe desde antes de comprar os ingressos, que o visitante ganhará por dois golos a zero”.
“Assim é, a ONU, segue marcando golos, enquanto as vozes de um México na sua maioria, são silenciadas pelos organismos internacionais que com dinheiro monopolizam os meios de comunicação”. “Como quase sempre, tudo é um assunto de dinheiro”, conclui.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Martírio de S. João Baptista
A festa do martírio de São João Baptista remonta ao século V, na França; e ao século VI, em Roma. Está ligada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, no suposto túmulo do Precursor de Jesus. O próprio Jesus apresenta-nos João Baptista:
Ao partirem eles, começou Jesus a falar a respeito de João às multidões: "Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Mas que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Mas os que vestem roupas finas vivem nos palácios dos reis. Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e mais do que um profeta. É dele que está escrito: " eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Baptista, e, no entanto, o menor no Reino dos céus é maior do que ele ..." (Mat 11:2-11).
O martírio de João Baptista liga-se à denúncia profética das injustiças cometidas pelos poderosos, inclusive o luxo da corte, cujo desfecho fatal é a morte do inocente e a opressão dos marginalizados.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Ao partirem eles, começou Jesus a falar a respeito de João às multidões: "Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Mas que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Mas os que vestem roupas finas vivem nos palácios dos reis. Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e mais do que um profeta. É dele que está escrito: " eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Baptista, e, no entanto, o menor no Reino dos céus é maior do que ele ..." (Mat 11:2-11).
O martírio de João Baptista liga-se à denúncia profética das injustiças cometidas pelos poderosos, inclusive o luxo da corte, cujo desfecho fatal é a morte do inocente e a opressão dos marginalizados.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
sábado, 28 de agosto de 2010
Vaticano saúda muçulmanos
Mensagem para o final do Ramadão apela à união contra a violência e fundamentalismos religiosos
O Vaticano enviou uma mensagem aos muçulmanos de todo o mundo, por ocasião do final do Ramadão, pedindo um esforço conjunto para “vencer a violência entre fiéis de religiões diferentes”.
O texto e assinado pelo Cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, e pelo secretário deste Conselho, o Arcebispo Pier Luigi Celata.
A mensagem alerta para a instrumentalização e “manipulação das religiões com fins políticos ou de outros tipos”, bem como para “a discriminação com base na etnia ou identidade religiosa, as divisões e tensões sociais”.
Para o Vaticano, a ignorância, a pobreza, o subdesenvolvimento e a injustiça são “fontes directas ou indirectas de violência, não só entre as comunidades religiosas, mas em todo o mundo”.
Neste contexto, pede-se que “as autoridades civis e religiosas possam oferecer o seu próprio contributo para remediar tais situações, em vista do bem comum de toda a sociedade”.
A habitual mensagem por ocasião da ‘Id al-Fitr, o banquete que assinala o final do jejum dos muçulmanos, a Santa Sé deixa “cordiais saudações de paz e alegria” pela festa que conclui o Ramadão.
Para o Cardeal Jean-Louis Tauran, os encontros destes dias entre muçulmanos e crentes de outras religiões, especialmente cristãos, ofereceram oportunidade para reforçar o diálogo e a cooperação.
A mensagem deixa votos de que todos saibam “abrir o coração ao perdão recíproco e à reconciliação, para uma convivência pacífica”.
Para isso, afirma-se, é fundamental dar espaço “à formação para o respeito, o diálogo e a fraternidade nos vários espaços educativos: a casa, a escola, as igrejas e as mesquitas”.
“O ensinamento dos chefes religiosas, bem como os textos escolares que procuram apresentar as religiões de forma objectiva, revestem-se de uma importância decisiva na educação e na formação dos jovens”, indica o Vaticano.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
O Vaticano enviou uma mensagem aos muçulmanos de todo o mundo, por ocasião do final do Ramadão, pedindo um esforço conjunto para “vencer a violência entre fiéis de religiões diferentes”.
O texto e assinado pelo Cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, e pelo secretário deste Conselho, o Arcebispo Pier Luigi Celata.
A mensagem alerta para a instrumentalização e “manipulação das religiões com fins políticos ou de outros tipos”, bem como para “a discriminação com base na etnia ou identidade religiosa, as divisões e tensões sociais”.
Para o Vaticano, a ignorância, a pobreza, o subdesenvolvimento e a injustiça são “fontes directas ou indirectas de violência, não só entre as comunidades religiosas, mas em todo o mundo”.
Neste contexto, pede-se que “as autoridades civis e religiosas possam oferecer o seu próprio contributo para remediar tais situações, em vista do bem comum de toda a sociedade”.
A habitual mensagem por ocasião da ‘Id al-Fitr, o banquete que assinala o final do jejum dos muçulmanos, a Santa Sé deixa “cordiais saudações de paz e alegria” pela festa que conclui o Ramadão.
Para o Cardeal Jean-Louis Tauran, os encontros destes dias entre muçulmanos e crentes de outras religiões, especialmente cristãos, ofereceram oportunidade para reforçar o diálogo e a cooperação.
A mensagem deixa votos de que todos saibam “abrir o coração ao perdão recíproco e à reconciliação, para uma convivência pacífica”.
Para isso, afirma-se, é fundamental dar espaço “à formação para o respeito, o diálogo e a fraternidade nos vários espaços educativos: a casa, a escola, as igrejas e as mesquitas”.
“O ensinamento dos chefes religiosas, bem como os textos escolares que procuram apresentar as religiões de forma objectiva, revestem-se de uma importância decisiva na educação e na formação dos jovens”, indica o Vaticano.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
A colina de Taizé (Editorial)
Era o dia 20 de Agosto de 1940, há setenta anos, quando Roger Schutz chegou pela primeira vez em Taizé. Naquele Verão de guerra na França alquebrada pelo invasor o jovem pastor calvinista suíço não podia certamente imaginar que num futuro não muito distante já durante os anos 50 outros jovens europeus, muitos e depois muitíssimos, teriam subido aquela colina no coração da Borgonha, numa zona rural ondulada e suave, em cujos horizontes frequentemente correm grandes nuvens. Aliás, no início mais ou menos como ele, talvez fazendo auto-stop (n.r. andando à boleia), depois em grupos organizados vindos de todo o continente, sobretudo durante o Verão ou na Páscoa.
No calendário litúrgico, 20 de Agosto é a festa de São Bernardo, que viveu em Cîteaux, não muito longe de Taizé, que por sua vez está a poucos quilómetros de Cluny: marcada por reformas monásticas que incidiram na história da Igreja. Já em 1940 o jovem Schultz iniciou a acolher refugiados e judeus, pensando num projecto de vida comum com alguns amigos, que iniciou dois anos mais tarde em Genebra pela impossibilidade de permanecer na França. Ao regressar a Taizé ainda durante a guerra, retomou o acolhimento, desta vez de prisioneiros alemães e crianças órfãs. Hoje quem lá chega encontra um pequeno bungalow, um pouco além das casas antigas e da igreja românica, circundado por um minúsculo cemitério, e experimenta um acolhimento que encarna a antiga hospitalidade em nome de Cristo, inscrita na Regra de São Bento.
Precisamente a vocação monástica sempre atraiu Roger e os seus companheiros, todos de origem protestante, mas sensíveis às riqueza das diversas correntes cristãs e que a partir de 1949 se empenharam numa forma de vida comum na esteira da espiritualidade beneditina e inaciana (n.r. S. Inácio de Loyola), delineada alguns anos mais tarde na Régle de Taizé. Naquele mesmo ano o Irmão Roger foi recebido por Pio XII, juntamente com um dos seus primeiros companheiros, Max Thurian, e a partir de 1958 os seus encontros com o Papa João XXIII, Paulo VI e João Paulo II, que em 1986 foi à colina tornaram-se uma prática anual, exprimindo uma proximidade que, desde o final dos anos 60, fez aumentar o número de católicos na comunidade. Um jovem católico alemão, Alois Löser, foi designado pelo Irmão Roger para o suceder como guia da comunidade já muitos anos antes do seu assassínio a 16 de Agosto de 2005, por mãos de uma desequilibrada.
Em Agosto de 1962, com a máxima discrição, juntamente com vários irmãos, o prior iniciou uma série de visitas nalguns países do Leste europeu, enquanto em Taizé era inaugurada uma moderna Église de la Reconciliation. Um espaço muito grande e que depressa teve que ser aumentado, inicialmente com toldos, para receber os milhares de presenças nas semanas de Verão predisposto para a oração realizada três vezes por dia em diversas línguas. Com os longos momentos de silencio e cantos meditativos até agora muito difundidos, este tríplice encontro quotidiano impressionou profundamente quem ia r colina pela primeira vez.
Na abertura de um "concílio dos jovens", em Agosto de 1974, chegaram a Taizé mais de 40 mil pessoas de toda a Europa, e foram hospedadas num acampamento que se tornou ainda mais precário devido a uma chuva torrencial. Imperturbável, circulava entre eles o cardeal Johannes Willebrands, enviado por Paulo VI, falando com gentileza aos jovens com pouco mais de 20 anos que se aproximavam dele, sujos de lama e cansados, mas entusiasmados pelo desafio ecuménico da comunidade. Para eles, todas as noites durante décadas, na esteira da grande tradição crista, o Irmão Roger pronunciou uma breve meditação, e após a oração detinha-se a acolher e escutar quantos quisessem falar-lhe ou só estar perto dele.
Nos anos da contestação juvenil e do afastamento da fé de muitos jovens, esta foi a revoluçao de Taizé. Lutte et contemplation foi a escolha do prior para intitular o diário daqueles anos, enquanto a comunidade iniciava uma "peregrinaçao de confiança" nos diversos continentes. Procurando a reconciliação e a partilha com as pobrezas do mundo, reavivando a fé quase ofuscada em muitos contextos da Europa central, apoiando a sua chama nos países sufocados pelo comunismo, habituando muitos jovens católicos a uma abertura ainda maior.
Taizé nunca quis constituir um movimento mas impulsionou sempre a empenhar-se nas paróquias e nas realidades locais: praticando o acolhimento, encorajando os pacíficos da bem-aventurança evangélica, actuando pela união entre as Igrejas e as comunidades dos crentes em Cristo, mostrando a vitalidade e a eficácia de um caminho ecuménico espiritual. Que saiba reconciliar em si mesmo o Irmão Roger, notre frére, aprendeu isso quando era jovem e testemunhou-o por toda a vida, autentico pioneiro de um "ecumenismo da santidade", como escreveu o Cardeal Bertone em nome de Bento XVI as riquezas das diversas confissões cristãs: a atenção r Bíblia realçada no protestantismo, o esplendor da liturgia ortodoxa, a centralidade da Eucaristia católica. Diante da qual Taizé acende sempre uma pequena chama para significar a adoração do único Senhor.
Giovanni Maria Vian - Director
(© L'Osservatore Romano - 28 de Agosto de 2010)
No calendário litúrgico, 20 de Agosto é a festa de São Bernardo, que viveu em Cîteaux, não muito longe de Taizé, que por sua vez está a poucos quilómetros de Cluny: marcada por reformas monásticas que incidiram na história da Igreja. Já em 1940 o jovem Schultz iniciou a acolher refugiados e judeus, pensando num projecto de vida comum com alguns amigos, que iniciou dois anos mais tarde em Genebra pela impossibilidade de permanecer na França. Ao regressar a Taizé ainda durante a guerra, retomou o acolhimento, desta vez de prisioneiros alemães e crianças órfãs. Hoje quem lá chega encontra um pequeno bungalow, um pouco além das casas antigas e da igreja românica, circundado por um minúsculo cemitério, e experimenta um acolhimento que encarna a antiga hospitalidade em nome de Cristo, inscrita na Regra de São Bento.
Precisamente a vocação monástica sempre atraiu Roger e os seus companheiros, todos de origem protestante, mas sensíveis às riqueza das diversas correntes cristãs e que a partir de 1949 se empenharam numa forma de vida comum na esteira da espiritualidade beneditina e inaciana (n.r. S. Inácio de Loyola), delineada alguns anos mais tarde na Régle de Taizé. Naquele mesmo ano o Irmão Roger foi recebido por Pio XII, juntamente com um dos seus primeiros companheiros, Max Thurian, e a partir de 1958 os seus encontros com o Papa João XXIII, Paulo VI e João Paulo II, que em 1986 foi à colina tornaram-se uma prática anual, exprimindo uma proximidade que, desde o final dos anos 60, fez aumentar o número de católicos na comunidade. Um jovem católico alemão, Alois Löser, foi designado pelo Irmão Roger para o suceder como guia da comunidade já muitos anos antes do seu assassínio a 16 de Agosto de 2005, por mãos de uma desequilibrada.
Em Agosto de 1962, com a máxima discrição, juntamente com vários irmãos, o prior iniciou uma série de visitas nalguns países do Leste europeu, enquanto em Taizé era inaugurada uma moderna Église de la Reconciliation. Um espaço muito grande e que depressa teve que ser aumentado, inicialmente com toldos, para receber os milhares de presenças nas semanas de Verão predisposto para a oração realizada três vezes por dia em diversas línguas. Com os longos momentos de silencio e cantos meditativos até agora muito difundidos, este tríplice encontro quotidiano impressionou profundamente quem ia r colina pela primeira vez.
Na abertura de um "concílio dos jovens", em Agosto de 1974, chegaram a Taizé mais de 40 mil pessoas de toda a Europa, e foram hospedadas num acampamento que se tornou ainda mais precário devido a uma chuva torrencial. Imperturbável, circulava entre eles o cardeal Johannes Willebrands, enviado por Paulo VI, falando com gentileza aos jovens com pouco mais de 20 anos que se aproximavam dele, sujos de lama e cansados, mas entusiasmados pelo desafio ecuménico da comunidade. Para eles, todas as noites durante décadas, na esteira da grande tradição crista, o Irmão Roger pronunciou uma breve meditação, e após a oração detinha-se a acolher e escutar quantos quisessem falar-lhe ou só estar perto dele.
Nos anos da contestação juvenil e do afastamento da fé de muitos jovens, esta foi a revoluçao de Taizé. Lutte et contemplation foi a escolha do prior para intitular o diário daqueles anos, enquanto a comunidade iniciava uma "peregrinaçao de confiança" nos diversos continentes. Procurando a reconciliação e a partilha com as pobrezas do mundo, reavivando a fé quase ofuscada em muitos contextos da Europa central, apoiando a sua chama nos países sufocados pelo comunismo, habituando muitos jovens católicos a uma abertura ainda maior.
Taizé nunca quis constituir um movimento mas impulsionou sempre a empenhar-se nas paróquias e nas realidades locais: praticando o acolhimento, encorajando os pacíficos da bem-aventurança evangélica, actuando pela união entre as Igrejas e as comunidades dos crentes em Cristo, mostrando a vitalidade e a eficácia de um caminho ecuménico espiritual. Que saiba reconciliar em si mesmo o Irmão Roger, notre frére, aprendeu isso quando era jovem e testemunhou-o por toda a vida, autentico pioneiro de um "ecumenismo da santidade", como escreveu o Cardeal Bertone em nome de Bento XVI as riquezas das diversas confissões cristãs: a atenção r Bíblia realçada no protestantismo, o esplendor da liturgia ortodoxa, a centralidade da Eucaristia católica. Diante da qual Taizé acende sempre uma pequena chama para significar a adoração do único Senhor.
Giovanni Maria Vian - Director
(© L'Osservatore Romano - 28 de Agosto de 2010)
Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:
Rev. D. Enric PRAT i Jordana (Sort, Lleida, Espanha)
Os convidados escolhiam os primeiros lugares
Hoje, Jesus nos dá uma lição magistral: Não busqueis o primeiro lugar. «Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar» (Lc 14,8). Jesus Cristo sabe que gostamos de situar-nos no primeiro lugar: nos actos públicos, nas reuniões, em casa, na mesa… Ele conhece da nossa tendência a sobrevalorizar-nos por vaidade e, ainda pior, por orgulho mal dissimulado. Estejamos prevenidos com os honores!, Já que «o coração fica encadeado aí onde encontra possibilidade de fruição» (São Leão Magno).
Quem nos disse que, não existem colegas com mais méritos ou categoria pessoal? Não se trata, pois, de algo esporádico, mas de uma atitude assumida de nos sentir melhores, mais importantes, com mais méritos, os que sempre temos razão; isso é uma pretensão que supõe uma visão estreita sobre nós e sobre o que nos rodeia. De facto, Jesus convida-nos a praticar uma humildade perfeita, que consiste em não nos julgar nem julgar aos outros e, de consciencializar-nos sobre a nossa insignificância individual respeito ao cosmos e à vida.
Então, o Senhor, propõe que, por precaução, escolhamos o último lugar, porque se bem desconhecemos a realidade íntima dos outros, sabemos que nós somos irrelevantes se comparados com o espectáculo do universo. Por conseguinte, situar-nos no ultimo lugar, é actuar com certeza. Não seja que o Senhor, que nos conhece a todos desde nossa intimidade, deva dizer-nos: «‘Cede-lhe o lugar’. Então irás cheio de vergonha ocupar o último lugar» (Lc 14,9).
Na mesma linha de pensamento, o Mestre convida-nos a colocar-nos com humildade ao lado dos preferidos de Deus: pobres, inválidos, coxos, cegos, e a nos igualar com eles até nos encontrar no meio de aqueles que Deus ama com especial ternura e, a superar toda repugnância e vergonha em compartir a mesa e amizade com eles.
(Fonte: Evangeli.net)
Os convidados escolhiam os primeiros lugares
Hoje, Jesus nos dá uma lição magistral: Não busqueis o primeiro lugar. «Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar» (Lc 14,8). Jesus Cristo sabe que gostamos de situar-nos no primeiro lugar: nos actos públicos, nas reuniões, em casa, na mesa… Ele conhece da nossa tendência a sobrevalorizar-nos por vaidade e, ainda pior, por orgulho mal dissimulado. Estejamos prevenidos com os honores!, Já que «o coração fica encadeado aí onde encontra possibilidade de fruição» (São Leão Magno).
Quem nos disse que, não existem colegas com mais méritos ou categoria pessoal? Não se trata, pois, de algo esporádico, mas de uma atitude assumida de nos sentir melhores, mais importantes, com mais méritos, os que sempre temos razão; isso é uma pretensão que supõe uma visão estreita sobre nós e sobre o que nos rodeia. De facto, Jesus convida-nos a praticar uma humildade perfeita, que consiste em não nos julgar nem julgar aos outros e, de consciencializar-nos sobre a nossa insignificância individual respeito ao cosmos e à vida.
Então, o Senhor, propõe que, por precaução, escolhamos o último lugar, porque se bem desconhecemos a realidade íntima dos outros, sabemos que nós somos irrelevantes se comparados com o espectáculo do universo. Por conseguinte, situar-nos no ultimo lugar, é actuar com certeza. Não seja que o Senhor, que nos conhece a todos desde nossa intimidade, deva dizer-nos: «‘Cede-lhe o lugar’. Então irás cheio de vergonha ocupar o último lugar» (Lc 14,9).
Na mesma linha de pensamento, o Mestre convida-nos a colocar-nos com humildade ao lado dos preferidos de Deus: pobres, inválidos, coxos, cegos, e a nos igualar com eles até nos encontrar no meio de aqueles que Deus ama com especial ternura e, a superar toda repugnância e vergonha em compartir a mesa e amizade com eles.
(Fonte: Evangeli.net)
O Evangelho de Domingo dia 29 de Agosto de 2010
São Lucas 14,1.7-14
1 Entrando Jesus, um sábado, em casa de um dos principais fariseus, para comer, eles estavam a observá-l'O. 7 Disse também uma parábola, observando como os convidados escolhiam os primeiros lugares à mesa:8 «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não te coloques no primeiro lugar, porque pode ser que outra pessoa de mais consideração do que tu tenha sido convidada pelo dono da casa,9 e que venha quem te convidou a ti e a ele e te diga: Cede o lugar a este; e tu, envergonhado, vás ocupar o último lugar.10 Mas, quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier quem te convidou, te diga: Amigo, vem mais para cima. Então terás com isto glória na presença de todos os convidados;11 porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado». 12 Dizia mais àquele que O tinha convidado: «Quando deres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem os vizinhos ricos; para que não aconteça que também eles te convidem e te paguem com isso.13 Mas, quando deres algum banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos;14 e serás bem-aventurado, porque esses não têm com que retribuir-te; mas ser-te-á isso retribuído na ressurreição dos justos».
1 Entrando Jesus, um sábado, em casa de um dos principais fariseus, para comer, eles estavam a observá-l'O. 7 Disse também uma parábola, observando como os convidados escolhiam os primeiros lugares à mesa:8 «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não te coloques no primeiro lugar, porque pode ser que outra pessoa de mais consideração do que tu tenha sido convidada pelo dono da casa,9 e que venha quem te convidou a ti e a ele e te diga: Cede o lugar a este; e tu, envergonhado, vás ocupar o último lugar.10 Mas, quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier quem te convidou, te diga: Amigo, vem mais para cima. Então terás com isto glória na presença de todos os convidados;11 porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado». 12 Dizia mais àquele que O tinha convidado: «Quando deres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem os vizinhos ricos; para que não aconteça que também eles te convidem e te paguem com isso.13 Mas, quando deres algum banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos;14 e serás bem-aventurado, porque esses não têm com que retribuir-te; mas ser-te-á isso retribuído na ressurreição dos justos».
Aprenda a rezar o Angelus
V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.
V. Eis aqui a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
Ave Maria…
V. E o Verbo encarnou
R. E habitou entre nós
Ave Maria…
V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos: Infudi, Senhor, como vos pedimos, a vossa graça em nossas almas, para que nós, que conhecemos pela Anunciação do Anjo, a Encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua Paixão e Morte na Cruz sejamos conduzidos à glória da Ressureição.
Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
S. Josemaría nesta data em 1974
Em Caracas, perguntaram-lhe como fazer oração: “Tu sabes que o Senhor está no Sacrário, mas também se encontra no centro das nossas almas em graça. Portanto, quando disseres: creio firmemente que estás aqui…, em qualquer sítio onde te encontrares, no autocarro, onde quer que seja, tens a Deus Nosso Senhor em ti mesma, no centro da tua alma; e continuas para a frente na tua oração. Não vou dizer-te mais nada, porque a intimidade com Deus Nosso Senhor deve ser muito pessoal”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Laudate Dominum (Mozart)
Laudate Dominum omnes gentes;
Laudate eum, omnes populi.
Quoniam confirmata est
Super nos misericordia ejus,
Et veritas Domini manet in aeternum.
Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto.
Sicut erat in principio, et nunc, et semper.
Et in saecula saeculorum. Amen.
Santo Agostinho um dos Santos da minha devoção
Conjuntamente com S. Paulo, Santa Catarina de Sena, São Tomás Moro e São Josemaría Escrivá, recorro em oração frequentemente a Santo Agostinho pedindo-lhe que interceda para que tenha humildade de aumentar o meu amor ao Senhor e consequentemente ser sempre teocêntrico.
Salvaguardadas as devidas diferencias, que começam na minha pouca formação e ignorância, Santo Agostinho teve dois Anjos da Guarda na terra, sua mãe, Santa Mónica, e Santo Ambrósio, Bispo de Milão, pessoalmente não pude, a partir dos dezassete anos de idade, usufruir da intercessão terrena da minha mãe, mas João Paulo II, que me cativou logo na cerimónia da sua coroação quando se levantou para abraçar o seu amigo e mentor o Cardeal Stefan Wyszynski (1901/1981) e posteriormente na dignidade e amor à Igreja como viveu a sua enfermidade, foi o Anjo que me ajudou a abrasar o coração, embora o meu regresso à Igreja se tenha verificado cerca de dezoito meses após a sua partida para a Casa do Pai.
Insistindo, sobretudo por respeito, admiração e veneração, que longe de mim comparar-me a esse grande Doutor da Igreja que foi Santo Agostinho, também à sua semelhança andei totalmente perdido, sendo que no caso dele se pode intuir do seu legado escrito, que sempre procurou a Deus, nem sempre pelas melhores vias, mas a sua alma tinha fome e sede do Senhor, enquanto eu cheio de soberba e fingida sabedoria, que mais não era do que pura e total ignorância, sentia-me “rei” de mim mesmo e do mundo. Que figuras tristíssimas fazem os que assim procedem!
É, penso dentro da minha pouca formação, a sua mais conhecida obra, refiro-me a “Confissões”, que em boa hora perguntei a um Sacerdote amigo se já me encontraria preparado para ler, compreender e absorver, tendo a resposta sido positiva, bem-haja Pe. ASL, porque me fez muito bem à alma e me ajudou e ajuda na minha luta diária para tentar ser digno das promessas de Cristo e consequentemente pela minha santificação. Tanto caminho que me falta meu Deus!
Bem-haja Santo Agostinho, e que por tua intercessão eu possa um dia, se for essa a vontade do Senhor, entrar no Seu Reino para conjuntamente contigo, os Anjos e todos os Santos O poder servir e glorificar.
JPR
Salvaguardadas as devidas diferencias, que começam na minha pouca formação e ignorância, Santo Agostinho teve dois Anjos da Guarda na terra, sua mãe, Santa Mónica, e Santo Ambrósio, Bispo de Milão, pessoalmente não pude, a partir dos dezassete anos de idade, usufruir da intercessão terrena da minha mãe, mas João Paulo II, que me cativou logo na cerimónia da sua coroação quando se levantou para abraçar o seu amigo e mentor o Cardeal Stefan Wyszynski (1901/1981) e posteriormente na dignidade e amor à Igreja como viveu a sua enfermidade, foi o Anjo que me ajudou a abrasar o coração, embora o meu regresso à Igreja se tenha verificado cerca de dezoito meses após a sua partida para a Casa do Pai.
Insistindo, sobretudo por respeito, admiração e veneração, que longe de mim comparar-me a esse grande Doutor da Igreja que foi Santo Agostinho, também à sua semelhança andei totalmente perdido, sendo que no caso dele se pode intuir do seu legado escrito, que sempre procurou a Deus, nem sempre pelas melhores vias, mas a sua alma tinha fome e sede do Senhor, enquanto eu cheio de soberba e fingida sabedoria, que mais não era do que pura e total ignorância, sentia-me “rei” de mim mesmo e do mundo. Que figuras tristíssimas fazem os que assim procedem!
É, penso dentro da minha pouca formação, a sua mais conhecida obra, refiro-me a “Confissões”, que em boa hora perguntei a um Sacerdote amigo se já me encontraria preparado para ler, compreender e absorver, tendo a resposta sido positiva, bem-haja Pe. ASL, porque me fez muito bem à alma e me ajudou e ajuda na minha luta diária para tentar ser digno das promessas de Cristo e consequentemente pela minha santificação. Tanto caminho que me falta meu Deus!
Bem-haja Santo Agostinho, e que por tua intercessão eu possa um dia, se for essa a vontade do Senhor, entrar no Seu Reino para conjuntamente contigo, os Anjos e todos os Santos O poder servir e glorificar.
JPR
Santo Agostinho, Bispo de Hipona, Doutor da Igreja
Nasceu em Tagaste, no ano de 354. Africano da Tunísia, era filho de pai pagão e de mãe cristã. Espírito irrequieto e sedento de verdade, enveredou por várias correntes filosóficas e seitas, até chegar ao cristianismo. Andou também pelos meandros da vida amorosa, e por muito tempo viveu em companhia de uma mulher e ambos tiveram um filho. Esta mulher anónima, que Santo Agostinho amava e por ela era amado, e da qual nem sequer nos legou o nome, retornou à África e certamente não foi menor em sua oblação.
Agostinho converteu-se por volta do ano 387 e recebeu o baptismo em Milão. Quem o baptizou foi o célebre Bispo Santo Ambrósio que, juntamente com Santa Mónica, trabalhou pela sua conversão. Retornando à sua terra, levou vida ascética. Eleito Bispo de Hipona, por trinta e quatro anos esteve à frente de seu povo, ensinando-o e combatendo as heresias. Além de "Confissões", escreveu muitas outras obras. Constitui-se, assim, num dos mais profundos pensadores do mundo antigo. É por muitos considerado o pai do existencialismo cristão. Morreu em Hippo Regius, no dia 28 de Agosto de 430.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Agostinho converteu-se por volta do ano 387 e recebeu o baptismo em Milão. Quem o baptizou foi o célebre Bispo Santo Ambrósio que, juntamente com Santa Mónica, trabalhou pela sua conversão. Retornando à sua terra, levou vida ascética. Eleito Bispo de Hipona, por trinta e quatro anos esteve à frente de seu povo, ensinando-o e combatendo as heresias. Além de "Confissões", escreveu muitas outras obras. Constitui-se, assim, num dos mais profundos pensadores do mundo antigo. É por muitos considerado o pai do existencialismo cristão. Morreu em Hippo Regius, no dia 28 de Agosto de 430.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Tema para reflexão - Alegria, fruto do Amor
A alegria humana não se pode mandar. A alegria é fruto do amor, e não a todo o mundo se outorga um amor humano capaz de manter uma alegria permanente. E não somente isto, mas também, que pela sua natureza, o amor humano é com maior frequência fonte de tristeza que de alegria (…). Mas no campo cristão não acontece assim. Um Cristão que não ame a Deus é indesculpável, e um cristão ao qual o amor a Deus não brinde com a alegria é porque não compreendeu o que o amor lhe dá. Para um cristão a alegria é natural porque é propriedade essencial da virtude mais importante do cristianismo, quer dizer, do amor. Entre a vida cristã e a alegria há uma necessária relação de essência.
(P. A. REGGIO, Espíritu sobrenatural y buen humor, Rialp, 2ª ed., Madrid 1966, p. 34, trad AMA)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(P. A. REGGIO, Espíritu sobrenatural y buen humor, Rialp, 2ª ed., Madrid 1966, p. 34, trad AMA)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Rev. D. Albert SOLS i Lúcia (Barcelona, Espanha)
Um homem que ia viajar para o estrangeiro, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens
Hoje contemplamos a parábola dos talentos. Em Jesus apreciamos uma mudança no estilo da sua mensagem: o anúncio do Reino, já não se limita tanto em assinalar a sua proximidade, mas a descrever seu conteúdo através de narrações: é hora das parábolas!
Um grande homem decide empreender uma longa viagem, e confia todo seu património aos seus servos. Podia tê-lo distribuído em partes iguais, mas não o fez assim. Deu a cada um conforme a sua capacidade (cinco, dois e um talentos). Com aquele dinheiro, cada criado podia capitalizar o início de um bom negócio. Os dois primeiros se lançaram à administração de seus depósitos, mas o terceiro — por medo ou por preguiça — preferiu guardá-lo, iludindo todo investimento: se fechou na comodidade de sua própria pobreza. O senhor regressou e... Exigiu a prestação de contas (cf. Mt 25,19). Premiou a valentia dos dois primeiros, que duplicaram o depósito confiado. O trato com o criado “prudente” foi muito diferente.
Dois mil anos depois, a mensagem da parábola sendo actual. As modernas democracias caminham para uma separação progressiva entre a Igreja e os Estados. Isto não é mau, pelo contrário. Não obstante, esta mentalidade global e progressiva esconde um efeito secundário, perigoso para os cristãos: ser a imagem viva daquele terceiro servo a quem o amo (figura bíblica de Deus Pai) repreendeu com grande severidade. Sem malícia, por mera comodidade ou medo, corremos o perigo de esconder e reduzir a nossa fé cristã ao entorno familiar e amigos íntimos. O Evangelho não pode ficar numa leitura e estéril contemplação. Devemos administrar com valentia e risco a nossa vocação cristã no próprio ambiente social e profissional, proclamando a figura de Cristo com as palavras e o testemunho.
São Agostinho comenta: «Quem predica a palavra de Deus aos povos, não está tão longe da condição humana e da reflexão apoiada na fé, que não possa advertir os perigos. Porém, consola saber que onde resida o perigo por causa do ministério, aí temos a ajuda de vossas orações».
(Fonte: Evangeli.net)
Um homem que ia viajar para o estrangeiro, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens
Hoje contemplamos a parábola dos talentos. Em Jesus apreciamos uma mudança no estilo da sua mensagem: o anúncio do Reino, já não se limita tanto em assinalar a sua proximidade, mas a descrever seu conteúdo através de narrações: é hora das parábolas!
Um grande homem decide empreender uma longa viagem, e confia todo seu património aos seus servos. Podia tê-lo distribuído em partes iguais, mas não o fez assim. Deu a cada um conforme a sua capacidade (cinco, dois e um talentos). Com aquele dinheiro, cada criado podia capitalizar o início de um bom negócio. Os dois primeiros se lançaram à administração de seus depósitos, mas o terceiro — por medo ou por preguiça — preferiu guardá-lo, iludindo todo investimento: se fechou na comodidade de sua própria pobreza. O senhor regressou e... Exigiu a prestação de contas (cf. Mt 25,19). Premiou a valentia dos dois primeiros, que duplicaram o depósito confiado. O trato com o criado “prudente” foi muito diferente.
Dois mil anos depois, a mensagem da parábola sendo actual. As modernas democracias caminham para uma separação progressiva entre a Igreja e os Estados. Isto não é mau, pelo contrário. Não obstante, esta mentalidade global e progressiva esconde um efeito secundário, perigoso para os cristãos: ser a imagem viva daquele terceiro servo a quem o amo (figura bíblica de Deus Pai) repreendeu com grande severidade. Sem malícia, por mera comodidade ou medo, corremos o perigo de esconder e reduzir a nossa fé cristã ao entorno familiar e amigos íntimos. O Evangelho não pode ficar numa leitura e estéril contemplação. Devemos administrar com valentia e risco a nossa vocação cristã no próprio ambiente social e profissional, proclamando a figura de Cristo com as palavras e o testemunho.
São Agostinho comenta: «Quem predica a palavra de Deus aos povos, não está tão longe da condição humana e da reflexão apoiada na fé, que não possa advertir os perigos. Porém, consola saber que onde resida o perigo por causa do ministério, aí temos a ajuda de vossas orações».
(Fonte: Evangeli.net)
O Evangelho do dia 28 de Agosto de 2010
São Mateus 25,14-30
14 «Será também como um homem que, estando para empreender uma viagem, chamou os seus servos, e lhes entregou os seus bens.15 Deu a um cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual segundo a sua capacidade, e partiu.16 O que tinha recebido cinco talentos, logo em seguida, foi, negociou com eles, e ganhou outros cinco.17 Do mesmo modo, o que tinha recebido dois, ganhou outros dois.18 Mas o que tinha recebido um só, foi fazer uma cova na terra, e nela escondeu o dinheiro do seu senhor.19 «Muito tempo depois, voltou o senhor daqueles servos e chamou-os a contas.20 Aproximando-se o que tinha recebido cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco, dizendo: “Senhor, entregaste-me cinco talentos, eis outros cinco que lucrei”.21 Seu senhor disse-lhe: “Está bem, servo bom e fiel, já que foste fiel em poucas coisas, dar-te-ei a intendência de muitas; entra no gozo do teu senhor”.22 Apresentou-se também o que tinha recebido dois talentos, e disse: “Senhor, entregaste-me dois talentos, eis que lucrei outros dois”.23 Seu senhor disse-lhe: “Está bem, servo bom e fiel, já que foste fiel em poucas coisas, dar-te-ei a intendência de muitas; entra no gozo do teu senhor”.24 «Apresentando-se também o que tinha recebido um só talento, disse: “Senhor, sei que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste.25 Tive receio e fui esconder o teu talento na terra; eis o que é teu”.26 Então, o seu senhor disse-lhe: “Servo mau e preguiçoso, sabias que eu colho onde não semeei, e que recolho onde não espalhei.27 Devias pois dar o meu dinheiro aos banqueiros e, à minha volta, eu teria recebido certamente com juro o que era meu.28 Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos,29 porque ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, tirar-se-lhe-á até o que tem.30 E a esse servo inútil lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes”.
14 «Será também como um homem que, estando para empreender uma viagem, chamou os seus servos, e lhes entregou os seus bens.15 Deu a um cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual segundo a sua capacidade, e partiu.16 O que tinha recebido cinco talentos, logo em seguida, foi, negociou com eles, e ganhou outros cinco.17 Do mesmo modo, o que tinha recebido dois, ganhou outros dois.18 Mas o que tinha recebido um só, foi fazer uma cova na terra, e nela escondeu o dinheiro do seu senhor.19 «Muito tempo depois, voltou o senhor daqueles servos e chamou-os a contas.20 Aproximando-se o que tinha recebido cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco, dizendo: “Senhor, entregaste-me cinco talentos, eis outros cinco que lucrei”.21 Seu senhor disse-lhe: “Está bem, servo bom e fiel, já que foste fiel em poucas coisas, dar-te-ei a intendência de muitas; entra no gozo do teu senhor”.22 Apresentou-se também o que tinha recebido dois talentos, e disse: “Senhor, entregaste-me dois talentos, eis que lucrei outros dois”.23 Seu senhor disse-lhe: “Está bem, servo bom e fiel, já que foste fiel em poucas coisas, dar-te-ei a intendência de muitas; entra no gozo do teu senhor”.24 «Apresentando-se também o que tinha recebido um só talento, disse: “Senhor, sei que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste.25 Tive receio e fui esconder o teu talento na terra; eis o que é teu”.26 Então, o seu senhor disse-lhe: “Servo mau e preguiçoso, sabias que eu colho onde não semeei, e que recolho onde não espalhei.27 Devias pois dar o meu dinheiro aos banqueiros e, à minha volta, eu teria recebido certamente com juro o que era meu.28 Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos,29 porque ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, tirar-se-lhe-á até o que tem.30 E a esse servo inútil lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes”.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Paraklesis
Most Holy Theotokos, save us.
As You willed, 0 our Saviour,
to dispense our salvation through Your economy
inside the Virgin's womb;
thou showed to all the people
that she was our own guardian;
0 the God of our fathers,
Blessed art Thou, our God.
Most Holy Theotokos, save us.
The bestower of mercy
that you bore, 0 pure Mother, entreat on our behalf;
from sins deliver us,
and from the soul's defilement,
we who cry out most faithfully;
0 the God of our fathers,
Blessed art Thou, our God.
Glory to the Father and the Son and the Holy Spirit.
A fountain of pureness
and a tower of safety is she who carried Thee,
a treasure of salvation
and the door of repentance,
she has been shown to those that cry;
0 the God of our fathers,
Blessed art Thou, our God.
Both now and ever and unto the ages of ages. Amen.
The illnesses of body,
and the soul's ailing sickness, of those who run to you.
For divine protection,
as God's holy Mother,
make them worthy of remedy;
for the Saviour Christ
was born from you.
Most holy Theotokos, save us.
Do not neglect those who seek the help you grant
they hymn you, 0 Virgin Maiden.
And they do exalt you
throughout the many ages.
Most Holy Theotokos, save us.
0 Virgin, you pour a wealth of healing
on those who faithfully hymn you.
And those who exalt your
Childbearing wonder.
We bless the Father and the Son and the Holy Spirit the Lord we hymn.
The infirmities of my soul are healed by you,
and the pains of my body, 0 Virgin;
so that I may praise you,
0 Lady full of Grace.
Both now and ever and unto the ages of ages. Amen.
You drive away the assaults of temptations,
and attacks of the passions, 0 Virgin,
therefore do we praise you
throughout the many ages.
We praise, we bless and we worship the Lord.
The King of heaven, Who is praised,
and is hymned by the host of the angels;
praise Him and exalt Him
throughout the many ages.
Saved through you, 0 pure Virgin,
hence we do confess you
to be most truly the birthgiver of our Lord.
With choirs of bodiless Angels,
you do we magnify.
Most holy Theotokos, save us.
The streams of my many tears,
reject not, Holy Virgin;
for you gave birth to the One who dried all the tears,
from all the faces of people;
the Christ was born of you.
Most holy Theotokos, save us.
With gladness fill my heart,
most holy Virgin lady,
for you are she who received the abundant joy;
take the grief of my sinfulness,
and make it disappear.
Most Holy Theotokos, save us.
A shelter and protection
and a wall unshaken,
become, 0 Virgin, for those who flee to you,
a sheltered cover and refuge,
and a place of joy.
Glory to the Father and to the Son and to the Holy Spirit.
0 Virgin, from the brightness
of your light illumine
the ones who call you most piously Mother of God,
take all the gloom of our ignorance
and banish it away.
Both now and ever and unto the ages of ages. Amen.
Oppressed I am, 0 Virgin;
in a place of sickness, I have been humbled;
I ask you; bring remedy,
transform my illness, my sickness,
into a wholesomeness.
It is truly meet to bless thee, 0 Theotokos;
ever blessed, and most pure, and the Mother of our God.
More honourable than the cherubim,
and beyond compare more glorious than the seraphim.
Without corruption thou gavest birth to God the Word.
True Theotokos, we magnify thee.
Higher than the heavens above are you,
and you are much purer
than the radiance of the sun;
you who have redeemed us
from the curse which is upon us;
the Lady of all people,
in hymns, do we honour you.
From the great multitude of my sins,
ill am I in body, ill am I also in my soul;
I am fleeing to you,
the one who is all-blessed,
the hope of all the hopeless,
please come bring help to me.
Lady and the Mother of Him who saves,
receive the supplications
of the lowly who pray to you;
mediate between us
and the One you brought forth;
0 Lady of all people, intercede for us.
Now with zeal we chant this Ode to you;
you, the all praised Lady,
Theotokos, we hymn with joy;
with the saints most holy,
together with the Baptist,
beseech, 0 Theotokos,
for God's mercy on us
Speechless be the lips of impious ones,
those who do not reverence
your icon, the sacred one;
which is called Directress,
and was written for us
by one of the Apostles,
Luke the Evangelist.
With the hosts of Angels,
with the Lord's Forerunner,
and Apostles, the chosen twelve,
with the saints most holy,
and with you, the Theotokos,
we seek your intercession
for our salvation.
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