Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

‘Comunhão e Libertação’ apresentou o pedido de beatificação de D. Luigi Giussani seu fundador


Hoje dia 22 de fevereiro em Milão foi anunciada pelo Mons. Julián Carrón, presidente da Fraternidade CL, a entrega do pedido de beatificação ao Cardeal-arcebispo da diocese D. Angelo Scola, amigo pessoal de D. Giussani, sete anos após nesta mesma data em 2005 o seu falecimento, numa cerimónia que decorreu no Duomo da cidade.

Recorde-se que este ano se celebram os trinta anos do reconhecimento da Fraternidade Comunhão e Libertação em 11 de fevereiro de 1982.

JPR

A virtude da caridade

«A caridade leva a compreender as pessoas, a não julgar, a responsabilizar-se pelas necessidades dos outros, a ajudá-los com alegria. É virtude que temos de viver em todos os momentos, mas no tempo quaresmal adquire uma especial importância.»

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Deis, na homilia do dia 18.02.2012 na ordenação diaconal de fiéis da Prelatura)

‘Coisas que, para um jornalista, são notícia’ por Brad Phillips (agradecimento ‘É o Carteiro’)

2. O local: de uma maneira geral, as organizações noticiosas cobrem uma área geográfica específica. É mais provável o jornal de um país cobrir um acontecimento de menor importância que se passe nesse país do que um acontecimento de maior importância que se passe no país vizinho.

(Fonte: ‘Mr. Media Training’ AQUI)

Bento XVI celebrou o início da Quaresma presidindo à missa e à imposição das cinzas, na Basílica de Santa Sabina

Na homilia, Bento XVI refletiu sobre “o sinal litúrgico das cinzas”, observando que se trata de “um daqueles sinais materiais que transportam o cosmos para o interior da Liturgia”, a começar pelos sinais dos Sacramentos: a água, o óleo, o pão e o vinho, que se tornam verdadeira e própria matéria sacramental, instrumento através do qual se comunica a graça de Deus que chega até nós”. Embora não sejam um sinal sacramental, as cinzas encontram-se ainda assim ligadas à oração e à santificação do Povo cristão, com uma bênção apropriada e a imposição (das cinzas) sobre a cabeça de cada um. 


Comentando a expressão do capítulo terceiro do Livro do Génesis – “Lembra-te que és pó e ao pó tornarás”, palavras que concluem o juízo pronunciado por Deus depois do pecado original, observou o Papa: “o sinal da cinza conduz-nos ao grande fresco da criação, onde se diz que o ser humano é uma singular unidade de matéria e de sopro divino, através da imagem do pó da terra plasmado por Deus e animado pelo seu respiro insuflado nas narinas da nova criatura”. 


Só depois do pecado é que o símbolo do pó assume uma conotação negativa – fez notar Bento XVI: “O pó da terra deixa de evocar o gesto criador de Deus, todo aberto à vida, para se tornar sinal de um inexorável destino de morte: ‘Tu és pó e ao pó voltarás’.” 


No texto bíblico, a terra participa da sorte do homem. E, se o homem e a mulher não são diretamente amaldiçoados (como o foi a serpente), o facto é que, devido ao pecado de Adão, é amaldiçoado o solo (a terra) de onde ele tinha sido tirado. Em todo o caso – assegurou Bento XVI – a maldição do solo tem uma função medicinal. 


Por outras palavras: a intenção de Deus, sempre benéfica, é mais profunda do que a sua própria maldição, a qual se deve ao pecado, não a Deus. Deus não pode deixar de a infligir, porque respeita a liberdade do homem e as suas consequências. No interior da maldição permanece uma intenção boa, que vem de Deus. 


Quando Deus diz ao homem – És pó e ao pó voltarás – juntamente com a justa punição entende também anunciar uma via de salvação, que passará precisamente através da terra, através daquele pó, daquela carne que será assumida pelo Verbo… 


“É nesta perspetiva salvífica que a palavra do Génesis é retomada pela Liturgia da Quarta-feira de Cinzas: como convite à penitência, à humildade, a ter presente a própria condição mortal. Não para levar ao desespero, mas antes para acolher, precisamente nesta nossa mortalidade, a impensável proximidade de Deus, que, para além da morte, abre a passagem para a ressurreição, para o paraíso finalmente reencontrado”. 


Rádio Vaticano


Vídeos em espanhol e inglês

«O Espírito libertador não é simplesmente a ideia própria, a visão pessoal de quem interpreta. O Espírito é Cristo, e Cristo é o Senhor que nos indica a estrada.»

(Bento XVI - Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins em Paris a 12.09.2008)

Responde São Josemaría - Como responde a quem fala de segredos no Opus Dei?

Alguns pensam que está organizado como uma sociedade secreta
Desde 1928 não tenho deixado de pregar que a santidade não está reservada a privilegiados, que todos os caminhos da Terra podem ser divinos, porque o cerne da espiritualidade específica do Opus Dei é a santificação do trabalho. É preciso acabar com o preconceito de que os fiéis correntes não podem senão limitar-se a ajudar o clero, em apostolados eclesiásticos; e fazer notar que, para alcançar esse fim sobrenatural, os homens têm necessidade de ser e de se sentir pessoalmente livres, com a liberdade que Jesus Cristo ganhou para nós. Para pregar e ensinar a praticar esta doutrina, nunca tive necessidade de segredo algum. Os membros da Obra detestam o segredo, porque são fiéis correntes, pessoas exactamente iguais às outras: ao entrarem para o Opus Dei não mudam de estado. Repugnar-lhes-ia trazer um letreiro nas costas que dissesse: “Reparem que estou dedicado ao serviço de Deus”. Isto não seria nem laical nem secular. Mas os conhecidos e amigos dos membros do Opus Dei sabem que eles fazem parte da Obra, porque o não dissimulam, ainda que o não apregoem.
Temas actuais do cristianismo, 34

Informar-se sobre o Opus Dei é bem simples. Em todos os países a Obra trabalha à luz do dia, juridicamente reconhecida pelas autoridades civis e eclesiásticas. São perfeitamente conhecidos os nomes dos seus directores e das suas obras apostólicas. Quem quer que deseje informações sobre a nossa Obra pode obtê-las sem dificuldade, pondo-se em contacto com os seus directores ou visitando alguma das nossas obras próprias. O meu amigo, se quiser, pode ser testemunha de que nunca nenhum dos dirigentes do Opus Dei, ou os que recebem os jornalistas, deixaram de lhes facilitar a tarefa informativa, respondendo às suas perguntas ou dando a documentação adequada.

Nem eu nem nenhum dos membros do Opus Dei pretendemos que toda a gente nos compreenda ou compartilhe connosco os mesmos ideais espirituais. Sou muito amigo da liberdade e gosto muito de que cada um siga o seu próprio caminho. Mas é evidente que temos o direito elementar de ser respeitados.
Temas actuais do cristianismo, 30

(Fonte: site ‘São Josemaría Escrivá’ AQUI)

Amar a Cristo...

Senhor, iniciámos hoje a Quaresma aproximando-se a Tua Páscoa em que na Tua admirável bondade instituíste a Sagrada Eucaristia para ficares connosco ainda mais perto e dentro de nós. 
Pensavam que Te eliminando física e humanamente crucificando-Te, serieis anulado para todo o sempre, esquecendo-se que voltarias na glória da Tua Ressurreição, conforme houveras prometido, e na Sagrada Hóstia aonde Te encontras ‘ad eternum’.


Louvado sejais pela Tua oferta na Cruz para nos salvar!


JPR

Na audiência geral da quarta-feira de Cinzas, catequese do Papa sobre o sentido da Quaresma

Bento XVI assinalou hoje o início da Quaresma na Igreja Católica, alertando para as consequências do “secularismo” e da “cultura materialista” que impedem na sociedade contemporâneo “qualquer referência ao transcendente”. 


 O Papa falava na audiência geral desta semana, diante de milhares de pessoas reunidas no Vaticano, aludindo a um “céu escuro, coberto pelas nuvens do egoísmo, da incompreensão e do engano”. 


 “Apesar disso, também para a Igreja o tempo do deserto pode transformar-se em tempo de graça, porque temos a certeza de que também da rocha dura Deus faz brotar a água viva”, referiu. 


 Em português, Bento XVI convidou os fiéis a empreenderem “um caminho de conversão e renovação espiritual”. 


“Queridos irmãos e irmãs,


Nos próximos quarenta dias, que nos levarão até ao Tríduo Pascal – celebração da paixão, morte e ressurreição de Cristo –, somos convidados a viver um caminho de conversão e renovação espiritual, que nos faça sair de nós mesmos para ir ao encontro do Senhor. Este período será um tempo propício para uma experiência mais profunda de Deus, que torne forte o espírito, confirme a fé, alimente a esperança e anime a caridade. Poderemos assim ver e recordar tudo aquilo que Ele fez por nós. Daí concluiremos que só o Senhor nos merece; e, sem mais adiamentos nem hesitações, entregar-nos-emos nas suas mãos. E Cristo tornar-nos-á participantes da vitória sobre o pecado e a morte, que Ele nos alcançou com o seu amor levado até ao extremo da imolação por nós na cruz. Seguindo o caminho da cruz com Jesus, ser-nos-á aberto o mundo luminoso de Deus, o mundo da luz, da verdade e da alegria. Inundados por esta luz, ganharemos nova coragem para aceitar, com fé e paciência, todas as dificuldades, aflições e provações da vida, sabendo que, das trevas, o Senhor fará surgir a alvorada nova da ressurreição. 


 A minha saudação amiga para o grupo escolar da Lourinhã e todos os peregrinos presentes de língua portuguesa. A Virgem Maria tome cada um pela mão e vos acompanhe durante os próximos quarenta dias que servem para vos conformar ao Senhor ressuscitado. A todos desejo uma boa e frutuosa Quaresma!” 


Rádio Vaticano


Vídeos em espanhol e inglês

Imitação de Cristo, 1, 9, 3

Com efeito, muitas vezes ouvi falar que é mais seguro ouvir e tomar conselho que dá-lo. É bem possível que seja acertado o parecer de cada um: mas não querer ceder aos outros, quando a razão ou as circunstâncias o pedem, é sinal de soberba e obstinação.

Estou com Ele no tempo da adversidade

Ainda que tudo se vá abaixo e se acabe; ainda que os acontecimentos se sucedam ao contrário do previsto, com tremenda adversidade; nada se ganha perturbando-se. Além disso, recorda a oração confiante do profeta: "O Senhor é o nosso Juiz; o Senhor é o nosso Legislador; o Senhor é o nosso Rei; Ele é quem nos há-de salvar". Reza-a devotamente, todos os dias, para acomodar a tua conduta aos desígnios da Providência, que nos governa para nosso bem. (Forja, 855)

E quando a tentação do desânimo, dos contrastes, da luta, da tribulação, de uma nova noite da alma nos ataca –violenta –, o salmista põe-nos nos lábios e na inteligência aquelas palavras: estou com Ele no tempo da adversidade. Jesus, perante a Tua Cruz, que vale a minha; perante as Tuas feridas, os meus arranhões? Perante o Teu Amor imenso, puro e infinito, que vale o minúsculo fardo que Tu colocaste sobre os meus ombros? E os vossos corações e o meu enchem-se de uma santa avidez, confessando-Lhe – com obras – que morremos de Amor.

Nasce uma sede de Deus, uma ânsia de compreender as Suas lágrimas; de ver o Seu sorriso, o Seu rosto... Julgo que o melhor modo de o exprimir é voltar a repetir, com a Escritura: como o veado deseja a fonte das águas, assim a minha alma te anela, ó meu Deus! E a alma avança, metida em Deus, endeusada: o cristão tornou-se um viajante sedento, que abre a boca às águas da fonte.

Com esta entrega, o zelo apostólico ateia-se, aumenta dia-a-dia – pegando esta ânsia aos outros – porque o bem é difusivo. Não é possível que a nossa pobre natureza, tão perto de Deus, não arda em desejos de semear no mundo inteiro a alegria e a paz, de regar tudo com as águas redentoras que brotam do lado aberto de Cristo, de começar e acabar todas as tarefas por Amor.

Falava antes de dores, de sofrimentos, de lágrimas. E não me contradigo se afirmo que, para um discípulo que procura amorosamente o Mestre, é muito diferente o sabor das tristezas, das penas, das aflições: desaparecem imediatamente, quando aceitamos deveras a Vontade de Deus, quando cumprimos com gosto os Seus desígnios, como filhos fiéis, ainda que os nervos pareçam rebentar e o suplício pareça insuportável. (Amigos de Deus, 310–311)

São Josemaría Escrivá

Cátedra de S. Pedro

Cátedra de S. Pedro (Festa que não se celebra hoje por ser quarta feira de Cinzas)

"Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela." Mt 16,18


Hoje é o Dia da Cátedra de São Pedro. Não sabemos bem como se originou essa festa. Mas é certo que existe uma inscrição, datada de 370 - portanto, há mais de 1.600 anos - atribuída ao Papa São Dâmaso, falando de uma cadeira portátil, dentro do Vaticano, e que é considerada a "cátedra" do Apóstolo Pedro.


Hoje, dessa cadeira restam apenas algumas relíquias de madeira, conservadas e honradas, num lugar onde o grande artista Bernini levantou um monumento grandioso, em honra do primeiro Papa, a Basílica de São Pedro.


Escavações, feitas por cientistas de diversas nações, também provam que os restos mortais de São Pedro se encontram debaixo do mesmo Vaticano, que se torna, assim, símbolo de unidade da Igreja. A celebração de festa da Cátedra de São Pedro tem o significado e o apelo à unidade dos cristãos, sob a guia do Papa, representante visível de Cristo.


O Evangelho nos une a Pedro, mas também a todos os apóstolos e membros da Igreja.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1932

Desde os inícios do Opus Dei, São Josemaría põe em marcha umas reuniões de sacerdotes, a que chamava “conferências das segundas-feiras”. A primeira realiza-se nesta data, em 1932.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Te Deum Laudamus - Tatal Nostru

Quaresma: espiritualidade e história

A Quaresma é o tempo do Ano Litúrgico preparatório da Páscoa, a grande celebração do mistério da Salvação pela morte e ressurreição de Jesus Cristo. Na actual disciplina litúrgica, vai da Quarta-Feira de Cinzas até Quinta-Feira Santa, excluindo a Missa da Ceia do Senhor, que já pertence ao Tríduo Pascal.


A Quaresma surgiu no séc. IV, a seguir à paz de Constantino, quando multidões de pagãos quiseram entrar na Igreja. Duas instituições a ela estão ligadas; a penitência pública e o catecumenado. Daí o seu duplo carácter penitencial e baptismal. Inicialmente durava 3 semanas, mas depois, em Roma, foi alargada a 6 semanas (40 dias), com início no actual I Domingo da Quaresma (na altura denominado Quadragesima die, entenda-se 40.º dia anterior à Páscoa).


O termo Quadragesima (que deu a nossa "Quaresma") passou depois a designar a duração dos 40 dias evocativos do jejum de Jesus no deserto a preparar-se para a vida pública. Como, tradicionalmente, aos Domingos nunca se jejuou, foi necessário acrescentar alguns dias para se perfazerem os 40. Daí a antecipação do início da Quaresma para a Quarta-Feira de Cinzas.


Espiritualidade


A penitência pública ao longo da Quaresma caiu em desuso, mas ficou no espírito dos fiéis a necessidade de se prepararem ao longo de 40 dias de penitência para as festas pascais. Por sua vez, o catecumenado que, durante séculos, teve na Quaresma a fase de preparação próxima para os sacramentos da iniciação cristã na Vigília Pascal, também caiu em desuso (excepto nas missões ad gentes), mas foi restaurado pelo Concílio Vaticano II, dado o número crescente de baptismos de adultos.


Assim, a "eleição" dos catecúmenos para a fase da "iluminação" passou a fazer-se no I Domingo da Quaresma, entrando os "eleitos" em clima de retiro, marcado nas últimas semanas pelos "escrutínios" com as "tradições" (entregas) do Símbolo da Fé (Credo) e da Oração Dominical (Pai-Nosso), que eles acabam por fazer seus, proclamando-os (reditio) nos últimos escrutínios. Haja ou não catecúmenos, os fiéis de cada comunidade são convidados a viver a Quaresma em espírito catecumenal, preparando-se para a "renovação das promessas do Baptismo" na Vigília Pascal.


Tempo penitencial


A Quaresma é um tempo forte de penitência. A atitude espiritual expressa por esta palavra, tantas vezes na boca dos profetas e de Jesus Cristo, é uma atitude complexa e muito rica, suscitada pela consciência do pecado. Começa por ser arrependimento pelo mal praticado e sincera dor do pecado; logicamente leva ao desejo de expiação e de reparação, para repor a justiça lesada, e de reconciliação com Deus e com os irmãos ofendidos; chega finalmente à emenda de vida e mais ainda à conversão cristã, que é muito mais que uma conversão moral, para ser uma passagem à fé e à caridade sobrenaturais, com tudo o que implica de mudança de mentalidade, sensibilidade e maneira de amar, que passam a ser as próprias dos que pela graça se tornaram verdadeiros filhos de Deus.


Disciplina canónica


Para assegurar expressão comunitária à prática penitencial, sobretudo no tempo da Quaresma, a Igreja mantém o jejum e a abstinência tradicionais. Embora estas duas práticas digam hoje pouco à sensibilidade dos fiéis, mantêm-se em vigor, com variantes de país para país.


Entre nós (Normas da CEP aprovadas na Ass. Plen. de Jul.1984), são dias de jejum para os fiéis dos 18 aos 59 anos (a menos de dispensa, por doença ou outra causa) a Quarta-Feira de Cinzas e a Sexta-Feira Santa (convidando a liturgia a prolongar o jejum deste dia ao longo de Sábado Santo). E são dias de abstinência de carnes, para os fiéis depois dos 14 anos (embora seja bom que a iniciação nesta prática se faça mais cedo), as Sextas-feiras do ano (a menos que cesse a obrigação pela coincidência com festa de preceito ou solenidade litúrgica), com possibilidade de substituição por outras práticas de ascese, esmola (caridade) ou piedade, embora seja aconselhado manter a prática tradicional nas sextas-feiras da Quaresma.


No que respeita à esmola, ela deve ser proporcional às posses de cada um e significar verdadeira renúncia, podendo revestir-se da forma de "contributo penitencial" (e, como já entrou nos hábitos diocesanos, de "renúncia quaresmal") com destino indicado pelo bispo.


D. Manuel Falcão, in Enciclopédia Católica Popular

Quaresma: 40 dias, 40 ideias de Bento XVI

Propõem-se 40 frases extraídas das mensagens que Bento XVI dirigiu aos cristãos por motivo da Quaresma desde que ocupa a Sé de Pedro até 2009


2009/02/27


1. Que em cada família e comunidade cristã se valorize a Quaresma para afastar tudo o que distrai o espírito e para intensificar o que alimenta a alma e a abre ao amor de Deus e do próximo. Penso, especialmente, num maior empenho na oração, na lectio divina, no Sacramento da Reconciliação [a confissão] e na activa participação na Eucaristia, sobretudo na Santa Missa dominical. (2009)


2. O jejum é uma grande ajuda para evitar o pecado e tudo o que a ele induz. (2009)


3. O verdadeiro jejum, repete noutra ocasião o divino Mestre, consiste antes em cumprir a vontade do Pai celestial, que “vê no oculto e te recompensará” (2009)


4. Se, portanto, Adão desobedeceu à ordem do Senhor de “não comer da árvore da ciência do bem e do mal”, com o jejum o crente deseja submeter-se humildemente a Deus, confiando na sua bondade e misericórdia. (2009)


5. Jejuar é bom para o bem-estar físico, mas para os crentes é, em primeiro lugar, uma “terapia” para curar tudo o que os impede de se conformarem à vontade de Deus. (2009)


6. Esta antiga prática penitencial, pode ajudar-nos a mortificar o nosso egoísmo e a abrir o coração ao amor de Deus e do próximo, primeiro e sumo mandamento da nova lei e compêndio de todo o Evangelho. (2009)


7. A prática fiel do jejum contribui, além disso, para dar unidade à pessoa, corpo e alma, ajudando-a a evitar o pecado e a aumentar a intimidade com o Senhor. (2009)


8. Privar-se do alimento material que nutre o corpo, facilita uma disposição interior para escutar Cristo e para nos nutrirmos com a sua palavra de salvação. Com o jejum e a oração permitimos-Lhe que venha saciar a fome mais profunda que experimentamos no íntimo do nosso coração: a fome e a sede de Deus. (2009)


9. O jejum ajuda-nos a tomar consciência da situação em que vivem muitos dos nossos irmãos (...).Ao optarmos livremente por nos privar de algo para ajudar os outros, demonstramos concretamente que o próximo que passa dificuldades não nos é estranho. (2009)


10. Privar-nos, por vontade própria, do prazer do alimento e de outros bens materiais, ajuda o discípulo de Cristo a controlar os apetites da natureza debilitada pelo pecado original, cujos efeitos negativos afectam toda a personalidade humana. (2009)


11. “Quem ora, que jejue; quem jejua, que se compadeça, que dê ouvidos a quem lhe suplica; quem suplica, deseja ser ouvido; Deus dá ouvidos a quem não fecha os seus ao que lhe suplica” (São Pedro Crisólogo). (2009)


12. Que a Virgem Maria, Causa nostræ laetitiæ, nos ajude no esforço por libertar o coração da escravidão do pecado para que se converta, cada vez mais, em “tabernáculo vivo de Deus”. (2009)


13. A Quaresma oferece-nos uma ocasião providencial para aprofundar no sentido e valor de ser cristão, e estimula-nos a descobrir de novo a misericórdia de Deus, para que também nós cheguemos a ser mais misericordiosos com os nossos irmãos. (2008)


14. A esmola representa uma maneira concreta de ajudar os necessitados e, simultaneamente, um exercício ascético para nos libertarmos do apego aos bens terrenos. (2008)


15. Quão forte é a sedução das riquezas materiais e quão taxativa tem que ser a nossa decisão de não as idolatrar! (2008)


16. Não somos proprietários dos bens que possuímos, mas administradores; portanto, não devemos considerá-los uma propriedade exclusiva, mas meios através dos quais o Senhor nos chama, a cada um de nós, a ser instrumentos da Sua providência para com o próximo. (2008)


17. Socorrer os necessitados é um dever de justiça, mesmo antes de ser um acto de caridade. (2008)


18. Não há que alardear as boas acções próprias, para não correr o risco de ficarmos sem a recompensa nos céus (2008)


19. A esmola evangélica não é simples filantropia; é, antes, uma expressão concreta de caridade, a virtude teologal que exige a conversão interior ao amor de Deus e dos irmãos, à imitação de Jesus Cristo, que, morrendo na cruz, se entregou a si mesmo por nós. (2008)


20. Quem sabe que “Deus vê no oculto” e no oculto recompensa, não procura um reconhecimento humano pelas obras de misericórdia que realiza. (2008)


21. Quando actuamos com amor exprimimos a verdade do nosso ser; com efeito, não fomos criados para nós mesmos, mas para Deus e para os irmãos (2008)


22. Cada vez que, por amor de Deus, partilhamos os nossos bens com o próximo necessitado experimentamos que a plenitude de vida vem do amor e recuperamos tudo como bênção em forma de paz, de satisfação interior e de alegria. O Pai celestial recompensa as nossas esmolas com a sua alegria. (2008)


23. A esmola, aproximando-nos dos outros, acerca-nos de Deus e pode converter-se num instrumento de autêntica conversão e reconciliação com ele e com os irmãos. (2008)


24. Podemos aprender [de Cristo] a fazer da nossa vida uma doação total; imitando-o, estaremos dispostos a dar, não tanto algo do que possuímos, mas a dar-nos a nós mesmos. (2008)


25. Que Maria, Mãe e Escrava fiel do Senhor, ajude os crentes a prosseguir a “batalha espiritual” da Quaresma armados com a oração, o jejum e a prática da esmola. (2008)


26. A Quaresma é um tempo propício para aprender a permanecer com Maria e João, o discípulo predilecto, junto d’Aquele que na cruz consuma o sacrifício da sua vida por toda a humanidade. (2007)


27. No mistério da cruz revela-se plenamente o poder irrefreável da misericórdia do Pai celeste. (2007)


28. Olhemos Cristo trespassado na cruz. Ele é a revelação mais impressionante do amor de Deus (...). Na cruz o próprio Deus mendiga o amor da sua criatura, tem sede do amor de cada um de nós. (2007)


29. O Todo-poderoso espera o «sim» das suas criaturas como um jovem esposo o da sua esposa. (2007)


30. Só o amor em que se unem o dom gratuito de si mesmo e o desejo apaixonado de reciprocidade, é que infunde um gozo tão intenso que converte em leves, inclusive, os sacrifícios mais duros. (2007)


31. A resposta que o Senhor deseja ardentemente de nós é, antes de mais nada, que aceitemos o seu amor e nos deixemos atrair por ele. (2007)


32. Vivamos, pois, a Quaresma como um tempo «eucarístico», em que, aceitando o amor de Jesus, aprendamos a difundi-lo à nossa volta com cada gesto e cada palavra. (2007)


33. O apóstolo Tomé reconheceu Jesus como «Senhor e Deus» quando meteu a mão na ferida do seu lado. Não é de estranhar que, entre os santos, muitos tenham encontrado no Coração de Jesus a expressão mais comovedora deste mistério de amor.


34. Cristo «atrai-me para si» para unir-Se a mim, para que aprenda a amar os irmãos com o seu mesmo amor. (2007)


35. De modo nenhum é possível dar resposta às necessidades materiais e sociais dos homens sem encher, sobretudo, as profundas necessidades do seu coração. (2006)


36. Quem não dá a Deus, dá demasiado pouco. (2006)


37. É preciso ajudar a descobrir Deus no rosto misericordioso de Cristo (2006)


38. Enquanto o tentador nos move a desesperar, ou a confiar de maneira ilusória nas nossas próprias forças, Deus guarda-nos e apoia-nos. (2006)


39. A Quaresma é o tempo privilegiado da peregrinação interior para Aquele que é a fonte da misericórdia. É uma peregrinação em que Ele próprio nos acompanha através do deserto da nossa pobreza (2006).


40. Embora pareça que domine o ódio, o Senhor não permite que falte nunca o testemunho luminoso do seu amor. A Maria, «fonte viva de esperança», encomendo o nosso caminho quaresmal, para que nos leve ao seu Filho.


(Fonte: site do Opus Dei-Portugal AQUI)

Bento XVI: há um aspecto esquecido da vida cristã

M E N S A G E M     P A R A     A     Q U A R E S M A     D E     2 0 1 2 
«Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (Heb 10, 24)

«Este é o tempo favorável, este é o dia da salvação» (2 Cor 6, 2)

São Leão Magno (? – c. 461), papa e Doutor da Igreja
IV Sermão para a Quaresma, 1-2


«Este é o dia da salvação!» É certo que não há período nenhum que não esteja cheia de dons divinos; a graças de Deus proporciona-nos, em todo o tempo, o acesso à Sua misericórdia. Contudo, é nesta época que todos os corações devem ser estimulados ainda com mais ardor ao seu progresso espiritual, e animados com mais confiança, porque o dia em que fomos resgatados convida-nos a praticar todas as obras espirituais. Celebremos pois, de corpo e alma purificados, o mistério que ultrapassa todos os outros: o sacramento da Páscoa do Senhor. [...]

Tais mistérios requerem de nós um esforço espiritual sem quebras [...], para que permaneçamos sempre sob o olhar de Deus; é assim que nos deve encontrar a festa da Páscoa. Mas esta força espiritual cabe apenas a um pequeno número de homens; para nós, que nos encontramos no meio das actividades desta vida, devido à fraqueza da carne, o zelo abranda. [...] Para conferir pureza às nossas almas, o Senhor previu, pois, o remédio de um treino de quarenta dia, no decurso dos quais as nossas faltas de outros tempos possam ser resgatadas pelas boas obras e consumidas por santos jejuns [...]. Tenhamos, pois, o cuidado de obedecer ao Apóstolo Paulo: «Purificai-vos de toda a mancha da carne e do espírito» (Cor 7, 1).

Mas que a nossa maneira de viver esteja de acordo com a nossa abstinência. O jejum não consiste apenas na abstenção de alimentos; de nada aproveita subtrair os alimentos ao corpo, se o coração se não desviar da injustiça, se a língua se não abstiver da calúnia [...]. Este é um tempo de doçura, de paciência, de paz [...]; uma altura em que a alma forte se habitua a perdoar as injustiças, a contar em nada as afrontas, a esquecer as injúrias [...]. Mas que a moderação espiritual não seja triste; que seja santa. Que não se oiça o murmúrio das queixas, porque àqueles que assim vivem nunca faltará o consolo das santas alegrias.

Os exercícios da Quaresma: a esmola, a oração, o jejum

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja 
Sermão 8; CCL 24, 59; PL 52, 208 

Meus irmãos, começamos hoje a grande viagem da Quaresma. Levemos, pois, no navio todas as nossas provisões de alimento e bebida, colocando sobre elas a misericórdia abundante de que teremos necessidade. Porque o nosso jejum tem fome, o nosso jejum tem sede se não se alimentar de bondade, se não se dessedentar com misericórdia. O nosso jejum tem frio, o nosso jejum desfalece se o velo da esmola não o cobrir, se a capa da compaixão não o envolver.

Irmãos, a misericórdia está para o jejum como a Primavera está para os solos: o suave vento primaveril faz florescer todos os rebentos nas planícies; a misericórdia do jejum faz brotar todas as nossas sementes até à floração, fá-las encherem-se de frutos até à colheita celeste. A bondade está para o jejum como o óleo está para o candeeiro. Tal como a matéria gorda do óleo alimenta a luz do candeeiro e, com tão pouco alimento o faz brilhar para o conforto de toda a noite, assim a bondade faz o jejum resplandecer: lança raios até atingir o brilho pleno da continência. A esmola está para o jejum como o sol está para o dia: o esplendor do sol aumenta o brilho do dia, dissipa a obscuridade das nuvens; a esmola que acompanha o jejum santifica a santidade do mesmo e, graças à luz da bondade, remove dos nossos desejos tudo o que poderia ser mortífero. Em suma, a generosidade está para o jejum como o corpo está para a alma: quando a alma se retira do corpo, traz-lhe a morte; se a generosidade se afastar do jejum, é a morte deste.

O Rito das Cinzas

“É essencialmente um gesto de humildade, que significa: reconheço-me tal como sou, criatura frágil, feita de terra e destinada à terra, mas também feita à imagem de Deus e a Ele destinada. Pó, sim, mas amado, plasmado pelo seu amor, animado pelo seu sopro vital, capaz de reconhecer a sua voz e de lhe responder; livre, e por isso capaz de lhe desobedecer, cedendo à tentação do orgulho e da auto-suficiência”.


(Bento XI – homilia da Quarta-feira de Cinzas de 2010)

O verdadeiro jejum

No Novo Testamento, Jesus ressalta a razão profunda do jejum, condenando a atitude dos fariseus, os quais observaram escrupulosamente as prescrições impostas pela lei, mas o seu coração estava distante de Deus. O verdadeiro jejum, repete também noutras partes o Mestre divino, é antes cumprir a vontade do Pai celeste, o qual «vê no oculto, recompensar-te-á» (Mt 6, 18). Ele próprio dá o exemplo respondendo a Satanás, no final dos 40 dias transcorridos no deserto, que «nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4).

(…)

Com o jejum e com a oração permitimos que Ele venha saciar a fome mais profunda que vivemos no nosso íntimo: a fome e a sede de Deus.

(Excertos Mensagem para a Quaresma de 2009 de Bento XVI)

Quaresma

«A Quaresma é como um longo retiro, durante o qual entrar de novo em si mesmo e escutar a voz de Deus, para vencer as tentações do Maligno. Um tempo de combate espiritual que se deve viver juntamente com Jesus, não com o orgulho e presunção, mas usando as armas da fé, isto é a oração, a escuta da Palavra de Deus e a penitencia. Desta maneira poderemos chegar a celebrar a Páscoa na verdade, prontos a renovar as promessas do nosso Baptismo. Que a Virgem Maria nos ajude para que, guiados pelo Espírito Santo, vivamos com alegria e com fruto este tempo de graça.»


(Bento XVI – Angelus de 21/02/2010)

'Hoje é quarta feira' de Joaquim Mexia Alves

Meu querido Jesus

Hoje é Quarta-feira, e vem à minha memória a Quarta-feira de Cinzas, o arrependimento, a conversão.

Obrigado, adorado Jesus, porque não permitiste que me perdesse e apesar de ter vivido tantos anos afastado de Ti, quando foi o Teu tempo chamaste-me, docemente fizeste-me encontrar-te, tomaste-me nos Teus braços, acarinhaste-me, seduziste-me, e deste-me esta intimidade pessoal contigo, de tal maneira intensa que não me posso apartar de Ti.

E obrigado, Jesus, porque não quiseste saber dos meus muitos, enormes e continuados pecados, mas apenas estendeste a Tua mão, olhaste-me nos olhos, (terá sido assim que fizeste a Pedro daquela vez?), e, tocado pela Tua ternura, fizeste o meu coração arrepender-se, voltar-se para Ti, e com os olhos cheios de lágrimas dizer-te: «Perdoa-me Jesus, que eu não sabia o que fazia.»

E logo os Teus braços se abriram, (não Jesus, já estavam abertos, estão sempre abertos), e abraçaste-me com tanto amor, que as minhas barreiras caíram e logo decidi que a minha vida Te pertencia, em tudo a que me chamasses.

E agora, amado Jesus, já não peco, já não duvido, já não Te volto as costas, nunca?
Ah, Jesus, era tão bom que assim fosse!
Mas não, continuo pecador, fraco, um pouco incrédulo e às vezes até ainda fujo de Ti.

Mas Tu, querido Jesus, não desistes, corres para mim, (porquê Jesus, porque Te voltas para este nada?), e chamas-me, e dizes-me ao ouvido: «Amo-te, quero precisar de ti».
De mim, Jesus, pobre de mim!

Mas aqui estou, adorado Jesus, de mão dada contigo, no caminho da conversão diária, na luta constante com a minha fraqueza, por Tua graça, Jesus, por Tua graça.

«Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim». Alguma vez Jesus amado, poderei dizê-lo verdadeiramente?
Pede a Tua Mãe que nos ajude, que me ajude neste caminho de conversão, une-nos, une-me, contigo no amor do e ao Pai, e encharca-nos, encharca-me, no Espírito Santo, porque só na Sua força, a conversão será verdadeira e constante.

Beijo os Teus pés Jesus, porque é a Teus pés que eu quero viver o nosso amor.

12.07.2006

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/

Quarenta dias para crescer no amor de Deus e do próximo

São Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja
Homilias sobre os evangelhos, nº 16, 5


Iniciamos hoje os santos quarenta dias da quaresma, e convém-nos examinar atentamente por que razão esta abstinência é observada durante quarenta dias. Moisés, para receber a Lei pela segunda vez, jejuou quarenta dias (Gn 34,28). Elias, no deserto, absteve-se de comer durante quarenta dias (1Rs 19,8). O Criador dos homens, ao vir para o meio dos homens, não tomou qualquer alimento durante quarenta dias (Mt 4,2). Esforcemo-nos também nós, tanto quanto nos for possível, por refrear o nosso corpo pela abstinência neste tempo anual dos santos quarenta dias [...], a fim de nos tornarmos, segundo a palavra de Paulo, «uma hóstia viva» (Rom 12,1). O homem é, ao mesmo tempo, uma oferenda viva e imolada (cf Ap 5,6) quando, sem deixar esta vida, faz morrer nele os desejos deste mundo.


Foi a satisfação da carne que nos levou ao pecado (Gn 3,6); que a carne mortificada nos leve ao perdão. O autor da nossa morte, Adão, transgrediu os preceitos de vida comendo o fruto proibido da árvore. É por conseguinte necessário que nós, que fomos privados das alegrias do Paraíso pelo alimento, nos esforcemos por reconquistá-las pela abstinência.


Mas ninguém suponha que esta abstinência é suficiente. O Senhor disse pela boca do profeta: «O jejum que Eu aprecio é este, [...] repartir o teu pão com o esfomeado, dar abrigo aos infelizes sem asilo, vestir o nu, e não desprezar o teu irmão» (Is 58,6-7). Eis o jejum que Deus aprova [...]: um jejum realizado no amor ao próximo e impregnado de bondade. Prodigaliza pois aos outros daquilo que retiras a ti próprio; assim, a tua penitência corporal permitir-te-á cuidar do bem-estar físico do teu próximo em necessidade.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 22 de Fevereiro de 2012

«Guardai-vos de fazer as boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles. De contrário não tereis direito à recompensa do vosso Pai que está nos céus. «Quando, pois, dás esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas, quando dás esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo, e teu Pai, que vê o que fazes em segredo, te pagará. «Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, ora a teu Pai; e teu Pai, que vê o que se passa em segredo, te dará a recompensa.  «Quando jejuais, não vos mostreis tristes como os hipócritas que desfiguram o rosto para mostrar aos homens que jejuam. Na verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando jejuares, unge a tua cabeça e lava o teu rosto, a fim de que não pareça aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está presente no oculto, e teu Pai, que vê no oculto, te dará a recompensa.


Mt 6,1-6.16-18